quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

NOSTALGIA OU RENOVAÇÃO

Mês de dezembro, alguns de nós estão se sentindo mais sobrecarregados, ativos, com inúmeros eventos e compromissos de encerramento do ano e festividades, ou seja, a mil por hora. 

Aqueles que já vinham estressados podem, inclusive, sentirem-se mais cansados, debilitados fisicamente, pois estudos mostram que o estresse nas épocas de Natal e festividades como o final de ano, pode aumentar, conforme dados da Associação Internacional para o Gerenciamento do Estresse. Tal associação, a partir de uma pesquisa com mais de 500 pessoas, entre 25 e 55 anos, mostrou que os brasileiros vivenciam um aumento de até 75% em seu nível de estresse no período que antecede o Natal e Ano Novo. 

Por outro lado, outros podem estar começando a refletir, pensar sobre o que se passou, as promessas feitas e não cumpridas, começam a fazer um balanço dos eventos e pessoas que passaram pelo ano de 2015. Uma parcela dessas pessoas pode experimentar sentimentos de introspecção e vivenciar um período de nostalgia. 

A nostalgia é particularmente proeminente por volta do período das Festas e podem ter um efeito psicológico nas pessoas, tanto bom quanto ruim. 

As pessoas sentem-se mais nostálgicas porque muitas memórias são relembradas e as relações renovadas. Durante as festas de final de ano, famílias e amigos ficam juntos para celebrar e se conectar. Mesmo de longe, amigos e parentes podem reaver o contato através de ligações, emails, cartões e postagens em sites. As festas lembram-nos de tempos especiais e para alguns trazem de volta memórias da infância ou dos sentimentos livres da juventude, com menos preocupações e estresse que vem com a responsabilidade. Mais frequentemente, lembram-nos das pessoas que tiveram importantes papéis em nossas vidas e as atividades que compartilhamos com elas. Essas são algumas das razões de porquê as pessoas que estão longe de casa são especialmente propensas a sentirem-se nostálgicas e porque tantas pessoas viajam para estar com a família e amigos durante este período do ano. 

Entretanto, não está claro, ainda, porque alguns indivíduos são mais propensos a nostalgia do que outros. As pesquisas sugerem, porém, que indivíduos mais nostálgicos tendem a sentir mais fortemente as emoções. Geralmente, pessoas nostálgicas não são mais alegres ou tristes do que as pessoas menos nostálgicas, elas apenas sentem as emoções mais intensamente. 

Qual é o impacto das experiências da infância em relação à propensão a nostalgia? Algumas pesquisas mostram que indivíduos nostálgicos tem mais pensamentos positivos sobre o passado e lembranças mais positivas de quando eram crianças. Porém, eventos da infância por si só parecem ser menos relacionados à nostalgia do que como a criança se sentiu em relação aos mesmos, ou seja, não é o número de festas, presentes, prêmios, que importam, mas até que ponto a criança se sentiu feliz, orgulhosa ou amada. Assim, as Festas podem lembrar a algumas pessoas de experiências felizes da infância, mas podem também relembrar situações desagradáveis. Se as festas estão associadas com grande estresse, discórdias familiares ou infelicidades, o indivíduo pode evitar memórias doloridas, criando novas formas de tradição ou ritos de passagem. 

As pesquisas contemporâneas mostram que a nostalgia pode estar associada com benefícios psicológicos. Ajuda a pessoa a manter um senso de continuidade apesar do fluxo das constantes mudanças. Durante tempos difíceis, a atenção ao passado pode nos fortalecer ao lembrarmos de como sobrevivemos a desafios, perdas, brigas, falhas ou imprevistos negativos no passado. Nosso senso de quem somos está fortemente relacionado a como nos vemos em relação aos outros. Pesquisas apontam que a nostalgia pode fortalecer um senso de ligação social ajudando-nos a apreciar o que nós significamos para os outros assim como o que os outros significam para nós. As memórias nostálgicas, por exemplo, podem ajudar alguém que está longe de casa ou alguém que está em luto por um membro da família através das recordações, evidenciando que o vínculo que nós compartilhamos com aqueles que amamos sobrevive à separação física. 

