sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SAUDADE

Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivência e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes.

Dizem que a dor é quem ensina a gemer. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar.

Um dia, um anjo passou por mim... Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada, porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu: - Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei: - E o que morte representa para você, minha querida?

- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é? (Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)

- É isso mesmo, e então? 

- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?

- É isso mesmo querida, você é muito esperta!

- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.

- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.

Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo: - E o que saudade significa para você, minha querida?

- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Fonte: Dr. Rogério Brandão
Médico Oncologista - Recife

O ESSÊNCIAL


Quando penso nas aventuras da minha vida,
pequenas,
porém grandes aos meus olhes,
tudo o que tive que viver
para só agora perceber que
só existe um motivo a razão de tudo:
VIVER PARA CONTEMPLAR
O AMANHECER DE UM NOVO DIA
E A LUZ QUE ILUMINA O MUNDO.

MISSA TRIDENTINA

A Missa Tridentina é a liturgia da Missa do Rito Romano contida no Missal Romano nas edições publicadas de 1570-1962. Foi à liturgia da missa mais amplamente celebrada em todo o mundo, até que o Concílio Vaticano II que pediu sua revisão, o que ocasionou a promulgação de uma nova liturgia, pelo Papa Paulo VI, em 1969. 


Atualmente, a Missa Tridentina é definida pela Igreja como a "forma extraordinaria do Rito Romano", indicando portanto, que a missa nova de Paulo VI permanece como a "forma ordinária" ou "normal" do Rito Romano, embora ambos não sejam considerados ritos distintos, mas apenas "formas diferentes do mesmo rito". É chamada comumente de "Missa Tridentina" (gentílico de Trento, na Itália) ou "Missa de São Pio V", porque o Concílio de Trento, pediu aos papas, a revisão do Missal Romano, que foi aplicada pelo Papa São Pio V em 1570. Também é comumente chamado de "rito antigo", "rito tradicional", "rito romano clássico", "missa de sempre", "missa de todos os tempos", "missa das eras", ou "usus antiquior" (uso antigo) - "forma antiquior" (forma antiga), para diferenciá-la do uso, e da forma, da missa nova. É também conhecida como "missa em latim", embora de forma inadequada, uma vez que mesmo a liturgia da missa de 1969 pode ser celebrada nesse idioma. Menos comumente, em círculos mais cultos, é chamado de "Vetus Ordo Missae" (Velho Ordinário da Missa). Como seus elementos essenciais remontam a liturgia do Papa Gregório I, também é conhecida como "Missa Gregoriana". 

O Papa Bento XVI em 2007 pelo motu proprio Summorum Pontificum, regulamentou a possibilidade do uso da liturgia tridentina; no rito romano nas missas privadas celebradas sem o povo, os padres podem usar livremente a liturgia tridentina; ela também pode ser usada publicamente em paróquias, se houver um grupo estável de fiéis (coetus fidelium) que a assista.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

AMOR SEM LIMITES

Quando abrimos o CRIC – Centro de Recuperação Imaculada Conceição, as dificuldades eram imensas e os recursos limitados, às vezes até coragem faltava. Lembro-me que certo dia cansado de bater de porta em porta pedindo ajuda sem nada conseguir, comecei a reclamar do cansaço, então o Aristeu disse: “Se salvamos um jovem, tudo o que custar e todos os trabalhos valeram a pena”. Meio indignado respondi a ele: -“Não estamos exagerando não? Tudo isso para curar uma só pessoa?” Nisso ele respondeu: -“Se essa pessoa fosse o teu filho ou o teu pai, tu diria que todo o sacrifício estaria justificado.” Hoje amo a cada um, e sinto como sendo meu verdadeiro filho.

Então, para Deus, cada um de nós é só “o único filho” de Deus. 

Se alguém não se contentasse em oferecer a seu amigo um rico presente, mas o levasse pessoalmente, mostraria nisso um grande amor. Se ele mesmo o preparasse com suas mãos, trabalhando dia e noite, mostraria um amor muito mais perfeito. 

Pois isso mesmo faz Deus conosco. Não só nos dá os benefícios, mas, trabalhando prepara-os com todo o carinho para nos oferecer. Deus está, pois, ativando a luz do Sol para nos iluminar, está fazendo crescer as plantas, amadurecendo os frutos, mantendo a ordem do universo, para que o homem prossiga sua vida. 

