sexta-feira, 21 de março de 2014

AS 4 ESTAÇÕES NA VIDA DO CASAL

Cântico dos Cânticos 2.11-13 "Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem."

Nesta linda poesia de amor, autor dos Cânticos dos Cânticos cita a primavera, o verão, o outono e o inverno. O noivo anuncia para sua amada que chegou a primavera e o inverno já se foi. As quatro estações do ano têm as suas peculiaridades e podem ser um exemplo para a vida conjugal.

PRIMAVERA: v.12 “aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves”
A primavera é marcada pela beleza das flores e do canto dos pássaros. Alguns cuidados tomados na primavera são a exposição ao sol, pois os dias são mais longos e alergias devido ao intenso cheiro de pólen das flores. Praticamente todos os relacionamentos começam com uma primavera romântica. Tudo parece belo e formoso. Desde o cheiro no ar ao som do canto de pássaros são agradáveis e contribuem para o bem estar do casal. Todo casal precisa aproveitar a primavera do seu relacionamento e guardar sua beleza o máximo possível.

VERÃO: v.11 “cessou a chuva e se foi”
O verão é marcado pelo calor e muita chuva. As férias e passeios agradáveis também fazem parte deste tempo. Neste período é necessário tomar cuidado para se proteger dos temporais que podem surgir a qualquer momento. Quando o verão chega ao casamento, a relação se torna mais quente. Contudo alguns temporais tendem a perturbar a paz do casal. O casal deve aproveitar ao máximo as oportunidades de lazer, sem esquecer que as férias passam rapidamente e logo recomeçarão sua rotina de vida. Se vier uma tempestade é só aguardar que ela passa e logo o sol volta a brilhar.

OUTONO: v.13 “a figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma”
O outono é o tempo das frutas. As frutas trazem as vitaminas necessárias para a saúde, bem como o prazer de saboreá-las.
Durante o outono o ar se torna mais árido, então é preciso tomar cuidado para hidratar o corpo e se proteger de doenças respiratórias. Quando um casal começa a colher frutos de seu relacionamento, então é sinal de que o outono já chegou. Os filhos, a conquista de bens e a realização de sonhos podem ser considerados frutos do outono do casamento. Contemplar os frutos traz prazer ao relacionamento do casal.

INVERNO: v. 11“porque eis que passou o inverno”
O inverno é um período frio e de noites mais longas. Este é um tempo de comer e dormir mais. É preciso agasalhar para proteger-se do inverno. As comidas quentes são uma boa forma de se aquecer e alimentar-se. Quando o inverno chega ao casamento não podemos deixar o amor dormir nem esfriar. É preciso tomar atitudes calorosas para reacender o amor. A indiferença é a pior forma de frieza que um relacionamento pode enfrentar. Quando as noites parecem ser longas e frias é bom aproveitar para se resguardar e ficar juntos, pois “se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará” (Eclesiastes 4.11).

Depois do inverno vem a Primavera! Eclesiastes 3.1 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”
Precisamos sempre lembrar que tudo passa e depois do inverno sempre vem a primavera novamente. Se enfrentarmos os momentos como se fossem durar para sempre não temos condições de vencer os momentos difíceis. Saber que tanto as alegrias como as tristezas são passageiras nos dão sabedoria para saber esperar.

Em qual estação está o seu casamento?
Aproveite cada período com amor!

quarta-feira, 19 de março de 2014

AUTONOMIA MASCULINA

Necessitamos do convívio, do apoio, da ajuda, do incentive dos outros, afinal, somos conectados numa grande cadeia de ações que fazem que o mundo funcione como ele funciona.

Autonomia é quando mesmo podendo fazer algo sozinho eu escolhe fazer acompanhado. Na realidade poucas pessoas realmente sabem o que é isso, apesar de acharem que são autônomas.