Espero que você e seus familiares, de alguma forma, possam estar juntos para celebrar ou simplesmente acompanhar da forma mais saudável possível a passagem e a finalização de mais um ano! Tenha um ótimo período Festas.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

BONS PROPÓSITOS DE ANO NOVO

Em determinadas datas, começamos nossa lista de “bons propósitos”. O final e o início de um ciclo nos impulsiona a refletir sobre nossas virtudes e defeitos, até o ponto de tomar uma resolução firme e realizar mudanças.

Quão efêmeros costumam ser nossos propósitos! Às vezes, em menos de 15 dias, já os esquecemos. E isso pode acontecer em nossas vidas em muitos aspectos.

A perseverança é irmã da fortaleza. Com frequência e em muitos aspectos da vida, existe uma verdadeira luta: na escola, no trabalho, no relacionamento a dois… Ter um chefe cheio de defeitos, um cônjuge que faz coisas que nos desagradam etc., são exemplos comuns.

De pequenas crises a verdadeiros furacões, na vida nos deparamos com um fato inegável: a vida é bela, mas não necessariamente simples. Se formos como um barquinho de papel, afundaremos na primeira chuva. É por isso que precisamos da fortaleza.

A perseverança é um esforço contínuo. É um valor fundamental na vida para obter um resultado concreto. Existem muitos matizes, ao viver a perseverança; há pessoas que são irremediavelmente teimosas, e outras que parecem cata-ventos, mudando de rumo constantemente. Estas últimas têm grandes problemas.

É sempre emocionante começar algo; existe entusiasmo, sonhos e esperanças. Esse “algo” pode ser um emprego, uma nova cidade, conhecer uma pessoa que tem potencial para ser nosso cônjuge, um novo projeto ou trabalho.

No entanto, facilmente começarão a existir resistências e problemas. No emprego novo, começaremos a conhecer pessoas que não nos agradam, as exigências podem ser estressantes; ao morar em uma nova cidade, talvez as pessoas não nos aceitem facilmente, devido ao nosso sotaque ou aos nossos costumes.

Após a “paixão inicial”, começamos a descobrir que essa pessoa ideal não o é tanto, e que, em sua personalidade, há aspectos que podem chegar a ser insuportáveis.

Se uma pessoa abandona um emprego porque se chefe não a agrada; se volta para a sua antiga casa porque não se sentiu aceita na nova cidade; ou se larga do(a) namorado(a) porque “não é perfeito(a)”, então estamos diante da falta de perseverança e, no fundo, sempre existe um sentimento no coração: o de ter sido derrotado, vencido, não ter lutado por algo que valia a pena.

Os combustíveis para que a perseverança possa reinar são: a visão a longo prazo e a profundidade.

Os seres humanos são hedonistas, ou seja: nós preferimos o bem imediato. Uma pessoa pode usar uma droga porque, no momento de consumi-la, seu corpo percebe sensações que o agradam, mas não se importa com os danos a longo prazo.

Essa miopia nos leva a fazer grandes burrices na vida como fim de obter satisfação instantânea. A questão é que, com a perseverança, devemos ter a fortaleza de não nos deixar levar pelo que é fácil e cômodo, em troca de algo maior e melhor no futuro. Se vemos a vida com superficialidade, então nos deixaremos levar pelas coisas imediatas.

Quando falamos de perseverança, vale a pena pegar um papel e analisar nossos propósitos para o ano novo. O problema dos propósitos geralmente é que sempre dizemos o “quê”, mas nunca o “como”.

Por outro lado, às vezes não conhecemos profundamente nossas capacidades (ou falta delas) para poder estabelecer objetivos que realmente possamos alcançar.

Qualquer propósito que fizermos (uma relação afetiva, um emprego, uma mudança na rotina etc.) precisará estar acompanhado de uma lista dos meios pelos quais vamos alcançá-lo.

Se queremos consertar um cano quebrado, precisaremos de ferramentas, e seria muito bobo desanimar-nos por não conseguir perfurar a parede com as unhas… Logicamente, precisamos de ferramentas! Estas ferramentas, quando fazemos um propósito, são nossas habilidades, circunstâncias, possibilidades e conhecimentos.

Como posso aplicar minhas habilidades, circunstâncias, possibilidades e conhecimentos para que meu relacionamento amoroso seja estável? Como minhas possibilidades intervêm neste novo emprego? O que sei fazer bem?

