quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

VISITAÇÃO

 

Queridos irmãos, esse breve relato do evangelho nos descreve a cena conhecida como “visitação” de Maria à sua prima Isabel. Esse texto é inspiração para a pastoral das capelinhas. Seria maravilhoso se essa linda pastoral voltasse a funcionar em nossa paroquia em 2023.  

Nessa visita me chama muito a atenção as palavras com que Isabel, que cheia do Espírito Santo, saúda a Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre!”, palavras que milhões de cristãos repetem, milhões de vezes, em todas as línguas do mundo, para saudar diariamente a mãe de nosso Senhor.

 Bendita porque soube acolher a Palavra de Deus, bendita porque se pôs inteiramente à disposição de Deus, bendita porque o Senhor cumpre as suas promessas.

Isabel é consciente da desproporção da visita: “Quem sou eu para que a mãe de meu Senhor me visite?”, pergunta com a mesma humildade com que seu filho, João Batista, dirá mais tarde: não sou digno nem de desatar as sandálias dos seus pés.

E Isabel proclama Maria ditosa, bem-aventurada, bem-amada a Maria porque nela se cumprirá o que lhe disse o Senhor por meio do anjo. Mesmo que a leitura de hoje se interrompa neste ponto, sabemos que Maria, em resposta às palavras de Isabel, proclama um cântico de ação de graças, o “Magnificat” que já sabemos de memória.

A cada Ave Maria, em que repetimos as palavras de Isabel, bendizendo e felicitando Maria pelas maravilhas que Deus realizou nela, deveríamos ter nos nós os mesmos sentimentos de Izabel. Mas infelizmente rezamos as nossas orações quase que mecanicamente.

Mas deveríamos, sobretudo, assumir as atitudes destas mulheres que se põem à disposição dos planos de Deus. Levando, com gestos e palavras, o Senhor aos nossos irmãos que sofrem e choram, para que se alegrem como Isabel e louvem ao Deus que os salva e liberta.

Isabel “cheia do Espírito Santo” pronúncia então uma dupla bênção. “Bendita entre as mulheres”; “Bendito é o fruto do teu ventre”. Maria é reconhecida por Isabel como a arca santa onde se abriga o Senhor dos Senhores, manifestando a grandeza de sua condição. Em sua visitante Isabel reconhece a “Mãe do Senhor”, aquela que dará à luz o que deve libertar o seu povo.

O Espírito Santo ajuda Isabel a pronunciar sua louvação: “Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” A partir de então, milhões de vezes os cristãos têm repetido esta louvação na Ave Maria. São benditos, bem-aventurados os que acreditam em Deus, os que praticam a Palavra, os que dão frutos.

 “Bendita és tu entre as mulheres”.  Maria é bendita porque acreditou! Esta foi sua grandeza e o fundamento de sua fidelidade: sua fé! Maria se converte em Mestra da fé, aceitando tudo quanto se anunciava da parte de Deus, mesmo que não sabendo explicar como tudo aconteceria. Toda vida de Maria se fundamenta em sua fé.

Outra ponto que me chama a atenção é que, logo após o Anuncio do Arcanjo Gabriel a Virgem Maria se coloca a serviço e parte apressadamente uma região montanhosa da Judeia, onde morava a sua prima Isabel.

Detalhe importante, ela parte “apressadamente”, é essa a palavra. Quem ama tem pressa, quem ama corre ao encontro do necessitado, da necessitada. Maria tinha todo o direito de ficar em resguardar, tinha todo o direito de não fazer tanto esforço, pois afinal estava gravida, iria ser mãe, mas ela se colocou a serviço, não se poupou, ela se doou.

Sou testemunho nos ensina a ter pressa, em fazer o bem, ter em ir ao encontro de que pressa de nós, porque Deus tanto nos ama deseja contar conosco para que mais pessoa recebam o Seu amor

Meus irmãos, Nosso Senhor todos os dias nos dá a chance de viver e testemunhar a nossa fé; alguém precisa de sua ajuda? Tenha pressa em ir ajudar.  Precisa perdoar alguém? Tenha pressa de perdoar.

Maria partiu apressadamente; e Isabel sentiu a presença de Deus ali, quando foi saudada por Maria. Meus irmãos, precisamos também partir apressadamente. Quais são as pessoas que precisam ser visitadas por Nosso Senhor? Que você seja a visita do Senhor para este irmão, para esta irmã, que você seja a presença de Deus.

Tenha pressa de amar, de servir, de perdoar, em outras palavras, não percamos tempos, vamos evangelizar, vamos viver a Palavra de Deus, vamos revelar esse Cristo para que outras pessoas também sintam a presença de Deus através de nós.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

29º Domingo do Tempo Comum - Ano C

 

O breve relato do Evangelho que acabamos de ouvir convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente. Deus não está ausente nem fica insensível diante de nossa dor. Deus nos ama e tem um projeto de salvação para cada um de nós, mas só poderemos entender e acolher o esse projeto de Deus em nossas vidas através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.

A primeira leitura deixa claro que Deus não está alheio as nossa dores e sofrimentos, ele vem em nosso socorro e nos salva; mas, para que possamos ganhar as duras batalhas da vida, precisamos contar com a ajuda e a força de Deus.

Trata-se do confronto entre os hebreus e os amalecitas; enquanto o Povo combatia os inimigos, Moisés, no cimo de um monte, rezava e implorava a ajuda de Deus. O texto Sagrado deixa claro que a vitória se deve, mais à ação de Deus do que aos esforços da batalha. Precisamos invocar o Deus com perseverança e insistência, só assim venceremos as duras batalhas da vida, é preciso ter a ajuda e a força de Deus, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.

Quem sonha com um mundo melhor e luta por ele, tem de
viver num diálogo contínuo, profundo, com Deus: é nesse diálogo que se percebe o projeto de Deus para o mundo e se recebe d'Ele a força para vencer tudo o que nos oprime e escraviza.

O Evangelho conta a parábola da viúva e o juiz injusto. A viúva, pobre e injustiçada, passava a vida a exigir justiça; mas o juiz, "que não temia Deus nem os homens", não lhe prestava qualquer atenção. No entanto, o juiz - apesar da sua dureza e insensibilidade - acabou por fazer justiça à viúva, a fim de se livrar definitivamente da importunação.

Se um juiz prepotente e insensível é capaz de resolver o problema da viúva por causa da sua insistência, Deus, que é um pai amoroso, não iria escutar os "seus eleitos que por Ele clamam dia e noite?"

É evidente que, se até um juiz insensível acaba por fazer justiça a quem lhe pede com insistência, com muito mais motivo Deus - que é rico em misericórdia estará atento às súplicas dos seus filhos.

Vivemos num mundo cada vez mais hostil ao Evangelho, somos perseguidos e ridicularizados por seguirmos à Jesus Cristo, não podemos desanimar, pois Deus não abandona o seu Povo, nem é insensível aos seus apelos; e no tempo próprio virá em nosso socorro.

