sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A VIRTUDE DA ESPERANÇA

A Esperança contribui para a nossa santificação de três maneiras principais: primeiro une-nos a Deus; segundo, dá eficácia às nossas orações e terceiro e torna-se princípio de atividade fecunda. Une-nos a Deus desapegando-nos dos bens terrenos. A todo momento somos solicitados pelos prazeres sensíveis, pelo orgulho, pela sensualidade... enfim, pelas alegrias, legítimas e ilegítimas, da esfera natural. No entanto, a esperança quando apoiada numa fé viva e ardente, mostra-nos que a todas as felicidades terrenas faltam dois elementos essenciais: a duração e a perfeição.

Nenhum bem terreno é suficiente de si para satisfazer o ser humano uma vez que este foi criado por Deus com sede do infinito. Após o deleite, sempre há o enfado e saciedade. A nossa inteligência jamais se dá por satisfeita sem o conhecimento da causa perfeita, e o nosso coração não se contenta a não ser em Deus. Só Ele é a plenitude da bondade, da verdade e da justiça. E bastando-Se a Si mesmo, evidentemente, basta-nos a nós.

A esperança, unida à virtude da humildade, dá eficácia às nossas orações e nos obtêm dos céus os favores de que necessitamos. Ensina-nos o Eclesiástico: «E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol. Então passei a contemplar a sabedoria, e a loucura e a estultícia. Pois que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram. Eclesiastes 2:11-12» Em seus milagres, Cristo nosso Senhor, jamais desprezou quem a Ele recorreu com confiança. Não atendeu Ele o centurião, o paralítico descido pelo telhado, os cegos de Jericó, a Cananéia, a pecadora pega em adultério e o leproso? Ademais não prometeu ele que "Amen, amen, dico vobis, si quis petieritis Patrem in nomime meo, dabit vobis" (Jo 16, 23)?

Afinal, nada honra tanto a Deus como a confiança n'Ele que não se deixa vencer em generosidade, concedendo superabundantes graças. Por fim, a esperança é um princípio de atividade fecunda. Primeiro, porque produz santos desejos, em particular, o anelo do Céu e de Deus. Ora, esse anseio dá à alma o impulso e o ardor necessários para alcançar o bem suspirado e ampara os esforços empregados para a obtenção do fim desejado. Segundo, aumenta-nos as energias por meio da expectativa duma recompensa que superará em muito os nossos empreendimentos. Se no mundo se trabalha com tanto afan para adquirir bens perecíveis, que as traças corroem e os ladrões roubam, com quanto mais razão não devemos nós esperar, quando buscamos uma coroa incorruptível! Dá-nos, ainda aquela coragem, certeza e constância que a certeza do triunfo produz. Então, é isto que nos dá a esperança, pois apesar de fracos por nós mesmos, somos fortes pela própria força de Deus.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DA ILUSÃO À ESPERANÇA

Leitura bíblica: Heb 10,19-25

O autor da epístola exorta aqui os cristãos à perseverança, à firmeza na fé. Vivemos hoje em dias de ilusão (consumismo, felicidade sem sofrimento, do prazer sem dor), mas a Igreja é agente de Esperança.

Definição de Ilusão: um “engano dos sentidos ou pensamento”; “o que se nos afigura ser o que não é”; “ uma quimera”.

Definição de Esperança: uma “expectativa”; uma “coisa que se espera”; “confiança”.

Se estivéssemos no deserto poderíamos dizer que a ilusão é uma miragem (aquilo que parece mas não é); mas a Esperança é um oásis verdadeiro (aquilo que não se vê, mas está lá)”Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? (Rm 8:24).

Diz-se quer a mulher grávida está “de esperanças”, não iludida.

Diferenças entre ilusão e Esperança:

1. A ilusão é construída sobre fundamento fraco, ao contrário da Esperança.

2. A ilusão baseia-se no engano (“engano dos sentidos ou pensamento”), mas a Esperança não engana (oásis).

3. A ilusão pode morrer (e destrói a pessoa), mas a Esperança nunca morre.

4. A ilusão é uma distorção da verdade (realidade), mas a Esperança é a antecipação da verdade (realidade).

5. A ilusão faz da vida um jogo, a Esperança faz da vida uma oração.

6. A ilusão pode motivar uma pessoa, mas é a Esperança que dá à pessoa uma razão para viver (André Malraux: “A esperança dos homens é a sua razão de viver e de morrer”).

7. A ilusão faz-nos lamentar e chorar, a Esperança leva-nos a louvar e agradecer a Deus.

Abraão: exemplo de fé e Esperança (Hb 11, 10).

Conclusão: Vivemos tempos de muita ilusão e pouca Esperança (nos relacionamentos, na vida económica e financeira, no emprego, no futuro). Passemos da ilusão à Esperança. Mas encontremos um fundamento sólido para a nossa esperança. “Agora, pois, SENHOR, que espero eu? A minha esperança está em ti.” (Salmo 39, 7)
Troca as tuas ilusões pela Esperança em Deus, porque “fiel é o que prometeu” (Hb 10, 23).

11º PRINCÍPIO: EXIGÊNCIA NA DISCIPLINA

Aquilo que não se aprende em casa, a vida ensina a duras penas. Duras para nós e para nossos amados. Devemos ordenar e organizar com verdadeira disciplina o rumo que queremos dar á nossa vida e á vida dos confiados a nós, começando por pequenas coisas para chegar ás grandes mudanças.

Os filhos não pediram para nascer....mas a família também não pediu para que eles fossem como são. Fomos colocados uns na vida dos outros e temos cada qual em seu papel – direitos e deveres.