A perseverança requer senso comum. Em troca da perseverança, obteremos a alegria de lutar pelo que queremos. Talvez não consigamos tudo de imediato, inclusive podemos chegar a conseguir as coisas só no final, mas é importante curtir o caminho. A perseverança oferece estabilidade, confiança e é sinal de maturidade.

Às vezes, podemos esquecer da sabedoria popular, mas não seria má ideia refletir por um instante no velho ditado: “Quem persevera alcança”.

domingo, 27 de dezembro de 2015

ANO NOVO & DISCIPLINA

Qualquer propósito ou objetivo, por menor que seja, coloca nossa força de vontade à prova

O começo de um ano é o momento mais comum para estabelecer novas metas na vida.

Para algumas pessoas, os propósitos não vão além de começar uma dieta ou deixar de fumar. Outras pessoas, no entanto, estabelecem ideais de superação pessoal, uma melhor vida familiar e conjugal ou o cultivo de valores cristãos. Na verdade, qualquer propósito ou objetivo, por menor que seja, coloca nossa força de vontade à prova.

É comum ver nesta época o entusiasmo com que todos estes novos propósitos são colocados em prática. Mas o que é verdadeiramente meritório – e não tão frequente – é ver aquelas pessoas que vão até o final. São muitas as desculpas para abandonar um projeto começado. Daí a importância de não se deixar vencer por excessos comuns, tais como:

– Não ver rapidamente os resultados esperados. Esquecemos que, para chegar a uma meta, é preciso superar pequenas provas, a fim de obter o prêmio maior.

– Não se sentir capaz de assumir o risco de ferir o próprio ego empreendendo algo que talvez não tenha êxito. Antes de colocar umpropósito em prática, é preciso preparar-se mentalmente para lutar contra os obstáculos que virão até o alcance da meta.

– Começar a desanimar, achando que não somos capazes de concentrar-nos nos resultados. Os obstáculos absorvem a nossa atenção; eles já não são vistos como muros a serem superados, mas como perigos a serem evitados ou avisos que indicam a suposta necessidade de abandonar o projeto. Isso é como querer o fogo antes de buscar a lenha.

– Se houve uma desilusão no passado (quem nunca?), podemos usar isso como desculpa, na tentativa de fugir do compromisso.

Para exercitar a força de vontade, é importante manter-se focado no resultado que queremos alcançar, mas sem esquecer dos pequenos triunfos ao longo do caminho. É verdade que surgirão obstáculos, mas, ao invés de deixar-nos vencer por eles, precisamos usá-los para fortalecer nossa determinação.

Podemos admirar as pessoas ao nosso redor, pela sua tenacidade e fortaleza: “Como conseguem sair da cama tão cedo e correr todas as manhãs?”. Então, começamos a nos perguntar se nos falta disciplina ou se é algo inato.

Mas a disciplina não é algo com que se nasce, é uma habilidade que se cultiva.

É preciso muito mais que um capricho ou desejo passageiro para poder ser disciplinados. A disciplina é um tema de treino diário.

sábado, 26 de dezembro de 2015

A FAMÍLIA É TUDO

A solidão absoluta é chegar em casa e não ter ninguém a quem dizer um simples: “estou casado, meu dia foi puxado hoje...”. Não precisamos de muito para viver bem – para ser feliz basta uma família e pouco mais. 

É a família que faz da casa um lar. O refúgio onde uma vontade de chorar não é motivo de julgamento, apenas e só uma necessidade súbita de... família. De um equilíbrio para o qual o outro é essencial... assim também se passa com a vontade de sorrir que, em família, se contagia apenas pelo olhar. 

Nos dias de hoje vai sendo cada vez mais difícil encontrar gente capaz de ser família. Os egoísmos abundam e cultiva-se, sozinho, o individual. Como se não houvesse espaço para o amor. 

Todos temos sentimentos mais profundos. Cada um de nós é uma unidade, mas o que somos passa por sermos mais do que um. Parte de unidades maiores. Estamos com quem amamos e quem amamos também está, de alguma forma, connosco. O amor é o que existe entre nós e nos enlaça. Onde uma vontade de chorar é um sinal de que há algo em mim que é maior do que eu... por vezes, nem preciso de chorar.... apenas a vontade me indica o caminho da humildade e do amor. Sozinho não consigo chegar a ser eu... 