A nós cabe confiar em Deus e pela oração não nos deixar contaminar pelo mal que nos rodeia.

Mas atenção, tem um detalhe muito importante nesta parábola, oração por mais insistente que seja não irá obrigará o Senhor Deus a fazer nossa vontade.

Deus terá as suas razões para não atender àquilo que Lhe pedimos: às vezes pedimos a Deus coisas que nos compete; outras vezes, pedimos coisas que nos parecem boas, mas que de fato não são; outras vezes, ainda, pedimos coisas que são boas para nós, mas que implicam sofrimento e injustiça para os outros. É preciso termos consciência disto e nos perguntar, à luz da lógica da fé qual é a vontade de Deus.

"É preciso rezar sempre sem desanimar". Jesus tomou o exemplo da viúva que pede a justiça, para ilustrar o seu convite a uma oração perseverante.

Jesus não promete: "Se vós insistis sem cessar na oração, então, Deus acabará por ceder e atenderá o vosso pedido".

Não mesmo! O que Jesus diz é: "E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa".

A palavra-chave é que "Deus faz-nos justiça". A justiça consiste em dar a cada um o que lhe é devido, a reconhecer os deveres e os direitos de cada um.

Deus é um junto juiz, e a sua justiça muito superior à nossa.

 

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

quem se humilha será exaltado

 

Neste final de semana em que comemoramos o dia do catequista, é bom lembrar que a maior parte da vida pública de Nosso Senhor, foi dedicada a missão de catequizar.  Jesus não cansava de ensinar a Palavra de Deus, e repetir quantas vezes fosse preciso, respondia perguntas, contava parábolas, falando de maneira simples através de exemplos do cotidiano.

Obrigado catequista, por continuar essa nobre missão de Nosso Senhor, de conduzindo os pequeninos no caminho da salvação. DEUS TA VENDO!

Evangelização é em primeiro lugar testemunho e depois pregação, o cristão precisa primeiro se esforçar para viver o evangelho para depois anuncia-lo. Quem prega o que não vive, está cometendo o pecado da HIPOCRISIA.

Devemos catequisar através do nosso exemplo de vida, pois o nosso testemunho fala mais alto do que as nossas palavras. Por Exemplo:  eu acho errado beber bebidas alcoólicas e fumar, ninguém vai ver-me falando contra quem bebe ou fuma, mas eu garanto que nunca alguém vai me ver bebendo, ou fumando.

Imaginem uma nutricionista obesa, ou um dentista desdentado. São no mínimo Ridículos, a mesma coisa, aquele que não se esforça para viver o Evangelho, não tem autoridade para ensiná-lo aos demais. Pois ninguém botará fé no que ele diz.

Antes de tirar o cisco do olho do irmão tire a trave do seu olho, ou seja, antes de julgar o irmão, corrija-se a si mesmo.

Corremos o risco de humilhar o nosso próximo, revelando os seus defeitos, sob a desculpa de que estamos “só querendo ajudar. ”

O Senhor Jesus, ainda nos diz, árvore boa dos frutos bons, arvore má dos frutos maus...  Assim como toda a árvore é conhecida por seus frutos, pelas obras podemos distinguir os cristãos autênticos dos que desejam apenas se aproveitar das pessoas.

Vejam, não são pelas palavras que conhecemos uma pessoa, mas pelo bem que ela faz, ou deixa de fazer, pelas obras a que essa pessoa se dedica.

Com diz o ditado falar bonito até papagaio fala. A pessoa reta e justa produz frutos de santidade para o próximo e para si próprio.

Uma pessoa pode esquecer o que você disse para ela na hora da dor e da dificuldade, mas ela não vai esquecer que você esteve lá ao seu lado, não vai esquecer que você lhe estendeu a mão, ou lhe enxugou uma lagrima.

Queridos irmãos, quem sabe vamos falar menos e fazer mais gestos de amor ao próximo. Essa é a linguagem do coração, que é compreendida por todos e toca até os corações mais duros.

Nós católicos nascemos para buscar as coisas do Alto.

Feliz do marido que se casou com uma mulher que aponta para ele onde o Senhor está. Felizes os filhos, cujos pais também lhes apontam o Senhor. Muitas vezes, os pais têm dificuldades de apontar Deus para seus filhos, pois acabam trocando o Senhor por outras coisas.

A Família de Nazaré nos dá uma lição de vida familiar: sua comunhão de amor, sua beleza austera e simples, seu caráter sagrado, sua lição de trabalho em família, entre outras.

O Evangelho de hoje nos fala da humildade, percebemos como o orgulho é o maior obstáculo à fé, pois o orgulho é autossuficiente, é certo que a humildade torna a nossa fé mais poderosa, uma vez que o humilde sabe que sem Deus nada pode.

O mesmo se diga da esperança: o orgulhoso confia em si mesmo e presume demasiado das próprias forças; quase nem pensa em implorar o auxílio divino. O humilde, pelo contrário, põe toda a confiança em Deus, porque desconfia de si mesmo.

A esperança por sua vez, torna-nos mais humildes, porque nos mostra que os bens celestiais estão de tal modo acima de nossas forças que, sem a força do alto não poderíamos alcança-los.

A caridade tem por inimiga o egoísmo; e floresce nas mais humildades, visto que são as mãos mais pobres que mais se abrem para partilhar.

Percebemos em nossa sociedade pessoas correndo atrás dos primeiros lugares, escolhendo o trabalho que dê mais lucro, procurando lugares que deem destaque, status e importância. E isso cria um clima de rivalidade, de ódio e conflitos; trazendo sérios estragos para as pessoas, além de sérios estragos na família, no ambiente de trabalho, na sociedade e também nas igrejas. É daí que nascem os egoístas, interesseiros e corruptos, endividando as pessoas e tirando-lhes a paz.

Jesus nos diz: “Quem se exalta será humilhado e aquele que se humilhar será exaltado; Quando deres uma refeição, não convide os que poderão te retribuir; pelo contrário, convida os pobres. Terás uma recompensa na ressurreição dos justos”.

Jesus não rejeita o amor familiar, nem as relações amistosas. O que não aceita é que elas sejam exclusivas, sem espaço para os que são de fora desse círculo, Jesus não aceita são as panelinhas, que só entram os ricos, e onde os menos favorecidos são barrados.

Os cristãos precisam construir um mundo mais humano e fraterno, rompendo as panelinhas baseadas apenas nas convenções sociais.

Estamos tão afastados de Jesus se nossas relações de amizade e até familiares são ditadas por interesses e conveniências.

O caminho da gratuidade é difícil, pois, é necessário aprender a dar sem esperar muito, perdoar sem exigir, ser paciente com as pessoas desagradáveis, ajudar pensando apenas no bem do outro.

O dinheiro nos faz ricos.

O conhecimento nos faz sábias.

A humildade nos faz grandes.

