quinta-feira, 17 de novembro de 2016

FAZER DAR CERTO

Certa vez, um homem estava procurando algo, debaixo de um poste de luz, altas horas da noite. Passou um amigo e lhe perguntou o que estava procurando. “Perdi a minha e estou procurando-a”. O amigo, solidário, começou a procurar também.

Mais de uma hora depois, o amigo perguntou: “Você tem certeza que foi aqui mesmo que você perdeu a chave?” O homem, respondeu: “Não! Eu perdi mesmo foi perto daquele outro poste... mas lá está sem lâmpada e não dá para procurar!”

É comum acontecer algo semelhante em nossa busca de conversão. As partes mais difíceis do Evangelho, deixamos para depois, e vamos caprichando em outros pontos bem mais fáceis. Precisamos por remédio na ferida, mesmo que doa; atacar o pecado onde ele está.

Muitas vezes, o que atrapalha a nossa conversão não é que nos recusamos a cumprir a Lei de Deus, mas é que nos contemos em cumprir mais ou menos com mediocridade. Ficamos no meio do caminho. 

O mundo precisa de pessoas definidas na fé. A indefinição diante de Deus é pior que a negação dele. Sim é sim, não é não, o certo é o certo o errado é o errado a verdade é a verdade a mentira é mentira, não pode existir meio termo quando desejamos servir a Deus.

Neste Evangelho, Jesus faz uma lamentação sobre Jerusalém. Os olhos dos seus habitantes se fecharam, seu coração se endureceu. Enveredaram por um caminho que é o avesso da paz.

Por isso, Jerusalém será destruída. Não por que Deus castiga, mas porque o salário do pecado é a morte. 

Se as pessoas se abrissem para o tesouro que nos foi dado em Jesus, com certeza o mundo seria melhor. 

Que Maria Santíssima interceda junto de Deus, para que ele transforme o nosso coração de pedra em um coração de carne, aberto à conversão.

sábado, 5 de novembro de 2016

TODOS OS SANTOS

Chamamos de santos aqueles que nos fazem ver onde está a verdadeira felicidade. Festejamos neste dia todos aqueles que tomam de tal modo a sério as bem-aventuranças que são hoje plenamente felizes. 

No Apocalipse que escutamos na primeira leitura. Vemos uma multidão de 144.000 de todas as tribos de Israel. Isto simboliza todo o Israel. Pois 12 x 12 x 1000 é tudo. Fica claro que Israel haverá de ser salvo pelo sangue de Cristo. Mas, há ainda mais: "Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro". Essa multidão são todos os povos da terra, chamados por Cristo, na Igreja, para a salvação, para a santificação que Deus nos oferece. Notemos bem: "uma multidão que ninguém podia contar". A salvação é para todos, a santidade não é para um grupinho. Todos são chamados a essa vida divina que Deus quer partilhar conosco, todos são chamados à santidade! "Trajavam vestes brancas e traziam palmas nas mãos. São os que vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro". Eis quem são os santos: aqueles que atravessaram as lutas desta vida, as tribulações desta nossa pobre existência, unidos a Cristo; são os que venceram em Cristo – por isso trazem a palma da vitória; são os que não tiveram medo de viver e, se caíram, se erraram, foram, humildemente, lavando e alvejando suas vestes no sangue precioso de Cristo: são santos não com sua própria santidade, mas com a santidade do Cristo-Deus. Nunca esqueçamos: ninguém é santo com suas forças, ninguém é santo por sua própria santidade: só em Cristo somos santificados, pois somente Cristo derrama sobre nós o Espírito de santidade. O nosso único trabalho é lutar para acolher esse Espírito, deixando-nos guiar por ele e por ele sermos transfigurados em Cristo! 

Num mundo que vive estressado, que corre sem saber para onde, num mundo que já não crê nos verdadeiros valores, porque já não crê em Deus, contemplar hoje todos os santos é recordar para onde vamos e qual é o sentido da nossa vida! Não tenhamos medo de ser de Deus, não tenhamos medo de testemunhar o Evangelho. Venceremos todo o medo se alimentarmos nossa vida com a Palavra de Deus e a Eucaristia. 

Infelizmente, muitos hoje têm como heróis os atletas, os atores, os cantores e tantos outros que não têm muito e até nada para ensinar. Quanto a nós, que nossos heróis e modelos sejam os santos, verdadeiros heróis venceram as tribulações desta vida seguindo o Cristo! Que eles roguem por nós, pois o que eles foram, nós somos e o que eles são, todos nós somos chamados a ser. 

Jesus declara felizes os pobres de coração, porque eles estão libertos de tudo o que poderia entravar a sua liberdade e a alegria é o fruto da liberdade. 

No sentido bíblico pobre de coração é aquele que crer, espera e ama. O pobre de coração é aquele que põe crédito em Deus. Quando se fala de noivos, fala-se de duas pessoas que confiam entre si, que se fiam uma na outra, que “põem crédito”. 

A desconfiança torna a pessoa infeliz. Confiar é se abandonar ao outro. Crê em Deus, somente aquele que mesmo no meio do seu sofrimento ou da sua confusão, confia sempre na vontade do Senhor. 

O pobre é também aquele que espera. O rico é aquele que não pode esperar, está plenamente satisfeito. Conhecemos tanta gente que não sabe esperar. O pobre de coração está virado para um futuro que espera que seja melhor; por isso ele continua sempre a procura, porque sabe nunca ter totalmente encontrado. A sua vida é uma procura, e todos os sinais que ele encontra o enche de alegria e o faz avançar. O pobre é aquele que aceita ser criticado pela Palavra de Deus. Autocritica só é possível para aquele que deseja ser melhor. 

O pobre é aquele que ama. Por não pode se satisfazer apenas consigo mesmo, o pobre está disponível para servir os seus irmãos. Sabe que o mundo não gira ao redor de si, abre os olhos e vê aqueles que esperam os seus gestos de amor; ouve seus irmãos e estende suas mãos para àquele que tem necessidade. A sua pobreza fá-lo receber e, ao mesmo tempo, dar o pouco que tem. 

Chamamos de santos aqueles que nos fazem ver onde está a verdadeira felicidade: Crer, esperar e amar.

sábado, 29 de outubro de 2016

COMO MANTER UM AMOR


Mãe e filha caminhavam pela praia, quando a jovem pergunta:

- Mãe, como se faz para manter um amor?

A mãe olhou para a filha e respondeu:

- Pega num pouco de areia e fecha a mão com força...

A jovem assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia com a mão com mais velocidade a areia se escapava.

- Mamãe, mas assim a areia cai!!! 

- Eu sei, agora abre completamente a mão...

A jovem assim fez mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava na sua mão.

- Assim também não consigo mantê-la na minha mão!

A mãe, a sorrir disse-lhe:

- Agora pega outra vez num pouco de areia e mantenha a mão semi-aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade.

A jovem experimenta e vê que a areia não se escapa da mão e está protegida do vento.

É assim que se faz durar um amor...

Se você quer muito alguma coisa, deixe-a livre... Se ela voltar será sua para sempre, se não, é porque nunca foi sua de verdade.

A LIBERDADE É O ESPAÇO QUE A FELICIDADE PRECISA! 

AMOR SALVA O PECADOR

Jesus estava ia para Jerusalém, em direção ao Calvário no caminho da CRUZ, Jesus entra em Jericó e indo a busca dos sofredores, os doentes. 

Andando pela cidade, rodeado pela multidão, encontrou-se com Zaqueu um homem muito rico e pecador. Funcionário do Império Romano chefe dos cobradores de impostos, representavam a opressão do Romana e geralmente eram desonestos, pois cobravam a mais para ficar com uma parte e por isso enriqueciam facilmente, motivo pelo qual eram odiados pelo povo e considerado pecador.

