terça-feira, 25 de agosto de 2015

QUERIDOS CATEQUISTAS...

"Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça". Jo 15,16

Parabéns pelo seu SIM ao chamado de Deus para trabalhar na sua vinha, em que os frutos são a geração de novos filhos para o Senhor. O que dizer mais? Como não homenageá-los? Afinal, quanta dedicação, esforço e doação para que a semente do REINO, O Evangelho, seja lançada no coração das crianças e jovens, seus catequizados. 

Não posso deixar de louvas ao Bom Deus pela vossa generosidade em servir a Jesus na sua Igreja como trabalhadores da primeira hora que preparam o terreno a fim de que a VIDA, o AMOR e a ESPERANÇA possam desabrochar.

Realmente, SER CATEQUISTA é ser APÓSTOLO da GRATUIDADE! Portanto, minha eterna gratidão por tudo o que já fizeram, fazem e ainda hão de fazer no serviço da catequese. Somente Deus será capaz de recompensá-los! 

Recebam hoje a nossa pequena e singela homenagem:

Ainda que o(a) catequista tivesse toda retórica e oratória e falasse todas as línguas, sem o amor, nada seria. Ainda que conhecesse toda a Bíblia e toda a teologia, sem fé, nada seria. Ainda que doasse todo o seu tempo às crianças, aos jovens e adultos, e doasse sua vida à Igreja, sem gratuidade, nada seria. 

O(a) catequista é: dedicado(a), criativo(a), amigo(a) das pessoas e testemunha da fé. 

Não é simplesmente um(a) professor(a), um(a) palestrante; procura crescer, porém, com seu(sua) catequizando(a), na dinâmica da fé. 

E ao vê-lo(a) crescer na fé, tudo aposta, tudo faz por ele(a). 

As teorias desaparecerão, as dinâmicas também... Muita coisa passará. Na vida, porém, ninguém se esquecerá do(a) seu(sua) catequista. 

PARABÉNS CATEQUISTAS PELO VOSSO DIA!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Qual a verdadeira identidade masculina?

Sandro Arquejada
(Missionário da Canção Nova)

Na sociedade atual, qual é a verdadeira identidade masculina?

Nunca se falou tanto em direitos humanos e dignidade da pessoa quanto nos tempos atuais. Porém, contrário a esses discursos, o cotidiano mostra, cada vez mais, o aumento do número de casos de crimes e violência de cunho sexual. É uma falsa ideia de liberdade que prega o uso do corpo para alcançar o prazer, pois, na prática, os resultados têm se mostrado de libertinagem e prejuízo próprio. As consequências de tudo isso são, em sua grande maioria, sentidas pelos mais fracos e indefesos, mulheres e crianças. Assim, fica óbvio atribuir ao ser masculino não só a autoria dos crimes, mas um desvio no comportamento dos homens desta geração.

Então, podemos nos perguntar: “O que está acontecendo com o homem – ser masculino? Por que tantos episódios do uso da força e autoridade para estupros e pedofilia? E ainda, por que vemos tantas esposas frustradas com o maridos, e filhos com os pais?”.

Para responder a tudo isso é preciso recorrer à essência do homem. O Beato João Paulo II disse, num de seus discursos, que “o mistério da masculinidade se revela em toda a profundidade no significado gerador e paterno”. Ou seja, a primeira e mais profunda vocação do homem é ser pai. Seguindo nesta descoberta, encontraremos o sentido completo e a forma ideal de desenvolver a paternidade. Frei Raniero Cantalamessa, pregador oficial do Vaticano, comparou o amor de Deus ao amor humano de pai e mãe distintamente. Dizia ele: “O amor paterno é feito de estímulo e solicitude; o pai quer o filho crescido e levado à plena maturidade”.

A paternidade é feita pela solicitude e pelo estímulo. O homem é aquele que ensina a realizar, trabalhar e, enquanto não vê seu aprendiz chegar à maturidade, ele se faz seu provedor. A realização pessoal masculina está em transformar os elementos do cosmos para si, para a família e para a sociedade. No início, Deus manda que o homem extraia sustento da natureza (Gn 3, 17).