A gratuidades nos faz inesquecíveis.

O Livro do Eclesiástico nos ensina que viver com sabedoria, é confiar em Deus na humildade de coração. Pois a humildade é força espiritual para conquistar o afeto, o amor das pessoas, e as mais poderosas graças de Deus.

Deus se revela aos simples e pequeninos e se oculta aos orgulhosos.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

TOMAI CUIDADO COM TODO TIPO DE GANÂNCIA


Todos queremos ser felizes? Mas onde está a felicidade?

Conta à história da África do Sul que um inglês estava visitando algumas tribos das savanas, quando viu as crianças brincando com pedrinhas brilhantes. Observando melhor, ele notou que eram diamantes. O inglês ofereceu trocar um punhado de pedrinhas por um saco de tabaco, aceitaram na mesma hora.

O Inglês vendeu aqueles diamantes e, comprou toda aquela região, tornando-se o maior comerciante de diamantes do mundo. Os primeiros donos perderam toda a sua riqueza porque não souberam valorizar o que tinham debaixo de seus pés.

Muitos vivem sobre uma mina de diamantes e não sabem. O Famoso eu era feliz e não sabia. Só vão dar valor quando perdem, o emprego, a saúde, os pais, os filhos, os amigos, o casamento...

Para o mundo, felicidade, é ter isso ou aquilo, é poder fazer o que se quer; pura mentira, felicidade não é ter ou poder, felicidade é ser. Ser pai, ser mãe, ser amigo, ser irmão. Que adiante ter um celular moderno se ninguém me ligar; um caro de luxo se não me levar ao encontro de ninguém, uma mansão se ninguém me visitar. Não existe felicidade fora do calor das relações humanas.

A felicidade também não é ausência de problemas. Pois mesmo em meio a dores e sofrimentos podemos amar, ser amador, e ser feliz.

Um o casal de recém-casados entrou em sua humilde casa, e o marido falou: “Querida, vou trabalhar muito até que um dia sejamos ricos”. A esposa respondeu: “Mas nós já somos ricos, pois temos um ao outro; o que é possível é que, um dia, se tenha algum dinheiro”.

Jesus lhes fala de maneira clara: que existem as Riquezas aparentes, passageiras que são enganadoras, infeliz do homem que dedica toda a sua vida apenas a adquiri-las. E existe as Riquezas verdadeiras, os bens espirituais, essas são eternas.

Não posso imaginar um maior investimento no futuro do que a pratica da caridade, pois só levaremos conosco desta vida tudo que soubemos partilhar com os irmãos, nosso amor, nosso tempo, nossos bens, tudo que guardamos para nós, ficará para traz.

Pesquisas comprovaram que as pessoas são mais felizes quando ajudam os outros. Os benefícios para a saúde associados a pratica da caridade temos:

Diminui pressão arterial; Melhora autoestima; Menos depressão; Diminui o estresse; Prolonga a vida; Mais felicidade e satisfação.

Caridade faz bem e prolonga a vida. Estudos mostram que aqueles que dão suporte a outros vivem mais do que aqueles que não fazem isso. Isso inclui apoio a amigos, parentes e vizinhos.

O voluntariado também retarda e previne Alzheimer e Parkinson.

O hábito de se voluntariar melhora da autoestima; reduz problemas; e aumenta as realizações pessoais.

Quando falamos sobre doação, não precisa necessariamente ser dinheiro, a mais valiosa de todas as moedas, é a doação de si próprio, destacando algumas horas, na semana para ajudar na Igreja em alguma pastoral ou serviço.

Como nos ensina São Francisco, é dando que se recebe, ao prestar ajuda estamos dando compaixão e amor, e assim receberemos o mesmo em troca durante a vida em forma de calma, serenidade, paciência para resolução de questões importantes e até mesmo auxílio na cura de diversas doenças.

Se você já ajudou alguém, ou participou de alguma pastoral, com certeza já teve a sensação de paz interior que esse ato causa.

Irmãos, quando nos doamos algum voluntariado, ou mesmo doamos dinheiro, alimentos ou agasalhos, enfim ajudamos o próximo, estamos abrindo as portas do nosso espírito para recebermos a graça de Deus em nossa vida.

Caridade é um vício bom na vida, quando você começa a praticar percebe o quanto se sente bem e principalmente o quão fez bem ao próximo!

A LENDA DA A MULHER MAIS FELIZ DO MUNDO

Antes de terminar quero deixar claro que: Jesus condena é a riqueza adquirida ilicitamente, à custa da exploração do próximo. Riqueza não é pecado, o mau uso dela sim.

Jesus nos ensina que os bens deste mundo são passageiros e precários e que devemos guardar um tesouro no céu, onde a traça não come, a ferrugem não corrói e o ladrão não rouba.

sábado, 2 de julho de 2022

Pedro e Paulo - Dia do Papa

         Hoje a Igreja celebra São Pedro e São Paulo, duas colunas da Igreja. Pedro o príncipe dos apóstolos e primeiro papa, Paulo apostolo das nações, incansável pregador do Evangelhos. 

Pedro, um dos primeiros discípulos do Senhor. Participou da intimidade de Nosso Senhor, caminhou com Ele, ouviu suas pregações, questionou as suas dúvidas, assistiu seus milagres, esteve com o Senhor na Transfiguração e no Jardim Das Oliveiras, professou uma fé sobrenatural no Filho do Deus Vivo, recebeu do Senhor a tarefa de ser Pedra de alicerce da Sua Igreja, - “Pedro tu és pedra e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja”. Generoso, impulsivo, e frágil, chegou a negar o Mestre, mas se arrependeu e após a ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado, de cabeça para baixo. 

Paulo foi perseguidor dos cristãos, até ser alcançado pelo Senhor Ressuscitado na estrada de Damasco, onde iria prender e condenar os discípulos do Senhor. Mas Jesus o queria como seu apóstolo. Tornou-se um incansavelmente pregou do Evangelho, fez grandes viagens missionárias pelas principais cidades do Império Romano e fundou igrejas, que continuam vivas até hoje. Mesmo sofrendo na prisão, não se abateu, escreveu cartas cheias de esperanças e alegria no Senhor, corrigindo e confirmando na fé, as comunidades por ele fundadas. Cartas cheias do Espirito Santo, que chegaram até nós, nos animando nas horas difíceis e nos colocando novamente no caminho quando nos devíamos. Por fim, foi preso e decapitado em Roma. 

Nos encantam nestes gigantes da fé, o ardor missionário, a coragem nas contrariedades, a fé inabalável. Passaram por muitas provações e nunca desanimaram... Claro que ambos experimentaram também, no seu dia a dia, a presença e o socorro do Senhor, pois Deus não desampara quem a ele se confia. 

No Evangelho de hoje, quando Jesus pergunta: “Quem dizem os homens que eu sou? ” Temos respostas erradas. Isso porque somente a razão humana, jamais alcançará a Deus. A verdade sobre o Senhor Jesus somente pode ser compreendida à luz da fé. 

