sábado, 28 de maio de 2016

TRINDADE SANTA

Hoje a Igreja celebra a Santíssima Trindade, nos recordando que Deus é: Pai, Filho e Espírito Santo. 


Quem de nós não recorda daquela pergunta que a catequista nos fazia: “O Pai é Deus? O Filho é Deus? O Espírito Santo é Deus?” 

A resposta era dada de forma cantada: -Siiim! -e novamente a catequista perguntava - então são três deuses? - Nãão! - gritávamos - são três pessoas distintas, mas um só Deus. 

As três pessoas da Santíssima Trindade são um só Deus, porque todas três têm uma só e a mesma natureza divina. Não é fácil entender essa verdade que está muito acima da nossa inteligência. Porém, muito mais importante do que tentar entender é aceitar e amar a Trindade Divina. 

Para tentar explicar o mistério da Santíssima Trindade, alguns catequistas a comparam a um bolo. Os três ingredientes básicos; a farinha, o ovo e o fermento têm características diferentes, porém juntos, formam uma mistura homogênea. 

É impossível separá-los e um complementa o outro. Talvez esse exemplo ajude, mas crer na Santíssima Trindade não é uma questão de culinária, de matemática e nem de lógica, é uma questão de fé. 

Jesus, o Filho, fala que tem ainda muitas coisas para dizer aos discípulos, e que eles não seriam capazes de entender, pois ainda não haviam recebido o Espírito Santo. Diz também que o Espírito da Verdade os ensinará a entenderem tudo isso. 

Temos aqui a presença da Santíssima Trindade. Um só Deus em três pessoas. Deus que é Pai, que é Filho e que é Espírito Santo. Um mistério profundo, inexplicável. A razão não consegue entendê-lo, mas a fé, esta sim, pode aceitá-lo; porque a fé é um dom de Deus. 

Ao Pai, se atribui de modo especial a obra da criação; ao Filho é atribuída a redenção da humanidade; e ao Espírito Santo, a renovação da vida. O Espírito Santo é o amor que une o Pai ao Filho. As três Pessoas divinas estão presentes em tudo. É consolador sabermos que Deus não é egoísta, nem solitário. É um Deus comunidade de amor, é família, são três pessoas unidas no amor. 

Assim também somos nós. Quando vivemos a união e o amor fraterno, a partilha e a solidariedade. Quando realmente vivemos tudo isso na família, no ambiente de trabalho, na comunidade, seja onde for, estamos dando testemunho da presença do Deus Trindade. 

Portanto, tudo o que fizermos na vida, vamos fazê-lo em nome da Ssma Trindade. Sempre que fazemos o sinal da cruz, é o nosso Deus, uno e trino que estamos invocando. Vamos sempre fazer o sinal do cristão com muita convicção. Fazer o sinal da cruz em público, ao passar em frente a uma igreja na rua ou no ônibus, é uma forma de evangelizar, é uma demonstração de fé e coragem. 

Vamos nos aproximar do Deus Trino e como Maria santíssima, viver em nós a plenitude da presença das três pessoas. Maria, humildemente, deixou o coração se sobrepor à razão. Acreditou e aceitou o pedido do seu Pai, desposou o Espírito Santo e tornou-se a mãe do Filho. Veja que boa notícia: O batismo fez de nós Templos de Deus e morada da Santíssima Trindade. 

Com muita alegria vamos de renovar a nossa fé, dar glórias a Trindade santa: Glória Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, amém!

Vi uma vez a história de dois homens que rezou pendido para o senhor uma oportunidade, Deus enviou um anjo e disse pega a tua carrocinha de lanches e vai ao deserto. Saem os dois homens saem com sua carrocinha de lanches para o meio de um deserto e lá, no meio do nada, um deles resolve parar e montar a barraca. Um lugar longe de tudo. O Outro fica insatisfeito reclama andaram tudo aquilo para nada e o outro agindo naturalmente esperando os possíveis clientes.

Parecia que não ia dar em nada quando um meteoro cai próximo o local onde colocaram sua lanchonete móvel e com a novidade, uma infinidade de repórteres e curiosos vieram cobrir o fato. Eles lucraram muito, pois era o único posto com esse serviço para atender aquela multidão. Sei que é um filme mas algo fica nesse epílogo: Um demonstrou fé e o outro, que era preso ao que via, preso assim aos fatos.