Em Jericó, havia muitos cobradores de impostos, porque era uma cidade de trânsito, de passagem e de grande comércio, por isso essa profissão de cobradores de impostos era muito rendosa.

A história desse homem nos ensina que os pecadores se acreditarem em Jesus serão salvos por Ele.

O primeiro passo foi ouvir: Zaqueu já havia escutado falar de Jesus. Alguém já tinha falado de Jesus e ele tinha escutado. 

O segundo passo foi o desejo se encontrar com Ele: Zaqueu tinha imensa vontade em conhecê-Lo. Sentia-se atraído pela fama de sua santidade e seus milagres, conhecidos e comentados por toda parte. 

O terceiro passo foi em busca com humildade: Ele era de estatura baixa e grande era a multidão que acompanhava Jesus, por isso correu na frente e subiu numa figueira, assim quando Jesus passasse ele poderia vê-lo. Apesar de Zaqueu ter uma posição social boa, não se importou de se expor, subindo numa árvore, para enxergar Jesus, assim que Ele passasse. Só a verdadeira humildade abra a porta da nossa vida para que Jesus possa entrar.

Jesus ao passar olhou para Zaqueu, com aquele olhar que só Jesus tem e disse: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa”. Lucas não diz, mas parece que Zaqueu despencou da figueira de susto. Zaqueu não esperava tanta consideração da parte de Jesus. De fato, Deus volta-se para todos nós com muito mais atenção do que nós esperamos. Faz nossos desejos recompensados muito acima do que merecemos. 

O quarto passo acolheu Jesus, abriu espaço para ele, mudou sua rotina, chamou seus amigos e parentes para que eles também fizessem a experiência. Como nós que depois que fazemos um retiro ou outra experiência forte do amor de Deus queremos que todos os que amamos também o façam. Por certo Zaqueu preparou um belo jantar, convidou seus amigos para recepcioná-lo. Vendo isto os judeus estranharam que Jesus fosse comer na casa de um pecador, pois até entrar na casa deles era proibido.

A questão meus irmãos não era se Zaqueu era rico ou pobre, a culpa não está nas riquezas, mas no mau uso que delas se faz; pois, se as riquezas são um meio de perdição para os maus, nas mãos dos bons é um poderoso auxílio de suas virtudes.

Cristo chamou Zaqueu porque viu sua disposição e o esforço que fez para vê-lo passar. Se prestarmos atenção nesta história veremos que:

- Deus começa a operar primeiro em nós, fazendo com que queiramos:

- Depois coopera conosco, na busca daquilo que queremos; 

O passo definitivo da conversão se tornando um homem novo. Zaqueu teve um encontro pessoal com Jesus e mudou completamente sua vida. Ele se encantou com Jesus, sentiu o seu amor, a sua doçura, a sua bondade, a sua compaixão, o seu perdão. Zaqueu se mostrou arrependido da vida que levava, Jesus disse a ele: “Hoje entrou a salvação nesta casa”. 

Com a graça de Deus, o pecador pode salvar-se. A pergunta mais importa para mim é, o que fez Jesus para Zaqueu, para que ele se transformasse assim radicalmente?

Jesus simplesmente não o excluiu, teve um gesto de amor, de acolhida, quis visitá-lo, deu-lhe atenção, valorizou-o, não marginalizou e nem excluiu por ser ele um pecador. Mas sim, Jesus deu-lhe amor, sem o acusar de nada, sem lhe pedir nada.

Nós também precisamos aprender com Jesus a olhar para o pecador e não para o pecado só assim conseguiremos trazer os irmãos de volta para Deus. Amemos ainda mais os que erram, pois somente o amor fará com que essas pessoas reparem os seus erros e mudem de vida. 

Só o amor salva.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

IGREJA CATÓLICA - 31/12/2014

Cidade do Vaticano – Por ocasião do Dia Mundial das Missões (23/10), a Agência Fides apresentou algumas estatísticas com o fim de oferecer um quadro panorâmico da Igreja no mundo. Os dados foram extraídos do último “Anuário Estatístico da Igreja” e se referem a membros da Igreja, estruturas pastorais, atividades nos campos médico, assistencial e educativo.


População mundial: Em 31 de dezembro de 2014, a população mundial era de 7.160.739.000 pessoas, com um aumento de 66.941.000 unidades em relação ao ano precedente: os maiores aumentos registraram-se na Ásia e na África, América e Oceania . A população européia se reduziu.

Número de católicos: Em 31 de dezembro de 2014, o número de católicos era de 1.272.281.000, com 18.355.000 pessoas a mais do que no ano precedente. O aumento é constatado em todos os continentes, com exceção da Europa. A porcentagem de católicos aumentou em 0,09%, ficando em 17,77%.

Habitantes e católicos por sacerdote: O número de habitantes por sacerdote aumentou também, alcançando a quota de 13.882. O número de católicos por sacerdotes é de 3.060.

Circunscrições eclesiásticas e estações missionárias: As Arquidioceses e Dioceses são 2.998. As estações missionárias com sacerdote residente são 1.864 e aquelas sem sacerdote residente são 136.572.

Bispos: O total de Bispos no mundo é de 5.237. Os Bispos diocesanos são 3.992 e os Bispos religiosos são 1.245.

Sacerdotes: O número total de sacerdotes no mundo é de 415.792. Os sacerdotes diocesanos somam 281.297, com aumentos na África, América e Ásia. Os sacerdotes religiosos são 134.495. Os diáconos permanentes são 44.566. 

Religiosos e religiosas: Os religiosos não sacerdotes somam 682.729.

Institutos seculares: Os membros dos Institutos seculares masculinos totalizam 654. Os membros dos Institutos seculares femininos são 24.198.

Missionários leigos e catequistas: O número de Missionários leigos no mundo é de 368.520. Os catequistas no mundo são 3.264.768.

Seminaristas: Os seminaristas maiores diocesanos são 70.301 e os religiosos 46.638, totalizando 116.939. O total de seminaristas menores diocesanos e os seminaristas menores das congregações é de 24.453, num total de 102.942. 

Institutos de instrução e educação: No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 73.580 escolas maternais, frequentadas por 7.043.634 crianças; 96.283 escolas de ensino fundamental com 33.516.860 alunos; 46.339 institutos de educação secundária, com 19.760.924 estudantes. Acompanha ainda 2.477.636 alunos de escolas superiores e 2.719.643 estudantes universitários.

Institutos médicos, de beneficência e assistência: Os institutos de beneficência administrados pela Igreja no mundo incluem: 5.158 hospitais (a maioria na América e na África); 16.523 postos de saúde; 612 leprosários; 15.679 casas para idosos, doentes crônicos e pessoas com deficiência; 9.492 orfanatos; 12.637 jardins de infância; 14.576 consultórios matrimoniais; 3.782 centros de educação ou reeducação social e 37.601 instituições de outros tipos.

sábado, 10 de setembro de 2016

A OVELHA PERDIDA

É comum às vezes uma ovelha se desgarrar do rebanho e ficar perdido pelos campos. Ao perceber, o pastor larga o rebanho pastando e corre, à sua procura, e quando a encontra agradece a Deus. Ele fica muito feliz ao encontrar a sua ovelha perdida, e a colhe com carinho, reconduzindo-a ao rebanho.

Imaginemos então o desespero de um pai ou uma mãe que perde um filho na rua. Não é incomum ver crianças que se perderam dos pais por que se distraíram ao ver uma coisa que lhes interessou. E a imensa alegria do reencontro, é como recuperar um pedaço de nós mesmos que havia se perdido. Isso é o que vemos, nos relatos no Evangelho de Jesus a Misericórdia de Deus está sempre acompanhada com a palavra ALEGRIA. 

O mundo de hoje está repleto de ovelhas perdidas. São pessoas que sofrem as consequências de terem se desgarrado do rebanho de Cristo, e seguiram outros caminhos. Experimentam aquele desespero, angustia e vazio das crianças que se desprenderam das mãos protetoras de seus pais em meio à multidão de desconhecidos. 

