sábado, 30 de dezembro de 2017

ANO NOVO VIDA NOVA

Hoje primeiro dia do ano, dia em que devemos fazer nossa lista de “bons propósitos”. Ótimo dia para olhar para frente e renovar as esperanças. 

Eu sei que tem quem diga não muda nada só o numero da folhinha, mas isso só e verdade para quem não tem fé. Quem tem fé sabe que cada novo dia é uma nova chance de o Bom Deus nos dá de fazer algo novo, algo bom, uma nova chance de amar, ser amado e ser feliz. 

A diferença entre quem tem fé e quem não tem fé é a diferença entre o jovem e o velho. O jovem é cheio de sonhos, e projetos, o velho cheio de saudades e lamentos. O Jovem fala do que vai fazer o velho do que já fez.

Isso porque o jovem olha para frente e vê um longo caminho a ser percorrido, o velho olha para frente e vê que lhe restam poucos passos por isso olha para trás e contempla o longo caminho já percorrido.

Desculpem o trocadilho, mas, para o jovem a morte é uma possibilidade para o velho a morte é uma proximidade. 

Já a pessoa de fé não fica velho, pode ser idoso, mas nunca velho, pois olha para frente e não vê a morte, vê a vida eterna, por isso por mais longa tenha sido a sua vida, sabe que o que tem pela frente ainda é muito muito muito mais, por isso seu espirito permanece jovem, tenho sonhos e não apenas saudade, tem projetos e não apenas lamentações.

Fico triste quando ouço alguém dizer – no meu tempo é que era bom – pois essa pessoa não é capaz de ver as coisas boas que estão acontecendo hoje. Claro que antigamente era bom, mas hoje também tem muita coisa boa acontecendo.

Por isso se você é uma pessoa de fé, se você realmente acredita em Deus, você tem que nesse primeiro dia do ano, que estabelecer novas metas na vida. Mas não se contente com coisas pequenas como começar uma dieta ou deixar de fumar. 

Seja ousado, estabelecem ideais de superação pessoal, uma melhor vida familiar e conjugal ou o cultivo de valores cristãos. 

E por que não – minha meta será - ser santo?

O problema na verdade é que esses propósitos em geral duram pouco mais de 15 dias. São muitas as desculpas, tais como: Esforço-me, luto, e não vejo rapidamente os resultados.

Minha dica é não focar no resultado, pois esse sempre parece distante, mas focar no caminho. Ai cada passo dado se torna motivo de alegria e motivação para seguir em frente. Focar no resultado é como querer o fogo antes de buscar a lenha.

Vendo o sucesso de alguém você poderá pensar: Como conseguem? De onde vem essa força essa determinação? 

Eu digo de onde vem: disciplina.

A disciplina não é algo com que nasce com a gente, é uma habilidade que se cultiva. A disciplina é um treino diário.

Crie uma rotina, que lhe seja possível, e seja fiel a essa rotina, uma rotina de oração, uma rotina de atenção às pessoas, uma rotina de cuidado com suas famílias. 

Pode parecer que não esta dando resultado. Você dirá luto e continuo mesmo. Mas um dia quando você menos espera alguém chegará e dirá - nossa como você esta diferente! Ou o que aconteceu com você? Esta tão calmo, tão certo do que quer, seguro de si e tão feliz.

A Disciplina é a mãe de todas as virtudes. É bom sair da rotina às vezes, sim é maravilhoso, mas até para sair da rotina, precisamos ter uma rotina. 

De fato a vida é bela, mas não é simples. 

Com frequência a vida é uma verdadeira luta. 

Se desistirmos por causa das dificuldades, se não lutamos por algo que valia a pena, nos sentiremos derrotados, frustrados.

Quando falamos de perseverança, vale a pena pegar um papel e analisar nossos propósitos para o ano novo. O problema dos propósitos geralmente é que sempre dizemos o “quê”, mas nunca o “como”.

Se quisermos consertar um cano quebrado, precisaremos de ferramentas, e seria muito bobo desanimar-nos por não conseguir perfurar a parede com as unhas… Logicamente, precisamos de ferramentas! 

Com certeza já ouvi dizer a fé move montanhas, mas o que não nos dizem é que se fores mover uma montanha leva junto a tua pá. 

Ou seja, de que recursos eu preciso para isso, quais as habilidades e virtudes eu devo cultivar antes de iniciar essa caminhada.

E claro, sempre existe a possibilidade de não atingir uma meta, caso isso aconteça não encare como um fracasso, mas com um novo desafio. 

E se não conseguirmos atingir a meta, o caminho terá valido a pena. A perseverança oferece estabilidade, confiança e maturidade.

Nesse primeiro do ano consagrado a Mãe de Deus, peçamos a sua intercessão maternal para que todos os nossos projetos e objetivos sejam levados a bom termo pela graça de Deus.

E A FAMÍLIA, COMO VAI?

A solidão absoluta é chegar em casa e não ter ninguém a quem dizer um simples: “estou casado, meu dia foi puxado hoje...”. 


Não precisamos de muito para viver bem – para ser feliz basta uma família e pouco mais. 

Quando Jesus Nasceu, faltava tudo, sem um lugar melhor nasceu em uma estrebaria, sem um bercinho deitou numa manjedoura, sem um enxoval Maria o Envolveu em faixas, possivelmente retiradas do seu próprio vestido. Mas o importante não faltava, ele tinha um Pai e uma Mãe, e no amor de José é Maria uma estrebaria se tornou um lar, um cocho de animais uma berço e alguma faixas num enxoval. 

Não precisamos de muito para viver bem – para ser feliz basta uma família e pouco mais. 

É a família que faz da casa um lar. O refúgio onde uma vontade de chorar não é motivo de julgamento, apenas e só uma necessidade de colo e carinho que só conhece que tem uma família. 

Para ser feliz, a presença de pessoas amadas é essência, se é bom ter alguém por perto quando temos vontade de chorar, melhor ainda quando precisamos rir e celebrar, em família, a alegria se contagia pelo olhar, em família rimos por nada e de tudo. 

Nos dias de hoje vai sendo cada vez mais difícil encontrar gente capaz de ser família. Vemos uma epidemia de uma nova e terrível doença, o UMBIGUISMOS, onde a gratuidade e para a gratidão perdem espaço, e sem gratuidade e gratidão não existe amor. 

O que somos depende de quem está conosco. Diz o ditado, diga-me com quem andas que direi quem você é. 

De uma forma ou de outra que amamos anda sempre conosco. Seja presente no dia a dia ou mesmo que distante levamos conosco em nosso coração.

Quando eu morava em Canoas tinha um casal de velhinhos mais de 60 anos de casados, todo os domingos eles estavam na missa das 8h da manhã, detalhe de mãos dadas, José e Maria, um domingo seu José chegou sozinho, lembro estava na porta da Igreja e preguntei – Deixou dona Maria em Casa hoje seu José? Ele respondeu – Não, e batendo no peito me disse, eu sempre trago ela aqui comigo. 

Estamos com quem amamos e quem amamos também está de alguma forma, conosco. 

Uma verdadeira família é simples. É o lugar onde nos protegem uns aos outros, proteger é a forma mais pura do amor.

Por isso ninguém faz realmente parte de uma família se não se dedica a ela. Família não é convivência, família é cooperação, podemos conviver todos os dias com uma pessoa e essa nunca fazer parte de nossa família, se essa pessoa não coopera conosco, mas alguém que amamos pode estar do outro lado do mundo e cooperar financeiramente, afetivamente e espiritualmente comigo. E por isso ser minha família.

Também existe uma diferença entre cooperar e colaborar. Quem gosta de Xsalada vai entender esse exemplo. Para fazer um Xsalada, a galinha colabora, pois ela da o ovo e segue a sua vida, mas a vaca coopera, pois para dar o hambúrguer ele precisa entregar a vida.

Ser família não é colaborar, e cooperar, quando colaborar sem se envolver não é ser família, é ser ilha, ser família significa viver com outro, pois o outro é a nossa vida. 