O que é fé? Fé é um ato heroico humano em acreditar sem precisar ver; é um dom de Deus oferecido a todos, no entanto, nem sempre o exercemos; mas fé por si só é apenas um dos dons do Espírito Santo.

A FÉ NÃO É NADA SEM O TEMOR DE DEUS. Como posso mover uma montanha com a fé do tamanho do grão de mostarda se não acredito no feito e tão pouco em quem as realiza? O centurião tem a fé a humildade de reconhecer sua pequenez perante aquele que podia mudar o quadro que parecia irreversível. “(…) Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom”.

MUITA GENTE TEM FÉ, MAS NÃO TEM A SABEDORIA. De fato ninguém deseja que nossos entes queridos morram, mas em dados instantes da vida, ou da sobrevida de enfermos, a morte liberta. Talvez fé fosse dizer: Deus! Faz o melhor por ele (a)!

OUTROS TÊM FÉ, MAS NÃO TEM A FORTALEZA, pois não suportam os primeiros ventos que antecedem a tempestade. Ninguém é digno do oásis se não aprender a atravessar seus desertos”.

OUTROS TÊM FÉ, MAS NÃO TEM A CIÊNCIA, pois se abrissem os olhos conseguiriam ver Deus em meio à tempestade segurando sua mão e não deixando afogar, sucumbir, sofrer… Deus não fica feliz com o sofrimento de ninguém, pois não foi Ele que impetrou o que nos aflige, mas com certeza Ele esta ao nosso lado ofertando a melhor alternativa ou saída. 

“(…) Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, DEUS DE TODA A CONSOLAÇÃO QUE NOS CONFORTA EM TODAS AS NOSSAS TRIBULAÇÕES, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia!”. (II Coríntios 1, 3-4)

Jonas foi a Nínive sem acreditar na conversão das pessoas e Deus agiu, não acreditou, mas foi e Deus agiu. 

Também não sou digno que o Senhor entre em minha morada, estou em busca da fé desse Centurião, a Fé de Abraão e que tantos outros tiveram. Pedimos a Maria Santíssima, mãe e modelo de Fé, que interceda por nós.

CORPUS CHRISTI

A fé da Igreja na presença do seu Senhor ressuscitado no mistério da Eucaristia remonta à origem da comunidade cristã. São Paulo transmite o que recebeu da tradição, na primeira carta aos Coríntios apenas de 25 anos depois da morte e ressureição de Jesus. É a narração mais antiga da Eucaristia. A Igreja nunca abandonou esta centralidade.

A Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo foi instituída em meados do século XIII, numa época em que se comungava muito pouco e onde se levantavam dúvidas sobre a «presença real» de Jesus na hóstia consagrada depois da celebração da Eucaristia. A Igreja respondeu, não com longos discursos, mas com um ato: Sim, Jesus está verdadeiramente presente mesmo depois do fim da missa. E para provar esta fé, criou-se o hábito de organizar procissões com a hóstia consagrada pelas ruas, fora das igrejas.

Hoje, não é raro encontrar católicos que põem em dúvida esta permanência da presença Jesus no pão eucarístico. As palavras de Jesus esclarecem-nos: «Este é o meu Corpo… Este cálice é a nova Aliança no meu sangue». Estas afirmações de Jesus, na noite de quinta-feira santa, não dependiam nem da fé nem da compreensão dos apóstolos. É Jesus que se compromete, que dá o pão como sendo o seu corpo, o cálice de vinho como sendo o cálice da nova Aliança no seu sangue. Só Ele pode ter influência neste pão e neste vinho.

Hoje, é o sacerdote ordenado que pronuncia as palavras de Jesus, mas não é ele que lhes dá sentido e realidade. É sempre Jesus ressuscitado que se compromete, exatamente como na noite de quinta-feira santa. O sacerdote e toda a comunidade com ele são convidados a aderir na fé a esta ação de Jesus. Mas não têm o poder de retirar a eficácia das palavras que não lhes pertencem. A Igreja tem razão em celebrar esta permanência da presença de Jesus. Que esta seja para nós fonte de maravilhamento e de ação de graças!

É a lei biológica da nossa condição humana: é preciso comer para viver. A nossa vida espiritual exige também ser alimentada e cuidada, para crescer e ser fecunda. Ao multiplicar os pães e os peixes para a multidão que tinha vindo escutar o seu ensinamento, Jesus respondia, certamente, a uma necessidade física imediata. Mas revelava já todo o seu amor pelos homens e o seu desejo de os saciar com o verdadeiro alimento: a sua própria vida, o seu corpo entregue como Pão da Vida, o seu sangue derramado como sangue da Aliança.