É como aquela criança que diz se virar bem sem a sua mãe por perto, mas nunca saiu de perto para ver se fica realmente bem. Muitos adolescentes se intitulam independentes, mas diante do primeiro aperto da realidade correm para buscar refúgio no colo dos pais.

Autonomia é poder responder por cada ação que tem sem apontar o dedo para culpados ou comparsas que não existiram.

Quando uma pessoa apóia seu bem-estar em um único pilar (filhos, família, trabalho, relacionamento amoroso, amigo) não é de se estranhar que sua vida entre em colapso quando perde esse apoio. O saci-pererê emocional sempre fica no chão quando machuca sua única perna.

A real independência emocional acontece quando você aprende a distribuir suas fontes de nutrição psicológica em vários pontos de tal forma que não fique refém de nenhuma em especial. Sobrecarregar alguém com sua necessidade compulsiva de apego seria até uma forma injusta de buscar amor, é muito peso para uma pessoa só.

Você sabe se é carente se qualquer coisa que qualquer um oferece será aceita. Por exemplo: “Ele não quer um relacionamento sério e eu quero. Não importa eu fico com ele mesmo assim”. Esse tipo de carência não é sadia. 

Ao contrário do que parece, 80 % dos homens são dependentes de suas  mulheres. Muitos entregam a elas a administração integral da vida e dos próprios desejos

Para ilustrar essa dependência lembrei-me de uma cena: Um casal, casado há 30 anos, conversava animadamente em grupos separados. Ele, um bem sucedido advogado, elegante e discreto, contava histórias de sua recente viagem. Quando foi servido o jantar, todos foram à mesa. E a cada momento, antes de pôr a comida no prato, ele se virava para a esposa e perguntava baixinho: “Julieta, eu gosto?”

É claro que a dependência masculina não se mostra necessariamente tão óbvia, se apresentando, na maioria das vezes, de forma bem mais sutil. Homens e mulheres têm um papel a desempenhar. Os meninos, para serem aceitos como machos têm que corresponder ao que deles se espera numa sociedade patriarcal — força, sucesso, poder. Não podem falhar nem sentir medo.

Onde se esconde, então, toda a fragilidade e dependência que observamos, na intimidade, em muitos homens? Sem dúvida, perseguir o ideal masculino da sociedade patriarcal gera angústias e tensões, sendo necessário então usar uma máscara de onipotência e independência absoluta. Por isso, parece adequada a afirmação de que “quando cai a máscara descobre-se um bebê que treme”. Mas por que tudo isso?

Quando pequeno, o menino tem com a mãe um vínculo intenso, que que deve ser rompido precocemente para que ele se desenvolva como “homem”. Permanecer muito perto da mãe só é permitido às meninas. Para os meninos isso significa ser maricas ou filhinho da mamãe. Os amigos e os próprios pais não perdem uma oportunidade de deboche ou piada a qualquer manifestação de sujeição à mãe.

O desejo de ser cuidado, acalentado, dependente é recalcado. Na vida adulta os homens escondem a necessidade que têm das mulheres mostrando-se auto-suficientes e desprezando-as. Tentam se convencer de que elas é que precisam deles, da sua proteção. Negando, assim, seus próprios impulsos de dependência, se sentem mais fortes e poderosos.

Contudo, quando o homem se sente atraído por uma mulher, dois sentimentos contraditórios o assaltam. Por um lado, o desejo de intimidade, de aprofundar a relação. Por outro, o temor de se ver diante do seu próprio desamparo e do desejo de ser cuidado por uma mulher. Talvez isso explique por que tantos homens que resistem ao casamento, optando por uma vida livre, em um determinado momento se casam e se tornam submissos, dependentes e dominados pela mulher.

Poucas vezes o homem tem oportunidade de relaxar, de baixar a guarda. Ficar doente, mesmo sem gravidade, é um ótimo pretexto. Entregam-se despreocupados ao saudoso cuidado materno, agora exercido geralmente pela namorada ou esposa. Solicitam atenção integral sem se importar em ser tratados como bebês.