Isso acontece com muitos de nossos irmãos, se desgarram do caminho do Deus quando alguma coisa os chama a atenção, nos distraem ou iludem. Coisas como as novidades do mundo virtual, a sedução da beleza, do prazer, da vaidade, ou as seduções do ter e da ganância.

Não se trata de condenar o progresso ou os bens materiais em si. O que lamentamos, é que tudo isso nos faz desgarrar, desviar do caminho, da verdade e da verdadeira vida. 

Muitos nem percebem que estão perdidos. Seguem andando, e pensando que estão no caminho certo, que são pessoas de Deus, só pelo fato de fazer o sinal da cruz ao deitar, pelo fato de fazer uma rápida oração vez em quando.

Quando estamos em pecado, não enxergamos o caminho a seguir, e nos perdemos na escuridão. Um dia eu li em um carro esta frase: Não me siga. Eu estou perdido! 

Uma brincadeira engraçada, porém com um grande fundo de verdade. Como podemos seguir a alguém que se acha perdido? Não chegaremos a lugar nenhum. 

Isso é o que acontece a muitos dos nossos jovens, que escolheram como heróis cantores, atores, jogadores de futebol, pessoas que na verdade estão completamente perdidos na vida. Que há muito tempo escolheram um caminho de pecado. Escolhamos como modelos os santos, aqueles que em tudo procuraram fazer a vontade de Deus e assim encontraram a verdadeira felicidade.

O pecado nos cega, e não deixa enxergar o caminho, não vemos a mão de Jesus estendida para nos levantar. 

Para vencer ao pecado vamos recorrer a misericórdia de Deus, buscar o perdão, a confissão, e se reintegrar ao rebanho de Deus.

E, com certeza, seremos acolhidos pelo Pai que nos ama, e como o pastor da parábola, nos reconduzirá com alegria ao seu rebanho

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

PARA QUE NASCEU NOSSA SENHORA?

Fragmento do Sermão do 
Nascimento da Mãe de Deus 
por Pe. António Vieira

Hoje a Igreja inteira celebra a festa da natividade da Virgem Santíssima; d'Aquela Mulher que, quando o mundo jazia no pecado, resplandeceu cheia de Graça iluminando-o com uma luz que ele não via há muito tempo. Iluminando-o com uma luz que era prenúncio da Luz do Seu Divino Filho.

Dos diversos títulos da Virgem Mãe de Deus sempre me deixam admirados. Em particular, gosto de quando A vejo chamada Estrela da Manhã. Assim como esta estrela surge brilhante quando ainda é noite, assim a Virgem Santíssima surgiu ainda nas trevas do mundo. Como um sinal d’Aquele que estava por vir.

Que Ela também surja em nossas vidas, escurecidas pelo pecado; que seja a esta Senhora, Refugium Peccatorum, que nos apeguemos com confiança quando nossas almas estiverem em trevas. Que A recebamos com amor filial, certos de que, d’Ela, mais uma vez, havemos de receber Nosso Senhor, havemos de receber a Graça capaz de transformar as nossas vidas. Antes que a Luz resplandecesse nas Trevas esta Estrela surgiu na escuridão dos Céus; e, tão certo como a aurora segue o aparecimento da Estrela da Manhã, também a Graça há de (re)nascer nas almas que permitirem que, nelas, resplandeça gloriosa a Virgem Imaculada. Que Ela nasça em nós, para que em nós Nosso Senhor possa nascer d’Ela. Que estejamos sempre muito unidos a Ela, a fim de estarmos unidos ao Seu Divino Filho.

Para que nasceu Nossa Senhora? Nasce para ser Arca de Noé, em que o gênero humano afogado no dilúvio se reparasse do naufrágio universal do mundo. Nasce para ser Escada de Jacob, e não para que os descuidados de sua salvação se não aproveitassem dela, como o mesmo Jacob dormindo, mas para que vigilantes e seguros subam por Ela da terra ao Céu. Nasce como Vara de Moisés, para ser o instrumento de todas as maravilhas de Deus, e a fama e alegria de Sua onipotência. 

Nasce para ser o verdadeiro e infalível Propiciatório, em que o Deus das vinganças, ofendido e irado, trocada a justiça em misericórdia, tenhamos sempre propício. Nasce para ser Trono do Rei dos Reis, o Salomão divino, ao qual Trono as três hierarquias das criaturas visíveis e as três das invisíveis servem de penha, não humildes como degraus por se confessarem sujeitas à Sua grandeza, mas soberbas como leões por acrescentarem altura à Sua Majestade. Nasce para ser Torre fortíssima de David, fornecida e armada de milhares de escudos tão próprios [?] e aparelhados sempre à nossa defesa, como seguros e impenetráveis a todos os tiros e golpes de nossos inimigos. Nasce para ser verdadeira Arca do Testamento, coroada com as duas coroas de Mãe e Virgem, dentro da qual não só se conservarão sempre inteiras as tábuas da Lei, mas esteve e está encerrado o Maná, que desceu do Céu, onde quotidianamente o podemos colher, por isso coberto e encoberto, mas não fechado. Nasce para ser Tabernáculo no deserto, e Templo em Jerusalém: Tabernáculo em que Deus havia de caminhar peregrino, e Templo em que havia de morar de assento, tão imóvel e permanente n’Ela como em Si mesmo. Nasce para ser não uma, senão as duas árvores famosas do Paraíso terrestre, a da vida e a da ciência; porque d’Ela havia de nascer o bendito fruto em que estão depositados todos os tesouros da ciência e da sabedoria de Deus, e o da vida da Graça no mesmo Paraíso perdida e por Ela restaurada. Nasce para ser em Seus passos como os daquelas duas colunas que guiaram o Povo escolhido à terra de Promissão: uma de nuvem para nos emparar e defender dos raios do Sol da Justiça, e outra de fogo para nos alumiar na noite escura desta vida até nos colocar seguros no dia eterno da glória. Nasce, enfim, para ser Vara de Jessé, de cujas raízes havia de nascer a mesma Vara Maria que hoje nasce, e a mesma flor Cristo Jesus que dela nasceu: Maria, de qua natus est Iesus.

Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus: Maria, de qua natus est Iesus.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

TERRA DE SANTA CRUZ

Veja os belos nomes que os portugueses deram para o Brasil: Primeiro "Ilha de Santa Cruz". Pensavam que se tratava só de uma ilha. Depois, chegando mais perto "Monte Pascoal". Finalmente viram que era um verdadeiro continente e lhe deram o nome de "Terra de Santa Cruz".

Mais tarde, trocaram para "Brasil" por causa da madeira vermelha que era uma grande fonte de riqueza. Pensaram que tinham roubado do Brasil seus nomes religiosos; eles se enganaram, o Pau Brasil era um 'lenho vermelho', ora, lenho vermelho só existe um: a Cruz de Cristo. Nós, os brasileiros, ainda temos a Cruz em nosso nome.

A primeira atividade realizada em nossa terra foi a Santa Missa. A primeira árvore que derrubaram não foi para construir uma ponte, uma canoa, foi para fazer um Cruzeiro e um Altar.

As velas das caravelas tem o Sinal da Cruz, as bandeiras, os estandartes, e até a moeda se chamava "cruzeiro", até bem pouco tempo.

A primeira homilia de frei Henrique foi sobre a Cruz de Cristo. Mais tarde, na fundação de Brasília, vemos a mesma devoção, o engenheiro Lúcio Costa que planejou a cidade nos conta: "Eu tinha em minha frente uma grande folha de papel em branco, não sabia como planejar uma cidade. Fiz no papel, com um lápis, uma grande cruz, assim surgiu o plano de Brasília. Falam que parece um avião, uma ave levantando voo, é uma cruz".