Desde a época das cavernas foi assim. Então, o cérebro dos homens tem sido condicionado a desenvolver diferentes percepções ao da mulher. O homem saía para caçar, o que lhe trouxe maiores aptidões em áreas específicas para cumprir esse seu ofício, como um maior senso de direção (localização, orientação e posicionamento), também de foco em um alvo (a presa), o que o tornou mais sensitivo aos apelos visuais, e ainda agilidade e força física.

Também o homem é mais inclinado ao ato sexual por uma razão biologicamente fácil de entender. Ele possui a semente (sêmen), então, a excitação nele diz respeito ao tempo para distribuir as sementes, diferente do organismo feminino que gera e amamenta. Buscando desde a troca de olhares, indícios de segurança e companheirismo para o tempo suficiente de criar os filhos, isso fez a mulher levar mais tempo para se convencer do sexo.

Essa erotização e insistente incidência de estímulos sexuais, quase em todos os ambientes em que estamos, podem acabar tirando todo ser humano do domínio de si, de suas forças vitais e, consequentemente, alterando o comportamento social, pois o dom da sexualidade não diz somente respeito aos órgãos genitais, mas de todos os aspectos da pessoa humana, inclusive em sua capacidade de criar vínculos afetivos, até mesmo de amizades (Catecismo da Igreja Católica, 2332).

Por isso, com a revolução sexual e a massificação do sexo, o alvo mais suscetível foi o ser mais visual e propenso ao ato em si: o homem. “Quando um homem olha, repetidamente, para uma pornografia, ele encontra dificuldade em se relacionar com mulheres na vida real, pois se acostuma a ver as mulheres como ‘objetos a serem usados’. O prazer acintoso toma o lugar do amor e a fantasia substitui a realidade” (O brilho da castidade, Prof. Felipe Aquino, Ed. Cleofas, pág 77).

Sendo tão subjugado por suas paixões, o ser masculino tende a esvaziar de suas capacidades o sentido e a forma plena de canalizar sua essência. Sua força agora será usada para satisfazê-lo, sua autoridade para impor. O vigor próprio do homem, sem estar direcionado para sua finalidade paterna, esvai-se, tornando o homem um indivíduo de mentalidade fraca, sem firmeza e decisão, com medo da vida e suas exigências.

Aprender e assumir ser “chefe de família” corresponde, antes de tudo, a uma responsabilidade e um serviço perante a mulher e os menores na sociedade. Mas, não raro, percebemos muitas famílias que carecem de presença e bom exemplo por parte do pai, tornando esposas acuadas e filhos revoltados. Ou, então, em casos cada vez mais crescentes, estupros e abusos de menores. Quem deveria proteger está sendo treinado a agredir pela indiferença verbal ou física. É a animalização do ser masculino. O feminismo também ajuda neste processo, quando, declaradamente, toma o lugar do homem na sociedade ou, quando velado, inverte, sorrateiramente, os papéis de homens e mulheres, até fabricando o homem de hoje como um sujeito vaidoso em excesso.

É certo também que as mulheres, quando apelam para a sensualidade, ajudam que todo o nosso sentido visual desperte instintos primitivos. Mas não precisamos permanecer olhando. Homem, fuja do que lhe é tentador. Não estou buscando culpados, apenas alertando-os dos perigos. Algumas mulheres podem estar contribuindo, mas não são as culpadas. Enquanto não mudarmos o nosso foco e nos inspirarmos na castidade e na pureza da Sagrada Família, nada disso vai mudar. Para todos nós, seres humanos – falando principalmente aos homens –, começando por aquilo que é visual e com o conteúdo que estamos absorvendo, devemos nos preencher de sentido existencial por meio dos exemplos dos santos e de Cristo Jesus.

Partindo da consciência do que precisamos ser – pais, estimuladores, provedores, presenças, companheiros e castos –, é que conseguiremos introduzir algo bom no lugar daquilo que é ruim, trocar a violência pelo amor mudando, toda uma mentalidade e a sociedade para melhor. Acredito que o olhar puro de um homem é objeto de cura e restauração a muitas mulheres que nunca tiveram isso e é o que nossas crianças esperam de nós.

São José, valei-nos e rogai por nós!
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