O homem dependente não é autônomo. Autonomia implica não se submeter às exigências sociais, de modo a rejeitar características da própria personalidade consideradas femininas pela nossa cultura. O homem pode ser forte, decidido e corajoso, mas também frágil, indeciso e muitas vezes sentir medo, dependendo do momento e das circunstâncias. Pode falar dos seus sentimentos, ficar triste e até chorar. O homem autônomo só começa a surgir nesse momento, em que a mentalidade patriarcal começa a sair de cena.

AMOR OU DEPENDÊNCIA EMOCIONAL?

Muitas vezes as pessoas justificam a entrega total ao outro dizendo: “olha como eu amo essa pessoa!!!” e não percebem o quanto as suas fragilidades estão embutidas neste pensamento…

A pessoa anula-se de tal forma que perde sua identidade e exige do outro este empenho na mesma proporção. Quando não recebe esse retorno afetivo revoltam-se pela falta de gratidão e reconhecimento, chegando ao ponto de sentir uma raiva incontrolável sobre os outros e sobre si próprios porque fica com o sentimento: “Eu dei tudo de mim e não percebi mudanças”.

A pessoa estrutura a sua vida em torno da vida do “outro” de tal forma que é difícil para ela imaginar sua própria existência sozinha. O dependente emocional demonstra uma forma de dependência em relação às pessoas semelhante à dependência de drogas ou álcool, sexo ou compulsão alimentar e necessita de tratamento, pois pode destruir a própria vida.

São pessoas que apresentam baixa-autoestima, se auto-depreciam frequentemente e magoam-se facilmente com as opiniões alheias, além disso, apresentam dificuldade em expressar seus sentimentos por medo de sentirem-se vulneráveis.

Quando o relacionamento amoroso do dependente emocional chega ao fim, este tem a tendência em procurar outra pessoa problemática para dar início a um novo ciclo. O problema é que muitos adultos não amadurecem e permanecem como crianças por toda a vida num relacionamento amoroso. O ser humano se torna maduro no momento em que ama e não somente necessita do outro. Abastece sua relação de trocas e não só recebe… 

Uma flor que nasce no meio de uma grande floresta, exala seu perfume, demonstra sua beleza e leveza independente da admiração dos outros. Assim é o verdadeiro amor!

O dependente emocional demonstra uma dependência afetiva em relação a uma outra pessoa. Ele necessita da aprovação, aceitação e reconhecimento do outro para lidar com as situações da vida, pois não acredita no seu próprio valor, no seu poder de tomar decisões, fazer escolhas e até mesmo na sua capacidade de conquistar alguém e, muitas vezes aceita relações destrutivas como um prêmio de recompensa.

É uma pessoa submissa e insegura, pois sua percepção de si mesma é muito frágil. Sente-se incapaz de agir adequadamente sem o auxílio de outras pessoas e por isso recorre frequentemente aos outros para ser orientada, ajudada e direcionada, sendo que tudo isto surge da necessidade de satisfazer suas necessidades internas e não pelo desejo de estar na companhia da outra pessoa.

Uma pessoa dependente emocionalmente demonstra em suas ações e sentimentos uma fragilidade e carência que pode afetar negativamente seus relacionamentos, seja nas relações amorosas , como entre amigos, colegas de trabalho, pais e filhos, entre outras

O fato que torna mais grave essa situação é que o dependente emocional, muitas vezes, aceita qualquer tipo de relação por medo de perder a outra pessoa. Com o medo de ser abandonada, muitas vezes tolera abusos sexuais, verbais, físicos, entre outros.

A maneira como as crianças são criadas na infância são fundamentais para o desenvolvimento de adultos seguros, confiantes e independentes emocionalmente, portanto, a forma como somos educados e preparados por nossos pais, professores, avós e parentes mais íntimos possuem um papel prioritário em nossas vidas.