Assim, comungar é ser alimentado pela vida de Jesus, enriquecido pelas suas próprias forças, ser capaz do seu amor. Do mesmo modo que comemos para viver, comungamos na Eucaristia para viver como discípulos de Jesus.

terça-feira, 17 de maio de 2016

DIVÓRCIO X ORAÇÃO DO CASAL


Por ocasião do VIII Seminário Nacional de Assessores da Pastoral Familiar, que precedeu o XII Congresso Nacional da Pastoral Familiar, realizado no Rio de Janeiro, de 5 a 7 setembro último, tive a oportunidade de fazer um rápido comentário, numa interferência no plenário, sobre os dados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos que mostrou a relação inversa entre a oração do casal e o divórcio. 

Apesar de já ter publicado tais dados nesta página, em edições passadas, vários padres e agentes da Pastoral Familiar, quase todos são leitores de O LUTADOR, consideraram-nos muito interessantes e, por isso, insistiram que eu os disponibilizasse novamente, a fim de que possam divulgá-los em suas respectivas paróquias e comunidades, sobretudo nos encontros de Preparação ao Matrimônio. 

Oração do casal x divórcio 

Foi Dom Walfredo Tepe quem citou, num de seus livros, a interessante pesquisa, realizada nos Estados Unidos, em que aparece claramente a relação inversa entre a oração do casal e o divórcio: quanto mais oração, menos divórcio; menos oração, mais divórcio. 
Eis os resultados surpreendentes, que merecem ser avaliados e interpretados, sobretudo, como indicadores pastorais: 
• Entre os casais casados só no civil: 1 divórcio em cada grupo de 2 casamentos. 

• Entre os casais casados no religioso, mas que não freqüentam a Igreja: 1 divórcio em 3 casamentos. 

• Entre os casais casados no religioso e que freqüentam a Igreja: 1 divórcio em 50 casamentos. 

• Entre os casais casados no religioso, que freqüentam a Igreja e que rezam juntos todos os dias: 1 divórcio em 1429 casamentos. 
Ao comentar esses dados, num encontro da Pastoral Familiar da Diocese de Sinop, MT, em dezembro de 2006, um agente do IBGE, presente no encontro, me informou que uma pesquisa daquele órgão, realizada em 2005, constatou uma situação muito parecida no Brasil, mas acrescentando um detalhe especial: 
• Entre aqueles casais que apenas se juntam, sem nenhum vínculo institucional, civil ou religioso publicamente reconhecido, 83% se separam depois de certo tempo de convivência. 
O desafio eucarístico aos casais 

Freqüentar a Igreja e rezar juntos todos os dias! Não seria este um dos caminhos para que tantos casamentos dêem certo e as famílias redescubram que o sucesso familiar é possível? Por que não tentar esse caminho? 

Na Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, em Manaus, estamos desafiando os casais católicos mais corajosos a investirem em sua própria família através da participação diária na Eucaristia. Por isso, a partir do de 1º de julho deste ano, temos, de segunda a sábado, a celebração eucarística às 6h. Após a celebração, os participantes, sobretudo esses casais, estão fazendo a experiência de viver o dia iluminados pela Palavra de Deus e sustentados pelo Pão que é o próprio Deus. 

Se a pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que, entre os casais que participam da vida da Igreja e oram juntos todos os dias, há apenas 1 divórcio em 1429 casamentos, certamente que, entre os casais que estão dispostos a ir além, investindo em suas famílias através da participação diária da Eucaristia – Palavra e Pão de Deus -, o resultado, certamente, será muito melhor. 

Viver eucaristicamente é ser escolhido para amar os outros em nome de Cristo. Viver a Eucaristia leva o casal a agradecer a Deus pela sua família e a se responsabilizar por outras famílias que têm necessidade de sua ajuda. Alimentar-se diariamente daquele que é “corpo entregue” e “sangue derramado” impele o casal a ser também “pão partido para a vida do mundo”. 