Mas não é fácil. É preciso ser capaz de renunciar a uma porção de coisas que até podem parecer muito gotosas, mas que não passam vaidades e egoísmos. Com, por exemplo, passar as noites tranquilas no sofá, tranquilidade para fazer só o que quer; fazer seus planos sozinho sem pedir a participação dos outros, não dar satisfação da sua vida para ninguém.

Sejamos sinceros: para que me serve um palácio se nele a minha solidão se faz ainda maior? Para que serve um carão se não nos leva ao encontro de quem amamos? Para que serve um mega celular se não tem ninguém para ligar?

A família é algo simples, mas implica a renúncia do fácil e do imediato. Exige que acreditar que esse é o único caminho que eleva ao céu. 

Numa família há afeto e exemplo, há limites e respeito, há quem nos aceite como somos sem deixar de nos animar a sermos melhores. 

A família é tudo que temos nesse mundo. Podemos ser apenas dois... Mas é aí, e só aí, que podemos ser felizes.

Nossa casa é onde estão os nossos, MESMO QUE SEJAM SÓ DUAS PESSOAS. Longe de casa estamos sempre a caminho. O nosso coração não descansa senão nos braços de quem tem vontade de sorrir e de chorar conosco.

sábado, 23 de dezembro de 2017

É Natal, Jesus Nasceu, Deus não está mais distante, num céu inacessível, ele esta junto de nós. Na pobre gruta de Belém aquele que criou Céu e Terra, todas as coisas visíveis e invisíveis, não quis se manifestas revestido de poder e glória, pois seriamos obrigados a adora-la. 

Na sua infinita bondade eu veio revestido de nossa fraqueza e deitado na manjedoura ergue os bracinhos pedindo colo.

Esse Menino é a fonte da vida é o único que pode preencher o vazio que o pecado deixou em nosso coração. Ele veio para assumir a nossa vida humana e assim oferecer sua vida divina; ele tomou o que é nosso – fraqueza, mortalidade, fragilidade – para dar-nos o que é seu – força, imortalidade, vigor! Ele veio para encher a nossa vida de graça e de verdade. Ele é o Emanuel o Deus Conosco. 

Alguém aqui ganhou algum presentinho de Natal? Sim todos nós ganhamos o maior e melhor de Todos: O MENINO JESUS. 

No Natal, nós damos presentes, para nos lembrarmos do grande presente que Deus Pai nos deu, o seu Filho. Receber esse presente é acolher bem a Jesus em nossa casa e em nosso coração. Desembrulhá-lo é procurar conhecer melhor a Jesus. Dizer muito obrigado é celebrar a Missa do Natal, rezando e cantando com alegria. 

Nesse Deus menino nascido da Virgem, a nossa humanidade foi unida a Deus. Força do pecado é quebrada, e até a morte ganhou seu remédio! 

Irmãos, vivemos num mundo confuso, de mentiras e ilusões, que vive em busca de coisas passageiras, isso porque muitos pensam poder fazer sozinho a sua vida, encontrar ao seu modo a felicidade. 

A Solenidade de hoje nos recorda que a humanidade precisa de um Salvador – e esse Salvador é Jesus! 

O evangelho que acabamos de ouvir, fala que a Luz Deus veio ao mundo nos enche de doçura e paz, mas traz já uma ponta de cruz: “A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram!” 

O mundo o perseguiu por Herodes, o exilou na fuga para o Egito, o mundo o contestou nos escribas e fariseus, o mundo o julgou e condenou como blasfemo em Caifás, como louco em Herodes, o mundo lavou as mãos ante ele e o crucificou em Pilatos! O mundo ainda hoje nele cospe com o aborto e o desprezo pela vida humana, o mundo o flagela com o consumismo e a impiedade, o mundo o crucifica com a imoralidade e a destruição da família... 

Vivemos tempos difíceis, quando o cristianismo e a Igreja de Cristo são caluniados e perseguidos, denegridos pelos meios de comunicação. 

Muitos ainda não estão dispostos a acolher Aquele que nasceu para nós; o mundo continua envolto em trevas; Cachoeirinha continua envolta em trevas! 

Deus veio a nós, mas o mundo o rejeitou, o desprezou, transformou o seu Natal na festa do consumo. 

O mundo nos ensina a viver como escravos dos próprios desejos, quando vezes ouvimos, que a felicidade é fazer aquilo que se quer.

Da onde? Mentira? Basta ver o resultado: famílias destruídas, filhos sem pais, um rio de abortos e infelicidade, jovens sem esperança, drogadicção, uma sociedade sem valores. 

Bem outro é o caminho que o Salvador hoje nascido nos aponta: a felicidade é fazer o que deus quer. Não sou feliz por ter isso ou aquilo, por poder isso ou aquilo.... Sou feliz em ser, ser pai, ser mãe, ser filho, ser irmão, ser amigo... 

Não sou feliz porque não preciso de ninguém para nada, sou feliz porque tenho alguém que eu posso contar, meus pais, meus amigos, minha esposa...

Obedecendo a sua lei de amor – amai-vos uns aos outros como eu vos amais - seremos realmente felizes! 

É verdade que o mundo não o acolheu, mas a nós, que estamos aqui agora, nos que o acolhemos que crer nele, que ouvimos a sua Palavra e comungar com alegria e gratidão seu Corpo e Sangue, deu-nos a graça de sermos filhos de Deus. Não somos nada menos do que isso. Verdadeiros filhos de Deus e herdeiros do céu. 

Estou pensando em Deus / Estou pensando no amor 
Tudo seria bem melhor / Se o Natal não fosse um dia 
E se as mães fossem Maria / E se os pais fossem José 
E se os filhos parecessem / Com Jesus de Nazaré
Estou pensando em Deus / Estou pensando no amor

24 DE DEZEMBRO

Em muitas casas na noite de 24 de Dezembro, veremos luzes e pinheirinhos enfeitados. Missas fartas, brindes, abraços mais apertados, e entre risadas, pilhas de presentes serão trocados. 

Se você abrir seu coração vai experimentar uma energia diferente de paz, de perdão e de amor na noite de Natal como não sentimos durante todo o ano. Porque Celebrar o Natal é na verdade acolher o amor de Deus. 

Deus é amor, isso nós sabemos, mas será que nos damos conta de qual é o significado dessa afirmação?

Deus é amor, mas precisou de cinco pães e dois peixes para só então multiplicá-los.

Deus é amor, mas precisou que jogassem as redes ao mar, para a pesca milagrosa.

Deus é amor, mas precisou enchessem as talhas de água para então transformá-la em vinho.

Deus é amor, mas precisou da fé de cada homem e de cada mulher quando operou seus milagres.

Deus é amor, mas precisou de um homem para batizá-lo no rio Jordão.

Deus é amor, Mas precisou que José acreditasse nas promessas de um anjo em um de seus sonhos.

Deus é amor, mas precisou do sim de Maria para vir a nós.

Deus é amor. Mas o amor de Deus não é afeto, não é bem querer, não é romantismo, não é serenata, não é um sentimento.

O amor de Deus é um amor de dentro pra fora, que nasce na gente e se realiza no outro. É amor-atitude, um amor-doação, um amor que precisa do nosso envolvimento para se concretizar.

Até porque o amor verdadeiro não quer não fazer nada sozinho. Deus é amor, mas precisa do nosso consentimento, da nossa participação, de nossas escolhas. 

Se me permitem um testemunho, muito pessoal, tenho que dizer que, na paróquia da Boa Viagem aconteceram algumas dezenas de festas e confraternizações nos últimos dias, cada pastoral, serviço, movimento, grupo de família, quis celebrar esse monto com algo especial, preparado com cuidado para dizer mais congestos do que com palavras o quanto as pessoas com quem conviemos são importantes para nós.

Mas preciso destacar duas grandes festas para as crianças, uma na Vila da Paz dia sábado dia 09, e outra no salão da Boa Viagem quinta feira dia 14, comemos delicias, brincamos com palhaços, distribuímos alimentos e brinquedos. 

Mas o que era comum em todos os rostos era a felicidade, eram contagiantes as rizadas das crianças, a satisfação dos voluntários, o vai vem das pessoas trazendo doações, a fartura da generosidade, que sempre surpreende. Nessas duas festas, eu pude ver e dou testemunho que Jesus, fez novamente aqui em Cachoeirinha a multiplicação dos pães, dos picolés, da nega maluca, do refrigerante, do galeto, da maionese, e da alegria.