Os adultos dependentes emocionalmente geralmente foram crianças que não se sentiram amadas, queridas e importantes, desta forma, sentem a necessidade quase que vital de dependerem do amor de outra pessoa, já que não viveram isso em sua fase mais tenra.

Existem pais que culpam, desprezam, humilham e que não respeitam os sentimentos de seus filhos. As crianças que são tratadas assim sentem que não são dignas de serem queridas, amadas e passam a omitir seus sentimentos porque não sentem estes como sendo importantes.

O fato não é que os pais não amem seus filhos, mas muitas vezes com a intenção de acertar, supervalorizam o que seus filhos fazem de errado (apontando frequentemente uma falha) e desprezam totalmente as vitórias e as conquistas dele.

Outros tipos de pais protegem demasiadamente seus fillhos. É bastante comum que muitos pais protejam seu filho em excesso, satisfazendo todas as suas necessidades, como uma forma de compensar sua ausência frequente no papel de pai. Outros protegem demais por medo de “perder” o filho e ficarem sozinhos, desta forma, induzem os filhos a acreditarem que só debaixo de suas asas estarão seguros.

Os pais tornam-se permissivos em excesso, pagando todas as contas do filho, cedem coisas materiais sem limites e não incentivam os filhos a trabalhem fora para ganhar seu próprio sustento, ou seja, propiciam ao filho um mundo de fantasias que na realidade não existe.

Os filhos que não precisam fazer muito esforço para conquistar as coisas por si próprio, apresentarão dificuldades a ser mais independentes no futuro quando forem adultos , já que os pais supriram todas as suas necessidades.

Os pais precisam estimular seus filhos a adquirir autonomia e auto-confiança. Demonstrando amor e confiança nas ações de nossos filhos, desenvolvemos adultos com uma boa auto-estima, seguros de si e pouco dependentes da aprovação dos outros.

Tanto a falta de demonstração de amor e carinho como a superproteção exagerada podem desenvolver adultos dependentes. A criança que não sente que é amada, pode se tornar insegura em relação ao amor dos outros, pois cresce com a crença que não será amada nas relações futuras no decorrer de sua vida.

A criança precisa se sentir valorizada e amada para acreditar em si própria e na sua capacidade de se nutrir principalmente emocionalmente. Assim, se tornam pessoas completas e não pessoas que ficam à espera dos outros para se completar. Essas pessoas acreditam que são incapazes sozinhos (porque em algum momento alguém o fez acreditar que era incapaz). Por outro lado, não devemos superproteger nossos filhos para que ele possa aprender a caminhar com suas próprias pernas adquirindo segurança.

Necessitamos de uma forma de proteção mesmo depois de nos tornarmos adultos. Esta proteção significa um apoio emocional, mas muitas pessoas “dependem “ deste apoio como algo ou alguém que poderá salvá-lo de situações extremas e impedir suas frustrações. Essa é a dependência doente que faz com que muitas pessoas se mantenham em relações destrutivas e de muito sofrimento.

Neste processo fortaleceremos a sua auto-estima, tornando-o mais seguro e dependente de si próprio. Quando as pessoas começam a gostar de si mesmas, aprendem a cuidar de suas próprias feridas. Quando nos amamos, procuramos pessoas que nos valorizem e nos respeitem pelo que somos.

Este ciclo de dependência pode ser interrompido e desfeito quando a pessoa dependente, compreende que a solução do seu problema mora dentro de si próprio, pois precisa tomar responsabilidade por si, tomar conta da sua vida e assim ficar disponível para poder verdadeiramente amar.

A dependência emocional pode influenciar negativamente, cegar e impedir seu crescimento. Aprove-se mais, ame-se muito mais e dependa especialmente de você!

