quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ORAÇÃO DA COMUNIDADE


Senhor, vos pedimos pela minha Paróquia São Sebastião, nos seus 78 anos de comunidade: Para que nos conheçamos sempre melhor em nossas aspirações e nos compreendamos mais em nossas limitações. Para que cada um de nós sinta e viva as necessidades do outro. Para que nenhum fique alheio aos momentos de cansaço, dissabor e desânimo do outro. Para que nossas discussões não nos dividam, mas nos unam na busca da verdade do bem. Para que cada um de nós, ao construir a própria vida, não impeça ao outro de viver a sua. Para que nossas diferenças não excluam a ninguém da comunidade, mas nos levem a buscar a riqueza da unidade. Para que olhemos para cada um. Senhor, com os vossos olhos e nos amemos com o vosso coração. Para que nossa Fraternidade não se feche em si mesma, mas seja disponível, aberta e sensível aos desejos dos outros. Para que no fim de todos os caminhos, além de todas as buscas, no final de cada discussão, e depois de cada encontro, nunca haja vencidos, mas somente e sempre irmãos. Amém. São Sebastião, rogai por nós.

QUE OS MORTOS ENTERREM SEUS MORTOS


Mateus 8:21-22
Pensamento: Naquela época as pessoas eram enterradas no mesmo dia em que faleciam. Se o pai do homem houvesse de fato falecido, ele deveria estar no enterro naquela hora.
É mais provável que esta fosse uma expressão idiomática que queria dizer “Deixe eu cuidar de meu pai que está na velhice. Quando ele falecer eu vou lhe seguir.” É neste sentido que Jesus o chama a vir logo seguí-Lo.
Muitas pessoas querem seguir Jesus. Mas primeiro querem terminar a faculdade, conseguir um emprego, casar-se, viver como querem, e assim por diante. Primeiro isso, primeiro aquilo. O que tem que vir primeiro é Jesus.
Isso não quer dizer que seguir Jesus significa abandonar um familiar doente. Ao contrário, para algumas pessoas seguir Jesus vai significar perder a edificação do culto dominical para cuidar de um parente enfermo no hospital. Para outras pessoas será o contrário. Para algumas pessoas vai significar deixar de participar no coral para cuidar dos bebês no berçário. Para outras pessoas será o contrário. Às vezes não é fácil decidir qual a escolha certa. Temos desejos e preferências. E muitas vezes, no fundo, eles são egoístas. Alguns querem aparecer no ministério na frente, enquanto outros querem reinar no serviço de trás. Jesus pode estar em ambos os lugares ou em nenhum dos dois. A grande pergunta é - qual escolha coloca Jesus em primeiro lugar? Onde é que você estará realmente seguindo Jesus? Aquela é a escolha certa.

DECIDA PELA FELICIDADE


            Um gavião voou rumo ao céu, levando no bico um pedaço de carne. Vinte outros gaviões saíram atrás dele e o atacaram furiosamente. Então ele deixou cair a carne e, imediatamente, os seus perseguidores o deixaram em paz e voaram, aos gritos, atrás da carne que caíra. Diz o primeiro gavião: “Que paz agora! Que bom estar aqui em cima: o céu é todo meu!”.
            A fórmula para o desapego é: “Terminar com os desejos”. A raiz dos sofrimentos é o desejo, que no mundo moderno chama-se apego. Tenhamos desapego e logo teremos felicidade. O mundo está vazio e ao mesmo tempo cheio de sofrimento, solidão e temores. Quando aprendermos a aceitar tais sofrimentos, imitando o desapego de Cristo Jesus crucificado, nada poderá nos causar tristeza. Temos grandes e pequenos sofrimentos. Uma grande dor seria como minha amiga Joana que é cega devido a sua diabete. Um pequeno sofrimento seria ir a um restaurante e pedir uma sopa de cebola e, não tendo, poder aceitar e saborear uma sopa de ervilhas ou ir a outro restaurante.
Algumas vezes é muito difícil ter desapego. Porém, com força de vontade, podemos chegar lá. Se a namorada rejeita o jovem, ele ficará infeliz; a não ser que ele tenha consciência de que existem milhares de outras senhoritas para namorar. Na dança da vida podemos dançar com uma música ou outra. Temos a opção de escolhas.
Somos educados pelas escolas, pelos pais e pelas circunstâncias da vida para ficarmos tristes quando perdemos algo que gostamos. Devemos aprender que a Providência Divina existe e, no centro de nosso coração com Deus, encontramos nosso destino na felicidade.
Nascemos felizes. Toda a vida está cheia de felicidade. Existe a dor, mas quem disse que não podemos ser felizes com a dor? Por exemplo, Pedro está morrendo de câncer, porém fez o propósito de viver feliz os 6 meses restantes de sua vida, conforme seu médico diagnosticou.
Como se abandona o apego? Basta se conscientizar que está baseado em uma falsa crença: “Sem isto não posso ser feliz”. Isto é falso. Temos que aceitar a vida e a Providência como elas são e, usufruir das criaturas deste mundo enquanto elas nos levam a Deus e a felicidade. E não usufruir das criaturas enquanto elas nos levam contra Deus e contra a felicidade. É simples, nós que complicamos tudo.
Somos livres. Nossa sabedoria nos ajuda. As nossas emoções freqüentemente nos atrapalham. É necessário que aprendamos a ser livres e utilizarmos a nossa vontade para escolher corretamente as decisões que nos levam ao caminho da felicidade.
“Por favor!”, disse um peixe do mar a uma baleia, “Onde posso encontrar a coisa mais imensa que é o Oceano?”. A baleia respondeu: “Não é preciso procurá-lo, você está nadando nele”. Não temos que procurar a felicidade; podemos viver felizes, pois ela está em toda parte. É só observar.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