Uma verdadeira família é simples. É o lugar onde todos amam e protegem a intimidade de cada um. Ninguém é de uma família à qual não se entrega. Mas não é fácil. É preciso ser forte o suficiente para dizer não a um conjunto enorme de coisas que parecem muito valiosas, mas que não passam de ocas aparências de valor. 

Há muita gente que gosta de complicar para fugir ao que é simples. Para que me serve um palácio se nele a minha solidão se faz ainda maior?

A família é algo simples – puro – mas muitíssimo difícil de alcançar. Implica a renúncia constante aos artifícios do fácil e do imediato. Exige que nos concentremos num caminho longo que acreditamos (sem grandes provas) que é o único que nos pode elevar e levar ao céu. 

Numa família há afeto e exemplo, há limites e respeito, há quem nos aceite como somos sem deixar de nos animar a sermos melhores, sem excessos mas com a paciência de quem ama. 

A paz resulta de um equilíbrio de elementos diferentes. Não através de um esforço de anulação do que é único de cada um, mas precisamente pela riqueza de o orientar rumo a um fim conjunto e harmonioso. Uma espécie de enriquecimento recíproco dos contrários. Promover o bem do outro não é fazer com que se torne semelhante a mim. 

A família é tudo que temos nesse mundo. Podemos ser apenas dois... mas é aí, e só aí, que podemos ser felizes. Longe de casa estamos sempre a caminho. O nosso coração não descansa senão nos braços de quem tem vontade de sorrir e de chorar conosco.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

NATAL

Um Menino nos nasceu, pobre e frágil de uma Virgem Mãe. Quantos viram foram inundados pela paz desse Menino, descido do céu no meio da noite. Agora, passada a noite, vencida a aurora, com o sol já alto, poderemos ver melhor: Quem é Aquele que repousa nos braços da Virgem Maria. 

Esse Menino é a fonte da vida é o único que pode preencher o vazio que o pecado deixou em nosso coração. Ele veio para assumir a nossa vida humana e assim oferecer sua vida divina; ele tomou o que é nosso – fraqueza, mortalidade, fragilidade – para dar-nos o que é seu – força, imortalidade, vigor! Ele veio para encher a nossa vida de graça e de verdade. Ele é o Emanuel o Deus Conosco. 

No Natal, nós damos presentes. É para nos lembrarmos do grande presente que Deus Pai nos deu, o seu Filho. Receber esse presente é acolher bem a Jesus em nossa casa e em nosso coração. Desembrulhá-lo é procurar conhecer melhor a Jesus. Dizer muito obrigado é celebrar a Missa do Natal, rezando e cantando com alegria. 

Neste Deus hoje nascido da Virgem, a nossa humanidade foi unida ao próprio Deus. Hoje a força do pecado começou a ser quebrada, hoje a doença da nossa natureza humana, tão propensa ao pecado, ganhou seu verdadeiro remédio, hoje, fazendo-se homem mortal, o Salvador nosso veio trazer a medicina que cura a nossa morte! 

Por tudo isso, nunca percamos de vista a graça que recebemos pelo dom da fé! Vivemos num mundo confuso, de mentiras e idolatrias. O homem pensa poder fazer sozinho a sua vida, encontrar ao seu modo a felicidade. A Solenidade de hoje nos recorda que a humanidade precisa de um Salvador – e esse Salvador é Jesus! 

Neste dia de tanta luz e paz, a mesma Palavra de Deus que nos enche de doçura traz uma nota de treva, traz já uma ponta de cruz: “A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram!” 

O mundo o perseguiu por Herodes, o exilou na fuga para o Egito, o mundo o contestou nos escribas e fariseus, o mundo o julgou e condenou como blasfemo em Caifás, como louco em Herodes, o mundo lavou as mãos ante ele e o crucificou em Pilatos! O mundo ainda hoje nele cospe com o aborto e o desprezo pela vida humana, o mundo o flagela com o consumismo e a impiedade, o mundo o crucifica com a imoralidade e a destruição da família... 