O papa João XXIII mandou colocar no topo do mundo, no Polo Norte, uma grande cruz de ébano, de 2 metros. Piedoso do papa.

No céu do Brasil brilha a constelação do Cruzeiro do sul, como sinal de proteção. É como se dissesse: o papa plantou uma cruz no Polo há alguns anos atrás. Deus plantou no céu uma cruz há 15 bilhões de anos. 

A cruz é um símbolo profético até na matemática. É o sinal mais simples (+), dois tração, mas eles somam, aumentam. A cruz não diminui.

São duas traves: uma horizontal que mostra a terra e seus problemas, outra vertical que aponta para o céu, tudo vai lá para cima.

A língua chinesa tem uma intuição maravilhosa. Os chineses escrevem por símbolos. Em mais de 3 mil palavras nós vemos no centro dos símbolos o sinal da Cruz. São as palavras mais bonitas da língua chinesa: poesia, música, alegria, paz, rei...

Irmãos no país onde moras, a Mãe Deus é venerada por milhões de brasileiros. Vamos sentir orgulho de nossa história, principalmente da história invisível, que não aparece nos livros. É a história de uma alma, a alma de Portugal e do Brasil.

VELHINHA É A VOVOZINHA

IDOSA é a pessoa que tem muita Idade;

Velha é a pessoa que perdeu a juventude.

A idade muda nossa aparência;

A velhice muda nosso espírito.

Por isso, nem todo idoso fica velho.

Como é triste ver gente de pouca idade com cabeça de velho.

O mesmo ocorre com as coisas: há coisas que são antigas e há coisas que são velhas.

Coisas antigas - chamamos de antiguidade -, e não tem preço; Gradamos para sempre e passam de geração em geração.

Coisas velhas já não tem valor nem um, e jogamos fora. E vemos cosas que ficam velhas rapidinho. Quase sem ter muita idade.

Você é idoso quando é convidado para alguma coisa sepergunta se vale a pena;

Você é velho, quando sem pensar responde que não.

Você é idoso quando sonha;

Você é velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende;

Você é velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando faz ginástica;

Você é velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente AMOR;

Você é velho quando só sente ciúmes.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida;

Você é velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada;

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs;

Você é velho quando seu calendário só tem ontens.

Idosa é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência; ela é uma ponte entre o passado e o futuro pois é no presente que os dois se encontram.

O velho é aquele que tem carregado o peso dos anos; que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite o pessimismo e a desilusão. Repetindo fazes como “no meu tempo que era bom!” - Como se hoje em dia não existisse mais nada de bom. Para ele, o presente ou futuro, pois só enxerga o passado.

O idoso se renova a cada dia que começa,

O velho se acaba a cada noite que termina,

Pois enquanto o idoso tem seus olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e a esperança se ilumina, o velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.

O idoso tem planos, o velho tem saudades.

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos;

O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva uma vida ativa, cheia de projetos a realizar e coisa por fazer. Para ele o tempo passa rápido e a velhice nunca chega.

O velho cochila no vazio de sua vidinha e suas horas se arrastam, destituídas de sentido.

As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do velho são feias, porque foram vincadas pela amargura.

Em suma, o idoso e o velho são duas pessoas que até podem ter, a mesma idade nos documentos, mas idades bem diferentes no coração

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

QUEM SE HUMILHA, SERÁ ELEVADO

Diversas passagens nos mostram Jesus ocupação em ensinar os discípulos. A maioria do seu tempo ele dedicava à formação deles; explicava as parábolas, respondia às questões, e às vezes dava bronca. 


O futuro da Igreja está na formação de novos cristãos, que sejam fermento na massa, atuando nas pastorais, e nas organizações sociais. 

Jesus sempre foi franco e claro, mas os discípulos tinham dificuldade para entender suas palavras, isso porque eram diferentes do que eles esperavam, por isso sentiam medo. 

Jesus fala sobre sua entrega na Cruz, mas os discípulos discutem sobre quem dentre eles é o maior. O Senhor vê que eles não tinham entendido nada, e mais uma vez Ele explica: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Que paciência tem o Senhor, não se cansa de repetir sempre de novo, não desanima com os resultados! 

Uma boa formação cristã deve nos aproximar dos mistérios de Deus, especialmente do mistério da cruz. Embora aceitar a cruz sempre será difícil. Nós até usamos fazer o sinal da cruz, beijamos a cruz, trazemos ela pendurada ao pescoço, veneramos a cruz... Mas, o caminho da cruz se faz na vida, não na teoria! Essa cruz de Cristo está presente nas dificuldades, no convite à renúncia de nossa vontade para fazer a vontade do Senhor, na aceitação dos caminhos de Deus, na doença e na morte, nas perdas que a vida nos apresenta... Todas essas coisas nos põem à prova. Jesus passou por esse caminho, e nos convida a segui-lo. Nossa tentação é mesma a dos primeiros discípulos: um cristianismo fácil, adequado com a mentalidade do mundo atual, que não custe o preço da cruz! Se assim for, estaremos longe de Jesus, não o conheceremos! E coremos o risco de um dia quando nos encontrarmos com ele face a face que Ele nos diga: “apartai-vos de mim não vos conheço”. 

Não amamos a cruz pela própria cruz, mas porque na cruz está aquele que nos amou por primeiro. É o amor ao Senhor que torna a nossa cruz possível de ser carregada. Sem esse o amor, a cruz é insuportável. Com Jesus e por causa de Jesus, a cruz se torna a árvore da vida e a escada do céu. É o amor a Jesus que torna doce o que é amargo nesta vida! 

Experimentamos esse amor estando com ele na oração, lendo o Evangelho, alimentando durante o dia todo, sua lembrança bendita, procurando por ele nos sacramentos, lutando pacientemente para vencer nossas fraquezas... Sem esses exercícios não há amor, não há como compreender a cruz e sem tomar a cruz não seremos cristãos! E quando vier a crise, largaremos tudo, trairemos o Senhor e terminaremos por fazer do nosso jeito, salvando a pele e fugiremos covardemente da cruz... 

E por que o Senhor nos escolheu um caminho tão difícil? Porque fomos quebrados pelo pecado, estamos doentes interiormente! O pecado nos desfigurou! São Tiago traça um perfil muito realista e muito feio da nossa realidade: guerras interiores, paixões, disputas, auto-afirmação doentia, desordens e toda espécie de obras más... Isso tudo nos fecha para Deus, nos acorrenta a escravidão do ter, do poder e do prazer. É a cruz do Senhor quem nos purifica, nos corrige e nos liberta. 

O Senhor nos oferece o caminho da cruz porque não há outro caminho. Somente sentimentos, risos, cantorias e boa vontade não nos colocariam de verdade em comunhão com o Senhor no seu caminho. O mistério do pecado é sério demais, profundo demais para ser tratado com leviandade. 

Agora, a formação dos cristãos é um trabalho lento, que só produz fruto em longo prazo. É preciso ter paciência. Por exemplo, se perguntarmos para uma catequista mais velha, de quem ele aprendeu todas as coisas bonitas que sabe, ela vai citar, provavelmente, alguém que já morreu. Não podemos visar frutos imediatos; precisamos pensar longe, e não querer colher todos os frutos das sementes que lançamos. 

Existem duas maneiras de formar cristãos: nos cursos e nas atividades pastorais. Esta última é dada por todos nós, mas principalmente pelos idosos, que comunicam aos mais novos a sua longa experiência de vida cristã. 

Deve-se dar destaque à formação dos jovens, pois eles são o nosso futuro, e são os primeiros que caem nas armadilhas da sociedade pecadora. Os jovens, devido à sua alegria e dinamismo, são à força da Comunidade cristã. Entretanto, os jovens só se tornarão Igreja quando a Igreja se tornar jovem. 

Que nós, a exemplo de Jesus, nos dediquemos mais à nossa própria formação, e passemos para os nossos irmãos e irmãs o que aprendemos. 