SOU PADRE


Lc 9,57-62

Nosso Senhor caminha decididamente para a Cruz, e os seus discípulos, vivenciam o conflito interior entre segui-lo e o medo da morte. Manifestam as suas resistências e o Bom Senhor deixa claro que é preciso, romper com a imagem da mãe – segurança e conforto; romper com a imagem do pai – regras e deveres; e romper com o eu – segurança de uma identidade a ser conservada.
Para quem olha em frete e vê a cruz, é natural manifestar resistências, a Cruz é um horror, um espetáculo de infâmia. A cruz não é bonita, nem a de Jesus, nem a nossa, mas não a amamos por ela ser bonita, ou fácil de carregar, amamos aquele que está na cruz, porque Ele nos amou por primeiro, e por causa dele suportamos a nossa cruz por aqueles que amamos. Nós presbíteros, entendemos bem esse jogo de palavras, pois o sentimos em nossa carne. Tanto o desejo se seguir Nosso Senhor como o medo da morte.
Estivemos aqui esses dias exatamente para isso: tomar consciência de nossas resistências, e vencê-las juntos como irmãos. Tão somente para, contribuir mais e melhor no processo de consciência e libertação do Povo de Deus a caminho.
 Não é difícil perceber o quanto, e como cultura atual afeta esfera de valores nos presbíteros: estimulando desejos, criando apegos; aumentando as resistências.
A dimensão religiosa da vida não coincide mais com as estruturas da Igreja, que por sua vez, já não é mais capaz de sustentar a adesão dos fiéis, esta tarefa passa a depender, em ampla medida, do tipo de interação pessoal que nós presbíteros somos capazes de estabelecer.
            Se anteriormente lealdade, obediência e humildade eram consideradas valores para o clero, hoje o que se busca nos presbíteros é autenticidade, autonomia e diálogo.
            A autenticidade nas relações decorre do fato de nós presbíteros termos uma integração de personalidade razoável no que diz respeito à ordem psíquica e afetiva, o que implica um grau considerável de autoconhecimento. Logo, o autoconhecimento torna-se uma qualidade pessoal indispensável para nós, por isso uma caridade com os outros.
            O valor da autonomia se relaciona com a condição de liderança que o presbítero hoje deve apresentar. Esta se concretiza por meio de quatro qualidades:
a) a empatia com o Povo de Deus (numa boa percepção dos anseios, temores e demandas do povo);
b) uma clara definição dos próprios valores e objetivos;
c) autoconfiança;
d) uma imagem de sucesso e competência.
            Estas características apontam para uma liderança autêntica, que se traduz na possibilidade do padre se colocar a frente do grupo, por meio de uma clara explicitação de seus objetivos e de sua maneira de ser. O que se espera de nós hoje, portanto é, alem da capacidade de estar em contato com os fiéis, clareza e coerência entre aquilo que professamos e aquilo que fazemos.
            Outro valor imprescindível é o diálogo. Este diz respeito à nossa condição de comunicar nossos próprios objetivos, valores e missão, com a condição de estar em contato com os outros, transparecendo igualdade. Uma vez que a interação entre o Presbítero e os fieis apresenta atualmente uma característica muito mais pessoal do que institucional, o diálogo passa a desempenhar um papel primordial, o recurso da argumentação e explicação se torna praticamente indispensável. Ao mesmo tempo para desenvolver uma atitude de empatia, é preciso que o "outro" também tenha a possibilidade de apresentar suas respectivas razões e motivos.
            Ocorreram, pelo menos, quatro mudanças na vivência presbiteral:
1. do púlpito à participação;
2. De pregador clássico a portador do mistério;
3. Do estilo solitário ao ministério colaborativo;
4. De uma espiritualidade monástica a uma secular.
            O perfil do padre hoje precisa se identificar com a prática dos primeiros cristãos, quando ainda não havia estrutura hierárquica, ao invés do exercício da autoridade conferido pela posição de clérigo, a nossa atuação deve se pautar, sobretudo, pelo serviço e testemunho.
Retomando, a cruz continua, através dos séculos, causando nojo para muita gente, e por isso temos mais facilidade de nos afastar dela do que nos atirarmos a ela, mas os santos agem diferente, eles também sentem repulsa da cruz, mas tem um amor maior, que os impele a estar junto da cruz de nosso Senhor custe o custar, pois eles, como você, não tem nada da oferecer a não ser a si mesmo, e nada a perder a não ser a própria vida, pessoas assim são "idiotas" (capazes de fazer o que ninguém é faz) e perigosas.