Mas, para nós cristãos, como para São Pedro e São Paulo, Jesus não é uma história que ouvimos dizer, mas um amigo que participa de nossa vida. E nessa convivência dia a dia ele vai se revelando como Deus e único Salvador. 

Quando nosso mundo vira as costas para o Cristo. Até podem afirma ter fé em Deus, pedindo que ele resolva os seus problemas, mas não estão dispostos a se deixar guiar por sua Palavra. 

Hoje também é o dia do Papa. Quando no Evangelho ouvimos: “Pedro tu és pedra e sobre essa pedra construirei a minha Igreja”, vemos claramente que existe uma Igreja, uma única Igreja, apenas uma Igreja que nosso Senhor chama de minha igreja, a Igreja onde está Pedro, onde está o Papa.

Quando surgem tantas e tantas seitas, nossa comunhão com o Papa é garantia da estarmos com verdadeira Igreja. Quando o mundo diz que qualquer coisa está “bom”, tudo está bem, a palavra de Papa é, para nós, uma certeza do que é ou não é conforme a Palavra de Deus. 

Onde está o Papa está a Igreja de Cristo. 

E mais que isso o Papa não era, pois a ele foi entregue o poder das chaves: “ Eu te darei as chaves dos Reino dos Céus, o que ligares na terra será ligado nos céus o que desligares na terra será desligado nos céus.

E mais que isso essa Igreja fundada por Cristo será eterna e invencível pois “ o podre do inferno nunca poderá vence-la.

Rezemos, hoje, pelo nosso santo Padre, o Papa Francisco. Que Deus lhe conceda saúde, e a firmeza necessária para conduzir a Igreja nesses tempos difíceis que estamos vivendo. E a nós, o Senhor conceda permanecermos fiéis até a morte na Igreja católica, onde está a fé de Pedro e de Paulo, pela qual, em nome de Jesus, “Cristo Filho do Deus vivo”, os santos apóstolos deram suas vidas. 

São Pedro e São Paulo – Rogai Por nós!

 

sábado, 21 de maio de 2022

50tão

Quando eu tinha 8 anos, o pai fez uma bonita festa comemorando os seus 40 anos lá em encantado, eu me lembro que naquela noite eu fiquei pensando quando eu deitei, meu pai está bem velhinho, logo ele vai morrer e eu vou ficar sem pai. O tempo passou de pressa hoje eu seu o velhinho, e o pai tai aí firme e forte.

Celebrar 50 anos, não é pouca coisa! Significa: saudade de tudo que já vivi; gratidão a todos que sempre estiveram ao meu lado; esperança de dias melhores; e urgência na minha conversão, pois o tempo passa muito rápido.

Como nossa Santa Mãe Maria Santíssima devo exclamar: o Senhor fez em mim maravilhas. O Senhor olhou para a pequenez do seu servo e fez grandes coisas em meu favor.

Com gratidão, esperança, saudades, e Fé, que desejo celebrar com vocês, meus 50 anos de vida. Estou até admirado que tenha vindo tantas pessoas pois eu sei que não sou fácil.

A vocês meus parentes e amigos, não preciso me apresentar. Sou o que sou desde que vim ao mundo: o mesmo sorriso –ainda tenho todos os dentes, uma boa casmurrice disfarçada em serenidade, traços de bondade, boa dose de impaciência e ansiedade, preferência pela solidão, boa memória, mas com certa preguiça intelectual, muito prático, apaixonado pelo belo e pela organização.
Choro pouco. Poderia chorar mais.

Comove-me a bondade, o sofrimento inocente, as injustiças, espetáculos de arte. Irrita-me a desonestidade, a covardia de quem estraga a vida de pessoas, sem assumir seus atos, o famoso - dá o tapa e esconde a mão. Posso afirmar com certeza que, pela graça de Deus, nunca agi maldosamente em relação a outras pessoas mesmo que me tenham feito mal a alguém não foi minha intenção. Busquei sempre ver o lado bom que existe em cada um.

Exerci diversos cargos e funções, em todos sempre busquei a união das pessoas, nunca a divisão, sempre procurei jogar o balde de agua fria, nunca coloquei lenha na fogueira. Em todos os cargos que tive, sempre tentei dar a cada um o espaço que o faria mais feliz. Nem sempre acertei.
Tenho consciência dos meus limites. São muitos.

Deus me deu amigos e amigas. Mais do que mereço. Me sinto rodeado de bênçãos de Deus. Enumero as principais: minha família, minha terra natal a Cidade de Cachoeirinha, o Estado do Rio Grande do Sul, o povo gaúcho, a Igreja da Arquidiocese de Porto Alegre, as Paroquias que eu servi como padre, Nossa Senhora de Navegantes de Arambaré, São João batista de Camaquã, Imaculada Conceição e Nossa Senhora de Fatima de Canoas, São Sebastião de Porto Alegre, desde então ele tem sido o meu Santo, e o Meu santo é forte, e a Nossa Senhora da Boa Viagem de Cachoeirinha, onde fui batizado, ordenado e até hoje muito amado.

Algumas paixões marcaram minha vida: a Primeira e maior até hoje, Nossa Senhora Aparecida, Guadalupe, São Sebastião, São Carlos de Foucauld, Santa Josefina Bakita, a Bandeira do Divino, e a maior de dotas as devoções da Igreja o Sagrado Coração de Jesus.

Aprendi muito com a pastoral da sobriedade, como os dependentes químicos e seus familiares, com a Legião de Maria e com os 6 anos que estive diariamente na Rádio Aliança.

Gosto de uma fofoquinha, mas quem não gosta?
Amo jardins e confeitarias, mas isso não preciso dizer, vocês já sabem.

Minha maior frustração é não ter desenvolvido nem dom musical, já me convenci que nunca vou tocar um instrumento, e embora, desafine até nos parabéns a você vou continuar cantando, azar de vocês que tem que me escutar.

A primeira oração que faço todos os dias ao acordar é uma Ave Maria. Digo Ave Maria e fico em silêncio esperando que ela me responda Ave Eduardo, até agora não respondeu, mas quem sabe um dia, não vou perder nunca essa esperança.

E sempre quando comungo faço a oração de Santo Inácio: Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, minha memória, meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo vós me destes, com gratidão vos devolvo. Dai-me somente o vosso amor, vossa graça.
Isto me basta, de nada mais preciso. Amém.

No Evangelho, Jesus fala em amizade e amor. Diz que a amizade não é somente a gente simpatizar uns com os outros, não é somente gostar da companhia do outro. Amizade é compromisso, amor é compromisso e fidelidade.