São Martinho, um dia, queria ele ajudar um mendigo que pedia esmola, mas não tinha nada para lhe dar, sentou-se na calçada, ao lado do mendigo, e pedia esmola junto com ele, para ajudá-lo. A humildade leva os cristãos a tomar atitudes inusitadas. 

Se alguém quiser ser o primeiro que seja o último de todos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

SALVE RAINHA



Salvemos a grande Rainha a mãe do Senhor, a cheia de graças que ofereceu o seu corpo para a encarnação do Filho de Deus que veio até nós.

Saudemos a grande Rainha que é mãe da grande misericórdia, porque seu Filho é misericordioso e é a esperança nossa. Esperança de uma vida que será uma doçura, que será eterna.

Diante da grande Rainha nós bradamos, gritamos, e choramos, como degredados, desesperados, sofredores, porém conscientes de que somos filhos de Eva, filhos da mãe do nosso Senhor Jesus Cristo, o nosso salvador.

A vós recorremos mãe puríssima e poderosíssima, pois estamos vivendo em um verdadeiro inferno de violências que nos leva constantemente às lágrimas. Estamos em um vale profundo de lutas pele sobrevivência, e por um lugar ao sol, e que se resulta em um grande vale em que choramos, sofremos, e por isso é um vale de lágrimas!

Mãe clementíssima olhai por nós, rogai por nós. Seja pois a nossa advogada junto ao teu Filho amado no dia do juízo final. Defenda-nos pois neste mundo somos arrastados para o pecado constantemente, ajude-nos para que um dia estejamos juntos na glória eterna.

Mãe poderosa! Nós te suplicamos que depois deste desterro que é a vida na Terra, mostrai-nos Jesus. Conduza-nos a Jesus que foi o bendito fruto de vosso ventre, ou melhor, aquele que abrigaste em teu corpo, para a salvação da humanidade. Porém, muitos até hoje rejeitaram o Plano de Deus. Ajude-nos, mãe clementíssima, mãe piedosa, ó doce e sempre virgem Maria!

Jesus nos fez muitas promessas:

Ele nos prometeu a vida eterna se deixássemos mulher e filhos por causa do Reino.

Ele nos prometeu cem vezes mais nesta vida se largássemos tudo para servi-lo.

Ele nos prometeu que iria nos apresentar ao Pai se o confessássemos, se o apresentássemos nesta vida aos homens e as mulheres.

Ele nos prometeu que se déssemos um da Terra teríamos cem no Céu.

Ele nos prometeu que seríamos felizes se fôssemos injuriados, caluniados e torturados por causa do seu nome.

Ele nos prometeu que seríamos saciados, por ter passado fome e sede justiça nesta vida.

Ele nos prometer que iríamos sorrir, se nesta vida vivemos a chorar por causa dos nossos sofrimentos.

Ele nos prometeu muitas coisas boas e maravilhosas, porém, nós constantemente estragamos tudo isso por causa do nosso egoísmo, por causa da nossa falta de fraternidade, por causa da nossa indiferença, por causa dos nossos pecados.

Por isso ó mãe poderosa nós vos suplicamos que nos ajude a sermos fiéis a Deus, que nos ajude a seguir Jesus, a viver o Evangelho. Ajude-nos a vier a castidade, ajude-nos a viver em santidade!

Ó mãe querida! Rogai por nós para que sejamos dignos das promessas de Cristo, teu Filho e Senhor nosso!

José Salviano 
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2016/08/assuncao-de-nossa-senhora-jose-salviano.html

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

AGOSTO MÊS DO DESGOSTO ? ? ?

O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do desgosto. É difícil afirmar qual a origem exata desta crendice. Sabemos que foram os romanos quem deram este nome ao oitavo mês do ano, numa homenagem ao imperador Augusto. Os próprios romanos naquela época, já acreditavam no mau agouro deste mês.

É no mês de agosto, especificamente no dia 24, que se comemora o martírio do apóstolo São Bartolomeu (Natanael). Sua pregação do Evangelho, promoveu milhares de conversões ao cristianismo na Armênia, o que provocou a inveja dos sacerdotes locais. Fato que motivou sua execução; primeiro lhe tiraram a pele e depois o decapitaram. (em 24 de agosto de 51 d.C)


São Bartolomeu sem a pele, 
antes de ser decapitado.

Já deu para perceber que o dia 24 de agosto é associado ao mal e a inveja.

As mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil.

Na Alemanha, entretanto, as mulheres não acreditam nesta superstição. Enquanto em muitos países maio é o mês das noivas, lá as moças sonham casar no mês de agosto. 

Mas, apesar de muita gente se dizer incrédulo nos azares próprios do mês de agosto, nos meus 17 anos de padre nunca assisti um matrimônio neste. A verdade é que as pessoas - acreditando ou não - preferem não brincar com essa crendice.

Para nós agosto é uma época especial por ser o mês vocacional, nesse mês a Igreja nos convida á intensificar as orações e as ações em favor das vocações. 

Assim, no primeiro domingo o destaque é o dia do padre, no segundo o dia dos pais, no terceiro domingo a vocação consagrada, feminina e masculina e no quarto domingo os ministérios leigos e, de modo especial, os catequistas. Quando o mês de agosto tem cinco domingos, no quinto, a igreja celebra a vocação dos catequistas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

DIA DOS PAIS

Estimados pais, o segundo domingo de agosto é dedicado a vocês. Aceitem esta festa porque é um gesto de gratidão, admiração, compreensão e oração por vocês. Se esta festa não existisse precisaríamos criá-la, pois, tal é a necessidade que as pessoas e a sociedade têm da pessoa do pai.


Vocês são o rosto de Deus Pai do qual vem toda paternidade. Ninguém nasce sabendo ser pai, nem mesmo é fácil assumir esta missão. Trata-se de uma arte, uma sabedoria, uma tarefa marcada por sacrifícios e alegrias. Como é necessário o colo, o abraço, a presença, o tempo, a fé, e a orientação paterna.

É comovente a gente ver o pai ao lado da esposa e perto dos filhos. O pai livra o filho da dependência da mãe, indica rumo e direção na vida, é esteio e ponto de referência na família. Sem você pai, crescemos inseguros, tímidos, indecisos. Não vale a pena um pai ter sucesso financeiro e fracasso familiar. O maior tesouro e o capital mais precioso é a família. Pais, vocês são lideres, condutores, provedores, mestres, protetores da família. Nós queremos dizer-lhes que os amamos e queremos ajudá-los a serem bons pais.

No passado tivemos pais proibitivos, hoje temos pais permissivos, mas precisamos de pais participativos que sejam a fascinação de seus filhos, o pai herói, mesmo sendo limitado. Sabemos que vocês pais não são deuses, nem onipotentes, nem perfeitos. O que importa mesmo é o seu jeito de ser pai ao ponto dos filhos poderem dizer: “Eu quero ser como meu pai. Meu pai e eu somos um. Quero ser digno desse pai”.

Pai, como faz bem sua presença em casa e como prejudica a sua super proteção com dinheiro, presentes, liberdades sem limites aos filhos. O amor é exigente.

Não troquem o lar pelo bar, pelo campo de futebol, pela empresa, pela internet ou pela televisão. A atual geração está crescendo com sensação de abandono, de orfandade, de ausência, de distância do pai. Hoje, nós pedimos a vocês, aceitem ajuda, procurem as soluções, desejem ser melhores. Nós sabemos que seus erros são “erros de amor”. Não duvidamos de sua vontade e reta intenção.

Estamos conscientes que gerar um filho é fácil, difícil é ser pai desde a concepção, durante a gravidez e em todas as etapas da vida. Hoje se fala muito do “pai grávido” que compartilha e participa de todo o processo da gravidez e pela vida afora é companheiro e educador.

