quarta-feira, 17 de agosto de 2011

AS 7 PALAVRAS DE MAIRA I

Primeira Palavra
"Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?" (Lucas 1,34):
Nesta primeira palavra, Maria pergunta e responde ao mesmo tempo. Com esta pergunta, Maria pede uma explicação, não propriamente para compreender o plano de Deus, mais para cumpri-lo. Ela não sabe como conciliar duas realidades incompatíveis, a chamada de não "conhecer um homem" e o chamado para ser mãe. A pergunta de Maria descreve seu desejo íntimo, sua inclinação à virgindade. Segundo a cultura de seu tempo, onde a virgindade não estava bem vista, ela estava noiva de José, porém seu coração se orienta em outra direção. Este desejo era a melhor preparação, a disposição mais preciosa para cumprir a missão que Deus a destinava: ser mãe do Messias de modo virginal.

A mãe de Deus, a mulher que o Altíssimo prepara para ser sua mãe, não pode ser colocada num plano de uma mulher comum, desde o ponto de vista psicológico, nem do ponto de vista religioso. Maria esvaziando-se chega à plenitude. Somente a virgindade corporal seria sua pobreza. Sua virgindade espiritual consiste na atitude de sua alma que se sente pobre e Serva do Senhor e se abre aos desígnios de Deus. Abandonada cegamente a Ele. Faz sentido para Reino dos céus (Mateus 19, 12) para facilitar uma disponibilidade plena, permitindo ao coração não dividido, a entrega total, com todas as suas forças a Jesus Cristo e a sua Igreja e aos seres humanos.

A virgindade, tão menosprezada no judaísmo, foi eleita por Maria como uma forma de pobreza, é uma manifestação de que a salvação vem de Deus, desse Deus que, como manifesta seu modo de atuar ma história de seu povo, escolheu os meios mais pobres para levar a cabo a salvação. Para a tradição da Igreja, a concepção virginal de Jesus, não é, pois, um dogma periférico, mais um caminho fundamental que nos conduz ao dogma da encarnação; é um sinal da divindade de Jesus Cristo

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