Não se contentou Deus, com esse trabalho manual, cansativo, humilde, tolerando todos os tormentos humanos até os sofrimentos da sua paixão e morte na cruz, para nos mostrar a última prova do amor, que é dar a vida pelos amigos. 

Se não somos insensíveis devemos confessar que nosso amor não só deve ser um amor de gratidão, um amor de união, mas também um amor de ação, de trabalho e de sacrifício. Vivamos procurando justiça comunitária e social. Lutemos para o bem-estar de todos, sobretudo dos menos privilegiados. 

Analisemos a vida de São Paulo. Já o vemos nos cárceres, já carregado de pesadas cadeias de ferro, já apedrejado pelas autoridades, já perseguido de morte pelos outros; e em todos esses trabalhos, Paulo ama a Deus e sente-se feliz por padecer alguma coisa pelo Seu nome. Nas suas viagens, fez coleta para os pobres em Jerusalém. 

Quando o amor de Deus se apodera de uma pessoa, desperta nela um desejo insaciável de trabalhar e de se sacrificar pelo Amado; tudo o que Deus deseja é suave e agradável. Quem ama a Deus não se contenta com pouco, quer chegar ao heroísmo, porque o amor não conhece limites e Deus merece tudo.

SAIA DA PRATELEIRA

Uma menina apaixonadíssima por um rapaz que só quer a amizade dela. No entanto, mesmo sabendo que a menina é louca por ele, não desfaz a esperança da moça em definitivo. Fica uma coisa mais ou menos assim: quando ela demonstra muito interesse por ele, o rapaz foge. Ela então se afasta, começa a se convencer de que ele não vai querer nada com ela, mas daí quando ela está quase conseguindo, o carinha volta a curtir seus status na rede social, a puxar papo via internet. A esperança volta ao coração dela. Esse carinha está mantendo a menina na prateleira! 

Me pergunto o que faz as pessoas agirem assim? Digo pessoas porque também já vi mulheres colocando pretendentes na prateleira, como numa espécie de reserva de mercado para os tempos de escassez. Não gosto dessa atitude, que convenhamos, é mais comum entre os homens. Uma boa parte deles adora colocar as mulheres na prateleira. Deve ter relação com o ego masculino. Quanto mais mulheres interessadas, mais ele se sente o tal. Lamentável, não é mesmo? Acredito que os homens de verdade, no sentido de humanidade, hombridade, não agem dessa forma. Mulheres de verdade também não. 

Devia existir algum tipo de lei, que impedisse as pessoas de usarem e abusarem dos sentimentos umas das outras. Alguém aí vai dizer que isso é questão da consciência de cada um, mas infelizmente, cada vez menos gente tem consciência; ou, quando tem, empurra a coitada para algum sotão da mente. Sem a consciência para atrapalhar e envergonhar, a desculpa é que a natureza humana é a de um predador. Deve ser mais fácil para quem sai por aí “predando” os outros, botar a culpa na biologia. No entanto, não vivemos mais na época das cavernas, já devíamos ter evoluído. 

Em todo caso, para cada um que coloca alguém na prateleira, existe um alguém que se acomoda com a posição, numa tentativa infantil de vencer o outro pela resistência. O ideal é não fazer uma coisa dessas consigo mesmo (a). Fuja das prateleiras alheias como o diabo foge da cruz, porque você é boa (bom) demais para ficar no banco de reservas sem nenhuma perspectiva de ser chamada (o) para o jogo. 

Não digo que logo de cara evite persistir, também não é para jogar a toalha assim tão depressa, muitas vezes o outro só está com medo de arriscar e o timing dele (a) pode ser diferente do seu. Mas fiquem atentos aos sinais, não tentem dar sentido ao que não existe. Em alguns casos, aquela curtida no Facebook foi só por amizade mesmo, sem segundas ou terceiras intenções. 

Uma amiga outro dia me lembrou em uma conversa sobre chances de crescimento no emprego, que a frustração acontece quando criamos expectativa onde não existe. Creio que o conselho também serve para as expectativas em geral da vida, incluindo as afetivas. 