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL - SUPERAR É POSSÍVEL

Cada relacionamento é diferente, tem as suas próprias características, regras, costumes, hábitos, formas de se expressar e de se projetar. Em algumas ocasiões, pode suceder que uma das pessoas experimente uma necessidade afetiva extrema com o seu parceiro, mostrando um padrão de submissão e idealização do mesmo. Estas pessoas são conhecidas como dependentes emocionais, uma vez que reduzem toda a sua capacidade de bem-estar e prazer à envolvência com o seu parceiro. Se considera que é uma pessoa emocionalmente dependente, recomendo que:

- Recupere o seu espaço. É importante que trate de recuperar aqueles espaços pessoais e individuais. Reúna-se com amigos sem o seu companheiro/a, faça atividades que lhe gerem prazer.

- Realismo. Evite idolatrar o seu companheiro/a, ele é um ser humano, e como tal, tem os seus defeitos e virtudes. Nem tudo o que faz e diz é correto. Lembre que seu companheiro/a é apenas gente para poder superar a dependência emocional.

- Expressão. O que você pensa e diz é igualmente importante, tal como o que o seu companheiro pensa. Quando não estiver de acordo com algo, diga-lhe. Não aceite tudo o que se diga com medo de o perder. Através das diferenças, também se constrói e consolida um relacionamento.

- Trabalhe a sua autoestima. Uma autoestima baixa é um dos fatores que conduz à dependência emocional, é por isso, que deve trabalhar a sua autoestima. Deve se valorizar e se cuidar.

- Repensar. Tome um tempo para pensar no seu relacionamento. Reflita sobre como era antes de o conhecer e todas as coisas que deixou de fazer pelo relacionamento. Talvez seja tempo de fazer umas mudanças na relação para que ambos se sintam melhor.

- Faça terapia. Se considera que não pode fazer estas mudanças por si só, vá a um terapeuta para que o oriente neste processo.

sábado, 15 de março de 2014

PAIS DE ADOLECENTES

Se lembrarmos das histórias Infantis, contadas em filmes, como; Rei-Leão , A Pequena Sereia e Nemo podemos perceber o quão é importante a ligação com o filho pois esse é a certeza da preservação e perpetuação da espécie!
 
O Rei- Leão chama os animais de toda a floresta para apresentar seu filhote recém-nascido e o levanta nos braços do alto da montanha!

A Pequena Sereia, já adolescente, não gostava de ser sereia! Apaixonou-se por um humano. Como todo adolescente, desobedece o pai, no caso, Poseidon e dessa forma enfrenta situações difíceis para se tornar uma humana. A saída para um final feliz foi o pai entender seus desejos e aceitar essa nova opção da filha.

O Nemo, um peixinho curioso, que queria conhecer o mar sem a superproteção do pai! Passou momentos difíceis! Mas aprendeu com as dificuldades! Da mesma forma seu pai, que na constante busca pelo filho encontra todos os tipos de peixes que ensinam diferentes formas de lidar com os filhotes! A passagem do filmequando o pai do Nemo encontra um cardume de Tartarugas é fenomenal! O pai de uma das tartaruguinhas dá uma boa lição de como lida com o filhote:
Marlin: "Como saber que ele está pronto?"
Crush: "A gente nunca sabe, sabe. Mas, quando eles sacarem, aí tu saca. Sacou!!"

Acontece que quando esse filho chega à adolescência essa preservação pode ser ameaçada! Isso porque, de forma geral sempre: A adolescência provoca um processo disfuncional na família! O que é isso? O filho que antes era obediente e fazia o que o pai ou a mãe queriam, começa a impor seus próprios pensamentos, que nem sempre são compactuados pelos pais! Esse desencontro de pensamentos entre pais e filhos colabora na disfunção familiar!

Pai pode brigar com a mãe por um ficar do lado desse filho e o outro contra.

O adolescente vive lutas e fugas! Isto é; muitas vezes o adolescente pode bater boca, responder por querer se impor ( lutar ) por seus desejos ou ideias e de forma inversa, não respondendo pode se refugiar em seu quarto e se isolar ( fuga ) eis aqui um momento de muita atenção por parte da família, pois é muito rápido se refugiar nas drogas!

