quinta-feira, 25 de abril de 2019

CRER PARA VER


Antes do encontro com o Cristo Vivo, os discípulos estavam arrasados, cabisbaixos e desencorajados. Trancados dentro de casa com as luzes apagadas, apavorados pois corriam o risco de serem presos e crucificados com o Mestre. Até que o encontro com o Cristo Vivo, mudasse as nossas vidas. Nesse momento, todo o medo vira coragem, toda a dúvida vira certeza e toda tristeza vira alegria. 

O encontro com o Cristo Vivo é transformador, modifica completamente as nossas vidas, se você já teve esse encontro sabe exatamente do que eu estou falando, se ainda não teve se apresse procure por ele pois o Senhor quer ser encontrado.

Concordo que a realidade da Ressurreição é muito complicada para o nosso entendimento humano, e que acaba trazendo dúvidas ao nosso coração. A dúvida não deve ser motivo de vergonha, mas sim de procura pela verdade. Arrisco dizer que quem nunca sentiu dúvida, nunca acreditou de verdade.

Tenho para mim que se milhares e milhares de pessoas, das mais simples as mais letradas, no decorrer dos milênios, acharam motivos para acreditar e você ainda não achou as razoes para acreditar, significa que você até agora procurou muito pouco pelas respostas as suas dúvidas. 

É hora de ler mais a Bíblia, estudar mais a doutrina e rezar muito, muito mais. Eu garanto é melhor correr atrás da verdade, do que simplesmente virar as costas e dizer eu não acredito, ou pior ainda fazer de conta que acreditamos. 

Repito a dúvida não é uma doença incurável, ela é até importante, porque nos faz procurar a verdade. Foi o que aconteceu com o São Tomé. Muitas vezes a nossa vida é marcada pela dúvida, pelo sofrimento e pela incerteza. 

Vejam os apóstolos, logo após a morte de Jesus, eles se sentiam desprotegidos e ameaçados. Por isso, ficaram trancados e cheios de medo. 

Provavelmente, diante de qualquer ruído, seus corações disparavam de medo. A falta de fé traz insegurança. Mas, toda a angústia termina quando se encontram com o Cristo Vivo. Não é por acaso que suas primeiras palavras são: “A paz esteja convosco”.

São Tomé no entanto não ficou em paz, pois ele não estava com a comunidade, e pior não acreditou no testemunho da sua comunidade. Quis ver para crer. O mérito de Tomé está no fato dele jamais ter se afastado de sua comunidade e de não sair pelas esquinas da vida à procura da verdade. Na semana seguinte lá estava Tomé, reunido com a sua comunidade e lá em comunidade tem seu encontro com o Cristo Vivo.

Irmãos na comunidade de fé, na Igreja e com a Igreja que fazemos a experiência do Cristo Vivo. Quem frequenta a Igreja de verdade jamais se sentirá, inseguro. 

Jesus é a Paz! Ele nos dá a sua paz. 

O Evangelho nos lembra que de formar muito particular, a estar em paz depende de uma consciência tranquila, que só nos é acessível pelo perdão de Deus. O Senhor mesmo que disse: “A quem perdoarem os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. Esta missão, Jesus a deu para os Seus Apóstolos, ao Bispos seus legítimos e sucessores e aos padres seus auxiliares. 

Muitas pessoas fazem as experiência do Cristo vivo, nos momentos felizes, na participação da Eucaristia, na vida da comunidade, outros só farão essa experiência se colocarem o dedo nas marcas dos pregos de Jesus como fez Tomé. Entendemos que colocar as mãos nas chagas de Jesus para nós, muitas vezes é viver o sofrimento e experimentar a dor. Quantos que só depois de uma grande dor, uma perda irreparável, fazem a descoberta do amor misericordioso de Deus. 

“Felizes os que creram sem terem visto!” Felizes, portanto, são os que sem experimentar a dor confiam que Jesus está vivo.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

QUEM ATIRARÁ A PRIMEIRA PEDRA?

Levaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério. Eles queriam saber qual seria a atitude de Jesus. Não era a mulher a ser julgada mas Nosso Senhor. 


Se Jesus perdoasse a mulher iria contra a Lei, se Jesus condenasse, eles o acusariam de crueldade, e estaria indo contra sua própria pregação de perdão e misericórdia. 

Com certeza passam boas horas mais ocupados em preparar armadilhas e emboscadas para pegar Nosso Senhor em alguma contradição do que em praticar o bem. 

Como no caso, sobre pagar imposto a César: Se Jesus responde-se tanto sim ou não estaria perdido, pois ou estaria contra o Império Romano ou contra o seu povo. Mas Jesus não responde nem sim e nem não, mas, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. 

Outro caso foi quando Jesus curou um homem em dia de sábado quando pela lei era proibido fazer qualquer obra. Eles se reúnem para planejar uma forma de mata-lo, e Jesus denuncia a hipocrisia deles perguntando: no sábado é permitido fazer o bem ou o mal? 

Jesus sabia que estavam armando mais uma arapuca para Ele. Pois não estavam preocupado com a moralidade ou com a justiça mas apenas buscavam uma forma de acusa-lo. As pedras que eles carregavam não eram para a mulher mas para Jesus. 

Mas uma vez Jesus desmascara a hipocrisia deles dizendo: “Quem estiver sem pecado pode atirar a primeira pedra.” 

Ninguém atirou pedra nem uma, apenas envergonhados retiram-se em silencio. 

Quando Jesus ficou só com a mulher. Não lhe chama atenção, não pede explicações. Nosso Senhor apenas disse: Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Poder ir, e de agora em diante não peques mais. 

Alguém pode perguntar: 
Então não temos de combater o mal? 
Não temos de denunciar as coisas erradas? 

Sim. Mas façamos isso com Jesus nos ensinou. A correção fraterna deve ser feita com caridade. Corrigir o irmão sem querer acabar com ele. Condenar o pecado e não o pecador. 

Deus está mais interessado no perdão do que no castigo, ele não quer a morte do pecador mas que se converta e viva. O que para nós é uma ótima notícia uma vez que somos todos pecadores! 

Já conheci muitas pessoas que julgam seus pecados serem imperdoáveis, pensam que por terem cometido barbaridades não têm mais chances com Deus. 

Jesus Cristo, vem nos dizer justamente o contrário: “eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Ele compara o pecador a alguém que está doente e, por isso, precisa de médico. 

Ora, quanto mais enfermo alguém está mais precisa do médico, assim também, quanto mais afundado no pecado mais precisamos de Jesus. 

Para Jesus, não importa o nosso passado, o que vale é a nossa disposição para a mudar de vida!
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