sábado, 31 de outubro de 2009

FONTE DA JUVENTUDE


1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade, o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.

2. Cultive amigos divertidos.

3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. 'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!

4. Aprecie mais as pequenas coisas

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem Agüente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refugio.

8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhorá-la, procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa

10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.

"De nada vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas."
A Janela dos Outros


Martha Medeiros


Conta a história de uma jovem que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de paraiso. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavras.
Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.
Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.
A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.
Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise. É o triunfo da dúvida.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SOLTE A PANELA

Certa vez, em uma época de escassez de alimentos, um urso faminto perambulava pela floresta. Com seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida que o conduziu até um acampamento de caçadores e, percebendo que não havia ninguém, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela apanhou uma enorme panela de comida.Quando a panela já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da panela...
Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sens
ação e, então, interpretou as queimaduras pe
lo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto e, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo.
Quanto mais a panela quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima da fogueira, segurando a panela de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.Quando ouvi esta história de uma determinada pessoa, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca em uma situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos e defendemos. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece ser bom vai lhe dar condições de prosseguir.Quantos, sem visão nenhuma, se agarram a situações, a pessoas, a vícios sem conseguir enxergar que, na verdade, estão se agarrando ao sofrimento, à escravidão... Quantos preferem sentir dores profundas que agir para libertar-se. O medo da solidão, o medo de errar ou de ser julgado os prende a um sofrimento contínuo e desgastante. O medo os escraviza e os torna cegos. Outros não largam o que lhes faz sofrer por apego... Mas veja bem... Tudo na vida tem a dose certa para ser vivido. É por isso que Jesus nos disse que não devemos nos apegar a nada neste mundo, nem mesmo à pessoas, à cargos, à posição social... Porque o apego gera cegueira, gera paralisia, acomodação, gera escravidão...O apego, com o tempo, gera dor, sofrimento, angústia... Neste dia eu te pergunto: o que em sua vida tem gerado em você dor e escravidão? Que tipo de apego tem cegado os seus olhos?

Não tenha medo de mudar, porque as mudanças são necessárias e quem não está preparado para isso, corre o risco de ter o mesmo fim do urso... Tenha a coragem e a visão que ele não teve. Retire de seu caminho tudo aquilo que te faz mal, que você sabe que está lhe impedindo crescer. Ore e escute o que Deus tem pra lhe dizer e não se apegue a nada deste mundo. Solte a panela e seja feliz!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DEPENDËNCIA EM DROGAS

Dependência em drogas: um problema muito maior do que se pensa


Nos últimos dias, tragédias envolvendo o abuso de drogas alertaram mais uma vez a sociedade para um problema que se torna cada vez maior. Diariamente, milhões de familiares e amigos, além do próprio dependente, sofrem as consequências do abuso de drogas lícitas e ilícitas. Esta situação ainda mobiliza poucas ações de saúde e é equivocadamente trata da apenas como caso de polícia ou quando muito da pasta do desenvolvimento social.


A solução para o problema deve, necessariamente, passar por um envolvimento mais efetivo da saúde pública. O tratamento adequado por equipe multidisciplinar de saúde pode resolver, ou manter sob controle, o problema e evitar suas complicações. Ainda, os pacientes dependentes de álcool e outras drogas que coloquem a sua vida ou das pessoas à sua volta em risco, podem ser, em situações de emergência, internados de modo involuntário, sob a garantia da Lei, desde que a internação seja solicitada por um familiar e amparada por laudo médico e comunic ada ao Ministério Público, para o resguardo da cidadania do paciente.


Infelizmente, no Brasil, ainda não temos uma rede pública capacitada e suficiente para atender essa população. A atual política pública de saúde mental ainda não trouxe para sua responsabilidade de modo efetivo este grande contingente de pessoas que necessitam de tratamento. Os modelos atuais de Centros de Atenção Psicossocial destinados ao tratamento das pessoas dependentes de Álcool e Outras Drogas são ainda mais insuficientes do que os utilizados para o tratamento dos outros problemas de saúde mental. Isso é, em parte, resultado de anos de baixo investimento na área e da adoção de políticas que não privilegiam estudos epidemiológicos de demanda.