Viver sem esperar, sem idealizar um mundo perfeito, é impossível para a alma humana, que é feita de sonhos, como bem dizem os poetas. Mas existe um limite entre ter expectativas positivas sobre algo ou alguém, batalhando para realizá-las se de fato são realizáveis; ou viver de ilusão, entregando ao outro a tarefa de nos fazer feliz. 

A tarefa, já bati nessa tecla outras vezes, é só nossa e sair da prateleira, uma questão apenas de alcançar a escada mais próxima e descer de lá.
Fonte: 
Blog Mar de Histórias 
Jornalista Andreia Santana

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O PREÇO DO AMOR

Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito. Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu: 

- Cortar a grama do jardim: R$3,00 

- Por limpar meu quarto esta semana R$1,00 - Por ir ao supermercado em seu lugar R$2,00 

- Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia àscompras R$2,00 

- Por tirar o lixo toda semana R$1,00 

- Por ter um boletim com boas notas R$5,00 

- Por limpar e varrer o quintal R$2,00 

- TOTAL DA DIVIDA R$16,00 

A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. 

Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu: 

- Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida - NADA 

- Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti - NADA 

- Pelos problemas e pelos prantos que me causastes - NADA 

- Pelo medo e pelas preocupações que me esperam -NADA 

- Por comidas, roupas e brinquedos - NADA 

- Por limpar-te o nariz - NADA 

- CUSTO TOTAL DE MEU AMOR - NADA 

Quando o menino terminou de ler o que sua mãe haviaescrito tinha os olhos cheios de lágrimas. 

Olhou nos olhos da mãe e disse: "Eu te amo, mamãe!!!" 

Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letraenorme: 

"TOTALMENTE PAGO". 

Assim somos nós adultos, como crianças, querendor recompensa por boas ações que fazemos. 

É difícil entender que a melhor recompensa é o AMOR que vem de Deus. 

E para nossa sorte é GRATIS. Basta querermos recebê-lo em nossas vidas!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

SIMPLESMENTE VIVA

A gente vive tanta coisa, tudo muda muito rápido, uma hora a gente acha que está tudo se encaminhando pra ficar bem, daí tudo muda e a vida te mostra que ainda não tem nada pronto, que tu ainda não estás preparado, daí tu até tenta reclamar pra Deus, ou achar alguém pra botar a culpa, mas se tu encontras Deus em tudo tu chega em algo...
· só tem um lugar nesse mundo que nada muda;
· que não tem surpresas;
· que está tudo resolvido;
· que não nos decepcionamos;
· nem sofremos;
· nem nos frustramos;
· não tem riscos;
· só paz; 
Esse lugar é o tumulo, e eu tenho certeza que você não quer ir para lá.

Simplesmente viva, a vida não precisa ser prefeita para ser maravilhosa.

ALCOOLISMO

Um bêbado, com bolhas em ambas as orelhas, ia por uma rua. Um amigo perguntou-lhe o que causara as bolhas. -“Minha mulher deixou o ferro ligado e aí, quando o telefone tocou, peguei o ferro por engano. “-Sim, mas e a outra orelha?” “-O idiota ligou novamente!”

O alcoolismo é causa de muitas doenças físicas e mentais, além de graves problemas sociais.

Quais são os efeitos do álcool? No cérebro: em pequenas quantidades inicialmente é um estimulante e logo se torna depressor do sistema nervoso central (alegria, euforia e, posteriormente, sonolência). Em grandes quantidades causa uma acentuada diminuição da memória, da concentração, do juízo, da coordenação e das reações emocionais. A dependência ao álcool pode desencadear: delirium tremens (confusão, alucinações, sonolência e tremores nas mãos, braços, face). No fígado: a ingestão de grandes quantidades de álcool conduz, quase inevitavelmente, à cirrose hepática. Na pele: o álcool é vasodilatador. Além de provocar um aspecto avermelhado da pele, causa perda excessiva de calor dos tecidos corporais e produz esfriamento da pele. No estomago: as pessoas que bebem álcool de forma exagerada podem sofrer de gastrite aguda; o consumo elevado e contínuo geralmente causa uma doença mais grave: gastrite crônica.

Se Você ingerir, em média, um litro de cerveja por dia, ou o equivalente em vinho ou licores, está colocando em perigo sua saúde. Chegou o momento de limitar o consumo do álcool. Digo: não é difícil! Damos algumas sugestões para diminuir a bebida sem renunciar completamente a elas, nas festas.