Este deve ser o verdadeiro espírito de Natal: generosidade, fraternidade, amizade, fruto do amor sincero e nos traz a paz do dever cumprido.

Este é o verdadeiro sentido do Natal: fazer com que o coração das pessoas, seja tocado por sentimentos de paz, amor e solidariedade. No fundo, a cada ano que passa, é a esperança renovada por um mundo melhor, a pesar da tanta injustiça, corrupção, violência que nos rodeiam, nós, pessoas de fé, continuamos em frente livres do ódio e do egoísmo e da vaidade, semeando o bem em cada coração. 

No Natal, o nosso lado criança, ressurge, muitas recordações se fazem vivas em nossa memória, pois neste noite em que Cristo nasceu, temos a chance de renascer para novos sentimentos em relação ao outro e em relação a nós mesmos. 

Com a nossa participação, o amor de Deus opera milagres.

ULTIMO DIA DO ADVENTO

HOJE É O ULTIMO DIA DO ADVENTO, amanhã já Natal. 

Esse tempo de preparação para o Natal, que chamamos de advento, os textos bíblicos que ouvimos nas missas, tem o sentido de nos preparar para a tríplice vinda do Senhor. 

- Na primeira vinda o Senhor apareceu revestido de nossa fraqueza e morreu por nós. Na pobre gruta de Belém aquele que criou Céu e Terra, todas as coisas visíveis e invisíveis, não quis se manifestas revestido de poder e glória, pois seriamos obrigados a adora-la. Na sua infinita bondade eu veio revestido de nossa fraqueza e deitado na manjedoura ergue os bracinhos pedindo colo. 

- Na última será diferente, ele virá em sua glória, com seu exercito celestial, para separar as ovelhas dos cabritos. Aos justos dará a vida plena, ao seu lado no céu, aos ingratos pecadores a danação eterna. 

- Mas não podemos esquecer que existe ainda uma vinda intermediária. Que acontece com todos nós que o acolhemos na fé, e aceitamos a salvação. Ele vem a nós que ouvimos a Palavra Sagrada, vem a nós quando estamos em oração sincera e verdadeira, vem a nós no santíssimo sacramento da Eucaristia. 

No primeiro Natal o Senhor Jesus veio a nós fraqueza da carne. Neste, ele virá na força do Espírito, mas somente para aqueles que estão desejosos de recebê-lo, na última virá no esplendor de sua glória para julgar o mundo.

Na primeira, Cristo foi nossa redenção; na segunda vinda o Senhor se faz companheiro de caminhada; repouso no cansaço e consolo nas tribulações, na ultima vinda ele virá nos trazer o premio da nossa fidelidade, a alegria eterna. 

Neste tempo de preparação para o Natal, devemos permanecer vigilantes para reconhecer suas vindas a cada dia, preparando-nos para o encontro com ele no Final – seja final dos tempos ou da nossa vida -, quando toda dor, todo pranto, toda morte serão vencidos! 

Um dia inevitavelmente nos encontraremos com Deus e esse poderá ser o melhor dia de nossa vida, ou o pior deles. 

Irmãos imaginem que tristeza seria a vida se não houvesse um Destino bendito! Que terrível a nossa existência, se não houvesse um Deus-Salvador, que fosse nosso companheiro na solidão e na dor, no medo e na angústia de cada dia! 

Ao contrário, o Senhor Deus vem ao nosso encontro e já está próximo. Para a nossa Alegria precisamos reconhecê-lo e acolhê-lo! 

O mundo está sedento de alegria, procura por ela. Agora mesmo, final de ano, tentaram encontra-la nas taças de champanhe, nas gordas refeições, nos repetidos votos de felicidade. Mas encontrão apenas alegrias passageiras. 

Como, então, encontrar a alegria verdadeira?

Lembremos as palavras do Anjo a Virgem bendita, que ouvimos no evangelho, ALEGRATE CHEIA DE GRAÇA O SENHOR ESTÁ CONTIGO. A alegria verdadeira somente se o Senhor estiver conosco e nós com Ele. A verdadeira alegria é fruto da sincera conversão. Ouvir sua palavra e colocar em pratica. 

Talvez você se pergunte o que devo fazer para bem prepararmos o santo Natal? A resposta é bem concreta: praticar fraternidade, a solidariedade, a caridade, não ser violento nem ganancioso. Abrir o coração para os irmãos é abri-lo para acolher a alegria que vem de Deus. É dessa nossa atitude que dependerá o destino de nossa vida! 

O Messias que esperamos, aquele que vem para nos salvar é aquele que, “virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga!” Quão triste a nossa situação diante de Cristo se nossa vida não for mais que palha! Serviríamos apenas para sermos queimados no fogo eterno! 

Sendo assim, alegra-se no Senhor quem o procura com sinceridade no caminho da conversão, amando-o e amando o próximo por amor dele! Façamos sincera revisão de nossa vida, mudemos o que em nós precisa ser mudado! 

Faltam apenas um dia para o Natal! Mas ainda há tempo de fazermos muitas coisas. Maria se preparou durante nove meses para o nascimento de Jesus. Que ela nos ajude, agora, a nos preparar também, a fim de celebrar o seu aniversário.

sábado, 16 de dezembro de 2017

JOÃO BATISTA, VEM ENSINAR

Voltemos o nosso olhar para esse grande homem de Deus, São João Batista, veio para dar testemunho da Luz. E quando interrogado, fez questão de dizer que ele não era a LUZ, mas a sua missão era preparar o caminho daquele que é a luz dos homens.

Fico pensando que benção seria se um dia nós também nos aproximássemos tanto de Jesus que fossemos confundidos com ele.

Como cristãos deveríamos ser capazes de refletir a Luz Divina, em nossas ações, a ponto de sermos confundidos com Jesus, infelizmente, nossas vaidades, egoísmos, ranços, magoas, fraquezas e pecados, são como manchas que nos impedem de refletir essa luz. Devemos nos esforçar para ser como um espelho, limpo e sem mancha para refletir a luz de Deus em nossas palavras e ações.

João Batista disse: Eu sou a voz que clama no deserto. Não fiquemos desanimados se às vezes parecer que estamos clamando no deserto. Falamos e parecer que não tem ninguém nos escutando. 

João Batista anunciava e denunciava. Ele anunciava a vinda do Filho de Deus. Ao mesmo tempo em que denunciava o abuso, a arrogância e o egoísmo.

O cristão que denuncia as coisas erradas, logo ira sofrer a oposições, rejeição, será rotulado de atrasados, e outras coisas piores, simplesmente por que vive a sua fé e segue o Evangelho.

Aquele que diz a verdade não é bem aceito por uma sociedade que vive de aparências. Na própria família, quem defende o certo, pode ser chamado de "chato".

Queremos a união dentro de casa, mas não podemos abrir mão do testemunho, mesmo que cause divisão. 

Porque na realidade, todas as vezes que pregamos ou testemunhamos a Palavra de Deus, ela sempre cumpre a sua missão.

Como nos ensina o profeta Isaias, a Palavra de Deus é eficaz como a chuva depois que ela cai do céu não volta para as lá sem antes irrigar a terra e produzir seus frutos. 

Cada vez que falamos em Deus para alguém, falamos de quanto ele nos amam e do que ele já realizou em nossa vida, sempre chega ao coração de quem ouve, sempre que fazemos um carinho para alguém, enxugamos uma lagrima, estendemos a mão para alguém que precisa deixamos uma marca, mesmo nos corações mais duros, que nem mesmo o tempo poderá apagar, e um dia, pela graça de Deus vai dar frutos. 

Os pais que falam de Deus em casa, e praticam a fé diante dos filhos, mesmo que pareça que não estão prestando atenção, não estão perdendo o seu tempo. Pois um dia aqueles filhos irão se lembrar do testemunho e dos ensinamentos do seu pai, e voltarão para Deus, pois o esforço do seu pai não foi em vão. Embora não pareçam, aquelas palavras ficaram gravados no coração daqueles filhos, esperando o momento oportuno para brotar.