Há anos pactos políticos decidiram relativizar o papel dos médicos na assistência em saúde mental, e ampliar as ações multiprofissionais. Lamentavelmente este procedimento tem gerado uma verdadeira exclusão dos dispositivos médicos utilizados para o tratamento dos transtornos mentais. Houve neste movimento patrocinado pelas políticas públicas a clara intenção de fechar hospitais especializados, privilegiando a assistência comunitária. Infelizmente, sem a preocupação com a criação de serviços ambulatoriais e unidades hospital ares para o atendimento das necessidades dos pacientes, dentre eles os com dependência de álcool e outras drogas, muito diversas em função da fase e da gravidade do quadro. Desse modo, a tese do Ministério da Saúde de que os hospitais devem ser substituídos por outras instituições parece estar equivocada.


A Associação Brasileira de Psiquiatria, há tempos, vem lutando para que a política de saúde mental no Brasil seja revista. Insiste para que seja construída uma rede de atendimento que inclua serviços extra-hospitalares, mas também unidades de psiquiatria em hospital geral, ambulatórios especializados, emergências psiquiátricas e qualificação de hospitais especializados de menor porte. Defende também um sistema público e universal de atendimento em saúde mental que valorize o médico e seja orientado em bases científicas, ainda que pactuadas socialmente. Esperamos ser ouvidos para que os pacientes e seus familiares possam ter um a tendimento de saúde mental de qualidade.

Diretoria da Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP

A fábula do Porco-espinho

A fábula do Porco-espinho


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram.
O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Que tipo de conforto você deseja?

O conforto é simplesmente uma situação a que estamos acostumados. O
corredor de maratona sente-se mais à vontade correndo do que ficando sentado, mesmo que correr demande mais esforço físico. O vendedor
bem-sucedido sente-se mais confortável fazendo telefonemas que dando desculpas.

O preguiçoso acha mais confortável estar desconfortavelmente acima do peso do que levantar e dar uma caminhada em volta do quarteirão.

Boa parte do que consideramos confortável nem mesmo é prazeroso. Na verdade, muitas vezes chega a ser desagradável. Ainda assim, temos a tendência de fazer aquilo a que estamos acostumados.

O conforto está nos olhos de quem vê. Comprometimento, foco e esforço bem dirigido podem ser tão confortáveis quanto a preguiça e a indulgência. É seu desejo de ter certas regalias que está lhe detendo? Então, reexamine e redefina o que você considera confortável. Sinta-se confortável com as coisas que levarão na direção dos seus sonhos.
UMA FORMIGA ME LEVOU A ORAR


Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela. A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa.


Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa. Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia.”


Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços. Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco. Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências.


Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Invejei a persistência, a força daquela formiguinha. Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor: Que me desse a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia. Que me desse a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas. Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais. Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.


Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer. A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.

Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada. Agradeci ao Senhor por ter colocado aquela formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela.


Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.

sábado, 24 de outubro de 2009


DESPERTE-SE!

Diz-se que a águia deixa seus filhotes ficarem no ninho até que estejam prontos para voar. Nas alturas do ninho e também recebendo a comida facilmente, gostariam de ficar no ninho com a mãe. O instinto natural da águia mostra quando os filhotes têm capacidade de voar e, neste momento, com o seu bico força os filhotes a saírem para o ar livre. Demonstra que estão prontos para despertarem e viverem por si mesmos.
Muitas de nossas mães, de uma maneira ou outra, fazem o mesmo. O filho que fica na “barra da saia” da mãe nunca vai crescer. Fica “dormindo” toda a vida. E a mãe que não desapega da vida do seu filho, está contribuindo para que ele permaneça “dormindo”. A minha mãe fez corretamente, quando eu estava fora, deixou-me nas mãos dos anjos. Não havia necessidade de se preocupar.
Espiritualidade é essencial. Ela faz com que nós nos despertemos, que vejamos a realidade, e que vivamos a vida como ela é. Fé é ver o visível e saber que o Invisível porá tudo em ordem. Evita nossa sonolência. Infelizmente, muitos de nossos amigos vivem adormecidos, criam filhos, trabalham, e morrem sem jamais despertar. Falam que tudo está OK, porém verdadeiramente a sua vida é uma “droga”.
Lembramos da estória da mãe que tentou levantar da cama o seu filho para ir à escola? O filho respondeu: “Eu não vou!”. A mãe replicou: “Dou três razões porque você deve ir: é o seu dever, tem 45 anos e é o diretor da escola. Acorde. Chega de brincar na vida”.
Nós brincamos demais com a vida: com o emprego, com nossa reputação, com a esposa, o dinheiro, a fama, e outras coisas importantes. É necessário consertar nossos brinquedos quebrados.
O problema é que muitos de nós não querem ser curados. Desejamos ficar em nossa fossa, confortável em nossa cama. É irritante ser acordado.
O contrário é dançar com o Divino Dançarino, cantar com o Divino Cantor; nós somos o balé de Deus e a sua canção. A vida é uma beleza. Vamos cantá-la juntos com a Divina Majestade.
Usando todas as coisas, honesta e corretamente, somos levados à felicidade e a Deus.
A chuva é uma só coisa, porém tem diversos resultados. Nos pântanos ela dá espinhos. Nos jardins, dá flores.
Podemos escolher como queremos usar as belas águas das chuvas maravilhosas. A escolha certa refletirá por toda nossa vida. Por que não experimentar essa oportunidade?
Desperte-se!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Palestra do Psiquiatra Içami Tiba