Passados três meses, alguns casais que aceitaram esse desafio eucarístico já chegaram a testemunhar que a experiência matinal está lhes trazendo outra qualidade de vida matrimonial, familiar, comunitária e mesmo profissional. Acima de tudo, faz aumentar o amor dos esposos. De fato, o apóstolo Paulo afirma que o amor do casal cristão é o melhor sinal (sacramento) para o mundo entender o amor de Deus pela humanidade, o amor de Cristo pela Igreja. (Cf. Ef 5,32.) 

Amor de pai e mãe: alicerce de um mundo novo 

O amor entre pai e mãe, vivido e manifestado no dia-a-dia da vida familiar, é fundamento, é alicerce de famílias felizes, onde os filhos se sentem seguros, demonstram equilíbrio e são ajustados emocionalmente. 

Fui constatando que essa convicção, fruto de uma observação feita ao longo de quarenta anos de trabalho pastoral junto às famílias, é bem mais do que uma simples conclusão pessoal. Ela é uma verdade, é uma experiência da qual o coração não abre mão.
 
Vendo a maneira de o pai amar a mãe, o filho tem a melhor escola de como amar e respeitar a futura esposa. Percebendo quanto a sua mãe ama e respeita o pai, a filha também está aprendendo como, mais tarde, irá amar e respeitar o marido. Vivendo como filhos amados, saberão, no futuro, amar e respeitar seus próprios filhos. 

Nessa maneira de viver o amor está o alicerce de um mundo novo, de famílias felizes. É isso que o Pe. Zezinho canta em “Utopia”, na terceira estrofe: 

“Há tantos filhos 
que, bem mais do que um palácio, 
gostariam de um abraço 
e do carinho entre seus pais. 
Se os pais se amassem 
o divórcio não viria; 
chamem a isso de utopia 
e eu a isso chamo paz!” 

Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, o saudoso Papa João Paulo II apresentou o matrimônio e a família como obra do amor de Deus. Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, criou-os para o amor e a comunhão. “O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano”. (FC, 11.) 

Apesar de todos os desafios lançados hoje contra ela, vale a pena continuar acreditando na família: é obra do amor de Deus! 

Pe. Sebastião Sant’Ana 
Pároco da Paróquia N. Sra. de Guadalupe 
Av. Prof. Nilton Lins, 510 – Flores 
69058-400 – Manaus, AM

sexta-feira, 13 de maio de 2016

DOM DA PIEDADE

O dom da piedade é um dom do Espírito Santo por vezes é mal entendido ou considerado de modo superficial, quando na verdade toca o coração de a nossa vida cristã. 

Este indica a nossa pertença a Deus e a nossa ligação profunda com Ele, uma ligação que dá sentido a toda a nossa vida e que nos mantém firmes, mesmo nos momentos mais difíceis.

Esta ligação com o Senhor trata-se de uma amizade com Deus que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo, de alegria. Por isso, o dom da piedade suscita em nós antes de tudo a gratidão e o louvor. 

Quando o Espírito Santo nos faz perceber o amor de Deus por nós, aquece-nos o coração e nos move à oração. 

Piedade é a intimidade filial com Deus, daquela capacidade de rezar a Ele com amor e simplicidade que é própria das pessoas humildes de coração.

Se o dom da piedade nos faz crescer na relação e na comunhão com Deus e nos leva a viver como seus filhos, ao mesmo tempo nos ajuda a dirigir este amor também para os outros e a reconhecê-los como irmãos.

E então sim seremos movidos por sentimentos de piedade com aqueles que encontramos todos os dias. 

Ao contrário do que alguns pensam que ter piedade não é fechar os olhos, inclinar a cabeça e fazer uma cara de imagem. Este não é o dom da piedade. O dom da piedade significa ser realmente capaz de alegar-se com quem está na alegria, de chorar com quem chora, de estar próximo a quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando. 

No mundo materialista que vivemos, não são muitas as pessoas que vivem uma intimidade com Deus; não são muitas as pessoas fervorosas no cumprimento das Escrituras, na busca dos valores eternos.

O dom de piedade nos leva a amar Deus profundamente e viver em comunhão com Ele, desejando sempre fazer a Sua vontade.

O dom da piedade nos leva a amar e reverenciar tudo que é de Deus: a oração individual, a oração litúrgica, a vida sacramental, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a reza do santo terço, o desejo de pregar a Palavra de Deus, a meditação da Palavra, a leitura de bons livros, o zelo pelas coisas sagradas etc. Esse dom nos faz devotos. A devoção é a rainha das virtudes. A verdadeira devoção nada destrói; ao contrário, tudo aperfeiçoa. 