Para um adolescente o secreto tem valor inestimável! Portanto segredos ou situações não reveladas ou ainda adolescentes fechados faz parte do desenvolvimento! O importante é a família respeitar mas estar sempre de observação para ver se esse caminho do secreto que é direito dele não está se desviando para situações onde o adolescente corre risco!

A preguiça, comum nos adolescentes, é uma pausa necessária! Fato explicado pelo próprio crescimento físico.

A ação dos hormônios do crescimento leva-o a dormir mais, a ter cansaço para realizar coisas! Enfim é explicado, mas não justificável !

A adolescência é a fase do pertencer a… algum grupo! Nessa hora é importante os pais acompanharem se eles são de Turmas ou de Gangues! Lógico que nesse último precisa haver intervenção por parte dos progenitores!

Turma é uma forma sadia de grupo.

Gangue é predominância das pulsões agressivo e destrutivas, perversas ou cruéis. Ideal de gangue se organiza em torno da idealização da violência.

No adolescente sempre você encontrará o conflito entre o Prazer e o Dever! Faz parte do crescimento físico, como foi explicado acima, mas faz parte, também, do desenvolvimento educacional, isto é; como a família está apresentando os deveres que a vida apresenta? Esse momento é de suma importância a intervenção da família, começando por pequenas coisas! Como por ex.: a mãe orienta o filho na lição de casa mas não faz por ele, o filho pode lavar uma louça ou arrumar a mesa do almoço!

Contradições é outra característica dessa fase! Uma hora ele gosta de tal atividade outra hora odeia! Uma hora o amigo X é o melhor amigo, outra hora não quer mais saber desse amigo! Todos esses desencontros fazem parte do desenvolvimento dessa criança que está virando adulto.

Paixões, sexualidade e drogas é o ponto mais alto na fase da adolescência! Temos que lembrar que essa fase é o momento do treino para a vida adulta e que a afetividade é um ponto importantíssimo para a saúde mental, física e psíquica do indivíduo! Ir para as drogas nada mais é do que uma busca dessa afetividade desconhecida!

Com o desenvolvimento da tecnologia, o que temos hoje é uma Geração chamada de Zapping, isto é; zapeiam no computador, nas redes de relacionamentos, na televisão com controle remoto. Tudo tem que ser instantâneo, rápido, tempo esse que se opõe à aprendizagem. O que vale é o mundo hipermoderno: tudo tem que ser o mais louco, o mais bonito, o mais magro. O meio termo não tem espaço nesse século XXI. Pela vivência das facilidades somadas às atitudes dos pais de superproteção encontramos essa adolescência prorrogada!

Sempre tivemos pais autoritários com incapacidade de entender ou dialogar com os filhos! Da mesma forma sempre tivemos, pais ausentes que se eximem da responsabilidade de ter tido filhos ou então até pagam qualquer coisa para não ficar com os filhos. Mas encontramos, também, pais democráticos que pela responsabilidade e co-participação na vida do filho andam juntos respeitam a individualidade do filho e se posicionam quando necessário.

Pai de adolescente vira filho novamente! Isto porque nesse momento os pais se identificam com os filhos e projetam as ansiedades e angústias que não foram entendidas quando estes (pais) eram adolescentes!

Os pais têm que lembrar que os filhos crescem e os pais envelhecem! Os filhos serão a perpetuação da sua espécie! Nada como vermos nossos filhos serem adultos sadios, que saibam conduzir a própria vida seja no desenvolvimento de uma nova família, bem como no trabalho, carreira e nas orientações de seus próprios filhos.

A comunicação tem que ser sincera! Enérgica mas afetiva! Eis aqui um paradoxo para muitos pais! Alguns pais acham que ser enérgico é bater! Não é! Enérgico tem haver com a comunicação e o respeito! Os pais têm que ser o exemplo para que sejam respeitado e a comunicação entendida! O casal chamado “Pais” – nesse a comunicação, como a tomada de decisão tem que vir de comum acordo e não o que muitas vezes ocorre um fala uma coisa o outro diz outra.