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc, à disposição.

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a condenação judicial deve ser passar todos dias inteiros da pena em hospital de queimados.

4. Confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

8. Temos que produzir o máximo que podemos, pois na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio. Não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.

10. A gravidez é um sucesso biológico, e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

11. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para da droga fazer uso. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

12. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

13. Homem não gosta quando a mulher vem perguntar: 'E aí, como foi o seu dia?'. O dia, para o homem, já foi, e ele só falará se tiver alguma coisa relevante. Não quer relembrar todos os fatos do dia..

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Mães, muitas são loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).

19. Se a mãe engolir sapos do filho, a sociedade terá que engolir os dele.

20. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade. Na vida real, não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha. 'Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador'. O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder.Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. Não há hierarquia. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Tem que controlar e ensinar a gastar.

Palestra ministrada pelo Dr. Içami Tiba, Psiquiatra, em Curitiba, 23/07/08.

Médico pela Faculdade de Medicina da USP, psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, professor-supervisor de Psicodrama de Adolescentes pela Federação Brasileira de Psicodrama. Membro da Equipe Técnica da Associação Parceria Contra Drogas - APCD, membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de diversos cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
Criou a Teoria Integração Relacional, na qual se baseiam suas consultas, workshops, palestras, livros e vídeos. Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.

1º- lugar: Sigmund Freud;
2º- lugar: Gustav Jung;
3º- lugar: Içami Tiba.

"Você não pode evitar que os problemas batam à sua porta, mas não há necessidade de oferecer-lhes uma cadeira" (Joseph Joubert)

SABEDORIA DO CORAÇÃO

Um dia um homem sem fé saiu a passear com um amigo. Viram alguém que se inclinava para o chão pegando alguma coisa, sobre a estrada. “Que coisa ele encontrou?” pergunta o amigo. “Foi um pedaço de Verdade”, respondeu o outro. “E isto não o perturba?”, diz o amigo. “Sim, respondeu-lhe o homem. Receio que ele faça daquele pedacinho de verdade, uma crença!”.

Uma crença é como um sinal de beira de estrada apontando o caminho da Verdade. As pessoas que somente agarram ao poste e à tabuleta, evidentemente não caminham para a Verdade por terem a falsa sensação de já a terem encontrado. O Mestre Jesus grava sua sabedoria no coração dos seus discípulos, não nas páginas de um livro. O discípulo, por sua vez, poderá levar esta sabedoria, em seu coração, durante trinta ou quarenta anos até encontrar alguém que possa recebê-la. Esta é a tradição cristã.

No princípio, as palavras de Jesus não eram escritas. Seus ensinamentos eram repassados verbalmente entre os seguidores. As primeiras comunidades que Matheus, Marcos, Lucas e João dirigiram, repetiam as palavras dos primeiros discípulos de Jesus. Afinal, foram compostos no livro que se chama “Bíblia”. São Jerônimo fez a cópia oficial da Bíblia, no Séc. IV. Um santo Mestre sabia que tinha somente um discípulo para ser seu sucessor. Certo dia mandou chamá-lo e disse: “Estou velho, você é quem irá me suceder. Deixo aqui o livro é repassado fielmente de mestre para mestre por mais de sete gerações seguidas. Eu mesmo acrescentei algumas notas que poderão ser úteis para você”. Conversaram os dois juntos à lareira. O discípulo aceitou o livro e, em ato determinante, jogou-o nas chamas, pois não tinha paixão por coisas escritas. O Mestre gritou: “Que loucura está fazendo?”. O discípulo respondeu: “E você, que loucura está dizendo?”. O sábio fala com autoridade daquilo que ele mesmo experimentou, não cita livro algum.