Está mudando o jeito de ser pai. Muitos ainda confundem o pai com o patrão, o reprodutor, o macho, o patriarca. Outros, porém, pensam que o pai é apenas um servo super-protetor que faz todas as vontades dos filhos. Criou-se também o “mito do pai perfeito” e assim muitos pais desanimam, se estressam e se omitem.

A verdade é que:

- pai ausente, filho carente.
- Pai permissivo, filho prepotente.
- Pai irreligioso, filho incrédulo.
- Pai profissional, filho consumista e folgado.
- Pai fraco, filho desnorteado, às vezes efeminado.

Queremos abraçar afetuosamente neste dia o pai migrante, o padrasto, o desempregado, o doente, o preso, o viúvo, o separado. Tanto o pai que alcançou a terceira idade, como o pai ainda adolescente, necessitam de nosso apoio e compreensão. Os filhos que sofrem a ausência do pai procuram segurança na religião, nas leis, nas instituições. Uns se tornam conservadores outros delinquentes. Lembremos, porém, os conselhos bíblicos ensinam: “Aquele que respeita o pai obtém o perdão dos pecados, aquele que honra o pai, viverá muito tempo. Filho cuida de teu pai na velhice. O amor para com o pai, nunca será esquecido” (Eclo. 3).

Cada pessoa leva dentro de si o pai que a gerou ou adotou. A reconciliação com o pai através do perdão tem o poder de curar carências, ressentimentos e rejeições que sofremos. Um grande presente a ser dado a nossos pais é o perdão. É um presente de preço inestimável. Quem não resolve seus problemas com o pai, vai repeti-los vida afora de diversas maneiras. Podemos solucionar todas as questões de antipatias e rejeição da autoridade através do perdão aos nossos pais.

Reflexão:

4 anos - Meu pai pode fazer tudo. 
5 anos - Meu pai sabe muitas coisas. 
6 anos - Meu pai é mais esperto do que o seu pai. 
8 anos - Meu pai não sabe exatamente tudo. 
10 anos - No tempo antigo, quando o meu pai foi criado, as coisas eram muito diferentes. 
12 anos - Ah, é claro que o papai não sabe nada sobre isso. É muito velho para se lembrar da sua infância. 
14 anos - Não ligue para o que meu pai diz. Ele é tão antiquado! 
21 anos - Ele? Meu Deus, ele está totalmente desatualizado! 
25 anos - Meu pai entende um pouco disso, mas pudera! É tão velho! 
30 anos - Talvez devêssemos pedir a opinião do papai. Afinal de contas, ele tem muita experiência. 
35 anos - Não vou fazer coisa alguma antes de falar com o papai. 
40 anos - Eu me pergunto como o papai teria lidado com isso. Ele tem tanto bom senso, e tanta experiência! 
50 anos - Eu daria tudo para que o papai estivesse aqui agora e eu pudesse falar com ele sobre isso. É uma pena que eu não tivesse percebido o quanto era inteligente. Teria aprendido muito com ele.

A você papai, parabéns, benção e gratidão.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CHANGE YOUR LIFE

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida…


Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: “Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes”. No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava: – Quem será que estava atrapalhando o meu progresso? – Ainda bem que esse infeliz morreu! 

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles. A pergunta ecoava na mente de todos: “Quem está nesse caixão”?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo… Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

“SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA… QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA.”

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando “você muda”.

Esse texto do Luís Fernando Veríssimo, faz refletir sobre nossos objetivos ou sonhos, e lembrar que conquistas são realizadas com atitudes!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

DAIANA E RODRIGO

Queridos noivos Rodrigo e Daiana, pais, irmãos, padrinhos, familiares, amigos que aqui nos encontramos cheios de alegria, minha saudação carinhosa em Cristo.
O Rodrigo e a Daiana decidiram se casar diante do altar do Senhor, junto dos seus familiares e amigos, pois querem fazer do seu casamento um sinal do Amor de Deus no mundo.
Daiana e Rodrigo, que este seja o maior tesouro que vocês levem desta noite abençoada: a certeza de que o amor que sentem um pelo outro é a manifestação de um Deus que é puro amor. E faz com vocês, acima de tudo, acreditem na força invencível do amor.
O Evangelho que ouvimos fala de dois tipos de casa. Ele não pode ser mais claro: façam do Deus amor o fundamento da vossa casa. Haja o que houver nele tudo terá sentido, e nele, a vossa casa será sempre mais feliz.
A casa fundada no Bom Deus está de tal modo segura que apesar das dificuldades permanece de pé. Bem outra é a sorte da casa edificada sobre a areia sempre cai em ruinas. Areia é tudo aquilo que nos faz cegar. Nunca vos deixei levar pela desconfiança, pela indiferença ou pelo comodismo.
Rodrigo é um nome sonoro e muito forte, que quer dizer “famoso pela sua gloria”. Você sabe o que quer da vida, e também como chegar lá. Usa a tua habilidade para unir entorno de ti pessoas boas, que iram ajudá-lo a realizar seus sonhos. Sei da grandeza do teu espírito e da coerência das tuas opções. Que a memória do teu nome te empenhe sempre a construir com a Daiana a vossa casa fundada no Amor de Deus e sereis sempre e mais felizes.
Daiana, teu nome significa: “divina”, “brilhante”, “iluminada”. Você está sempre pronta a se aventurar, muito cheia de energia, possui uma personalidade ativa e decidida, de forma que atrai as outras pessoas com seu entusiasmo. Sei do sentido que dás à vida e do empenho que nela colocas. Constrói com o Rodrigo a vossa casa fundada no Amor de Deus e sereis sempre e mais felizes.
O Rodrigo é cauteloso, cuidadoso. A Daiana espontânea, extrovertida. Ele paciência. Ela furacão. Ela sempre age antes de Pensar. Ele sempre pensa antes de agir. Como partes que se completam, só se sentem inteiros quando estão juntos. Gostam das mesmas coisas, as coisas simples da vida, mas o que mais gostam mesmo é de estarem juntos, pois apesar suas agendas diferentes, não medem esforços para fazerem tudo sempre juntos.
Queridos amigos, nem tudo será simples ou fácil! Viver em família significa doação, serviço, renúncia.
Virão dificuldades. Algumas vocês já conhecem, outras vos surgirão. Nem sempre as vontades vão coincidir. Irá chegar o cansaço e surgiram tensões. Não tenham medo! Fieis ao vosso amor, tudo isso vos servirá, para o crescimento. O amor vos uniu, seja sempre o critério das vossas escolhas.
Escolhestes a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como lugar do vosso matrimônio. Tenham confiança no socorro desta mãe, ela vos acompanhara nessa aventura de amor, para que vossa viajem seja tranquila e alcancem o destino desejado, a felicidade.
Entre as pessoas que trazeis noos vossos corações alguém tenho que destacar: os vossos pais, aqueles que mais vos amam. Daiana, a tua mamãe Maria Antônia e do teu papai Ilson; Rodrigo, a tua mamãe Catariana e o teu papai Valentin.
Daiana e Rodrigo, vocês receberam durante toda a vida o carinho dos vossos pais. No amor quotidiano da mãe, e nos tantos gestos silenciosos do pai, vocês experimentaram e conheceram o amor. Sei como Eles são importantes nas vossas vidas e da gratidão que têm para com eles. Ao amor que deles receberam, respondam a felicidade do vosso lar! Pois nada deixa os pais mais realizados e felizes que ver a felicidade dos seus filhos.
Daiana e Rodrigo que o vosso Amor vivido em família seja um eterno namoro, sempre renovado e fortalecido, feito de encanto e alegria. De certo modo, hoje começa a fase mais importante do vosso namoro. Que os pequenos detalhes se mantenham que as surpresas continuem. Que os cinemas, passeios e viagens se repitam...
Levem Jesus Cristo para o vosso lar!
Dialogai muito, perdoai sempre e amai mais que tudo...
Essa será sempre a vossa alegria. Amém.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A FORÇA DA ORAÇÃO

Devemos rezar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus. 

Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus. 

A fé ri das impossibilidades. 

VOCÊ COM DEUS É MAIORIA

segunda-feira, 18 de julho de 2016

70 X 7 = PERDÃO

Já conhece muitas pessoas que julgam seus pecados serem imperdoáveis, pensam que por terem cometido barbaridades não têm mais chances com Deus por causa das suas grandes transgressões.

Jesus Cristo, neste Evangelho vem nos dizer justamente o contrário: “eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Ele compara o pecador a alguém que está doente e, por isso, precisa de médico para ser curado. Jesus Cristo é o médico enviado pelo Pai para nos devolver a saúde, partindo do princípio de que todos nós precisamos de médico, pois somos doentes pelo pecado. 

Jesus nos chama e nos atrai para si, mesmo que estejamos com a mente cheia de interesses pecaminosos e com mil planos para colocar em ação. 

Jesus veio atrair para Si os mais pecadores e, quanto mais reconhecemos o nosso pecado, mais Ele olha para nós e insiste em que O acompanhemos. 

Em qualquer lugar ou situação em que nos encontremos Jesus nos faz o convite para segui-Lo, no entanto, seguimento de Jesus nos motiva a negar tudo o que o mundo nos ensinou e a assumir compromisso com uma vida digna de filhos e filhas de Deus.

Todos nós podemos nos tornar médicos para alguém, médicos de alma, basta amá-lo concretamente, pois o amor cura, motiva, devolve a vida, o amor salva!

A todo instante, somos chamados a fazer parte do Reino de Deus, enganamos, quando pensamos que este convite seja feito somente para os vistos como bons, os que já estão no caminho!

Para Jesus, o que vale é a resposta que se dá ao seu chamado, pois no coração de quem aceita um chamado de Jesus, já houve transformação, afinal, ninguém aceita o chamado Dele, sem estar disposto a mudar de vida!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

MARTA, MARTA...

TER TEMPO É UMA QUESTÃO DE PREFERÊNCIA. Do que adianta o ser humano ganhar o mundo inteiro se depois vier perder a sua vida, a sua alma?

Muitas Martas, e muitos Márcios, bons sujeitos, honestos, trabalhadores vida toda, conseguem uma vida prospera do ponto vista econômico. Porém, vida terrena é passageira, e quando chega a hora ficam desesperados por um padre.

Eu em meus 17 anos de padre já estive muitas vezes à cabeceira de pessoas em sua hora derradeira...

Caríssimas, e caríssimos. Vamos escolher a melhor parte.

Jesus disse: ”Busque o Reino de Deus em primeiro lugar, e todo o reste te será dado de acréscimo”.

Muitos de nós, até ajudamos os necessitados. Damos comida, agasalhos, dinheiro, porém, não lhes damos ouvidos. Pois temos muita pressa, e como precisamos sair correndo, damos algumas moedas, e pronto. 

Precisamos prestar mais atenção nas pessoas que se dirigem a nós. Pode ser um esperto, um malandro, querendo explorar a nossa boa índole, o nosso dinheiro, assim como pode ser também um enviado de Deus, ou o próprio Jesus na pessoa de um mendigo, de um maltrapilho.

A nossa correria do dia a dia, nos rouba de Deus e de nós mesmos! Nossa preocupação em fazer, nos impede de “ser”: de ser amigo, de ser pai, mãe, esposo, esposo, filhos... E assim, vamos deixando as coisas mais importantes de lado!

O evangelho que a liturgia deste Domingo nos convida a refletir, chama a nossa atenção sobre a importância de dedicarmos tempo na escuta da palavra de Deus, é a partir desta escuta, vamos conhecendo a vontade de Deus, aprendendo a viver do jeito de Jesus!

Quando Marta reclama com Jesus, sobre a postura de Maria em não querer ajuda-la, Ele, com uma suave repreensão, acalma Marta dizendo: “Marta, Marta tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”!

Com estas palavras, Jesus não só corrige Marta, como também nos alerta sobre a importância de nossas escolhas! Devemos priorizar as coisas de Deus, antes de iniciar as nossas tarefas diárias, devemos primeiro, dedicar tempo a Deus, ouvindo o que Jesus tem a nos dizer! 

Deixemo-nos, pois, de nos preocupar com tantos afazeres, paremos um pouco, para ouvir Jesus, Ele nos fala a todo o momento, através das escrituras, dos acontecimentos, das pessoas... Se não tirarmos tempo para ouvi-Lo, a sua mensagem vai passando despercebida aos nossos sentidos.

Quantas vezes temos convidado Jesus para entrar na nossa vida, fazemos promessas, jejuamos, rezamos novenas, até O servimos na Igreja ou na comunidade, mas não paramos para fazer a nossa oração pessoal que é a oportunidade de aprender com Ele a palavra chave que nos oferece o remédio para curar as nossas enfermidades. 

Há muitas pessoas que entendem ser o trabalho uma oração, desde que ele seja para a glória de Deus, e isto também é verdade. Todavia, quando agimos assim, dentro de nós haverá sempre o silêncio e o vazio que a ausência da oração pessoal provoca. 

A ação que agrada a Deus é aquela que advém do nosso diálogo com Ele, pois só assim iremos descobrir qual é a nossa parte na Sua obra. O que fizermos com as nossas mãos, o que providenciamos com o nosso trabalho incessante, poderá passar, mas o que apreendermos com Jesus, será como um tesouro inesgotável que nunca nos será tirado. 

Deus também gosta de estar conosco e de nos ter aos Seus pés, isto é, diante Dele, recebendo o Seu carinho e a Sua atenção. Façamos, pois, hoje ainda o convite para que Jesus nos visite, porém deixemos de lado todas as preocupações para agradá-Lo e nos postemos quietos à Sua disposição para que Ele faça em nós tudo que é da vontade do Pai, pois somente Ele a conhece.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

SÃO JOÃO

Ao celebrarmos o nascimento de São João Batista, nos lembramos de que faltam seis meses para o Natal. 

João batista foi enviado por Deus para preparar um povo bem disposto para acolher a chegada do Salvador. Para nós hoje celebrar o seu nascimento significa recordar que o mundo precisa de um salvador, que nós precisamos de um salvador, que eu preciso de um Salvador que é Cristo Senhor. 

Nesse mundo que as pessoas vivem como se não precisassem de Deus, desejando serem a própria medida do certo e do errado, julgando a seu bel prazer o que é correto, se colocam no lugar de Deus, sofremos amargamente as consequências. 

João Batista vem para nos lembrar de que não somos capazes de viver sem Deus, de ser feliz sem Deus e que sem Deus nada podemos fazer, nada de bom, nada de justo, nada de santo, nada que produza frutos para a vida eterna. João Batista vem nos lembrar de que precisamos sim de um Salvador. 

Segundo nos diz os evangelhos, João Batista é o maior dos profetas, sua vida foi marcada por grandes contrastes: vivendo o silencio do deserto, e movendo multidões!

O próprio Jesus o reconheceu como sendo ele, o maior dentre os nascidos de mulher, (Lc 7,28).

João Batista desempenhou um papel importantíssimo na história da salvação, ele veio dar testemunho da luz, abrir caminho para o encontro do homem com Deus, encontro, que ele experimentou, ainda no ventre de sua mãe: Isabel.

São João Batista, o santo mais popular de toda história, experimentou durante a sua vida terrena, a força dos dois lados do coração humano: a força do amor, capaz de transformar vidas, e a força do ódio que leva a morte!

Tiraram a vida do profeta João Batista, mas não conseguiram calar a sua voz, voz, que continua ressoando no coração de cada geração: “Convertei-vos e crede no evangelho”. “Eis o cordeiro de Deus”...

João Batista foi um grande exemplo de quem viveu exclusivamente a vontade de Deus.