A palavra “piedade”, no seu sentido original, diz respeito à atitude de uma criança para com seus pais: uma combinação de amor, confiança e reverência. Se essa é a nossa disposição habitual para com o Bom Deus, estamos vivendo o dom de piedade.

Esse dom do Espírito Santo quando acolhido gera intimidade e familiaridade com Deus. Quando percebemos estamos falando com ele de forma natural e espontânea como a criança no colo da mãe

É também o dom da piedade que desperta no cristão viva e inabalável confiança em Deus Pai, confiança e entrega como, por exemplo, dá testemunho Santa Teresinha de Lisieux na sua doutrina sobre a infância espiritual.

O dom de piedade não estimula os cristãos apenas a cumprir seus deveres para com Deus de maneira filial, mas os leva também a experimentar interesse fraterno para com todos os seus semelhantes. Típico exemplo desse sentimento encontra-se na vida de São Francisco de Assis: quando este, certo dia, sonhando com as glórias de um cavaleiro medieval, avistou um leproso, sentiu-se movido a superar qualquer repugnância e a dar-lhe o beijo que exprimia a fraternidade de todos os homens entre si.

O dom de piedade, tornando o cristão consciente de sua participação na família dos filhos de Deus. 

Que o Espírito Santo dê a todos nós este dom da piedade.

sábado, 7 de maio de 2016

AS MÃES NOS FALAM DE DEUS

Estamos celebrando também o Dia das nossas Mães, motivo, para todos nós, filhos, filhas, netos e bisnetos, de uma grande alegria. A festa das mães está gravada com letras de ouro em nossos corações. Foram elas que nos deram a vida, nos amamentaram, ensinaram-nos a caminhar, a comer, a beber, a falar e a sorrir! Só no céu, como toda eternidade a disposição será possível expressar nossa inteira gratidão a nossa mãezinha.

Pedimos hoje que Maria, nossa mãe, proteja com o seu imenso carinho nossas mães, avós e bisavós.

A maneira de ser da “Mãe” nos ajuda a compreender a maneira de ser de Deus. Sempre quando falamos de Deus, falamos por analogia, por comparação e se há uma imagem, profunda, que fala perfeitamente da realidade, da natureza de Deus, da missão de Deus, da vida de Deus é a imagem da mãe!

O primeiro elemento que encontramos nesta imagem materna é o acolhimento da ideia de ser mãe. Quando a mulher concebe a ideia, o desejo, a felicidade, a alegria de ser mãe, este é um jeito de Deus, que ao desejar nos criar, nos ama profundamente. Com a mãe não é diferente, no gesto de acolher na sua vida, no seu corpo outro ser. Assim como a mãe, Deus também acolhe a ideia de nos criar, de nos ter como filhos e filhas! 

O segundo elemento é a geração, a mulher em sua maternidade gera e cria os seus filhos, como o Bom Deus que é o nosso Criador! 

A mãe é colabora com Deus no processo da criação; ela dá ao mundo, um novo ser, um ser que sai do seu ventre, misturado com o seu amor.

O terceiro elemento que a gente vê na maternidade e está explícito ao jeito de Deus, é este amor incondicional, desde quando concebe um filho, ainda na gestação e depois do nascimento, acompanhando todos seus passos.

As mães amam de modo muito semelhante ao modo de amar de Deus, que cria, que ama, que preserva, que defende, que educa e ama incondicionalmente. Assim é o amor de Deus! Deus nos ama e nunca espera nada em troca, por isso quando falamos no amor de Deus, pensamos no amor de mãe que é o amor que nos faz entender um pouco da dimensão do amor de Deus.

E hoje, quando nós reconhecemos o Ressuscitado como o “Bom Pastor”, a imagem da “mãe” também nos ajuda a entender o que é ser “Bom Pastor”: a mãe é pastora de seu lar, de seus filhos de sua casa, e, ela manifesta bondade naquilo que faz. O Pastor, na linguagem de Jesus é aquele que é reconhecido pelo seu rebanho. A mãe é reconhecida pelos filhos. Só a mãe conhece perfeitamente aquilo que criou aquilo que preserva, aquilo que cuida. Então, a mãe é singular figura, imagem do bom pastoreio de Jesus.