Assim, os primeiros cristãos seguiram a sabedoria despertada em seus corações. Somente mais tarde é que se escreveram livros sobre estas idéias. Santo Inácio de Loyola falou: “Se a Bíblia fosse destruída, eu poderia reescrevê-la devido às visões que experimentei”. Porém para nós, pessoas simples, a Bíblia é necessária. O discípulo de outro Mestre lia muitos livros. Um amigo perguntou se este discípulo era um sábio e, o Mestre respondeu: “Ele lê muitos livros sim, porém se é sábio, nem sei. Depende como seu coração é tocado”.

Haroldo J Rahm, SJ – Fundador da APOT – Instituição Padre Haroldo
Para pessoas com síndrome de dependência alcoólica e química de ambos os sexos
Tel. (19) 3794-2500 – Campinas – São Paulo – Brasil
Fundador do Amor Exigente, Yoga Cristã e TLC

Contrários

Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais

Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar

Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar

E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer

Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar

Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema, a solução
E o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.

Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar

Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar

Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer

Fábio de Melo
cantor, escritor e padre

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

VESTIDO AZUL

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita.


Ela freqüenta a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.

A professora ficou penalizada com a situação da menina.

“Como é que uma menina tão bonita pode vir para a escola tão mal arrumada?”

Separou algum dinheiro de seu salário e, embora com dificuldades, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul!

Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha vestindo aquele traje novo, fosse suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.

Quando acabou a semana, o pai falou “mulher, você não acha uma vergonha que a nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas de folga, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim”.

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.

Em pouco tempo, o bairro estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou eles bom mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua do barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul.

Não era a intenção daquela professora (psicóloga) consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ela fez o que pode, deu sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que ouras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

Será que cada um de você está fazendo a sua parte no lugar em que vive?

Por acaso é daqueles que aponta os buracos da rua, as crianças à solta sem escolas, drogas e a violência.

Lembre! Que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada!

É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.

Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.

Você acaba de receber um lindo vestido azul!

“Com carinho quero deixar esta mensagem, dizendo que a minha intenção como profissional é de que vale a pena lutar pelos nosso ideais e construir uma vida melhor por onde passamos. Deixando de lado as mágoas, tristezas e preconceitos. Sejamos ferramentas para um mundo melhor”

SEJAM FELIZES!

70 MILHÕES BEBEM NO BRASIL

No Brasil, quase 70 milhões de homens e mulheres bebem. Incluem-se aí desde as pessoas que tomam uma única dose de álcool ao longo de um ano até os dependentes pesados, que não vivem sem a bebida. Entre os dois extremos, existe um grupo que, até pouco tempo atrás, não aparecia nas estatísticas nem nas preocupações médicas: os bebedores de risco. É grande a probabilidade de você, leitor, ser um deles. Estima-se que os bebedores de risco somem 30 milhões de brasileiros.

Aparentemente, são pessoas que mantêm uma relação tranquila com a bebida. Vez por outra, cometem alguns deslizes, mas nada que desperte muita atenção ou faça soar o alarme de que um hábito agradável começa a degenerar em vício. Quem já não dirigiu depois de um jantar regado a um bom vinho? Quem já não tomou alguns copos de cerveja durante um tratamento de saúde à base de antibióticos? Quem já não curtiu uma ressaca tão forte que perdeu o dia na escola ou no trabalho? Pergunte a um bebedor de risco como é a sua relação com o álcool e ele certamente dirá que bebe apenas socialmente. 

Mas o limite que separa esse tipo de bebedor do abismo é muito tênue. Metade deles está à beira do alcoolismo. Os bebedores só não ultrapassarão a fronteira entre o abuso e a dependência se operarem mudanças em relação ao hábito de beber. Resume a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool: "Cuidar desses pacientes significa, no fundo, prevenir o aparecimento do alcoólatra".