Aprenda a dizer não; se isto for muito difícil, sirva-se de um copo d’água ou de suco de frutas; ninguém notará a diferença; beba devagar; obrigue-se a limites razoáveis; proponha-se a não exceder um determinado número de copos e mantenha sua decisão; dilua as bebidas; não beba sozinho; se for possível troque de amizades quando submetido a pressões sociais e de negócios irresistíveis.

Qual é o tratamento? Para que o tratamento tenha êxito, o paciente deve reconhecer que tem um problema e estar decidido a lutar contra ele. O mais aconselhável é solicitar ajuda médica e psicoterapêutica. Nos casos de delirium tremens torna-se urgente o tratamento.

CRIC - Centro de Recuperação Imaculada Conceição

Ligue - (51) 3472 4552

domingo, 26 de agosto de 2012

A IGREJA CATÓLICA É MUITO EXIGENTE?

Uma pessoa veio me repreender dizendo: “padre a sua pregação é exigente de mais, o senhor tem que maneirar, a Igreja Católica está perdendo fiéis porque é muito exigente.” Mas eu penso de que adianta uma Igreja cheia de pessoas vazias? A pregação da Igreja não deve ser para agradar as pessoas, mas para salvá-las do mal. 


Ninguém, jamais, poderá dizer que foi enganado pelo Senhor! Deus nunca falou palavras agradáveis só para nos seduzir. Deus não fala o que queremos escutar só para nos manipular. Deus é verdadeiro, leal, honesto e justo! Não esconde suas exigências, não omite suas condições para quem deseja segui-lo. 

O profeta Josué (Js 24) manda o povo escolher entre: seguir os ídolos, que não exigem nada; ou, seguir ao Senhor, que é exigente, e corrige os que nele esperam. Josué deixa claro que nosso Deus não se preocupa em querer agradar, não diminui suas exigências para ser aceito pelos homens, mas, valoriza a fidelidade ao seu amor, valoriza aquele que procura, mesmo com sacrifício, ser fiéis à sua Palavra! 

O Evangelho é ainda mais claro. Após ouvir Jesus (Jo 6), muitos discípulos se escandalizaram, mas, o Senhor não muda sua palavra para agradar. Não volta atrás para ser aceito, não facilita as coisas só para encher as igrejas. Não mesmo! Popularidade e aceitação nunca foram seus critérios! Ainda que sua palavra escandalize, ele nunca volta atrás. O Senhor nunca se converte a nós; nós é que devemos nos converter a Ele! 

Diante do murmúrio dos discípulos, Jesus não facilita, ao contrário, exige ainda mais, apresenta a cruz. Deixa claro que não poderá segui-lo quem não estiver disposto a tomar a própria cruz! 

Quem pensa segundo a carne, segundo o egoísmo, a vaidade, quem procura conforto, vantagem, jamais entenderá a Palavra do Senhor. Sempre a julgará pesada, dura, difícil. 

Acolher Jesus, só é possível quando estamos abertos a sua Graça. Porque, acolher a cruz significa desejar mudar de vida. Pois o Evangelho exige a conversão do coração, exige deixar-se guiar pelo seu Espírito Santo. Quando isso acontece, experimentamos como o Senhor é bom, o quanto é suave, o quando é doce segui-lo! Então sua palavra não é mais dura, mas balsamo da vida, suas exigências não são mais difíceis, mas segurança e conforto na caminhada. 

Um belíssimo exemplo nos dá São Paulo ( Ef 5) nos dizendo que: o sentimento que deve nortear o comportamento familiar é o amor. Claro que não o amor que ouvimos nas músicas ou vemos nas novelas. Mas aquele amor manifestado por Jesus na cruz, aquele amor entre Cristo e a Igreja! Que beleza, e, que desafio. Um sonho: marido e mulher se amando como Cristo e a Igreja se amam, marido e mulher sendo felizes na felicidade um do outro. 

Para o cristão, a família não é apenas uma instituição humana, mas uma instituição divina, um sacramento da Igreja. Mais ainda: a família é a primeira Igreja. Ali, é Jesus quem deve reinar. 

Que desgraça, vemos hoje em dia com banalização da família. 

A família é santa, a família é sagrada, a família não pode ser profanada com desamor, indiferença, imoralidade, violência, consumismo, vulgarização! 