Por isso, não desanimemos! Vamos Continuar semeando a palavra de Deus, testemunhando a fé, confiando que o Bom Deus fará a sua parte, cuidando dos detalhes que conduzem a conversão.

João Batista era mansidão, porém firmeza, humildade, mas cheio de DEUS. Que saibamos preparar o Natal com mansidão e firmeza, humildade é fé, na certeza que tudo pode ser melhor, se testemunharmos Cristo ao mundo com nossas boas ações, levando alegria aos nossos irmãos.

Posso contar com vocês?

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

CRISTO REI

Vimemos num mundo paganizado, num mundo que virou as costas para Deus, num mundo que ridiculariza a Igreja por pregar as exigências do Evangelho. 

INFELIZMENTE Jesus não reina mais nas famílias, Jesus não reina mais em nossas escolas, Jesus não reina mais em nossos ambientes de trabalho, não reina mais nas nossas leis nem dos nossos legisladores e governantes... 

Hoje reina o paganismo, o relativismo, reina a banalização do sagrado. 

Mas nós homens e mulheres de fé, diferente do que faz o mundo, o proclamamos Rei: Rei de nossas vidas, Rei da história, Rei do universo. 

O mundo não entende o reinado de Jesus, porque Ele não é um Rei prepotente ao estilo dos que governam o mundo, mas é um rei que nos ama, Rei porque se fez um de nós, Rei que por nós sofreu, morreu e ressuscitou. Rei porque nos dá a vida. O reinado de Cristo é muito diferente dos reinados do mundo. 

(1) Ele é um Rei solidário conosco em tudo menos no pecado. Ele experimentou nossas pobrezas e limitações; ele caminhou pelas nossas estradas, derramou o nosso suor, chorou conosco. Ele morreu como nós, de morte humana, igual à nossa. Ele reina pela solidariedade. 

(2) Ele é Rei porque nos serviu: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc. 10,45). Serviu com toda a sua existência, serviu dando sempre e em tudo a vida por amor de nós. Ele reina pelo amor. 

(3) Ele é Rei porque tudo aparecerá na sua verdade: “Quem é da verdade, ouve a minha voz”. É nele que o mundo será julgado. A televisão, os modismos, os sabidos do mundo podem dizer o que quiserem, ensinarem a verdade que lhes forem conveniente... mas, ao final, somente o que passar pelo teste de cruz do Senhor resistirá. O resto, é resto: não passa de palha. Ele reina pela verdade. 

(4) Ele é Rei porque é o único que pode garantir nossa vida; pode fazer-nos felizes agora e pode nos dar a vitória sobre a morte por toda a eternidade: “Jesus Cristo é o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra”. Ele reina pela vida. 

Sim, Jesus é Rei, ele nos diz: “Eu sou Rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo!” Mas seu Reino nada tem a ver com os reinos humanos. Nunca nos esqueçamos que aquele que entrou em Jerusalém como Rei, veio num burrinho, símbolo de mansidão e serviço. Como coroa teve os espinhos; como cetro, uma cana; como manto, um farrapo escarlate; como trono, a cruz. 

Hoje, vemos a paganização do mundo, e perguntamos: onde está a realeza do Cristo? – Onde sempre esteve: na cruz. 

O Reino que Jesus onde ele está? Poderão nos perguntar: Onde estiverem o amor, a verdade, a piedade, a justiça, a solidariedade, a paz. 

Celebrar Jesus Cristo Rei do Universo é proclamar diante do mundo que somente Cristo é o sentido último de tudo e de todos, que somente Cristo é definitivo e absoluto. 


O seu Reino já está presente no mundo. Ali, onde o amor de Cristo é acolhido com doçura e bondade; ali, onde reina o amor e a caridade; ali onde o serviço e o perdão estão presentes; ali, onde se reza e se busca realmente levar a própria cruz com Cristo. 

A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

MARIA – MULHER EUCARÍSTICA

Ao falar da Eucaristia, “não podemos esquecer Maria porque ela tem uma relação profunda com o santíssimo sacramento. “Maria está presente, com a Igreja e como Mãe da Igreja, em cada uma das celebrações eucarísticas”. Se Igreja e Eucaristia são indivisível, o mesmo é preciso afirmar de Maria e Eucaristia. Por isso mesmo, desde a antiguidade é unânime na Igreja a recordação de Maria na celebração eucarística”.

Seguindo os passos de Maria, vamos percebendo como de fato, ela é a Mulher Eucarística. Já na anunciação se encontra uma analogia profunda entre o “sim” pronunciado por Maria e o “amém” que o fiel diz ao receber o Corpo de Senhor, na sagrada comunhão.

A visita de Maria a Isabel nos permite vislumbrar seu sentido “eucarístico”. No paralelismo com o transporte da arca da aliança, o evangelista Lucas quer transmitir a convicção que Maria é a arca da nova aliança, o lugar incorruptível da presença do Senhor.

“Na visitação, quando Maria leva em seu ventre o Verbo encarnado, de certo modo Ela serve de « sacrário » – o primeiro « sacrário » da história –, para o Filho de Deus, que, ainda invisível aos olhos dos homens, se presta à adoração de Isabel, como que « irradiando » a sua luz através dos olhos e da voz de Maria”.

Relendo, em perspectiva eucarística, o Magnificat cantado por Maria em sua visita a Isabel nos permite descobrir que na Eucaristia, a Igreja une-se a Cristo, com o mesmo espírito de Maria.

De fato, como o cântico de Maria, a Eucaristia é primeiramente louvor e ação de graças. Quando exclama: « A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador », Maria traz no seu ventre Jesus. Louva o Pai « por » Jesus, mas louva-o também « em » Jesus e « com » Jesus. É nisto precisamente que consiste a verdadeira « atitude eucarística ».

“As convergências espirituais entre a celebração da Eucaristia e o cântico de Maria são várias: O louvor e a ação de graças que em ambos se louva e agradece ao Pai ‘por Cristo, com Cristo e em Cristo’. Em ambos se faz memória das maravilhas operadas por Deus na história da salvação: no Magnificat se celebra a encarnação redentora, indicada na expressão das ‘grandes coisas’ realizadas por Deus em Maria. Na Eucaristia se atualiza o mistério pascal do Senhor.

Cada vez que o Filho de Deus se torna presente entre nós nos sinais sacramentais, do pão e do vinho são lançados no mundo a semente do Reino que verá os poderosos « derrubados dos seus tronos » e « exaltados os humildes » (cf. Lc 1, 52).

Maria canta aquele « novo céu » e aquela « nova terra », cuja antecipação se encontram na Eucaristia. Se o Magnificat exprime a espiritualidade de Maria, nada melhor do que esta espiritualidade nos pode ajudar a viver o mistério eucarístico. Recebemos o dom da Eucaristia, para que a nossa vida, à semelhança da vida de Maria, seja toda ela um verdadeiro magnificat” (EE 58) .

Na infância de Jesus, Maria oferece duas atitudes indispensáveis a uma participação na Eucaristia: o amor e a oferta do sacrifício. Em Belém, a Mãe se revela incomparável modelo de amor quando contempla a face de Cristo apenas nascido e o envolve com seus braços. “Ao longo de toda a sua existência ao lado de Cristo, e não apenas no Calvário, Maria viveu a dimensão sacrifical da Eucaristia. Quando levou o menino Jesus ao templo de Jerusalém, « para apresentá-lo ao Senhor » (Lc 2, 22), ouviu o velho Simeão anunciar que aquele Menino seria « sinal de contradição » e que uma « espada » haveria de traspassar também a sua alma (cf. Lc 2, 34-35). ]

Assim foi vaticinado o drama do Filho crucificado e de algum modo prefigurado o « stabat Mater » aos pés da Cruz. Preparando-se dia a dia para o Calvário, Maria vive uma espécie de « Eucaristia antecipada.

Para nós cristãos, viver o memorial da morte de Cristo na Eucaristia implica também levar conosco – a exemplo de João – Aquela que sempre de novo nos é dada como Mãe. Significa ao mesmo tempo assumir o compromisso de nos conformarmos com Cristo, entrando na escola da Mãe e aceitando a sua companhia.