Assim como João Batista, nós também viemos a este mundo com uma missão: realizar a vontade de Deus na vivencia do amor, assumindo o compromisso de cultivar em nossos corações, a disposição de renovarmos a cada dia mediante a palavra de Deus!

Colocar Jesus, como o centro da nossa vida, assim como fez João Batista, é pensar, é viver, é falar é mover-se em função do amor!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

ESPIRITUALIDADE DA FESTA JUNINA

Junho é o mês das festas populares de inspiração religiosa: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro e São Paulo. São festas que não deixam morrer costumes e tradições do passado, nos recordando todos os anos que as coisas mais simples são as coisas mais importantes:

- banho de rio; - andar descalço no gramado; - fruta colida debaixo do pé; - sentar na sombra de uma arvore; - cheira da comida da mãe; - a família reunida em torno da mesa; 

Ao celebrarmos os santos populares a Igreja nos convida a voltarmos nossos olhares à vida desses santos e buscar neles a inspiração para nossa própria vida.

Cristo contou com João que, antes dEle, veio para anunciar a chegada do Cordeiro conclamando todos à conversão. Batizou o próprio autor do batismo, e preparou um povo bem disposto para acolher o Salvador.

Cristo contou com Pedro para edificar a sua Igreja, dando-lhe a missão de apascentar as ovelhas. Príncipe dos apóstolos e primeiro papa, fundou a Igreja de Roma, derramando o seu próprio sangue por amor a Nosso Senhor.

Cristo contou com Paulo aposto das nações, incansável pregador do Evangelho, fundou muitas comunidades, que confirmava na fé com suas cartas escritas na prisão, cartas de consolação, mas também de alegria esperança e confiança inabalável em Deus.

Cristo contou com Antônio, um dos mais célebres pregadores da Palavra de Deus. Santo amado de todos. Protetor dos pobres e procurado por tantos, sobretudo por aqueles que sonham com um bom casamento. É uma religiosidade que expressa a alma simples do nosso povo que venera este grande santo.

Hoje Cristo conta com você, com cada um de nós.

E para bem cumprimos a nossa missão, não podemos esquecer que temos um compromisso muito importante com nossa comunidade. Ela precisa de nós para se manter viva e atuante.

O que caracteriza essas festas é que elas mantêm a pureza e a beleza iniciais, desafiando modismos ou inovações. Ainda hoje são celebradas com entusiasmo, com comidas e bebidas típicas, com trajes caipiras e danças, sobretudo da quadrilha. 

Algumas festas populares do nosso calendário vão se degenerando na sua autenticidade como ocorre com o Carnaval, cada vez mais explorado comercialmente e industrializado para fins políticos e favorecimento à degradação moral. As festas juninas ao contrário permanecem festas populares. 

Não existem entidades que as organizam. São espontâneas. O poder público nelas não interfere. Surgem nas ruas, escolas, igrejas, nos centros comunitários e nos ambientes familiares. São festas sadiamente alegres. Uma alegria que nasce nos corações que amam a vida, o trabalho, o bem. Uma alegria cheia de esperanças. Uma alegria que é expressão de vida realizada no cumprimento da missão do dia-a-dia. Uma alegria que ninguém pode roubar, porque vem de dentro.

Esta alegria contrasta com a que parece ser, mas não é, verdadeira alegria. A manifestação da falsa alegria de um alcoolizado mais se assemelha com os movimentos de alguém que está se afogando nas águas do rio, ele se afoga nas próprias frustrações.

A manifestação de alegria de uma pessoa que se diz vingada pelo mal que fez a seu desafeto nada mais é que a explosão de maus instintos, que logo vai se transformar em remorso. A alegria que se manifesta só no barulho e dele depende para expressar-se pode ter sentido de fuga, daquela fuga que abafa a voz da consciência.

A verdadeira alegria não tem nenhuma dessas conotações. Nem de fuga, nem de explosão de instintos, nem de afogamento das frustrações. Ela é expressão da realização pessoal mediante a experiência da amizade sincera.

As festas juninas são festas com amigos. Na família, na rua. Na comunidade. Santo Antônio. São João e São Pedro e São Paulo estão presentes nelas como traço de união entre amigos na comunhão da nossa fé e na participação da mesma luta por uma convivência mais fraterna entre os homens.

A alegria, marca das festas populares, é também uma virtude cristã, pois Deus quer filhos felizes e alegres, mesmo em meio a tantas dificuldades pelas quais passa nosso povo. Por isso São Paulo insistia: "Alegrai-vos, mais uma vez exorto, alegrai-vos!" Que a nossa comunidade saiba valorizar as festas juninas como serviço á fraternidade e como manifestação autêntica da verdadeira alegria.

terça-feira, 21 de junho de 2016

FRIO

O frio é muito diferente dependendo do lugar que ele bate.

Tem o frio na barriga que pode ser de medo e apreensão, mas também pode ser de excitação e a ansiedade que logo aconteça.

Tem o pé frio que pode ser azar ou falta de sorte, ou pessoa idosa no inverno que não tem jeito de aquecer.

Tem o sangue frio que pode ser coragem ou passividade, pessoa que não se assusta, mas também que não se compadece, não está nem ai faz o mal sem culpa.

Tem o coração frio, se diz de pessoa desalmada, egocêntrica, egoísta.

Tem o fica frio, que pode ser não te preocupa, não te abala, não te aflige, mas pode ser espera um pouco tenha paciência que já vai ser resolvido.

Tem a Cabeça fria que se diz da pessoa despreocupada, pacienciosas, sem pressa para nada.

Existem ainda muitos outros tipos de frio mas o que mais dói é o da solidão.

sábado, 11 de junho de 2016

LIÇÕES DE SANTO ANTÕNIO

Santo Antônio encontra com Deus na Sagrada Escritura, por isso na sua imagem temos a Bíblia aberta com o Menino Jesus, para dizer-nos que a Palavra se fez carne, que a Palavra ganhou vida, na vida de Antônio.

O Apóstolo Paulo já tinha nos alertado que “A fé entra pelos ouvidos” (Rm 10, 17), é do contato com a Palavra que podemos crer em Deus e acolher sua proposta, é isto que Antônio fez, olhando para Ele nos lembramos de Jesus:

• 1-Pobreza; 
Vestes simples. 
o Não se apega a títulos e honrarias.
“O filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8, 18-20).

• 2-Oração; 
Terço na sua Imagem. 
Como Jesus que reza ao Pai.
“Jesus subia ao monte para rezar” (Mc 3,13).

• 3-Itinerante;
Sandálias. 
Como Jesus ia de cidade em cidade.
“Jesus ia de cidade em cidade” (Lc 8,1).

• 4-Pregador; 
Anunciava o Evangelho.
 Denunciava as injustiças.
“Multidões diziam, Ele fala com autoridade” (Lc 4,32).

• 5-Amor aos pobres; 
O famoso pão de Santo Antônio
“Multiplicação dos pães” (Mt 14, 15-21).

• 6-Defensor dos fracos;
Em Pádua defendeu os mais pobres, mulheres em casamento.
“Daí a César o que é de César” (Mt 22, 21).

• 7-Doou sua vida; 
Martírio na África. 
Morreu esgotado.
“Como Jesus na Cruz” (Jo 19).

Estes sete exemplos mostram que Santo Antônio viveu a fé, participou da vida de Jesus que ele encontrou na Palavra, por isso hoje ele é nosso padroeiro, isto é, aquele que nos aponta o caminho para sermos santos, como Deus é Santo. Ele mostrou que é possível basta ter fé. 

Antônio acreditou na Palavra de Deus e orientou sua vida por ela, por isso é Santo, por isso participa da vida de Deus. Também nós, se nos encontramos com Deus na sua Palavra e pela fé se aceitamos a Palavra e nos orientamos por ela, também seremos Santos, isto é, participantes da vida de Deus.
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