Que beleza, um homem e uma mulher unidos no amor com a bênção do Senhor gerando filhos, para o mundo e para a Igreja. Este é o sonho de Deus para a família! 

Aos olhos de Deus, não há outra forma de união familiar! Um homem, uma mulher; um esposo, uma esposa e os filhos. Que bênção, que felicidade quando se vive isso de acordo com o amor de Deus. Que doçura poder partilhar as alegrias e tristezas, as lutas e dificuldades num lar cristão, onde juntos rezam, partilham, e vencem as dificuldades! Mas é fácil? Não, claro que não é fácil. Mas não é porque é difícil que a Igreja vai deixar de pregar o que o Senhor nos pede, ou dizer que agora qualquer coisa serve como família. Não é fácil, mas é o ótimo, o ideal, o sonho de Deus para a família, e, é possível, por isso deve ser pregado, buscado, desejado. 

Assim é a Palavra de Deus. Não é fácil: é exigente, requer renúncias, requer cruz, mas é bom e nos faz feliz. E Jesus, mais uma vez, nos pergunta: “Isto vos escandaliza?” Vos escandaliza o matrimônio ser indissolúvel? Vos escandaliza a fidelidade conjugal? A castidade? A Virgindade? O Celibato sacerdotal? Vos assusta o dever de gerar filhos e educá-los com amor e firmeza? “Quereis também ir embora?” 

Que nossa resposta seja a de Pedro: “A quem iremos Senhor? Caminhar contigo não é fácil; acolher tuas exigências nos custa; compreender teus motivos às vezes é pesado... Mas, a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna. Que as palavras de Pedro sejam as nossas e, como Josué, possamos dizer: “Eu e minha casa serviremos o Senhor!”

SEMPRE ME SINTO FELIZ

Sempre me sinto feliz, sabes por que? 
Porque não espero nada de ninguém. 
Esperar sempre dói. 
Os problemas não são eternos, sempre têm solução. 
O único que não se resolve é a morte. 
A vida é curta, por isso, ame-a! 
Viva intensamente e recorde: 
Antes de falar... Escute! 
Antes de escrever... Pense! 
Antes de criticar... Examína-te! 
Antes de ferir... Sente!
Antes de orar... Perdoe! 
Antes de gastar... Ganhe! 
Antes de render-te... Tente de novo! 
ANTES DE MORRER... VIVA!

Shakespeare

sábado, 25 de agosto de 2012

DOENÇAS EMOCIONAIS

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Preste atenção!

Sua saúde e sua vida dependem de suas escolhas!
Escolha ser feliz!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A MORTE


O medo da morte é o resultado de uma vida não-vivida

A vida, se vivida do modo certo, se vivida de fato, nunca tem medo da morte. Se você viveu a sua vida, dará as boas-vindas à morte. Ela chegará como um repouso, como um grande sono.

Se você chegou ao ápice, ao clímax, na sua vida, então a morte é um belo descanso, uma bênção.

Mas, se você não viveu, então é claro que a morte causa medo. Se você não viveu, então a morte certamente vai tirar de você o tempo, todas as oportunidades futuras de viver. No passado, você não viveu e não haverá mais nenhum futuro; surge o medo.

O medo surge não por causa da morte, mas por causa da vida não-vivida. E, por causa do medo da morte, a velhice também causa medo, pois esse é o primeiro passo para a morte.

Do contrário, a velhice também é bela. Ela é o amadurecimento do seu ser, é maturidade, crescimento.

CRER EM DEUS NÃO É COISA QUALQUER

Havia um ferreiro que, após uma vida de excessos, resolveu consagrar sua vida a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas apesar de toda sua dedicação nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário, seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais. 

Uma bela tarde, um amigo que o visitara, e que se compadecia de sua situação difícil, comentou: 

“É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo tirar a sua fé, mas apesar de toda sua crença em Deus, de toda a sua prática religiosa nada tem melhorado”. 

O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, encontrou uma explicação. Eis que o ferreiro disse: 

“Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isso é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor absurdo, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita. Uma fez apenas não é suficiente”. 

O ferreiro deu uma longa pausa, pensou e continuou: “Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue agüentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina. Então, eu simplesmente o coloco num monte de ferro velho que você viu na entrada de minha ferraria”. 