O Amor-Exigente não expulsa ninguém de casa ou da escola. A proposta não é essa. A escolha é opção da própria pessoa. Depois de ter sido tentado tudo para modificar os comportamentos inadequados, chegando ao limite suportável pela família ou escola, ao não querer adequar-se, ela mesma estará escolhendo sair e viver por sua própria conta o risco.

A proposta é exigir apenas o que é devido para o outro, e mesmo assim, a partir da autoridade moral adquirida pela mesma exigência que fizemos antes a nós próprios.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

6º PASSO

Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

"Humilhai-vos diante do Senhor e Ele vos exaltará." (Tiago 4,10)

Quando um lavrador trabalha no campo, começa com a preparação do solo. Lavra, ara, revolve a terra, fertiliza, revolve a terra outra vez e, finalmente, planta. Durante algum tempo, o lavrador está visivelmente ativo no campo. Mas depois que planta, pára um pouco, para que as novas sementes cresçam. Não há nada a fazer, exceto esperar e confiar.

No 6º Passo, a atividade cessa durante uma temporada. As sementes de mudança que Deus plantou tem tempo para germinar e crescer. Nossas emoções tem tempo para alcançar nossas novas experiências. Aramos e preparamos e agora damos ao poder divino o tempo necessário para criar em nós uma mudança interna.

Pomos em prática o 6º Passo estando preparados para o momento em que Deus traz mudanças em nossas vidas. Estar preparados não parece atividade, mas é, atividade espiritual. Deus só pode nos mudar se quisermos que Ele o faça e até agora não lhe pedimos mudanças. Só ficamos conscientes de nossa condição e admitimos nossa necessidade. Em passos futuros, pediremos a Deus para eliminar nossos defeitos e ajudar-nos a endireitar as coisas. Neste Passo, esperamos que Ele faça algum trabalho interno e precisamos ser sensíveis às mudanças que está fazendo em nossos corações.

5º PASSO

Admitimos perante a Deus, perante a nós mesmos e perante a outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.

"Confessai, pois, vossos pecados uns aos outros e rezai uns pelos outros, a fim de serdes curados." (Tiago 5,16)

Imagine uma casa que ficou fechada por vários anos. Um lençol de poeira cobre tudo. Sobejam sinais de decadência: teias de aranha em cordões, como decoração de festa. Odores abafados e mofados de bolor. Bugigangas irreconhecíveis no consolo da lareira empoeirado. Quadros esquecidos e desbotados em paredes manchadas. Sentimentos lúgubres que pairam como fantasmas de anos passados. Mal podemos esperar para abrir todas as portas e todas as janelas, ventilar os cantos escuros e empoeirados. Vemos a luz do dia espantar os demônios da escuridão e da sombra.

Nossas vidas são como casas fechadas. Todos os nossos segredos infames, comportamentos embaraçosos e esperanças pedidas estão escondidos. O ar de nossa vida é mofado por que temos medo de abrir portas e janelas aos outros com medo de sermos descobertos, rejeitados ou humilhados. O 5º Passo é nossa saída. Quando admitimos a natureza exata de nossas falhas a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano, abrimos as portas e janelas de nossas vidas. Mostramos nosso verdadeiro eu.

Pomos em prática o 5º Passo sendo sinceros e honestos com nós mesmos, com Deus e partilhando nosso inventário moral com alguém que confiamos, alguém que nos compreenda, que nos incentive e não nos condene.

PERFEITA ALEGRIA

Cai à tarde de inverno impiedoso,
Francisco e Leão sob a neve caminham.
Vão tornando a Santa Maria,
Com fome e com frio
Ao final de outro dia.
Frei Leão vai à frente, ligeiro,
Frei Francisco o chama e lhe diz,
Frei Leão toma nota
Se queres saber,
O que é a Perfeita Alegria,
Se nós tivermos a graça de DEUS
De pregar o Evangelho e a Cruz
E por obras e exemplos pudermos
Levar a Jesus.
E convertermos os homens a fé.
Até mesmo os de mau coração
Frei Leão isto ainda não é
A Perfeita Alegria

Imagine Leão que DEUS nos tenha dado.
A graça de a todos curar.
De fazer ver aos cegos, e aos coxos andar,
Surdos ouvir e mudos falar.
E que até os demônios fugissem,
Ao comando de nosso olhar,
E que os mortos nós ressuscitássemos.
Isto não é a Perfeita Alegria:
E se falássemos todas as línguas
Com o dom de bem comunicar,
Transformando os reinos da terra
Em reinos de Paz.
E se soubéssemos toda ciência.
E os segredos da terra e do mar.
Frei Leão isto ainda não é
A Perfeita Alegria.

Mas então, Pai Francisco
O que é a Perfeita Alegria?

Se ao chegarmos ao nosso Convento
E batermos depressa e esperando entrar.
E o porteiro do lado de dentro,
Ao invés de abrir, põe-se assim a falar:
Quem sois vós, que assim importunos,
Nesta hora nos incomodais?
Somos nós teus irmãos
Frei Leão e Francisco
Que chegam e querem entrar.
E Frei Leão
Se o porteiro disser que é mentira
E que não abrirá
Que encontremos outro lugar
Em um canto qualquer.
E se nós diante da porta fechada,
Sob a noite e a neve que cai,
Conservarmos a paz
Isto ainda não é a Perfeita Alegria.

Mas se nós insistirmos em prantos que abra,
Que tenha piedade de nós.
Pois com fome e tão necessitados,
Na noite não temos consolo e lugar.
E se então o porteiro sair,
Empunhando um bastão e gritar.
E bater em você e em mim muito mais,
Nos deixando no chão a chorar.
E Frei Leão,
Se for DEUS quem tal faz,
Que nos deixa na noite e na cruz.
Se entendermos que este abandono
Imita a Jesus.
E se nós diante da porta fechada,
Sob a noite e a neve que cai,
Conservarmos a paz,
Isto é, a Perfeita Alegria.