Vivemos num tempo difícil, quando o cristianismo e a Igreja de Cristo são caluniados e perseguidos, denegridos pelos meios de comunicação. 

Muitos ainda não estão dispostos a acolher Aquele que nasceu para nós; o mundo continua envolto em trevas; Porto Alegre continua envolta em trevas! Basta que saiamos daqui e veremos como a nossa paz será desmentida pela futilidade, pela decadência moral, pela soberba de um mundo cheio de si e satisfeito com sua própria treva! 

Deus veio a nós, nasceu para nós! Mas o mundo o rejeitou, o mundo o desprezou, transformou o seu Natal numa festa de consumo. 

O mundo nos propõe uma liberdade torpe, fundada nos caprichos, na loucura de fazer aquilo que se quer; o mundo nos tenta convencer que cada um é a sua própria medida; o mundo nos ensina a viver como escravos dos próprios desejos. Aí estão: famílias destruídas, filhos sem pais, um rio de abortos e infelicidade, jovens sem esperança, drogadicção, uma sociedade sem valores. 

Bem outro é o caminho que o Salvador hoje nascido nos aponta. Deixemos que sua santa lei de amor e graça inunde nosso coração, penetre nas nossas famílias. Então, seremos realmente humanos, seremos realmente felizes! 

Mas, nós, cristãos temos a graça de acolhê-lo, de contemplá-lo, de crer nele, de ouvir sua Palavra e comungar com imensa alegria e gratidão seu Corpo e Sangue nascido, morto e ressuscitado por nós! 

É verdade que o mundo não o acolheu, mas: “A todos que o receberam, deu-lhes a capacidade de se tornarem filhos de Deus. Somos nada menos do que isso. Verdadeiros filhos de Deus e herdeiros do céu. Seja bem-vindo, Santo Menino!

Estou pensando em Deus / Estou pensando no amor 
Tudo seria bem melhor / Se o Natal não fosse um dia 
E se as mães fossem Maria / E se os pais fossem José 
E se os filhos parecessem / Com Jesus de Nazaré
Estou pensando em Deus / Estou pensando no amor

NATAL

Hoje nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! Razão de nossa alegria. Vamos abrir nosso coração para acolher amor de Deus que vem a nós nesta Noite Santa. Por Ele os anjos cantam jubilosos: Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na Terra aos homens por eles amados. Por ele os santos exultam de alegria! 

Alegremos-nos com todas as pessoas de fé, pois nasceu o Deus-menino! Não existe mais distancia em Deus e a humanidade. Ele é o Emanuel o Deus Conosco. 

Esta noite nos chama à vida nova. Cristo quer ser luz em sua vida, esperança em suas dores e salvação em sua cruz. 

Irmãos nessa noite santa, ao contemplamos o menino Deus, o Emanuel, deitados na manjedoura lembremos ao menos uma vez que: o mais simples é o mais importante. 

São as coisas simples que dão sentido a vida, que ficam para sempre em nossa memória e em nosso coração. O cheiro da comida mãe, as brincadeiras de nossa infância, o vento fresco na sobra de uma árvore, andar com pés descalços no gramado, um banho de rio, uma fruta colhida no pé, a família reunida em torno da mesa, um telefonema inesperado. Simples é o colo da mãe, o sorriso da criança, simples é gratuito é o amor de Deus. 

Infelizmente muitos, encastelados em sua arrogância julgam poder fazer sozinho a sua vida, encontrar ao seu modo a felicidade. A Solenidade de hoje nos recorda que a humanidade precisa de um Salvador – e esse Salvador é Jesus! 

Jesus nasceu. Nada mais pode nos derrubar, nem a doença, nem mentira, nem a calunia nem a traição, nem a ingratidão, nem a morte. Não temos motivo para tristeza. 

Como nos ensina o Papa Francisco:

Natal somos nós quando decidimos nascer de novo, a cada dia, nos transformando, em possas mais gentis, pacientes, tolerantes amáveis. 

Somos o pinheiro de natal quando resistimos vigorosamente aos tropeços da caminhada. 

Somos os enfeites de natal quando nossas vidas são adornadas de virtudes, e nossos atos de generosidade. 

Somos os sinos do natal quando chamamos, congregamos e procuramos unir as pessoas e as famílias. 