Meus amigos, estou cada vez mais velho e rabugento, cada vez mais tímido e casmurro, mas não sou ingrato e continuo com boa memória, pois isso contem sempre com minha amizade, amor, compromisso e fidelidade

Eu creio que cada pessoa leva dentro de si um desejo de Deus, porque fomos criados por Deus e para Deus, e só em Deus encontramos a verdadeira felicidade que não se cansamos de procurar.

sábado, 16 de abril de 2022

VIGÍLIA PASCAL


Quando os apóstolos de encontraram com o Ressuscitado a primeira reação foi medo, pensavam que estavam diante de um fantasma. O Senhor disse: - Vejam minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo. E o medo se transformou em uma imensa alegria.

Acreditar é muito importante, pois toda a nossa felicidade depende da É a fé na Ressurreição. Jesus está vivo e ressuscitado! Acredita nisso meu irmão, minha irmã, pois disse depende a tua vida.

É a fé na Ressurreição nos dá a capacidade de passarmos pelos problemas, porque eles são passageiros. E a última palavra será sempre daquele que venceu. Se nós não acreditamos na Sua Ressurreição, cada tribulação se torna um desespero e, em vez de caminharmos sobre os problemas, nós afundamos com eles.

É a fé na Ressurreição livra você do medo, angústia e sofrimento. Jesus, no Horto das Oliveiras, viveu um momento de muita tristeza, mas Ele não sucumbiu. A Sua É a fé na Ressurreição O fez vencer.

É a fé na Ressurreição que nos dá à força necessária para vencermos. É a fé na Ressurreição que nos faz saber que se Jesus venceu a morte, nós também venceremos os nossos problemas.

É a fé na Ressurreição que nos faz acredita que outra vida nos espera.

É a fé na Ressurreição que nos faz receber a cura.

É a fé na Ressurreição nos faz acreditar que a vida vale à pena.

É a fé na Ressurreição que nos faz lutar pelas pessoas que amamos.

É a fé na Ressurreição que nos colocando acima de qualquer obstáculo que a vida possa nos apresentar.

É a fé na Ressurreição que traz a pessoa que estava pedida de volta.

É a fé na Ressurreição a única força capaz de fazer alguém se livrar do álcool e das drogas.

É a fé na Ressurreição que nos das à serenidade de saber que não importa como foi o dia de hoje, no fim tudo acabara bem.

É a fé na Ressurreição que nos faz acreditar que podemos sempre dar a volta por cima.

É a fé na Ressurreição que nos dá força para perdoar uma traição, uma ingratidão, uma agressão, nos devolve a paz interior e me faz passar mais leve pela vida.

É a fé na Ressurreição que nos faz levantar da cama todas as manhãs para enfrentar a luta diária carregando a cruz de cada dia.

É a fé na Ressurreição que não nos deixa desanimar quando caímos e nos ajuda a levantar mais uma vez.

É a fé na Ressurreição que nos faz continuar acreditando mesmo quando todos nos dizem desiste não tem mais jeito.

É a fé na Ressurreição que mantém a família unida quando perde os pais.

É a fé na Ressurreição que não deixa uma mãe enlouquecer quando perde um filho.

Irmãos amados, a lista ainda poderia ser muito maior, mas enfim, não existe força de mal tão grande que pela É a fé na Ressurreição não possa ser vencida.

A força que a Palavra da Palavra de Deus vem dessa verdade: Cristo Ressuscitou, Ele morreu, mas está vivo.

Não sei explicar meus irmãos, mas se pararmos para pensar existe algo dentro de nós nos dá testemunho disso, faz-nos sentir que é verdade.

Deixe seu coração acreditar, se permita ter fé na ressurreição, e Receba do Ressuscitado a força que cura te faz vencer.

SOLENE PREGAÇÃO DA PAIXÃO





Imagina, que aconteceu em um estádio, uma luta épica. Um herói enfrentou o cruel tirano que escravizava a cidade e, com enorme esforço e sofrimento, o venceu. Você estava na arquibancada, não lutou, não se esforçou e nem teve feridas. Mas, se você admira o herói, se se alegra com ele pela vitória, se tece-lhe uma coroa, se anima e exalta a plateia por ele, se ajoelha com alegria diante do vencedor; em suma, se exalta por ele, a tal ponto de considerar como sua a vitória dele, eu lhe digo que você terá com certeza parte no prêmio do vencedor.

E tem mais: suponha que o vencedor não tenha nenhuma necessidade do prêmio que conquistou, mas que deseje, mais do que qualquer outra coisa, ver o seu admirador honrado e lhe entre o prêmio, mesmo sem ter lutado e sem ter feridas!

Dessa forma, acontece com Cristo e conosco. Ele, na cruz, derrotou seu antigo adversário. não temos lesões, nem sequer vimos a batalha, e eis que temos a vitória. Sua foi a luta, nossa a coroa. E porque também nós vencemos, com cantos de alegria exaltemos a vitória, entoemos hinos de louvor ao Senhor.

Devemos ter cuidado neste dia, participando nas procissões do Cristo morto, de não merecermos a censura que o Ressuscitado dirigiu às piedosas mulheres na manhã de Páscoa: "Por que procurais Aquele que vive entre os mortos?" (Lc 24,5). Não é a morte de Cristo que nós choramos, mas choramos pelos nossos pecados que tenhamos a vida pela morte e ressureição do Senhor.

Não se trata somente de assistir a uma representação, da morte de Cristo, mas de “acolher” o significado, de passar de espectador à ator. Cabe a nós portanto escolher qual parte queremos representar no drama, quem queremos ser: se Pedro, se Judas, se Pilatos, se a multidão, se o Cireneu, se João, se Maria … ninguém pode permanecer neutro; não tomar partido, é tomar o lugar de Pilatos que lava as mãos, ou da multidão que de longe "permanecia lá, a olhar " (Lucas 23, 35). Se voltando para casa, nesta tarde, alguém nos perguntar: "De onde vens? Onde estivestes?", respondamos, portanto, pelo menos em nossos corações: "No Calvário!"

Mas nada disso acontece automaticamente, só porque participamos nesta liturgia. Trata-se, de “acolher” o significado do mistério. Isto acontece com a fé. Não há música, onde não há um ouvido que a escute; não há graça, onde não há uma fé que a acolha.

"Para cada homem, o princípio da vida é aquele, a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo é imolado por ele quando ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que lhe foi dada por aquela imolação” Isso aconteceu no Batismo, mas deve sempre acontecer conscientemente de novo na vida. Devemos, antes de morrer, ter a coragem de fazermos um golpe de audácia, apropriar-nos da vitória de Cristo. A apropriação indevida! “Indevida” aqui significa que não nos é merecido, mas nos é dado gratuitamente, pela fé.

O que não posso obter por mim mesmo, o aproprio com confiança do lado aberto do Senhor, porque está cheio de misericórdia. Meu mérito, por isso, é a misericórdia de Deus.

Que esta forma de conceber a santidade, no entanto, não nos deixe menos zeloso das boas obras, menos comprometidos na aquisição das virtudes. menos empenhado em jejuns para libertar-nos da escravidão do pecado, pois é exatamente essas práticas que nos fazem antes de todos e mais do que todos, apropria-nos da justiça de Cristo.