“Se a Eucaristia é um mistério de fé que excede tanto a nossa inteligência que nos obriga ao mais puro abandono à palavra de Deus, ninguém melhor do que Maria pode servir-nos de apoio e guia nesta atitude de entrega. Todas as vezes que repetimos o gesto de Cristo na Última Ceia, dando cumprimento ao seu mandato, (Fazei isto em memória de Mim), ao mesmo tempo acolhemos o convite que Maria nos faz para obedecermos a seu Filho sem hesitação: « Fazei o que Ele vos disser » (Jo 2, 5). Ela parece dizer-nos: « Não hesiteis, confiai na palavra do meu Filho. Se Ele pôde mudar a água em vinho, também Ele é capaz de fazer do pão e do vinho o seu corpo e sangue, tornando-se assim o “pão de vida”. Amém!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

DESAPEGO

Quem tem fé, bendiz ao Senhor, mesmo entre dificuldades e incertezas, pois sabe que a sua vida esta nas mãos de um Deus forte, de um Deus poderoso, de um Deus especialista no impossível. Quem não tem fé, resmunga e múrmura, lastima se desespera Quem tem fé vê além e confia., pois não enxerga um o caminho. 

A santidade é uma longa estrada a ser percorrida e nem sempre é fácil.

Seja, pelas dificuldades naturais da vida, como problemas de saúde, o peso da idade que vem chegando, seja pelo peso desnecessário que acabamos carregando pelo caminho, magoas, rancores e desilusões. 

Jesus nos fala sobre o desapego, pois quanto mais peso levamos mais difícil será o caminho rumo a santidade. 

Imagino que seja como quando andamos por terreno baldio e ficamos cheios de carrapichos. Se não cuidarmos na vida vamos ficando cheios com os carrapichos da vaidade, do medo, da soberba, do orgulho, da arrogância, da prepotência, da indiferença, do ciúme, da inveja... Todas essas coisas podem acabar depositando suas sementes em nosso coração.

O mal vai se agarrando em nós como carrapichos que vamos adquirindo, vícios e até manias. Ai chega alguém e diz que você esta cheio de manias, e vocês responde, não mesmo, não são manias são direitos adquiridos. Da onde?

É comum vermos capim nascendo em meio a fendas no concreto. Não precisam de muita coisa; precisam apenas de uma fresta. 

Jesus quer nos alertar sobre esses apegos indesejáveis. Quando nos diz que todo o apago exagerado pode nos afastar de Deus. Deus deve estar em primeiro lugar em nossa vida, mesmo antes que as coisas mais puras e santas, como a nossa família. 

Jesus quer que famílias se desfaçam, pelo contrario, pois as pessoas que não vive em Deus não tem chance de ser uma família de verdade, pois os apegos geram distanciamento e rivalidades que destroem as relações.

Irmãos a caminhada, para o céu é longa, quanto mais peso levo mais complicada será para me manter nela. O peso das coisas que carrego fatalmente ou me farão parar mais vezes ou nos motivará a desistir. 

A pessoa apegada pensa no que tem a perder quando aceita Deus, porque não é capaz de ver o que tem a ganhar. 

Quando éramos jovens nossos pais sabiam por onde andávamos pela cor da roupa que chegávamos em casa, inclusive os carrapichos. Mais que nossos pais, Deus sabe por onde andamos e conhece cada um dos carrapichos que tememos retirar. O desapego não é fácil, exige esforço e humidade. 

Rogamos humildemente que o Bom Deus tire as nossas imperfeições para sermos dignos do Reino dos Céus.

sábado, 4 de novembro de 2017

SANTOS

Vivemos num mundo estressado, as pessoas correm, e correm sem saber para onde, porque esqueceram que são de onde vieram e qual é o nosso destino. Celebrar todos os santos é recordar: 


Quem somos - SOMOS FILHOS DE DEUS;
De onde viemos - VIEMOS DE DEUS;
Qual a direção a seguir - O SENTIDO DA VIDA É O CÉU.

Podemos dizer que a celebração de todos os santos, é um convite a olharmos para o céu, pois lá é o nosso lugar, o céu é a nossa meta, e a multidão de santos e de santas, são aqueles que trilharam o caminho à nossa frente e alcançaram e o objetivo, a nós cabe seguir os seus passos.

Como história do pai que ao passar por uma encosta disse ao filho cuidado onde pisa para não escorregar. E o filho responde cuidado você onde pisa, pois eu vou atrás pisando nos seus rastros. 

Os santos passaram por esse mundo e deixaram os seus rastros, as marcas de seu amor a Deus, a igreja reconhecendo a sua santidade, nos diz que podemos seguir os seus rastros, pisar onde eles pisaram, pois ai tem um caminho seguro, que nos levará à glória do céu.

Infelizmente, muitos têm como heróis os atores, os cantores, jogadores de futebol e outros que não são bons exemplos. Quanto a nós, que nossos modelos sejam os santos, verdadeiros heróis. Pois com Cristo venceram as tribulações da vida! Hoje eles intercedem por nós junto de Deus, pois o que eles foram, nós somos e o que eles são, todos nós somos chamados a ser. 

Eles fizerem o que deviam fazer cada um do seu jeito, respondendo aos desafios da sua época, procurando serem fiéis a Deus. Pessoas como nós, frágeis como nós, sofreram as tentações que nós sofremos, contaram com a mesmo graça de Deus que nós contamos, se eles conseguiram a santidade vivendo nesse mundo, também podemos!

Nem todo mundo pode ser astronauta, presidente da republica ou ganhar na sena, mas exista algo muito melhor que tudo isso que todos nós podemos ser: todos podem ser santos. 

Optamos pelo o caminho da santidade, quando deixamos de projetar a nossa vida em nós mesmos, para projeta-la de Deus. 

Infeliz daquele que tem a si mesmo com centro da sua vida. Quem vive somente para si tem muito pouco motivo para viver, viverá insatisfeito, angustiado, deprimido. Feliz daquele que vive para Deus e para os irmãos. Nunca lhe faltaram amigos ao seu lado, contará com uma família e uma comunidade. Viver para Deus e para os irmãos não é um caminho fácil, mas sem dúvida é o caminho da felicidade. 

O desejo de Deus é a nossa felicidade. Ser bem Aventurados, ser feliz, é tudo o que mais desejamos, pena, que muitos buscamos a felicidade fora dos planos de Deus onde nunca vamos encontrá-la. 

Para o mundo, felicidade, é ter isso ou aquilo, é poder fazer o que se quer, pura mentira, felicidade não é ter ou poder, felicidade é ser. Ser pai, ser mãe, ser amigo, ser irmão, não existe felicidade fora do calor das relações humanas. 

Perguntem a uma mulher que tenha sido muito bem sucedida na sua carreira, reconhecida por suas habilidade, e até mesmo ganhado muito dinheiro; e ela lhe dirá que a sua maior felicidade terá sido ser mãe.

Precisamos nos conscientizar, de que a felicidade, não é algo que podemos comprar, nem significa ausência de problemas. Pois mesmo em meio a dores e sofrimentos podemos amar, ser amador, e ser feliz.

Ninguém busca o sofrimento, mas é inevitável. Faz parte da vida humana, assim como nascemos, e um dia morreremos, assim temos dias maravilhosos e dias difíceis. É preciso saber aproveitar as dificuldades da vida como lições que nos ensinam trilhar os passos de Jesus, e estar no caminho da Santidade.

É impossível evitar que o sofrimento bata a sua porta, mas não precisa oferecer uma cadeira e um cafezinho para ele. Não fique mimando a tua dor, quanto mais lambemos as feridas mais elas ardem. Para de lamber as feridas e olhe ao seu redor quem esta precisando de você, do seu sorriso do seu carinho da sua mão amiga. 

Assim são os Santos, aqueles que mesmo em meio das provações souberam amar. Eles nos fazem ver onde está a verdadeira felicidade.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

TODOS OS SANTOS

Alguém perguntou a Jesus “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”. Jesus respondeu dizendo: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita para entrar pela porta estreita”. 

A porta estreita representa todas às renuncias que devemos fazer. Existem muitas coisas que nos são prazerosas, nos fazem mal.