LIBERDADE

A liberdade é um dom que os que recebemos de Deus para escolhermos entre várias formas de bem, de verdade e de beleza. Mas quando escolhemos o mal, o erro e o imoral, será que estarão sendo livres? O que é liberdade?

Imaginemos um restaurante com variado e requintado cardápio o qual põe a nossa disposição apetitosos pratos e bebidas de todo tipo. Escolhendo o que mais nos agradar, estaremos usando de um precioso dom concedido por Deus aos anjos e aos seres humanos: a liberdade de optar por aquilo que mais nos convém, segundo a nossa natureza.

Enquanto esperamos o garçom, notamos em mesa próxima um homem que exagerou na bebida e perdeu o controle de si, começando já a dizer em voz alta coisas inconvenientes. E um pensamento atravessa a nossa mente, ele é livre. Cada qual escolhe o que quer, e ninguém deve interferir.

É certo esse raciocínio? Não, é errado! Qual a diferença entre: escolher entre diversos pratos e bebidas, e eescoohe se embebedar?

No episódio descrito, haverá uma diferença entre nosso comportamento e o do bêbedo? Pondo em termos doutrinários essa questão, o homem é deveras livre, moralmente falando, de escolher entre o bem e o mal, ou apenas de escolher entre diversas formas de bem?

Imaginamos outra situação: Se um gato salta rouba um pedaço de carne vai ser preparado para o almoço. O bichano nem se coloca um problema moral, refletindo se é certo ou errado "roubar" aquela carne. Essa é a liberdade própria dos animais irracionais. Eles não têm leis que reprimam seus apetites, porque são incapazes de conhecê-las. Não é essa a liberdade humana.

"Ao passo que os animais não obedecem senão aos sentidos e não são impelidos senão pelo instinto natural a procurar o que lhes é útil ou a evitar o que lhes seria prejudicial, o homem tem, em cada uma das ações de sua vida, a razão para o guiar". Assim se exprime o Papa Leão XIII em sua Encíclica sobre a Liberdade Humana, publicada em 1888, época em que estava na moda acusar a Igreja Católica de ser contrária à liberdade.

O ensino da Igreja não deixa margem a dúvidas: ao homem, ser racional, não é lícito agir como se fosse animal irracional.

Temos a liberdade natural de, entre os bens deste mundo, escolher aquilo que nos apraz, segundo nossas conveniências. Por exemplo, preferir esta ou aquela bebida, esta ou aquela comida, conforme dissemos no exemplo já citado. Trata-se de matérias que só longinquamente estão relacionadas com a Lei de Deus.

Essa liberdade chama-se natural, porque a razão nos mostra ser ela harmônica com nossa natureza humana.

Ouve-se muita gente dizer que livre arbítrio é a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a verdade e o erro, a beleza e a feiúra. Enganam-se. De fato temos a capacidade de optar por aquilo que não é correto, mas, ao agirmos nesse sentido, estamos abusando da liberdade que Deus nos deu, ao invés de usá-la reta e ordenadamente. Além do mais, estamos interpretando erradamente o que é o livre arbítrio.

Leão XIII, por exemplo, diz no que consiste o dom da liberdade, dado por Deus: "Considerada em sua natureza, essa liberdade não é senão a faculdade de escolher entre os meios apropriados para atingir um determinado fim. É nesse sentido que quem tem a faculdade de escolher uma coisa entre algumas outras é senhor de seus atos".

Note-se que essa liberdade não nos dá o direito de escolher um fim ilícito, ou um meio ilícito para atingir determinado fim, mas tão-só escolher entre vários meios lícitos para atingir um fim lícito. Só isso pode ser considerado verdadeiro exercício da liberdade humana.

Tendo isto em vista, podemos nos perguntar o que é o livre arbítrio? Leão XIII explica que "o livre arbítrio é um predicado da vontade, ou melhor, é a própria vontade, enquanto nos seus atos ela tem a faculdade de escolher". Contudo, nossa vontade precisa ser iluminada pela inteligência. Ou seja, quando vamos tomar uma decisão, primeiramente temos de julgar, por meio de nossa razão, se aquilo é um bem real ou não. E, no fim, devemos agir conforme a conclusão tirada.

Assim, o exercício do livre arbítrio se dá enquanto optando-se entre vários bens que nossa inteligência nos apresenta como lícitos.

Nas palavras de Leão XIII, nunca uma pessoa escolhe fazer ou querer alguma coisa sem antes haver pensado sobre aquilo, ainda que com a rapidez de um raio: "Em todo ato voluntário, a escolha é sempre precedida de um juízo sobre a verdade dos bens, e sobre que bem deve ter preferência sobre os outros. Nenhuma pessoa sensata pode duvidar de que julgar é um ato da razão, não da vontade. Assim, pois, se a liberdade reside na vontade, a qual, por sua natureza, é um apetite obediente à razão, segue- se que a liberdade, como a vontade, tem por elemento um bem conforme à razão".

Ao julgar se alguma coisa é certa ou errada, nossa razão é guiada pela lei natural, gravada por Deus no nosso coração. Como ensinam Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e São Boaventura, citados pelo Catecismo da Igreja Católica, "a lei natural não é senão a luz da inteligência posta em nós por Deus. Por ela conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar". E nossa razão nos mostra que "o mal deve ser evitado e deve-se fazer o bem", "não faça aos outros aquilo que não deseja que seja feito a si próprio", etc., axiomas bem conhecidos em filosofia ética.

Quando alguém decide agir contra sua própria razão, esta última não deixa de protestar (é a famosa "dor de consciência"). A pessoa sabe que não está agindo bem. E até uma criança percebe isso. Se algum menino pega às escondidas um doce, quando a mãe lhe pergunta se ele fez aquilo, sua primeira reação é corar de vergonha.