O publicano da parábola subiu ao templo para orar; disse simplesmente, mas do fundo do coração: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!", e "voltou para casa justificado" (Lc 18, 14), reconciliado, feito novo, inocente. O mesmo, se temos a sua fé e o seu arrependimento, se poderá dizer de nós voltando à casa depois desta liturgia.

Entre os personagens da paixão que podemos nos identificar mais do que ninguém, espera quem lhe siga o exemplo: o bom ladrão. O bom ladrão faz uma confissão completa dos pecados; diz ao seu companheiro que insulta Jesus: “Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal”

O bom ladrão se mostra aqui um excelente teólogo. Só Deus de fato, se sofre, sofre absolutamente como inocente; qualquer outro ser que sofre deve dizer: "Eu sofro com justiça," porque, embora não seja responsável pela ação imputada, nunca está totalmente sem culpa. Só a dor das crianças inocentes é semelhante àquela de Deus e por isso é tão misteriosa e tão sagrada. Quantos crimes atrozes que permanecem, nos últimos tempos, sem culpados, quantos casos não resolvidos! O bom ladrão faz um apelo aos responsáveis: façam como eu, venham à luz, confessem a vossa culpa; experimentareis também vós a alegria que eu senti quando ouvi a palavra de Jesus: “Hoje estarás comigo no paraíso!”.

Quantos réus confessos podem confirmar que foi assim também para eles: que passaram do inferno ao paraíso no dia que tiveram a coragem de arrepender-se e confessar a sua culpa. Eu também conheci alguns. O paraíso prometido é a paz da consciência, a possibilidade de olhar-se no espelho ou olhar para os próprios filhos sem ter que desprezar-se.

Não carreguem convosco até o túmulo o vosso segredo; encontraríeis uma condenação muito mais temível do que aquela humana. O nosso povo não é cruel com quem errou, mas reconhece o malfeito, sinceramente, não somente por algum interesse. Pelo contrário! Está pronto para ter pena e acompanhar o arrependido no seu caminho de redenção (que de qualquer forma, torna-se mais curto).

"Deus perdoa muitas coisas, por uma obra boa". Ainda mais, devemos dizer, que ele perdoa muitas coisas por um ato de arrependimento. Ele prometeu solenemente: “Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlates, tornar-se-ão alvos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim tornar-se-ão como a lã” (Is 1, 18).

PODER DO SANGUE DE JESUS


Queres conhecer o poder do Sangue de Cristo? Voltemos às figuras que o profetizaram. Recordemos a narrativa do Antigo Testamento. Disse Moisés: “Imolai um cordeiro de um ano e marcai as portas com o seu sangue” (Ex 12,6-7).

Que dizes Moisés? O sangue de um cordeiro tem poder de libertar uma pessoa dotada de razão?

“Claro que não! Liberta não porque é sangue, mas por ser figura do sangue do Senhor. Se, agora, o inimigo, em vez do sangue simbólico marcando as portas, vir brilhar, nos lábios dos fiéis, portas do templo dedicado a Cristo, o Sangue verdadeiro, fugirá para ainda mais longe!”.

Queres compreender mais profundamente o poder deste Sangue? Repara de onde ele começou a correr e de que fonte brotou. Começou a brotar da própria Cruz, e a sua origem foi o lado do Senhor. Estando Jesus já morto, e ainda pregado na Cruz – diz o Evangelista – um soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com a lança, e, imediatamente, saiu água e sangue: água, símbolo do Batismo; sangue, símbolo da Eucaristia.

O soldado, transpassando o lado de Cristo, abriu uma brecha na parede do Templo Santo! Eu, encontrando um grande tesouro, alegro-me com estas riquezas extraordinárias! Assim aconteceu com este Cordeiro (de Deus, Jesus): eles mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício!

“De seu lado saiu Sangue é Água” (Jo 19,34) – não quero (fiel cristão) que trates com superficialidade o segredo de tão grande Mistério. Falta-me explicar-te outro significado místico e profundo! Eu disse que esta Água e este Sangue são símbolos do Batismo e da Eucaristia. Destes Sacramentos nasceu a Santa Igreja, pelo banho de regeneração e renovação no Espírito Santo, isto é, pelo Batismo e pela Eucaristia, que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja do seu lado transpassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.

Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão “ossos dos meus ossos e carne de minha carne” (Gn 2,23), que São Paulo menciona, aludindo ao lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, Cristo, do seu lado, nos deu a Água e o Sangue, para que surgisse a Igreja. E assim como Deus abriu o lado de Adão, enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a Água e o Sangue, durante o sono de sua morte.

Vê como Cristo se uniu à sua Esposa (a Igreja)! Vê com que alimento nos sacia! Do mesmo alimento nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor natural, alimenta com o próprio leite e o próprio sangue o filho, que deu à luz, também Cristo alimenta sempre com seu Sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.

(São João Crisóstomo, 2ª leitura da Sexta-Feira Santa)

SEXTA- FEIRA SANTA


As suas últimas palavras de Nosso Senhor foram: “Tudo está consumado”. Isto é, cumpri minha missão. Fiz tudo o que o Pai me pediu.

Nós estamos mergulhados em um mundo pecador, mas nele temos a missão de ser luz, cumprindo nossa missão, como pai, padre, mãe, catequista, ministro... perseverando até o fim.

Jesus não procurou sofrimentos, o que ele queria era fazer a vontade do Pai. Nós também não devemos procurar sofrimento, mas devemos estar firmes no desejo de cumprir nossa missão, mesmo que isto nos custe renúncias e alguns sacrifícios.

Nosso Senhor disse: “EU VENCI O MUNDO”. Jesus morreu na cruz, mas venceu o mundo, pois ressuscitou, e não morre mais. Jesus venceu, e um dia virá para julgar os vivos e os mortos. JESUS VENCEU e nós, com Jesus, venceremos.

Como Jesus disse: no mundo tereis aflições, perseguições, tentações. Momentos de solidão e de angústia, porque este é o tempo do nosso adversário, que anda ao redor de nós, hora rugindo como leão pronto para nos devorar, hora vestido de pele de ovelha para nos enganar, é uma luta constante e sem tréguas.

Lembremos a Sagrada Escritura -"tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém. Resisti ao diabo, usando a Palavra de Deus.

Jesus não ficou em cima do muro diante do pecado, mas tomou uma posição firme em favor da verdade e da justiça, nós, igualmente precisamos ser fiéis a verdade e a justiça, cumprindo os mandamentos de Deus.

Há poucos dias, falando com um "católico não praticante" - se é que podemos chamar de Católico quem não pratica a sua fé - dizia que: "devemos modernizar a Igreja para não perdermos mais fiéis;
- Não proibir o sexo fora do casamento;
- Não pedir o dízimo, pois Deus já é dono de tudo;
- Vamos oficializar o Matrimônio gay.
- Liberar o aborto e o divórcio.
- Santa Missa Dominical, não deve ser preceito, mas que ser vá quando não se tem vontade. Etc.