E hoje, ao reconhecer Jesus como o Bom Pastor, nós somos chamados a ser bons discípulos, bons seguidores. Ao reconhecer as mães, como reflexos de Deus, reconhecer também que somos e devemos ser bons filhos. 

No dia das mães, precisamos lembrar da autoridade das mães sobre seus filhos. Se por um lado as mães, hoje, não conseguem muita coisa com os seus filhos no dia a dia, na perseverança, na continuidade, pelo menos no dia das mães conseguem trazer seus filhos para a Igreja, para rezar, para participar da celebração, para agradecer a Deus pelo dom da vida de sua mãe, sua realidade. Vocês podem notar, por todos os lugares do Brasil, as igrejas hoje estão lotadas! Mas isto é obra da mãe! Ela é missionária, ela consegue tocar os corações pela sua sensibilidade, pela emoção, pela ligação que tem com seu filho, seu próprio filho. 

A mãe sabe que esta é uma oportunidade de o Espírito Santo tocar o coração do filho. Para dizer a seguir: que a fé não é só vivida no dia das mães, mas é compromisso com Deus. Amar a sua mãe é também buscar a amar este Deus, com comprometimento, na alegria, na perseverança, na construção de um mundo novo, de um Reino de justiça, e de amor.

O dia das mães é dia de reconhecer que Jesus é este Bom Pastor que nos chama, que nos congrega, que nos redime. Precisamos atender a este chamado de Deus, que nos fala ao coração, nos desperta para a vida, para o amor e para a fé. 

Para finalizar, outra linda comparação que podemos fazer é da mãe com a Eucaristia. Quando estamos ainda no útero materno, nos alimentamos da própria mãe, não precisamos de mais nada, estamos ali no aconchego da mãe. A Eucaristia, também é aquele lugar, aquele momento que nos faz perceber que precisamos nos alimentar de Deus. Se não nos alimentamos de Deus, nada somos, mas quando nos alimentamos de Deus, crescemos nos tornamos pessoas melhores, crescemos na fé. 

Portanto hoje, ao rezarmos pelas nossas mães, por cada uma destas mulheres, que biológica ou afetivamente, deram à luz a seus filhos, formando-os, educando-os na fé, pedimos que todo o seu sofrimento seja minimizado. 

Porque mãe não é padecer no purgatório, conforme o dito “mãe é padecer no paraíso...” E pela intercessão de nossa Mãe Maria possa alcançar toda a felicidade que reside no coração de Deus. Amém.

DIA DA MÃES E DIZIMO

Dias das mães no dia do dízimo e porque não dizer que a grande maioria de nossos dizimistas são Mães. Pilares em seus lares e também Pilares em nossa Paróquia. Hoje a Pastoral do dízimo homenageia vocês mamãe

Com falar do Amor de Mãe? Seria possível medi-lo? Saber a sua largura, o seu comprimento a sua altura e a profundidade? Podemos dizer:
MÃE AMOR SEM MEDIDA

Mãe, palavra que soa suave aos nossos corações palavra que encanta e traz alegria. Mãe, significado de paz e amor. 

Mais que ninguém, vocês merecem serem homenageadas por suas dedicações e por seu amor este que tudo sofre tudo vence e tudo perdoa.

Mãe, vocês são mulheres corajosas mulheres que lutam para cuidar dos seus filhos sem medir esforços; Mãe, vocês não se curvam diante das dificuldades, mas as vence.

Seu amor nos encanta, Sua força, nos orgulha e somos realmente privilegiados, pela vossa presença; Talvez, não saibamos retribuir e valorizar tudo o que fazes.

Mas neste dia especial desejamos a vocês, com muito amor e carinho que consigas realizar todos os seus sonhos e continuem fazendo o bem, à todos os que convivem com vocês.

ORAÇÃO PELAS MÃES

Senhor, eu te peço por todas as mães. 

Por aquelas que não realizaram o sonho de gerar a vida mas que os filhos de outras embalaram com total dedicação.

Por aquelas mães incansáveis, que há anos acompanham seus filhos, para quem pequenos progressos são fantásticos sucessos.

Por aquelas que se esquecem dos pés doendo e dos braços cansados, no afã de sempre se doar.

Por aquelas que são abandonadas, longe da presença e do carinho dos filhos e que tudo dariam para poder abraça-los.

Senhor, cuida de todas as mães, para que não deixem de acreditar na tua presença, no teu consolo, na tua paz e no seu amor sem medida

AMÉM
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