De tal modo Deus criou o homem dependente da razão que, quando alguém se desvia do reto caminho, "fabrica razões" para justificar seus erros. Mesmo assim não deixa de sentir, de vez em quando, umas "pontadas" da dor de consciência.

Mas pode ocorrer que a inteligência humana se engane, mostrando como um bem algo que, na verdade, tem apenas a aparência de bem. Alguém, por exemplo, resolve entrar para uma seita qualquer, porque os seus membros levam seus princípios mais a sério que a maioria dos católicos. Infelizmente acontece...

Caso suceda um engano desse tipo, fica demonstrado que aquela pessoa realmente usou seu livre arbítrio, mas de modo falho. Como diz Leão XIII, trata-se "de um defeito da liberdade, como a doença é um defeito da vida".

Uma situação muito pior é quando a razão nos mostra que algo é errado, mas mesmo assim escolhemos fazer o que é mau ou errado. Trata-se de um abuso da liberdade.

Imaginemos um exemplo. Débora e Clarice trabalham na mesma sala de um hospital. No entanto, detestam-se mutuamente. Um dia acontece um furto no serviço, e Débora sabe perfeitamente que Clarice nunca faria aquilo. Entretanto, não consegue se conter e aproveita essa "maravilhosa" ocasião para cochichar difamações contra a colega de trabalho.

O que se passou na alma de Débora? A razão mostrou-lhe que não era lícito difamar Clarice, e que, pelo contrário, aquela era uma boa oportunidade para praticar um ato de virtude, elogiando a honestidade dela. Entretanto, dominada por sua má paixão, não quis dar ouvidos à sua razão e decidiu praticar o mal.

Tinha ela a liberdade de agir assim? Não! Como já vimos, o ser humano tem, obviamente, a capacidade concreta de pecar, mas não tem o direito de fazê-lo.

Muita gente pensa que ser livre é fazer o que quiser, é "pisar" (ignorar) sua razão e sua consciência e realizar todas as suas "fantasias", como se diz modernamente.

Erro grosseiro e pura ilusão. Quem age assim não é mais livre; tornou-se, isto sim, escravo do pecado. Livres são os que se mantêm fiéis à sua razão, a qual, por sua vez, mostra- lhes que não podem praticar o mal, mas devem observar a lei natural e a lei divina, da qual aquela se origina.

Leão XIII prova isso de modo muito claro. Diz ele: "Deus, a Perfeição Infinita, sendo a suma Inteligência e a Bondade por essência, é também soberanamente livre, e não pode de modo algum querer o mal moral. E o mesmo sucede com os Bem-Aventurados do Céu, enquanto contemplam o Bem supremo. Era essa a advertência que Santo Agostinho e outros faziam sabiamente contra os pelagianos, a de que, se a possibilidade de afastar-se do bem pertencesse à essência e à perfeição da liberdade, então Deus, Jesus Cristo, os Anjos e os Bem- Aventurados, que não têm esse poder, não seriam livres, ou então seriam livres de modo menos perfeito que o homem em estado de prova e imperfeição".

Em outras palavras, quem é mais livre do que Deus, Senhor de todas as coisas? Entretanto, por sua própria natureza Ele nunca poderia escolher o mal, o erro ou o feio moral. Se a opção pelo mal constituísse uma forma de liberdade, isso significaria que Deus, como todos os que estão no Céu, seriam menos livres do que o pecador (e do que os demônios e os condenados ao fogo eterno), o que é um absurdo.

Leão XIII cita São Tomás de Aquino, mestre no assunto, para mostrar que "a possibilidade de pecar não é liberdade, mas escravidão". Para chegar a essa conclusão, ele recorda uma frase pronunciada pelo próprio Jesus Cristo: "Aquele que comete o pecado é escravo do pecado" (Jo 8,34).

Diz Leão XIII: se a pessoa "se move segundo a razão, move-se por iniciativa própria e segundo sua natureza, e isso é liberdade. Mas, quando peca, age contra a razão, como se fosse movido por um outro e estivesse sujeito a uma dominação estranha. Por isso aquele que comete o pecado é escravo do pecado".

E o mesmo Papa acrescenta: "Mesmo os filósofos pagãos reconheceram essa verdade, sobretudo aqueles para os quais só quem é sábio é livre; e, como se sabe, eles entendiam por sábio aquele que tivesse aprendido a viver constantemente segundo a natureza, isto é, na honestidade e na virtude".

O ser humano deve agir segundo sua razão, ainda que suas paixões a contrariem, que isso lhe custe esforço, e por maiores que sejam os obstáculos a enfrentar. A razão pede a obediência à lei, natural e divina, e mostra que o contrário não é liberdade, mas libertinagem. Tertuliano dizia: "Deus deu a lei ao homem, não para privá-lo de sua liberdade, mas para manifestar-lhe seu apreço".

Na história do mundo, os primeiros a agir contra a razão foram Adão e Eva, quando cometeram o pecado original. Confundiram liberdade com independência, e nesse caso não foram livres, mas libertinos. Seus descendentes, até o fim do mundo, vão arcar com as conseqüências desse pecado, levando uma vida árdua nesta terra, em meio a doenças, guerras, crimes, etc.

Aqueles que se rebelam contra a lei de Deus, e se crêem livres por se negarem a obedecer, são escravos de seus vícios e de suas paixões desordenadas. Livres, realmente, são os que se submetem com amor à vontade divina, desfrutando da liberdade dos filhos de Deus.

Os rebeldes são chamados pela graça para se lembrarem de que são seres humanos e, enquanto tais, não lhes é lícito abraçar uma falsa liberdade que os assemelha aos animais.