A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA

O Centro de Recuperação Imaculada Conceição – CRIC – é uma entidade filantrópica com a finalidade de recuperar e re-socializar, dependentes químicos do sexo masculino de 18 a 60 anos, apoiar as suas famílias e promocer projetos de prevenção ao uso de dorgas. Oferecemos 44 vagas no centro de recuperação, 12 vagas na casa de acolhida, e 18 intergrado na equipe em processo de ressocialização; assim sendo 74 pessoas em tratamento, ateingindo pelo menos 74 famílias. Com um indice de eficiência comprovado de 84%.
O CRIC, sendo uma entidade terapêutica vinculada à Paróquia Imaculada Conceição de Canoas, é constituida de um grupo de 30 voluntários: leigos, leigas cristãos e padres que a assistem, sendo coordenada por um conselho deliberativo. Além destes, há profissionais da área da saúde. Seus reeducandos, que veem por livre vontade, são acompanhados, para que possam voltar à vida digna na sua família e na sociedade.
Para o pleno funcionamento, a CRIC conta com uma equipe de profissionais qualificados com finalidade de monitorar os internos, auxiliando-os no tratamento para que, durante nove meses eles possam adquirir confiança em si, na pessoa do outro e especialmente confiança da sociedade para a qual pretendem voltar, capacitados a produzir frutos de vida e dignidade.
Os dependentes químicos são os prediletos de Deus, os mais pobres entre os pobres. Quando os julgamos indignos, não nos esqueçamos do que Jesus diz aos fariseus: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os doentes. Aprendam: Prefiro a misericórdia ao sacrifício.” (Mt 9, 12s).
Temos que estar onde estão os fracos, os carentes, os doentes psicoemocionais. Para eles estendemos nossas mãos e vamos buscá-los nos cantos mais degradantes, em que se escondem na desgraça, vivem em autodestruição, até que, esperada e violentamente, a morte os liberte da prisão dos vícios.
Droga é violência. Salvar é nossa Missão.
Exaltar a vida, amar o ser humano seja ele quem for, esteja onde estiver, como estiver. Os fortes, os saudáveis, os aptos, os capazes, os trabalhadores, os sóbrios, os lúcidos, os vencedores, não precisam do nosso trabalho.
O CRIC, com sede no interior do município de Gravataí, em sítio alugado. NOSSO SONHO É TER UMA SEDE PRÓPRIA. O projeto “TERRA PROMETIDA”, busca recursos com pessoas e empresas com a finalidade de adquirir este sítio, no valor de R$ 400.000,00 (Quatrocentos Mil Reais).

FAÇA PARTE DA CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA

LIGUE PARA NÓS 3472 4552.

DICIONÁRIO GAUCHESCO


Alemoa: loura
Apinchá: jogar
Atorá: cortar
Avil: isqueiro
Baita: grande
Boleá: jogar, entrar
Briquiá: trocar, de mano ou não
Cagar a pau: bater
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Catrefa: pessoas que não valem nada
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço: apanhar
De revesgueio: de um tal jeito
De vereda: rápido
Fincá: cravar
Fóque: lanterna
Garrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (palavra com acento em todas as sílabas)
Inprenhá: engravidar
Insúcia: em conjunto
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Intrevêro: bagunça
Intuiado: cheio
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de nylon
Jóssa: coisa
Judiá: mal tratar
Kakedo: pessoas que não valem nada
Lazarento: xingamento
Luitá: brigar
Mata-cobra: soco de cima para baixo, golpe marcial
Murcilha: morcela
Náifa: faca
Paiêro: fumo de palha
Pânca: modo de se portar. Ex: panca de fino (jeito de fino)
Patiá: ser enganado, pagar de bobo
Pelhor: o contrário de melhor
Peral: declive acentuado no relevo no solo como um canyon
Perna de salame: peça de salame
Pescociá: olhar para os lados, matar tempo
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Piá pançudo: guri bobo
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que apodá
Pozá: dormir em algum lugar
Proziá: conversar
Rafuage: vagabundo, malandro
Rancho: compra do mês
Ratiá: incomodar
Réco: zíper
Relampiando: trovejando
Resbalão: escorregar
Revertério: dor de barriga
Rinso: sabão em pó
Sai fincado: suma daqui
Sinalêra: semáforo
Sóga: corda
Sólinha: voadeira, golpe marcial
Táio: corte
Te atraca: faz isso
Tentiá: filar
Trupicá: tropeçar
Tunda de laço: apanhar
Uso campião: usucapião
Vareio: vencer fácil
Veiáco: mal pagador
Vortiada: passeio
Ximia: doce de passar no pão
Zoiudo: impertinente, olho-gordo, ovo-frito.

Related Posts with Thumbnails