quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ministério da Saúde lança campanha nacional de prevenção ao uso de crack

O aumento do consumo de crack no país levou o Ministério da Saúde a lançar ontem, (16/12) a Campanha Nacional de Alerta e Prevenção do Uso de Crack. O objetivo do governo é fazer com que os jovens sejam conscientizados a não consumir a droga - um subproduto de cocaína vendido a preço baixo - por causa de seu alto poder de dependência e da grande dificuldade de recuperação, além do risco de morte.

A campanha vai divulgar dois filmes na TV, com duração de 30 segundos, em rede nacional e em 14 emissoras regionais. Também foram produzidas duas peças para o rádio: um jingle de 60 segundos, alertando sobre os perigos do crack, e um spot de 30 segundos. Cinemas, jornais, revistas e sites tabém vão divulgar a campanha.

Em entrevista, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão falou sobre o consumo da droga. O crack, disse ele, tem efeito devastador sobre o cérebro, destruindo neurônios e deixando o usuário vulnerável, com sérias consequências individuais e para as pessoas com as quais convive.

O ministro da Saúde informou ainda que o governo já tomou medidas importantes para ampliar o acesso à rede de saúde não só de usuários de crack, mas também de álcool e outras drogas que causam dependência, com investimentos em torno de R$ 215 milhões para a ampliação do número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) .

A informação, destacou Temporão, é a arma mais poderosa que a sociedade tem para enfrentar o vício do crack. De acordo com ele, está havendo um trabalho assistencial com os moradores de rua, por causa da vulnerabilidade em que se encontram. Profissionais de saúde mental e da família e assistentes sociais participam dessas atividades.

Em 2010, a rede de consultórios de rua projetados pelo ministério deve ser expandida. Hoje, a experiência é desenvolvida em Salvador e será levada para mais 13 capitais.

Embora tenha conhecimento sobre a disseminação acelerada do uso do crack, o Ministério da Saúde só dispõe de informações precisas sobre o consumo referentes a 2005, quando 0,1% da população consumia o produto. No momento, assinalou Temporão, está sendo concluído um levantamento que conterá dados mais atualizados e contribuirá para a formulação de políticas públicas para a prevenção do uso de crack.

Fonte: Agência Brasil

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