Livre arbítrio e liberdade são capacidades dadas por Deus ao homem (e ao anjo) para escolher a verdade, o bem e o belo moral, de modo que possam se assemelhar mais a Ele, que é a Liberdade em essência.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A missa explicada por padre Pio

Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Envio-lhes hoje um texto que é um verdadeiro tesouro: São Pio, o famoso Pe. Pio, nos explica a missa, passo a passo, através de um sacerdote que o ajudava durante a celebração.

A missa explicada por padre Pio

“Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir ‘à sua Missa’, sem que nos tornássemos, quase sem perceber, ‘participantes’ desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois o ajudava, na missa.

Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: ‘Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós’ (27 de julho 1917). Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar é Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre , revive indefinidamente a mesma Paixão.

Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsêmani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste ‘mar de lama’ do pecado. É preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente .

O Ofertório: É a prisão, chegou a hora...

O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta ‘Hora’.

Desde o início da Oração Eucarística até a Consagração: Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no ‘Memento’, olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente.

A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.

Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração.

‘Por Cristo com Cristo e em Cristo’ corresponde ao grito de Jesus: ‘Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!’. Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: ‘Pai Nosso...’.

A fração da hóstia indica a Morte de Jesus...

A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar. A Bênção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno...

Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria!”

Pe Jean Derobert.

Confidências a seus filhos espirituais:

“Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo”, disse ele chorando. “Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha.” “Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?”.

Pergunta: A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?
Resposta: Da consagração à comunhão.

P.: Padre, por que o senhor chora no Ofertório?
R.: Queres saber o segredo? Pois bem: porque é o momento em que a alma se separa das coisas profanas.

P.: Padre, diga-me: por que sofre tanto na Consagração?
R.: Porque nesse momento se produz realmente uma nova e admirável destruição e criação.

P.: O senhor sofre a sede e o abandono de Jesus?
R.: Sim.

P.: Em que momento?
R.: Depois da consagração.

P.: Até que momento?
R.: Costuma ser até a Comunhão.

P.: Que é a Sagrada Comunhão?
R.: É toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço. Pede a Jesus que Se deixe sentir sensivelmente.

P.: Quando Jesus vem, visita somente a alma?
R.: O ser inteiro.

P.: Que faz Jesus na Comunhão?
R.: Deleita-se na sua criatura.

P.: O senhor sofre também na Comunhão?
R.: É o ponto culminante.

P.: A quem se dirigiu o último olhar de Jesus agonizante?
R.: À sua Mãe.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O SINAL – DA - CRUZ

Um sacramental para todos os momentos do dia. Simples de fazer, ele nos defende do mal, protege contra as investidas do demônio e nos obtém valiosas graças de Deus.

Segundo a tradição, o sinal-da-cruz remonta ao tempo dos Apóstolos. Alguns afirmam que o próprio Cristo, durante a sua gloriosa Ascensão, abençoou os discípulos com este símbolo de sua Paixão Redentora. Os Apóstolos e demais discípulos teriam, por conseguinte, propagado esta devoção em suas missões.

Já no século II, Tertuliano, o primeiro escritor cristão de língua latina, exortava: "Para todas as nossas ações, quando entramos ou saímos, quando nos vestimos ou tomamos banho, estando à mesa ou acendendo as velas, quando vamos dormir ou nos sentar, no início de nossas obras, façamos o sinal-da-cruz".

Este bendito sinal é ocasião de graças tanto nos momentos mais importantes quanto nos mais corriqueiros da vida cristã. Ele se nos apresenta, por exemplo, em diversos sacramentos: no Batismo, assinalando com a cruz de Cristo aquele que vai Lhe pertencer; na Confirmação, quando recebemos na fronte os santos óleos; ou ainda, nas horas derradeiras, quando somos agraciados com a Unção dos Enfermos. Persignamo-nos no início e no fim das orações, ao passar diante de uma igreja, ao receber a bênção sacerdotal, ao iniciar uma viagem, etc.

O sinal-da-cruz tem inúmeros significados, dentre os quais se destacam os seguintes: um ato de entrega a Jesus Cristo, uma renovação do Batismo e uma proclamação das principais verdades de nossa Fé: a Santíssima Trindade e a Redenção.

Inocêncio III (1198-1216), um dos maiores papas do período medieval, deu a seguinte explicação simbólica dessa maneira de se persignar: "O sinal- da-cruz deve ser feito de cima para baixo e da esquerda para a direita, porque Cristo desceu do Céu para a terra, e da esquerda para a direita, porque da miséria (esquerda) podemos chegar à glória (direita), assim como sucedeu com Cristo ao subir aos Céus. Esta forma acabou por se tornar costume em toda a Igreja no Ocidente, e assim permanece até os nossos dias.

O sinal-da-cruz é o mais antigo e o principal sacramental, isto é, um "sinal sagrado". Ele nos defende do mal, protege contra as investidas do demônio e nos obtém graças de Deus. São Gaudêncio (séc. IV) afirma que, em todas as circunstâncias, ele é "uma invencível armadura dos cristãos".

Aos fiéis que se mostravam perturbados ou tentados, a Igreja aconselha o sinal-da-cruz como solução de eficácia garantida.

Jamais tenhamos respeito humano ou negligência em utilizar este eficaz sacramental, pois ele será sempre nosso refúgio e proteção.

O sinal do cristão é o sinal da cruz. É pelo Batismo que nos tornamos cristãos. Somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Somos batizados em nome da Santíssima Trindade. Por isso o sinal da cruz é uma profissão de fé. Fé na Santíssima Trindade, fé no mistério da Encarnação e da Redenção.