Notem, existe uma grande diferença entre o gostoso e o bom. 

Chocolate é bom? Carne gorda é bom? NÃO é apenas gostoso. 

Mas não temos que nos preocupar apenas com o que faz mal a saúde, precisamos estar atento ao que nos afasta de Deus e dos irmãos. 

Para mim a porta estreita não é apenas: - beber menos, mas é não beber nada de álcool; - rezar mais é garantir ao menos o terço e a liturgia diária.

- Ir à igreja, mas também ser dizimista. - Fazer uma doação no natal, mas fazer caridade todos os dias.

A porta estreita, é a renuncia de toda a acomodação, pecado, orgulho ou vaidade para ganhar o Reino de Deus.

São muitas as portas estreitas a que deveremos passar, para alcançar um objetivo nesta vida, como, por exemplo, o esforço do jovem nos estudos, para que um dia consigam o diploma tão desejado.

Porém, as portas que mais valem a pena serem passadas, são aquelas que nos faz merecedores da glória eterna.

Jesus nos informa que a JUSTIÇA é a porta mais importante a que devemos procurar passar. Pois a justiça é condição para a CARIDADE.

Que adianta eu fazer caridade se sou mentiroso, falso, corrupto e ladrão. De nada adianta ser sorridentes, fazer doações se não formos JUSTOS. Pois no dia do Juízo final, poderemos ouvir de Jesus essas palavras muito duras, quando pedirmos ao Senhor que nos abra a porta: “Não sei de onde sois.' Então começareis a dizer: `Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' Ele, porém, responderá: `Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!'

Queridas irmãs, e irmãos. Vamos nos esforçar, vamos passar pelas portas estreitas desta vida. Cada um pergunte a si mesmo: Eu já estou fazendo todo o esforço ou posso fazer algo mais?

Peçamos a intercessão de Maria para fazermos o nosso algo a mais, ao menos um ato heroico todos os dias. Como nos Ensina São José Maria Escrivá, cada dia façamos algo que não é nossa obrigação, algo que ninguém espera de nós, algo bom para alguém um gesto de generosidade gratuito, um gesto altruísta, assim confirmamos, para nós mesmo, que estamos na direção certa e conformarmos nosso coração ao doce coração de nosso Bom Jesus. 

Assim como um atleta que todos os dias correr para superar a si mesmo, para ganhar uma medalha, que a ferrugem vai corroer muito mais devemos nos esforçar para ganhar a coroa da glória junto de Deus.

sábado, 14 de outubro de 2017

PRIMEIRA COMUNHÃO

Queridos papais, mamães e familiares, queridas catequistas de modo particular a Carla e a Silvia que acompanharam essa turma, amadas crianças.

Ao chamado de Jesus – “Vem e segue-me”, vocês têm respondido “Eis-me aqui“, desde o dia em que seus Pais os levaram à Igreja para receber o Batismo. Pelo Batismo nos tornamos Filhos de Deus.

Por isso, vocês rezam o Pai Nosso…

Durante estes 2 anos de Catequese, vocês foram acompanhados por suas famílias e pelas Catequistas, neste caminho de seguimento de Jesus, nosso Salvador.

Hoje vocês dão um passo importante na vida Cristã, participando de agora em diante da mesa da Eucaristia.

Vocês vão participar da comunhão do Pão e Vinho, Corpo e Sangue do Senhor, dados para nós como alimento espiritual. “Quem come deste Pão tem a vida eterna”. 

Mas já agora desfrutamos desse pão sagrado, pois, Quando comungamos Jesus caminha conosco, nos ajuda, nos guia. E também nos dá a força para caminhar. Sustenta-nos nas dificuldades e também nas tarefas da escola. 

Jesus nos salva, mas também caminha conosco na vida.

Na comunhão recebemos a força do alto. Não se deixem enganar pela aparência de pão. Na aparência de um simples pedaço de pão recebemos o Corpo de Cristo.

Jesus vem ao nosso coração. Pensemos nisso, o Pai nos deu a vida, Jesus nos deu a salvação, nos acompanha nos guia, nos sustenta, nos ensina. O Espírito Santo, nos ama, nos dá o amor. 

Queridos jovens, lembremos que a Virgem Santíssima ao receber o anúncio que seria a mãe do salvador saiu depressa para ajudar a sua prima Isabel.

Ir com pressa socorrer aos irmãos deveria ser característica dos Cristãos, a característica dos que participam da mesa da Eucaristia. 

Nossa Senhora é sempre assim. É nossa Mãe, e sempre vem imediatamente quando precisamos. 

Quando seus filhos estão com problemas, têm alguma necessidade e a invocam, ela vai imediatamente. E isso nos dá a segurança, temos a Mãe sempre ao nosso lado.

Que lindo se em cada Santa Missa, recebêssemos Jesus como Maria o Recebeu.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

ANO MARIANO

O povo brasileiro tem uma bela relação com Maria, a mãe de Jesus, seja como pelo titulo de Aparecida, nossa padroeira que há 300 anos veio morar conosco, seja pelo titulo de Fátima que há 100 anos nos veio visitar, falando a nossa língua. Essa relação de amor e devoção tem uma raiz bíblica, que procuramos tornar bem mais profunda neste ano Mariano, pois todo os discípulos de Jesus somos chamados a fazer sua vontade, mantendo viva a nossa esperança, transformando, por nossas ações, as realidades de morte em vida, de trevas em luz, de miséria em abundância e violência em PAZ.

Aparecida e Fátima remetem à figura de Maria como imagem da igreja triunfante, tornado visível para nós o nosso destino, o céu e o nosso caminho de uma igreja peregrina, chamada a fazer a vontade de Deus. Dando-nos a certeza que a melhor coisa que pode nos acontecer é a vontade de Deus.

A presença de Nossa Senhora em Fátima e o aparecimento da pequena imagem foram grandes sinais do alto, sinal de que Deus ouve as preces dos simples e pequeninos. A partir desse sinal, pesca foi abundante, o muro caiu, a paz retornou, milagres incontáveis acontecem até nossos dias. 

Neste dia, no Brasil, também comemoramos o dia das crianças. Elas aguardam de todos nós um sinal de um país mais justo, humano, solidário e que saiba cuidar do seu povo com carinho e proteção. Aguardam sinais de vida, que devem ser cultivados e promovidos já agora, para que o seu futuro seja de abundância e paz. Que a honestidade expulse a corrupção de nossa amada nação.

Gosto sempre de imaginar a cena daquele casamento em Caná da Galileia. Deve ter sido um casamento de pessoas simples, pobres, como humilde e pobre era Maria. Porque para que Maria e Jesus fossem convidados, o casal nubente só poderia ser pobre, já que a disparidade entre as pessoas era tamanha, que ricos e pobres jamais se misturavam, especialmente em festas. Hoje, na verdade não é muito diferente!

Maria, que é mãe, e mãe sempre esta atenta, percebe que os noivos pobres poderiam passar vergonha, já que o vinho começava a faltar. A mãe chama o filho e intercede. Jesus não parecer dar uma resposta muito amigável. Mas a mãe conhece o filho que tem. Maria vai aos serventes e lhes diz: “fazei o que ele vos disser!” 

A confiança no filho é maior que sua preocupação. O milagre acontece justamente pela fé de Maria em Jesus. Desse ano Mariano também nós, todos nós, podemos testemunhar de norte a sul do Brasil, nossa confiança na intercessão de Maria. Pois ela é mãe e mãe não nos deixa os filhos esperando, não nos faz passar vergonha, mas intercede por nós. 

Porém é preciso atender a sua ordem dada aos serventes e também a nós hoje: fazer o que Jesus nos pede! E o que Jesus nos pede? Que nos amemos uns aos outros! 

Se nos amarmos, o mundo terá mais paz, Cachoeirinha terá mais paz, o mundo será muito mais bonito, do jeito como Deus o criou e desejou para nós!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A VINHA DO SENHOR

A vinha é a nossa vida, nossa família, nossos filhos. Deus nos presenteou com a vida, com a família, nos ofereceu o batismo, nos ofereceu a Sua Igreja, nela tivemos conhecimento da sua Palavra e do seu amor, nos oferece o pão da vida a Eucaristia. Oferece-nos tantos retiros, grupos de oração, pastorais, nos cerca de cuidados e carinho.