Podia responder a cada umas dessas questões diabólicas. Mas apenas direi: isso não é vencer o mundo, mas é ser vencido pelo mundo.

Não deis lugar ao diabo. Na hora da tentação, pegai na espada do Espírito, a Bíblia, e resisti-lhe firmes, como Jesus.

Jesus mesmo passando por aflições, sendo tentado pelo diabo, sendo açoitado e crucificado nunca fraquejou e seguiu até o fim. Ele venceu o mundo, venceu a morte e hoje vive na glória sentado à direita Pai.

Se Jesus passou pela cruz, para que você tenha força Nele. Nunca diga que não tem força para continuar a lutar, siga os mandamentos, tenha fé, pois quem age com fé em Cristo Jesus jamais será vencido. Não temas, pois aquele que venceu o mundo está conosco.

3 pontos vemos em Jesus, no momento da sua paixão:
1) No meio da crise, ele rezou, buscando a ajuda de Deus Pai.
2) Perdoou a todos e morreu sem mágoa de ninguém.
Perdoai-os Senhor eles não sabem o que fazem.
3) Caiu 3 vezes, mas se levantou, e a morte o encontrou em pé.

O Sofrimento é como o fogo do fundidor que purifica a prata. É interessante um detalhe na purificação da prata. O ourives fica olhando, para que a prata no fogo, até ver o seu próprio rosto refletido nela. Este é o sinal de que ela está pura. O sofrimento produz em nós o mesmo efeito do fogo purificando a prata. Ele vai queimando tudo o que é impuro em nós. Quando Deus, vê sua imagem e semelhança refletida em nós, estamos purificados.

Maria Santíssima, no seu momento mais difícil, que foi a morte do seu Filho, certamente pensava: “Meu Filho, o que você poderia ter feito por este povo e não fez?
Você lhes deu a vida e eles lhe deram a morte;
você os salvou, eles o mataram!
Mas sei que você está realizado, porque fez a vontade de Deus Pai.
Por isso eu também assumo esta minha dor, Filho, e atendendo ao seu pedido, quero ser a Mãe de todos os teus discípulos.

QUINTA-FEIRA SANTA



O que você faria se soubesse que morreria amanhã?

Que providências tomaria se lhe restassem apenas poucas horas?

Com quem gostaria de passar seu último jantar?

Quais gostariam fossem suas últimas palavras?

Esse era exatamente o drama que vivia Nosso Senhor. Ele sabia o que lhe aguardava aquela noite. Ele sabia que seria traído, entregue aos seus inimigos e abandonado por quase todos os seus discípulos.

Por isso, aquelas eram horas preciosas. Com certeza nosso Senhor tinha muito ainda para dizer, ensinar, alertar, confirmar, aconselhar, recomendar e consolar.

Entretanto, Jesus renuncia às palavras e usa um gesto, o gesto de lavar os pés deles. Um gesto que os constrangeu, questionou, chocou, e ficou marcado para sempre em seus corações.

Durante três anos os discípulos conviveram com o Mestre, ouvindo suas pregações, testemunhando milagres: curas, libertações e até ressurreições. Durante esse período, os apóstolos participaram da intimidade de Jesus. Tudo que eles aprenderam com ele durante esse tempo, Jesus, resumiu em três lições, presentes nesse gesto do Lava-pés

1ª Lição é o Amor - O texto diz que “tendo Jesus Amado os seus, amou-os até o fim”. É um amor sem limites, um amor levado às últimas consequências. Até o dom da própria vida.

O texto diz que Jesus lavou os pés de todos os discípulos, inclusive os pés de Judas. Jesus lava os pés daquele que iria traí-lo. Até o último momento, até na hora do beijo da traição, Jesus no seu amor ainda esperava Judas se arrepender e se salvar. Jesus ainda vai dizer com amor, “Com um beijo que trai o filho do homem?”.

Jesus transmite aos seus que é absolutamente impossível segui-lo sem amar. O amor é a condição para ser feliz nessa vida e na outra.

2ª Lição de Humildade. Lucas, no seu Evangelho, narra que durante a ceia os discípulos começaram a debater entre si qual deles seria o maior (Lc 22,24). No meio dessa discussão que Jesus se levanta e se despoja de sua túnica, ensinando aos seus discípulos como ser grande para Deus.

Jesus tomou uma toalha, deitou água na bacia e passou a lavar os pés dos discípulos. Quando alguém oferecia um banquete ao receber convidados, colocava um escravo para lavar os pés dos convidados. Jesus assume uma postura de um escravo.

Jesus é Deus, um Deus que se pôs de joelhos, para lavar os pés dos pecadores. Anos antes, João Batista disse que não era digno nem mesmo de desatar as sandálias de Jesus (Mc 1:7). No entanto, Jesus, o próprio Deus, ajoelha-se diante de seus discípulos e, não apenas desata as correias de suas sandálias, mas, ainda, lava os seus pés.

3ª Lição de Serviço (v. 14-16). Jesus mostra aos seus que ser seu discípulo é, antes de tudo, ser um servo.

Conta-se que, certa vez, um jovem reporte Madre Tereza de Calcutá limpando uma ferida em um morador de rua, podre, fedia, da qual saiam vermes. Um trabalho difícil e sem nenhum prestígio nem reconhecimento. Ao presenciar ele exclamou: “Eu não faria esse trabalho nem por um milhão de dólares!”. A freira respondeu: “Eu também não!”.

Esse é o segredo da felicidade, sempre vai ter alguém precisando de você, ninguém é tão rico que não precise de nada, ou tão podre que não tenha nada para oferecer, ninguém é tão sabia que não tenha algo a aprender ou tão ignorante que não tenha nada a ensinar. Por isso o dia em que estiver triste vá procurar um pé sujo para lavar, e será verdadeiramente feliz nesse mundo e no outro. Existe um segredo que ninguém explica, mas todos entendem, é melhor dar que receber. Porque não sei, só sei que é assim.

Jesus utilizou diversas formas de ensino para seus discípulos: sermões, parábolas e gestos, mas ensinar através do exemplo é a melhor maneira.

Na hora da despedida, Ele se utiliza do melhor: o exemplo. Jesus não nos pediu nada daquilo que ele mesmo não tenha feito. Assim, naquela noite de quinta-feira, antes de se despedir dos discípulos, Jesus traz a eles lições preciosas. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

7º domingo TC ano C


"Falou Jesus aos seus discípulos: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam."

Parece que Jesus está nos pedindo uma coisa impossível. Se toda hora que ligo a televisão eu vejo sempre alguém matando alguém. O mundo chegou a esse ponto, pois muita gente resolver seus conflitos de acordo com a lei de Talião: "olho por olho, dente por dente". Mas a vingança, não repara, não corrige e não previne, apenas pune e gera mais violência.