O sinal da cruz deve ser bem feito. Com consciência, com fé e amor. Pois é um ato bonito e faz bem a quem o faz e aos outros também.

O nosso primeiro ato, ao despertar, deve ser o sinal da cruz, pois é um gesto de confiança e amor, e a noite, adormeçamos sentindo a força de sua proteção. Façamo-lo antes de sair de casa, antes de qualquer trabalho, nas horas difíceis e nas horas de alegria também.

O sinal da cruz é feito da seguinte forma: com a mão direita, levando-a da testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito, pronunciando-se, ao mesmo tempo: "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém." Isto significa benzer-se.

Persignar-se é, com o polegar direito, fazer um pequeno sinal da cruz na TESTA, outro na BOCA e outro no PEITO, enquanto se pronuncia: "Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos". Nossos inimigos, quase sempre, estão dentro de nossa cabeça, como também em nossa própria boca e coração.
A cruz na TESTA nos deve levar a bons pensamentos, puros e nobres.

A cruz na BOCA é para nos livrar da gula, do excesso de apego a coisas inferiores, como, também, preservar nossa língua de toda a maldade e toda a mentira. A língua é uma arma de dois gumes, pois com ela você pode ferir, humilhar, difamar, envergonhar, esmagar, caluniar e matar. Mas com a língua você pode também, ensinar, orientar, animar, consolar, pacificar, abençoar e salvar. Nós somos livres para usa-la.

A Cruz no CORAÇÃO, nos deve levar a ter um coração regido pela lei do Senhor, lei que Santo Agostinho tenta resumir nesta frase: "Ama e faze o que quiseres". Mas cuidado, muitos falam de amor, inclusive os que confundem amor com luxúria, liberdade com libertinagem, paz com acomodação, equilíbrio com mediocridade.

CONVERSA DE BEBÊ

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é mui to curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…

FEIJÕES & PROBLEMAS

O mestre lançou um desafio para colocar a sabedoria dos discipulos à prova.

Ambos receberam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreenderem a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.

O derrotado aproxima-se e pergunta ao seu oponente como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta.

Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina... APRENDA A COZINHAR SEUS FEIJÕES!

"Nem sempre podemos mudar as circunstâncias mas, sempre podemos mudar nossas atitudes em relação a elas."

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

4º PASSO

Fizemos minuncioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

"Esquadrinhemos os nossos caminhos, examinemo-los; voltemos ao Senhor." (Lamentações 3,40)

Se morássemos sozinhos e fôssemos incapazes de ver, enfrentaríamos muitas necessidades especiais. Por exemplo, talvez achássemos difícil limpar bem a casa sozinhos. Talvez pedíssemos a um amigo com visão para vir ajudar. Esse amigo veria lugares que precisavam de limpeza e não tínhamos percebido. Nosso amigo indicaria esses problemas e então, esperamos, nos ajudaria a limpar.

No 4º Passo percebemos que há áreas de nossas vidas que precisam de atenção. Também percebemos que não conseguimos ver todas estas áreas. A negação manteve-nos cegos à sujeira em nossos cantos. A falta de amor-próprio fez-nos ignorar a beleza e o valor de nossas vidas. Neste Passo, Deus vem até nós como o amigo zeloso, Ele abre nossos olhos para as fraquezas em nossas vidas que precisam mudar e nos ajuda a edificar nossas forças.

Assim como um empresa faz um inventário de seu estoque, no 4º Passo fazemos o inventário de nossas vidas. Com uma prancheta, percorremos os corredores de nossas vidas e anotamos áreas de fraqueza e de força. Quando chegamos aos relacionamentos, anotamos os ressentimentos e rancores, mas também examinamos nossos relacionamentos amorosos e saldáveis. quando chegamos a nossa comunicação, anotamos as mentiras, mas também relacionamos e os caminhos positivos que partilhamos com os outros. neste processo, devemos pedir para que Deus nos guie. Ele conhece o que nosso armazém contém muito melhor do que nós. INVENTÁRIO MORAL: É uma lista de nossas forças e fraquezas. Neste texto, as fraquezas também são citadas como: ofensas, deficiências de caráter, faltas e defeitos. Esse inventário é uma coisa que realizamos piedosamente com a ajuda de Deus. É para nosso próprio benefício

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O ROSÁRIO - AFONSO IX


Não é possível expressar quanto a Santíssima Virgem estima o Rosário sobre todas as demais devoções, e como é generosa em recompensar os que trabalham para divulgá-lo. 

Conta São Luís de Montfort o caso de Afonso IX, Rei de León, a quem Nossa Senhora protegeu particularmente, pelo simples fato de portar o Rosário à cintura. 

Desejando que os seus súditos honrassem a Santíssima Virgem, e para animá-los com seu exemplo, ocorreu a esse monarca portar ostensivamente um grande Rosário, ainda que não o rezasse. Isto bastou para incentivar os seus cortesãos a rezá-lo devotamente. 

Algum tempo depois, o rei ficou às portas da morte, acometido por uma grave enfermidade. Foi então transportado em espírito ao tribunal de Deus, onde os demônios o acusaram de todos os seus crimes. E quando ia ser condenado às penas eternas, apresentou- se em sua defesa a Santíssima Virgem diante de Jesus. 

Num prato da balança, foram colocados os pecados do Rei. No outro, a Virgem Maria colocou o grande Rosário que ele portara em honra d'Ela, juntamente com os Rosários que, devido ao seu exemplo, haviam rezado outras pessoas, e estes pesavam mais que todos os pecados por ele cometidos. 

Depois, Maria Santíssima, olhando com misericórdia para o Rei, disse: "Consegui de meu Filho, como recompensa pelo pequeno serviço que Me fizeste, levando à cintura o Rosário, o prolongamento de tua vida por mais uns anos. Emprega-os bem, e faz penitência". 