Infelizmente vamos tantos irmãos que se desviaram de tudo aquilo que aprenderam de Deus e de seus pais. Se julgam espertos, atualizados, e vivem como bem entendem pensando poder fazer a seu modo a própria felicidade. 

Ai surge a violência, as drogas, a insegurança, depressão, ruina da família a solidão e tantos outros males. 

Por que coisas tão tristes essas acontecem? 

Deus oferece uma vida sob a sua proteção. Mas preferem viver num mundo de vaidade e egoísmos, ciúmes e invejas, revalidas e vinganças.

Estes são os maus administradores da vinha do Senhor, que sofrem e fazem outros sofrerem sem culpa, por falta de cuidado com a vinha não produz frutos doces, mas abrolhos e espinhos. 

O senhor alerta aos maus administradores, a vinha lhe será tirada. Cuida bem da tua família ou ela lhe será tirada, cuida bem dos teus filhos, cuidam bem do teu trabalho, cuida bem da tua vida, segundo a lei do senhor, senão ela lhe será tirada. 

A vinha também é a Igreja, que foi entregue nas mãos dos escolhidos de Deus, pessoas de sua confiança, a vinha mais importante da Terra, para ser cultivada com muita dedicação, irrigada com a palavra, adubada com a oração e fortalecida com a Eucaristia.

Deu-nos o Santo Padre o papa, como guia e pastor para nos defender das eravas daninhas, as falsas doutrinas, e os são os falsos cristãos que só querem se promover, e enriquecer, distorcendo a palavra de Deus, pregando mentiras atacando a família a vida e tudo que há de mais sagrado. 

O texto do Evangelho nos relata que quando o proprietário da vinha mandou seu próprio filho, os maus vinhateiros o mataram. 

Caríssimos, Jesus foi enviado ao povo de Israel para reclamar frutos de justiça, mas foi jogado fora da vinha, foi jogado no calvário, o qual ficava fora de Jerusalém a cidade santa do Senhor.

Infelizmente é o que ainda vemos, tiram Jesus para fora das escolhas, dos espaços públicos, da família, difamam seu sacerdotes, atacam a sua igreja, nos caluniam e querendo desmoralizar a nossa doutrina sobre a o valor família, e da vida. 

Porém não desanimemos, não percamos a nossa fé, tenhamos coragem, e confiança em Deus. Ele nunca vai tirar a sua mão protetora de cima da Igreja. Ele não vai abandonar a sua vinha criada com tanto amor, com a entrega do seu Filho na Cruz. Deus prometeu, Ele cumpre. "Eis que estarei com vocês até o fim dos tempos... ... e as portas dos infernos não se prevalecerão contra ela..."

sábado, 30 de setembro de 2017

SIM COMO O SIM DE MARIA

Deus não desiste do ser humano, Ele nos chama à conversão. Deus passa pela nossa vida em várias etapas dela, convidando a rever a nossa vida e voltarmos para Ele, que é o Caminho, a Verdade e a Vida!

Nessa parábola dos dois irmãos mostra um dos motivos porque muitos não O aceitaram – a falsa ideia que tinham da religião.

Há uma grande diferença entre falar e fazer, entre a teoria e a prática. As palavras e as promessas não resolvem nada, não valem nada. 

Os ensinamentos de Jesus são misericórdia, fé, justiça, compaixão, como uma condição, vai entrar apenas quem fizer a vontade do meu Pai que está nos céus. (Mt 7, 21) Não basta ler a bíblia, ou ouvir a pregação e dizer que é bom e certo, o importante é viver a vida nova que Cristo trouxe para todos.

Ser cristão, pertencer a uma comunidade, participar de reuniões não basta, é preciso realizar obras dignas de um cristão. 

É muito fácil acumular bons propósitos. O mundo está cheio deles, promessas e mais promessas. Mas é necessário cumpri-las, é isso que interessa.

Irmãos não é o nosso falar, mas sim o nosso agir que demonstra se amamos a Deus, e se estamos ou não fazendo a vontade do Pai. Nem sempre aquelas e aqueles que dizem sim, são verdadeiros. 

Infelizmente, nem sempre aqueles que falam muito bem, que falam bonito, com discursos que impressionam, são aqueles que vivem a verdade, a palavra em toda sua plenitude. O que é muito lamentável, pois o nosso falar deveria ser seguido de nosso agir.

Jesus é muito claro não são as nossas palavras, mas as nossas ações que têm valor diante de Deus. Mesmo os que disseram não a princípio podem arrepender-se e fazer a vontade de Deus. Mudar de opinião, mudar de mentalidade e se converterem. 

A misericórdia de Deus se manifesta quando o pecador, arrependido porque crê e confia no perdão de Deus, volta atrás e começa a viver uma nova vida.

Valerá, então, o tempo do arrependimento. Por isso, muitos que nós julgamos perdidos, podem receber o perdão e a salvação de Deus. Alegremo-nos! Deus está apenas esperando o nosso arrependimento.

O nosso "sim" a Deus, deve ser sincero, deve ser um "sim" que brote do coração, um "sim" sincero, que nos coloque a serviço do Reino, como foi o "sim" de Maria.

sábado, 16 de setembro de 2017

PERDÃO

Quando Caim matou a Abel, O Senhor lhe condenou a vagar na terra, e decretou que qualquer que matasse Caim seria castigado sete vezes mais. 

Mais na frente, um de seus filhos, Lameque toma para si uma conclusão de que, se qualquer que matasse a Caim seria castigado sete vezes, logo que ele tinha matado dois homens, seu castigo seria setenta vezes sete. 

Lendo a passagem de Gênesis 4, me parece que Lameque esta se consumindo de arrependimento; ele matou dois, e sente no seu coração: o que fiz “É demais para que seja perdoado!”

Certa vez Pedro, quando estava ouvindo os ensinamentos de Jesus Cristo a respeito de que, “se seu irmão estiver errado conta tí” é para você repreendê-lo, e se não lhe dando ouvido, você traz uma ou duas testemunhas para falar com seu irmão; ainda assim não dando ouvido, fala a Igreja... 

Enquanto Jesus falava na tentativa de localizar o erro para aja reparação, Pedro foi direto ao ponto, e fala do perdão: Senhor até quantas vezes devemos perdoar a nosso irmão? Até sete vezes? Trazendo de volta aquele castigo de quem fosse matar a Caim, que sete vezes seria castigado. 

Jesus, porém foi além: Não te digo sete vezes Pedro, mas setenta vezes sete; fazendo alusão ao que foi feito por Lameque lá em Gênesis 4.

É Jesus Cristo respondendo a pergunta de Pedro e de Lameque que ficou sem resposta no Antigo Testamento.

Será tão grave o meu pecado que não tem perdão? Jesus responde que tem perdão, sim, para quem quiser ser perdoado; basta se arrepender, e sinceramente decidir mudar de vida, Jesus Cristo estará sempre pronto para perdoar.

Jesus oferece o perdão para o mundo inteiro desde Caim até o ultimo homem que se arrepender dos seus atos.

Já conheci muitas pessoas que julgam seus pecados serem imperdoáveis, pensam que não têem mais chances com Deus por causa das suas grandes transgressões.

Jesus Cristo, no dizer justamente o contrário: “eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Ele compara o pecador a alguém que está doente e, por isso, precisa de médico para ser curado. Jesus Cristo é o médico enviado pelo Pai para nos devolver a saúde, partindo do princípio de que todos nós precisamos do remédio da misericórdia, pois somos doentes pelo pecado. 

Não importa a situação em que nos encontremos, Jesus nos chama à segui-Lo abandonado o pecado para viver na graça como filhos de Deus.

Para Jesus, não importa o nosso passado, o que vale é a resposta que damos ao seu chamado, afinal aceitar o chamado Dele, significa estar disposto a mudar de vida, e claro perdoar a nossos irmãos, pois a condição para recebermos a misericórdia de Deus é nos reconhecermos pecadores e perdoarmos uns aos outros de coração.