Os pais precisam trabalhar o senso de realidade em detrimento o senso de ficção. Só a realidade colabora para o crescimento efetivo dos filhos. Isso não significa que não devemos ouvir os sonhos, as fantasias ou ficção dos filhos! Faz parte participar para entendermos como esse filho pensa!

Importante lembrar aos pais que os filhos são diferentes! Cada filho é único! Comparar só atrapalha! Pressa em perdoar também! Mas o investimento tem que ser igual! E aqui quando falamos em investimento tem haver com afeto, interesse, atenção e não dinheiro!

Encontramos famílias que deixam o jovem fazer o que quer! Eles dominam! Isso é tão comum que inverteu-se o controle! Em muitas famílias são os filhos que controlam os pais! E tem pais que ainda acham graça!!!

Outra decorrência desse século Hipermoderno é a tendência do “Ter” ao invés do “Ser” As famílias estão ficando especialistas no crescimento dos filhos, mas não no desenvolvimento desses! Crescimento traz a valorização do ter! Ter uma casa, ter um carro, ter o computador, ter um i-pad, ter viagens, etc! Desenvolvimento tem haver com o respeito de si mesmo e do outro, ter ética, respeitar a natureza, respeitar os animais, respeitar os diferentes!

A MELHOR ATITUDE DA FAMÍLIA PARA QUE ELA COMECE A PROPICIAR DESENVOLVIMENTO (e não só crescimento) PARA SEUS FILHOS!
• RESPEITO: FAÇA O BEM!
• RECONHECIMENTO: VALORIZAR O POSITIVO !
• PARTICIPAÇÃO: SER GENTIL MAS FIRME!
• VALORIZAR A RESPONSABILIDADE
• VALORIZAR A COOPERAÇÃO
• VALORIZAR A COMUNICAÇÃO.

quinta-feira, 13 de março de 2014

A receita do Papa Francisco para fazer o amor durar

"Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (...) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: 'posso?', 'obrigado' e 'desculpe'".

"Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (...) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: 'posso?', 'obrigado' e 'desculpe'".

Hoje em dia existe muito medo de tomar decisões definitivas, como a de casar-se, pois as pessoas consideram impossível manter o amor vivo ao longo dos anos. O Papa Francisco fala deste tema e nos convida a não nos deixarmos vencer pela "cultura do provisório", pois o amor que fundamenta uma família é um amor para sempre.


O que entendemos por "amor"?

Com a sabedoria e a simplicidade que o caracterizam, o Papa Francisco começa com um importante esclarecimento sobre o verdadeiro significado do amor, já que, diante do medo do "para sempre", muitos dizem: "Ficaremos juntos enquanto o amor durar".

Então, ele pergunta: "O que entendemos por 'amor'? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus."

"O matrimônio é um trabalho de ourivesaria que se constrói todos os dias ao longo da vida. O marido ajuda a esposa a amadurecer como mulher, e a esposa ajuda o marido a amadurecer como homem. Os dois crescem em humanidade e esta é a principal herança que deixam aos filhos", acrescenta.

Três palavras mágicas para fazer o casamento durar

O Papa esclarece que o "para sempre" não é só questão de duração. "Um casamento não se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos."

E fala sobre a convivência matrimonial: "Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (...) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: 'posso?', 'obrigado' e 'desculpe'".

"'Posso?' é o pedido amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia: 'A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor'. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia."

"Obrigado': a gratidão é um sentimento importante. Sabemos agradecer? (...) É importante manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se 'obrigado'. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados. É preciso saber dizer 'obrigado' para caminhar juntos."

"'Desculpe': na vida cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de utilizar esta palavra tão simples: 'desculpe'. Em geral, cada um de nós está disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. Também assim cresce uma família cristã."

Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: "Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita...".

E conclui: "Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará, seguirá em frente."
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