Essa abordagem é totalmente inovadora no tratamento do alcoolismo. É um extraordinário avanço o reconhecimento de que existe um processo indolor, uma progressão em terreno inofensivo que conduz lentamente ao alcoolismo patológico. Seu corolário é a noção de que essa fase crônica pode ser diagnosticada e interrompida para que a pessoa um dia possa recuperar a capacidade de desfrutar a bebida sem maiores riscos. Até a década passada, os especialistas preocupavam-se, sobretudo, com as pessoas já na fase da dependência, quando a luta contra o álcool é muito mais difícil de ser vencida e a abstinência total e permanente é a única chance de controle da doença. Para os bebedores de risco, porém, a abstinência não é necessariamente o objetivo a ser alcançado. Isso porque eles ainda não desenvolveram dependência física do álcool. Os bebedores de risco podem passar dias sem tomar uma cerveja, uma taça de vinho ou algumas doses de uísque. Mas para eles a bebida tem um significado psicológico muito positivo. Ela lhes dá prazer, mas, principalmente, maior autoconfiança. Necessária, sim. Mas não imprescindível. São incapazes de divertir-se ou ficar à vontade numa roda sem esvaziar um copo. 

Os estudos mais recentes sobre os efeitos do álcool no organismo mostram que muitos desses homens e mulheres podem continuar desfrutando o que julgam ser os efeitos benéficos da bebida sem enveredar sem volta pelo caminho do alcoolismo. Para isso é fundamental que tomem cons-ciência do grau de risco a que estão se expondo e aprendam a quebrar o padrão de comportamento associado ao álcool. A ajuda que os médicos podem dar aos bebedores constantes não viciados é a "redução de danos". Aderir a ela implica reduzir a quantidade e a frequência com que a pessoa bebe sem obrigá-la à privação total.

É surpreendente ouvir de um médico que alguém que já tenha tido problemas com o álcool possa tomar um drinque de vez em quando, sem o risco de uma recaída. Aos alcoólatras recuperados, o primeiro gole é terminantemente proibido. Isso não vale, porém, para os bebedores de risco, porque eles ainda não caíram nas engrenagens cerebrais inescapáveis que produzem o vício. A principal ação do álcool no cérebro concentra-se em dois neurotransmissores – a dopamina e o GABA. Responsável pela sensação de prazer, a dopamina vai às alturas na presença de álcool. O GABA, por sua vez, um tranquilizante produzido no cérebro, tem seus níveis reduzidos pela bebida. Com a dopamina no alto e o GABA em baixa, o registro na memória da satisfação proporcionada pelo álcool é muito intenso, o que faz com que o cérebro queira repeti-la. Está aberto o alçapão do vício. É na borda dele que se equilibram os bebedores de risco. Eles não estão condenados a cair no abismo. 

Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, os prestigiosos NIH, sugerem alguns passos vitais para o bebedor de risco controlar a bebida e não deixar que ela o controle:

• Estipular uma meta máxima de doses por dia – o ideal é que ela não extrapole uma dose para as mulheres e duas para os homens. 

• Evitar beber em casa ou sozinho. 

• Dar uma hora de intervalo entre uma dose e outra de bebida alcoólica e, enquanto isso, tomar refrigerante, água ou suco. 

Diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo: "Essas mudanças de hábito ajudam o paciente a beber quantidades menores de álcool e a incorrer menos frequentemente em comportamentos prejudiciais à vida dele".

De cada dois bebedores de risco, no entanto, um precisa de ajuda extra para controlar o consumo de álcool. Para eles, a medicina tem boas-novas. Lançado na década de 70, o relaxante muscular Baclofen passou a ser estudado para o controle do consumo de álcool. O remédio age em uma das mais determinantes substâncias associadas ao vício, o neurotransmissor GABA, simulando a ação do álcool (veja o quadro). O uso do baclofen contra o abuso de álcool nasceu de uma experiência pessoal de um médico francês. 