Voltando a si, o rei exclamou: "Oh! Bendito Rosário da Santíssima Virgem, por ele é que fui livre da condenação eterna!" E, recuperando a saúde, passou a rezar o Rosário todos os dias até o fim da vida.

O ROSÁRIO - FÁTIMA

Já no século XX, quando a Primeira Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora veio, Ela mesma, em pessoa, lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: "Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra", repetiu Ela maternalmente aos três pastorzinhos, em Fátima. Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era: "Sou a Senhora do Rosário". E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, operou um milagre de grandeza nunca vista, presenciado pela multidão de 70.000 pessoas que estavam no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar- se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.

Milagres dessa magnitude, só no Antigo Testamento encontramos. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão baixo.

Entretanto, o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.

O ROSÁRIO - BATALHA DE LEPANTO

Foi, sobretudo, nos momentos de grandes perigos e provações para a Igreja, que o Rosário teve um papel decisivo, propiciou a perseverança dos católicos na Fé e levantou uma barreira contra o mal.

Ao ver a Europa ameaçada pelos exércitos do império otomano, que avançavam por mar e por terra, devastando tudo e perseguindo os cristãos, o Papa São Pio V mandou rezar o Rosário em toda a Cristandade, implorando a proteção de Nossa Senhora, para defender os países católicos.

A sete de outubro de 1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão. Antes de travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção.

A vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual - segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos - apareceu durante a batalha, infundindo-lhes grande terror.

O ROSÁRIO - BEATO ALANO

Mas, cem anos depois de ter sido divulgada por São Domingos, já ela havia caído quase no esquecimento. Como conseqüência, multiplicaram-se os males.

Para atalhar o mal e, sobretudo, preparar a Igreja para enfrentar os embates futuros, suscitou Deus o Beato Alano de la Roche, da Ordem Dominicana, com a missão de restaurar o antigo fervor pelo Rosário.

Um dia em que ele celebrava Missa, em 1460, perguntou-lhe Nosso Senhor: "Por que me crucificas tu de novo? E me crucificas, não só por teus pecados, mas ainda porque sabes quanto é necessário pregar o Rosário e assim desviar muitas almas do pecado. Se não o fazes, és culpado dos pecados que elas cometem". A partir de então, o Beato Alano tornou-se um incansável divulgador desta devoção, e assim converteu grande número de almas.

O ROSÁRIO - SÃO DOMINGOS

Maria Santíssima revelou a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, um meio fácil e seguro de salvação: o santo Rosário.

Sempre que os homens o utilizam, tudo floresce na Igreja, na terra passa a reinar a paz, as famílias vivem em concórdia e os corações são abrasados de amor a Deus e ao próximo. Quando dele se esquecem, as desgraças se multiplicam, implanta-se a discórdia nos lares, o caos se estabelece no mundo...

São Domingos viveu numa época de grandes tribulações para a Igreja. A terrível heresia dos albigenses se espalhara no sul da França e ameaçava toda a Europa. A profunda corrupção moral dela decorrente abalava os fundamentos da própria sociedade.

O Santo intensificou suas orações... Certo dia, decidido a arrancar de Deus graças superabundantes para mover à conversão aquelas almas, Frei Domingos entrou numa floresta perto de Toulouse e entregou-se à oração e à penitência, disposto a não sair dali sem obter do Céu uma resposta favorável.

Após três dias e três noites de incessantes súplicas, quando as forças físicas já quase o abandonavam, apareceu- lhe a Virgem Maria, dizendo com inefável suavidade: - Meu querido Domingos, sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo? - Senhora, sabeis melhor do que eu, porque, depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes Vós o principal instrumento de nossa salvação.

- Eu te digo, então, que o instrumento mais importante foi a Saudação Angélica, a Ave-Maria, que é o fundamento do Novo Testamento. E, portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Rosário.

Com novo ânimo, o zeloso Dominicano dirigiu-se imediatamente à Catedral de Toulouse, para fazer uma pregação. Mal ele transpôs a porta do templo, os sinos começaram a repicar, por obra dos anjos, para reunir os habitantes da cidade.

Assim que ele começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e desabou uma terrível tempestade, com raios e trovões, agravada por um apavorante tremor de terra.

O santo Pregador implorou a misericórdia de Deus, e a tempestade cessou, permitindo-lhe falar com toda calma sobre as maravilhas do Rosário.

Os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados, abandonaram o erro, e começaram a rezar o Rosário. Em conseqüência, grande foi a mudança dos costumes nessa cidade.

A partir de então, São Domingos, em seus sermões, passou a pregar a devoção ao Rosário, convidando seus ouvintes a rezá-lo com fervor todos os dias. Assim, obteve que a misericórdia de Nossa Senhora envolvesse as almas e as transformasse profundamente.

As próprias graças e milagres concedidos por Deus através da recitação do Rosário encarregaram-se de propagá-lo por toda parte, tornando-se esta a devoção mais querida dos fiéis cristãos. Enquanto ela foi praticada, a piedade florescia nas Ordens religiosas e no mundo.

O ROSÁRIO II

Nunca deixe de rezar o Rosário, sob pretexto de ter muitas distrações involuntárias, falta de gosto em rezá-lo, muito cansaço, insuficiência de tempo, ou qualquer outro. Para rezar bem o Rosário, não é necessário sentir gosto, ter consolações, nem conseguir uma aplicação contínua da imaginação. Bastam a fé pura e a boa intenção.
E veja quantos benefícios nos proporciona a recitação do Rosário!

• Eleva-nos ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo.
• Purifica nossas almas do pecado.
• Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos.
• Torna-nos fácil a prática das virtudes.
• Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo.
• Enriquece-nos de graças e méritos.
• Fornece-nos os meios de pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

Maria derrama graças sobre aqueles que rezam o terço...