Todos nós podemos nos tornar médicos para alguém, médicos de alma, basta amá-lo concretamente, pois o amor cura, motiva, devolve a vida, o amor salva!

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

NOSSA SENHORA DAS DORES

Estamos preparando o Jubileu dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e 100 anos da Aparição de Nossa Senhora em Fátima. É um momento muito marcante para os devotos de Maria que se inspirando nesses grandes acontecimentos, cultivam e aprofundam o culto Àquela que no mistério salvífico de Jesus sempre foi presença confortadora na vida de seus filhos e filhas.

As dores de Maria:

• 1ª dor: Jesus é apresentado no Templo, onde está presente Simeão, que alerta sobre o que espera o pequeno Menino.
• Hoje: as mães que sofrem com a discriminação desmedida sobre seus filhos, sejam pela cor, deficiências. Quantas dores na vida do povo, com o desemprego, corrupção, falta de moradia, etc.

• 2ª dor: Quando José é avisado em sonho que Herodes quer matar o menino e devem fugir para o Egito.
• Hoje: o sentimento materno, medo por seu filho (a) sendo perseguido (a). Na Campanha da Fraternidade/2014, pudemos experimentar a dor de quantas mães que perderam seus filhos no Tráfico Humano e no tráfico de drogas.

• 3ª dor: Desaparecimento de Jesus e seu aparecimento no Templo em meio aos Doutores da lei.
• Hoje: quantas pessoas se perdem, perdem seus filhos, perdem o sentido da vida. Que desespero vivem até o “reencontro”.

• 4ª dor: Doloroso encontro com seu Filho no Caminho do calvário.
• Hoje: discutimos o significado do encontro; quantos conflitos vividos pelas pessoas nas intermináveis dificuldades de relações, pais e filhos, esposos, comunidades.

• 5ª dor: A crucifixão de Jesus e Maria ao pé da cruz.
• Hoje: quantas mães e pais se sentem impotentes, diante das situações que não dependem apenas deles; um exemplo seria quando chegam aos leitos de hospitais e veem seus filhos ali tão frágeis e precisam se manter firmes diante dessa situação. Quanta dor vive nosso povo nas longas filas do INSS, vendo as pessoas morrerem à míngua, sem atendimento adequado.

• 6ª dor: Quando Jesus é descido da cruz, morto e transpassado pela lança
• Hoje: a frieza diante morte e total descaso com a vida. Quantas vidas inocentes, embaladas e envolvida pelo crime organizado, pelas drogas e pela impunidade.

• 7ª dor: Maria sepultando Jesus.
• Hoje: como é para uma mãe sepultar seu filho, é uma dor incomensurável; saudade que machuca, lembrança que jamais vai embora .

MARIA ACOLHE NA SUA DOR A DORES DA HUMANIDADE.

Há uma confiança extrema na Mãe de Jesus. Maria, Nossa Senhora, a Mãezinha do céu, nos momentos mais difíceis.

Assim vão surgindo, ao longo da história, os mais diferentes títulos de Maria, profundamente encarnados na vida e situação do povo. Só para lembrar alguns desses títulos: NOSSA SENHORA DA AJUDA, DO ALÍVIO, DO AMPARO, AUXILIADORA, DOS POBRES, DA BOA MORTE, DO BOM PARTO, DO BOM SOCORRO, DO BOM SUCESSO, DA ESPERANÇA, DA CONSOLAÇÃO, DOS DESAMPARADOS, DESATADORA DOS NÓS, DO DESTERRO, DAS DORES, DA PIEDADE, DA SOLEDADE, DAS ANGÚSTIAS, DAS LÁGRIMAS, DAS SETE DORES, DO CALVÁRIO, DO PRANTO, DOS MÁRTIRES, DA MISERICÓRDIA, DO PERPÉTUO SOCORRO, DOS REMÉDIOS, DA SAÚDE. 

As dores de inúmeras pessoas, espalhadas pelo mundo, suscitam a lembrança de Maria de Nazaré, Mãe de Jesus, morto por tentar abolir todo tipo de violência como a única expressão apropriada da FÉ NO DEUS DA VIDA, presente no cotidiano da humanidade.

O Brasil e o mundo serão muito melhores, quando todos os devotos de Maria nos educarmos para nos tornarmos, cada vez mais, pessoas sensíveis ao sofrimento humano e juntos lutarmos por uma sociedade regida pela partilha, amor e justiça.

sábado, 9 de setembro de 2017

CORREÇÃO FRATERNA

Onde tem relações humanas tem conflitos, seja na comunidade, seja no trabalho, seja na família, e acreditem até mesmo no casamento. 

E em todos os conflitos, não existem inocentes, sempre que alguém brigar com você ou você brigar com alguém, os dois sempre serão culpados. Porque quando um não quer dois não briga.

E ainda em toda a desavença sempre tem três lado, o seu o do outro e a verdade. Pois todo o ponto de vista é visto de um ponto, então sempre lembre de que possibilidade do errado ser você é sempre grande.

Para resolver esses conflitos que fazem parte das relações humanas Jesus nos propõe muito cuidado para corrigir os que erram. Nunca seja através do castigo, e sim, através do amor. Quem ama que não quer ver um irmão se perder, ainda que este irmão tenha errado muito contra ti, sempre devemos acreditar na reconciliação.

É compromisso do cristão, colaborar para que todos se salvem. 

Somos corresponsáveis pelos nossos irmãos. Não podemos deixar de lado, aquele, que na sua fraqueza humana errou simplesmente virar as costas e deixar pra lá, evitar a pessoa dali par frente.

Nossas famílias não podem ser como um amontado de pessoas, que vivem como bem entendem, onde ninguém se interessa pelo o bem do outro. Ser cristão é comungar do mesmo Cristo, amando-nos mutuamente, exercitando o perdão.

Todos nós, temos necessidade de correção, pois não somos perfeitos.

A correção é um ato de amor, difícil de praticar, mas vale a pena, pois com ela podemos salvar um irmão, dar-lhe a chance de reparar o seu erro.

Para ter êxito a correção, depende de nossa postura diante do irmão, nunca como juiz, sempre como enfermeiro. Papa Francisco nos diz: a Igreja não deve ser Juiz a apontar erros, a uma enfermaria que acolhe os feridos. 

O Evangelho de hoje, nos indica alguns passos:

1º - “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.” O diálogo, deve ser sempre o primeiro passo, muitas questões se resolvem, através do diálogo, pois dependendo do que ouvimos, podemos perceber que tudo foi um mal entendido, ou um ato impensado. 

Antes porém reza antes pela pessoa, cuide para que no final da conversa a pessoa se sinta mais amada do que antes, pois amor aproxima de Deus e repreensão afasta. 

2º - “Se ele não te ouvir, toma consigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.” Muitas vezes, os desentendimentos entre os familiares podem ser resolvidos com a ajuda de uma terceira pessoa que nem é daquela família, uma pessoa neutra pode enxergar com clareza a verdadeira causa do atrito que em geral não passam de "picuinhas" bobas. Além de que amigo é remédio para acalmar os ânimos, 

Às vezes o discernimento a dois pode nos convencer, de que não foi tão grave assim, e que vale a pena, manter o convívio com aquela pessoa, pois com o passar do tempo, ela mesmo pode perceber seu erro e se corrigir.

Além do que às vezes somos influenciados por simpatia e antipatia, por isto, é importante, consultar outra pessoa, a respeito do ocorrido.

3º “Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja”. Dizer a Igreja, é como se dizer: agora, vai depender dele com Deus, pois, humanamente, foi feito tudo o que podia ser feito, só nos resta rezar por ele.

O grande problema, em se tratando de correção, é que muitos de nós, invertemos a ordem dos passos, começando por comentar com os outros, antes de falar com a pessoa. Criando caso antes de dar a chance para a pessoa.

Como Cristão, não podemos desistir do irmão assim tão fácil, e nem ficar assistindo a sua ruína, se podemos fazer algo em seu favor! 



“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”. Quando Jesus se faz presente, no meio das pessoas que buscam soluções para determinadas situações, podemos ter certeza: tudo se resolve, tudo tem um final feliz!
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