Precisamos aprender a recorrer a ajuda de Jesus. O grande problema é que muitos, preferem resolver seus problemas sem pedir a ajuda de Deus. Muita tragédia seria evitada se antes de qualquer atitude recorrêssemos a ajuda e a proteção de Deus.

Se todos seguissem a orientação de Mestre, o mundo seria bem diferente desse mundo em vivemos. O Senhor nos aconselha a jogar um balde de água na fogueira, em vez de jogar gasolina." Simples assim.

Infelizmente muitos acham difícil demais. Acham que estão se rebaixando, se humilhando se fizer como Jesus nos ensina: fazer o bem a quem lhes faz o mal.

Jesus nos aconselha, nos orienta a amar os nossos inimigos, para o nosso próprio bem. Pois responder a um enfrentamento com vingança nada pode vir de bom, só mais dor e sofrimentos.

Diz a conhecida «Lei de talião» – do latim talio, talis tal, lei do corte ou contusão, assim formulada no Livro do Êxodo: «vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão» (Êxodo 21,24-25).

Segundo essa lei, deve-se pagar com a mesma moeda, e tudo isso se resume numa vingança pessoal. Já estaríamos todos manetas, pernetas e caolhos.

Porém, a solução apresentada por Jesus, é: "Não enfrenteis quem é malvado! ". Mas: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.

Amar como Jesus nos amou é imitá-lo. É fazer tudo o que Ele fez. É nos perguntar a todo momento diante de cada situação de nossa vida: Como Jesus faria para resolver isso? Como Ele reagiria diante dessa situação?

Amar como Jesus nos amou é perdoar como Ele perdoou, é ser caridoso como Ele o foi.

Amar o irmão como Jesus nos amou, é ser capaz de dar a nossa vida para salvar alguém. Certo soldado que estava passeando um dia no zoológico em São Paulo, viu um a criança sendo devorada por uma ariranha. Ele pulou a cerca e salvou a vida daquela criança, mas em seguida foi morto pelos dentes daquele feroz animal. Isso é amar como Jesus nos amou. Aquele soldado deu sua vida para salvar uma vida.

Amar como Jesus, é ajudar aqueles que precisam da nossa ajuda, da nossa força. É defender os fracos das injustiças dos poderosos. É ensinar quem está com dificuldade de aprender, é dar de comer aos famintos, é ajudar os idosos, etc.

Pense neste instante naquela pessoa que o fez de bobo, que lhe ofendeu, lhe passou para traz, ou algo desse tipo. Reze por essa pessoa. Simplesmente a entregue a Deus. Peça a Deus para fazer com que aquela pessoa que lhe causou aquele prejuízo, físico ou moral se arrependa, e se converta, e não faça isso a mais ninguém. Peça a Deus pela conversão dessa pessoa. Principalmente para que ela pare de agir desse jeito. Do jeito que agiu com você.

"AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!" (João 13,34). Aqui, a medida não somos nós, mas sim, o próprio Jesus, o Filho de Deus altíssimo. Agora vai, e faça o mesmo.

6º domingo TC ano C


Todos queremos ser felizes? Mas
onde está a felicidade?

Conta à história da África do Sul que um inglês estava visitando algumas tribos das savanas, quando viu as crianças brincando com pedrinhas brilhantes. Observando melhor, ele notou que eram diamantes. O inglês ofereceu trocar um punhado de pedrinhas por um saco de tabaco, aceitaram na mesma hora.

O Inglês vendeu aqueles diamantes e, comprou toda aquela região, tornando-se o maior comerciante de diamantes do mundo. Os primeiros donos perderam toda a sua riqueza porque não souberam valorizar o que tinham debaixo de seus pés.

Estamos vivendo sobre uma mina de diamantes e nem sabemos.

Temos a beleza das flores o nascer do sol, o sorriso das crianças, o azul dos céus, a imensidão dos mares. Temos apenas que abrir nossos olhos para vermos a beleza da criação. O valor de nossa família dos amigos, da vida em comunidade, a felicidade em participar da Igreja.

Para o mundo, felicidade, é ter isso ou aquilo, é poder fazer o que se quer; pura mentira, felicidade não é ter ou poder, felicidade é ser. Ser pai, ser mãe, ser amigo, ser irmão. Que adiante ter um celular moderno se ninguém me ligar; um caro de luxo se não me levar ao encontro de ninguém, uma mansão se ninguém me visitar. Não existe felicidade fora do calor das relações humanas.

Infeliz daquele que tem a si mesmo com centro da sua vida. Quem vive somente para si tem muito pouco motivo para viver, viverá insatisfeito, angustiado, deprimido.

Feliz daquele que vive para os irmãos e para Deus. Nunca lhe faltaram amigos ao seu lado, contará com uma família e uma comunidade. Viver para Deus e para os irmãos não é um caminho fácil, mas sem dúvida é o caminho da felicidade.

Ser feliz é tudo o que mais desejamos, e também o maior desejo de Deus para nós. Pena que muitos busquem a felicidade fora dos planos de Deus onde nunca vamos encontrá-la.

Precisamos nos conscientizar, de que a felicidade, não é algo que podemos comprar, nem significa ausência de problemas. Pois mesmo em meio a dores e sofrimentos podemos amar, ser amador, e ser feliz.

O sofrimento faz parte da vida, assim como nascemos, e um dia morreremos, assim temos dias maravilhosos e dias difíceis. É preciso para de lamber as feridas e olhar ao redor quem está precisando de você, do seu sorriso do seu carinho da sua mão amiga.

Quando o casal de recém-casados entrou em casa, e o marido falou: “Querida, vou trabalhar muito até que um dia sejamos ricos”. A esposa respondeu: “Mas nós já somos ricos, pois temos um ao outro; o que é possível é que, um dia, se tenha algum dinheiro”.

Chamamos de santos aqueles que nos fazem ver onde está a verdadeira felicidade. Festejamos neste dia todos aqueles que tomam de tal modo a sério as bem-aventuranças que são hoje plenamente felizes.

Num mundo que vive estressado, que corre sem saber para onde, num mundo que já não crê nos verdadeiros valores, porque já não crê em Deus, contemplar os santos é recordar para onde vamos e qual é o sentido da nossa vida! Não tenhamos medo de ser de Deus, não tenhamos medo de testemunhar o Evangelho. Venceremos todo o medo se alimentarmos nossa vida com a Palavra de Deus e a Eucaristia.

Infelizmente, muitos hoje têm como heróis os atletas, os atores, os cantores e tantos outros que não têm muito e até nada para ensinar. Quanto a nós, que nossos heróis e modelos sejam os santos, verdadeiros heróis venceram as tribulações desta vida seguindo o Cristo! Que eles roguem por nós, pois o que eles foram, nós somos e o que eles são, todos nós somos chamados a ser.
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