O ROSÁRIO - PAPA JOÃO PAULO II

"O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria (...) para que Ela nos eduque e nos plasme até que Cristo esteja formado em nós plenamente" - ensina o Papa João Paulo II. E acrescenta: "Nunca, como no Rosário, o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo".

Recordemos suas inspiradas palavras na Carta Apostólica "Rosarium Virginis Mariæ": "O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto. O Rosário é minha oração predileta. Oração maravilhosa!

"Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral! "Não te deixaremos nunca mais! "Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último ósculo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em toda parte, hoje e sempre, na terra e no Céu. Amém."

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SER FRANCISCANO É:

VIVER O EVANGELHO EM MINORIDADE.
Ser para o mundo sinal de contradição. Numa sociedade que prega a busca de status, poder, sermos sinais de simplicidade, de desapego. Não queremos ser donos nem senhores. Para tal, urge que tenhamos novas posturas frente aos títulos e privilégios que a sociedade confere aos membros da hierarquia e religiosos; aos títulos e honrarias que são oferecidos aos estudados, em detrimento dos que não tiveram acesso a uma educação de qualidade; na execução dos papéis sociais, não assumindo atitudes autoritárias, de imposição e inibição dos irmãos.

VIVER O EVANGELHO EM POBREZA.
Não desejar ter além do necessário para uma vida digna. É inconcebível pensar franciscanos e franciscanas preocupados com aplicações financeiras, rendimentos bancários, especulações imobiliárias, lucros... o sinal mais eloqüente da vivência franciscana do Evangelho é a vida de pobreza, onde, em solidariedade com os menos favorecidos de nossa sociedade, buscamos viver o despojamento, o pão-de-cada-dia, a confiança na Providência Divina. Cuidarmos da nossa maneira de vestir, de alimentar, de consumir... Trabalhar nossos desejos, não querendo apropriarmo-nos de bens e pessoas.

VIVER O EVANGELHO EM FRATERNIDADE.
Sentirmo-nos irmãos de toda criatura. Sonharmos a fraternidade universal com Francisco e Clara. Reconhecermos em cada pessoa a imagem do Criador, não desprezando ninguém, nem as julgando inferiores e, muito menos, desprezíveis. Sermos sinais de misericórdia e acolhida, apoio e conforto nas dificuldades, solidariedade e compaixão nos sofrimentos. Estabelecermos relações firmadas nas pessoas e em sua dignidade, não em seus bens ou posições sociais. Construirmos relações firmadas na verdade e no respeito ao outro, com autenticidade e respeito às diferenças.

VIVER O EVANGELHO EM COMUNHÃO COM TODA A NATUREZA.
Em tempos de acelerada destruição e violação dos direitos da natureza, somos convocados à missão de defesa e cuidado com toda forma de vida. Unirmos nossa voz às vozes de tantos homens e mulheres que buscam proteger as matas, as nascentes, a qualidade do ar que respiramos, a Mãe Terra, em ONGs, Associações e Movimentos Ecológicos. Buscarmos uma qualidade de vida, com alimentação adequada, mais natural e menos artificial.

VIVER O EVANGELHO EM ESPÍRITO DE ORAÇÃO.
Sermos pessoas orantes, contemplativas, em constante busca da vontade do Senhor. Mantermos um diálogo aberto com o Pai, em momentos de oração pessoal e comunitária; buscarmos lugar de deserto e de silêncio; cultivarmos a leitura da Bíblica como prática cotidiana, exercício de intimidade com o Pai; alimentarmos práticas devocionais que nos aproximem da Virgem Maria e dos Santos, autênticos praticantes do Evangelho.

VIVER O EVANGELHO EM PUREZA DE CORAÇÃO.
Desejar apenas uma coisa: viver o Evangelho, servindo ao Senhor na construção de seu Reino. Sermos puros e sinceros em nossa vivência com o Senhor, não desejando o mal e nem sendo instrumentos de discórdias. Não nos perdermos na imensidão das ofertas que o mundo de hoje nos apresenta, colocando a centralidade de nossa vida em Jesus Cristo em sua proposta de vida.

VIVER O EVANGELHO EM CONSTRUÇÃO DA PAZ.
Em tempos de guerra e de cotidianas cenas de violência, sermos sinais de paz, de diálogo e entendimento. Anunciarmos um tempo de paz com atitude de não-violência, de defesa da justiça e da dignidade de cada criatura. A paz está intimamente ligada à justiça, por isso não podemos ser coniventes com estruturas de morte que invadem as vidas das pessoas, roubando-lhes sua dignidade.

VIVER O EVANGELHO... SIMPLESMENTE VIVER...
Que São Francisco de Assis, o jovem de Assis que, em seu tempo, foi um sinal eloqüente do Projeto de Vida de Jesus Cristo, nos inspire a assumirmos audazes e corajosas opções em favor da vida. Que não nos acomodemos na segurança das instituições e do capital, assumindo discursos que justifiquem tais posições, vivendo a hipocrisia da aparência e do farisaísmo tão atacada por Jesus nos Evangelhos. Que sonhemos um sonho de paz, de harmonia, de consciência de nossa minoridade, mas da certeza que com Deus somos muito mais, se dermos as mãos e formarmos a grande fraternidade sonhada por Francisco.

domingo, 2 de outubro de 2011

O DIREITO DE SONHAR

Eduardo Galeano 

Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.

Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.

Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.

O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.

O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV.

A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.

Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.

Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.

Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.

Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.

Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.

Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.

O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.

Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.

Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua.

Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.

A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.

A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.

Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.

Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.

Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.

A Santa Madre Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".

Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.
Related Posts with Thumbnails