Somos luzes do natal quando simplificamos e damos soluções. 

Somos presépios do natal quando nos tomamos pobres para enriquecer a todos. 

Somos os anjos do natal quando cantamos ao mundo o amor e a alegria. 

Somos os pastores de natal quando enchemos nossos corações com o amor de Deus. 

Somos estrelas do natal quando conduzimos alguém ao Senhor.

Somos os Reis Magos quando damos o que temos de melhor, não importando a quem. 

Somos as velas do natal quando distribuímos harmonia por onde passamos. 

Somos Papai Noel quando criamos lindos sonhos nas mentes infantis.

Somos os presentes de natal quando somos verdadeiros amigos para todos. 

Somos cartões de natal quando a bondade está escrita em nossas mãos. 

Somos as missas do natal quando nos tomamos louvor, oferenda e comunhão. 

Somos as ceias do natal quando saciamos de pão e de esperança, o próximo que passa por necessidades. 

Somos as festas de natal quando apesar das dificuldades da vida paramos de reclamar e começamos a ver as coisas boas em cada e louvamos ao Criador de todas as coisas.

Somos sim, a Noite Feliz, quando somar capazes de sorrir com confiança e ternura em todos os momentos e circunstâncias. 

Saíamos daqui felizes e cheios de esperança porque nasceu hoje para nós um menino que veio trazer a salvação!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

NATAL - RENOVAM-SE AS ESPERANÇAS

Em todas as casas há luzes e pinheirinhos enfeitados. É  Natal, tempo de amor, paz e solidariedade. Nossa paróquia fez uma grande festa para as crianças, distribuímos alimentos e brinquedos para os moradores da Vila Conquista. Todos estão felizes. Este deve ser o verdadeiro espírito de Natal: paz, amor, fraternidade, amizade, verdade. 

Resumindo, este sempre foi o objetivo do Natal: fazer com que o coração das pessoas de todos os cantos do planeta, seja tocado por sentimentos de paz, amor e solidariedade. No fundo, a cada ano que passa, é a esperança renovada por um mundo melhor, livre da energia do ódio e do egoísmo que contamina corações e mentes.

No Natal, o nosso lado puro, criança, ressurge, pois neste dia em que Cristo nasceu, temos a chance de renascer para novos sentimentos em relação ao outro e em relação a nós mesmos. A sensação de experienciarmos uma energia diferenciada parece invadir a nossa alma: confraternizamos paz, perdão e amor na ceia de Natal como não fizemos nos demais dias do ano.

E esse tempo natalino é um momento de êxtase, de sublimação da realidade contrária ao sentimento que une mentes e corações humanos em apenas uma noite e um dia, experiência que repetidamente desafia a capacidade do homem de olhar para dentro de si mesmo na perspectiva de “algum dia” no calendário, assumir o amor como instrumento transformador de realidades. Por outro lado, o Natal supera interesses mesquinhos, à medida que a energia do amor ofusca o que insiste em permanecer nas sombras.

A felicidade natalina, não pode ser resumir a uma situação momentânea projetada para uma realidade de mundo idealizado pela humanidade. Nesta noite-dia somos crianças com o brilho nos olhos, o coração que acelera de alegria e felicidade, e a esperança no coração da fantasia tornar-se permanente realidade. E esse dia tão esperado depende de todos, mas ao mesmo tempo, de cada um de nós, ou seja, de fazermos de cada dia um dia onde os sentimentos do Natal estejam presentes nas relações humanas. Nesse simbólico sentido, a edificação de uma árvore de natal que dure para sempre é o nosso maior desafio. Um árvore que em sua base, como orienta-nos a tarefa escolar, a mentira seja substituída pela verdade. Depois, no sentido ascendente, a injustiça substituída pela justiça; a inimizade pela amizade e o perdão; o egoísmo pela solidariedade; e no topo da árvore, o ódio substituído pela paz e pelo amor.

Portanto, aproveitemos o espírito natalino para fundarmos os alicerces da árvore de Natal do futuro. Mas para isso, no nascimento de Cristo, precisamos renascer em busca de um novo homem que acredite ser a felicidade natalina, um nível consciencial plenamente alcançável por aquele que percebe ser a energia do amor um instrumento transformador de realidades.
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