Apesar do sucesso obtido por Ameisen, o uso do medicamento para o controle do consumo de álcool ainda não obteve aprovação das autoridades mundiais de saúde. Mesmo assim, alguns médicos vêm recorrendo ao remédio na tentativa de livrar seus pacientes dos perigos da bebida. Os resultados mais promissores foram produzidos por experiências realizadas em ratos. Para que o Baclofen possa ser prescrito para bebedores de risco ou alcoólatras, é preciso ainda determinar com pesquisas mais amplas – com pelo menos 3 000 voluntários – as doses de segurança do medicamento. Dosagens acima de 30 miligramas por dia podem levar a problemas respiratórios e quadros severos de fraqueza muscular. Um trabalho da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou que apenas 30 miligramas diários do Baclofen não têm o efeito antibebida observado pelo cardiologista Olivier Ameisen com suas doses de 50 miligramas. Um estudo recente feito pela Faculdade de Medicina da Universidade do Chile mostra que os efeitos antibebida do Baclofen são notáveis quando a droga é ingerida na proporção de 1 miligrama por quilo de peso. 

A presença crescente de mulheres classificadas como bebedoras de risco é um fenômeno que vem preocupando as autoridades de saúde. Na última década, houve um aumento de 50% no número de mulheres que se encaixam nesse perfil. Entre os homens, o crescimento foi de 30%. "Se o quadro não mudar, em breve elas devem superar os homens nas estatísticas do alcoolismo", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira. O fenômeno fez disparar o alarme na Associação Americana de Psiquiatria. As conclusões serão publicadas na próxima edição de seu guia, o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (DSM-V), com previsão de lançamento para 2012. A instituição formou um grupo de pesquisadores internacionais para estudar a possibilidade de criar parâmetros específicos para avaliar o abuso e o vício do álcool entre o sexo feminino. Há diferenças cruciais no modo como homens e mulheres se relacionam com a bebida. Como regra geral, elas passam a beber descontroladamente para, como se diz popularmente, "afogar as mágoas" de amores perdidos. As mulheres buscam consolo emocional na bebida e mais comumente do que os homens bebem em casa quando se sentem solitárias. Eles, como é de supor, começam a beber por diversão ou pela emulação do comportamento dos colegas nos bares. Os efeitos da bebida são mais devastadores para o sexo feminino do que para o masculino. 

As doenças decorrentes do alcoolismo matam proporcionalmente duas vezes mais mulheres do que homens alcoólatras. Entre elas, os estragos à saúde provocados pelo vício da bebida costumam aparecer dez anos antes do que entre eles. O álcool é metabolizado no fígado e no estômago pela enzima ADH (álcool desidrogenase). Por uma determinação genética, o organismo das mulheres secreta menos ADH do que o dos homens. Como resultado disso, com a mesma dose de bebida, a quantidade de álcool na corrente sanguínea delas é sempre maior do que na deles. Aumenta a fragilidade da mulher à bebida o fato de os tecidos do corpo feminino serem formados com menos água (-20%) e mais gordura (+11%) do que os do organismo masculino. Essa combinação é uma armadilha para a mulher. Com menor concentração de água, o álcool dilui-se menos e, com mais gordura, ele se mantém por mais tempo no organismo delas. 

Um dos fatores que contribuíram para aumentar o número de mulheres com problemas com o álcool é a preocupação exagerada com a estética. Muitas lançam mão da bebida para substituir a comida e, assim, perder peso. Estima-se que 27% das mulheres adultas que abusam do álcool façam isso. Os americanos criaram inclusive um termo para classificá-las: drunkorexic (anorexia alcoólica, em português). Essas mulheres passam o dia em jejum a fim de controlar as calorias e, depois, abusam do álcool para aliviar a ansiedade e aplacar a fome. O álcool de fato sacia – e não só pelas calorias. Ao entrar no organismo, ele irrita a parede do estômago e dos intestinos, desenca-dean-do um processo inflamatório. A inflamação, por seu turno, estimula a produção da leptina, enzima que na mucosa gástrica do aparelho digestivo é responsável pela sensação de saciedade. 

O grande desafio da medicina é fazer com que os bebedores de risco se reconheçam como tais e procurem ajuda. Diz o psiquiatra André Malbergier, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo: "Na maioria das vezes, eles consomem aquela quantidade de álcool aceita socialmente e só chegam aos consultórios quando o álcool ataca a saúde, provocando gastrite e dor de cabeça crônica". Teremos cumprido nosso objetivo se ao acabar de ler esta reportagem você se reconhecer como um bebedor de risco e isso levá-lo ou levá-la a procurar ajuda profissional. Saúde! 

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A RATOEIRA


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, disse: - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e lhe disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! - Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.

O rato dirigiu-se então à vaca. - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! A vaca respondeu: - O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre- se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe...
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