Mais uma pausa e o ferreiro concluiu: “Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: ‘Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim.Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais, me coloque no monte de ferro velho das almas’. 

Deus quer fazer de nós, meu amigo, uma pessoa melhor... Não nos preocupemos com as marteladas da vida, ou as provas de fogo a que somos submetidos. Ele está trabalhando o nosso caráter. Ainda bem, que ele nunca vai desistir de nós! Uma boa semana, meu amigo”. 

Jesus disse isso em outras palavras: “Todo ramo que dá fruto, ele poda para que dê mais fruto ainda”. Meu irmão (ã), quem de nós não se perguntou como o ferreiro? Como o seu amigo? Por que depois que nos aproximamos da religião, nos acontecem essas desgraças todas? “Era uma pessoa tão boa não merecia sofrer como ele sofreu”. Jó não se perguntou, Eu que não tenho pecado, por que Deus me está castigando? Os seus amigos também não entendem. Por que o justo Jesus de Nazaré teve que passar pelo castigo do açoite, da coroação de espinhos e da crucificação? Por que Maria , a mãe de Deus, a Imaculada, teve a sua vida traspassada por uma espada de dor? (Lc 2, 35). Por que o sofrimento de tantos mártires?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SANTIDADE É OUTRO PAPO

Certa senhora causava-me admiração por desejar mostrar aos seus vizinhos o quanto ele era santo. Chegou até a vestir-se de acordo com esta intenção. Sempre imaginei que uma pessoa verdadeiramente santa, não precisa mostrar isto a ninguém: já salta aos olhos. Esta senhora, porém, estava decidida a ajudar seus vizinhos a perceberem sua santidade. Chegou até a organizar um grupo de discípulos para mostrar, também eles, a santidade que diziam ter. Chamavam isto de dar testemunho. 

Passando ao lado de uma rosa, desabrochando em branca maravilha, não me pude conter e assim lhe disse: “Ah, como você é linda, flor querida! E como deve ser belo também o Deus do Céu que assim criou você!” Corou a flor; jamais se dera conta da sua própria esplêndida beleza e causou-lhe prazer saber que, nela, era glorificado o Criador. Mas bela ainda ela ficava pelo fato de não julgar-se bela nem atrair meus olhos para si. Mais adiante, porém, vi outra flor que me estendia as pétalas lindíssimas e me dizia, quase sem pudor: “Olhe a minha beleza e glorifique o Eterno Deus que assim bela me fez!” Eu fiquei desgostoso e me afastei. 

Quando eu me proponho a edificar o que pretendo, é para impressionar os outros. Eis aí um fariseu bem intencionado! 

Certa velhinha muito religiosa, estando fortemente insatisfeita com religiões e outros cultos existentes, fundou a sua própria religião. Chegou um jornalista, interessado em conhecer a sua opinião sobre um magno problema e assim lhe disse: “Será verdade mesmo que a senhora, conforme diz o povo por aí, acredita, de fato, piamente, que ao céu só chegarão duas pessoas: a senhora e a sua empregadinha?” / “Bom...”, disse a velha, enquanto refletia, “... não tenho ainda lá muita certeza a respeito da minha empregadinha!” 

Assim o povo fica aborrecido com muitas pessoas que pregam e acham que a Santidade está somente com eles. Muitas vezes os pregadores esquecem que Deus é incompreensível. Ele É. Ele Existe. É Amor e Santo... Santo... Santo. 

Lembra da estória do Mestre Iluminado que se sentava ao lado do rio contemplando a Divina Majestade? Os jovens gostavam muito dele. Um dia, Joãozinho chegou e colocou uma pérola de cada lado do Mestre, que nem notou. De repente uma das pérolas caiu no rio e Joãozinho pulou para pegá-la. Após muitas tentativas ele perguntou ao Santo Mestre em que local caiu a pérola. O Santo jogou a outra pérola dizendo: “Exatamente aí.” 

A verdadeira santidade não é mostrada pelas belas vestimentas, belas palavras e tão pouco pela sedução dos falsos fariseus.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

MENOS MASCARAS MAIS CAPACETES

Já chega! Essa é a frase do dia, já chega de fingir que está tudo bem, já chega de falar que: “Não! Sem problemas”, já chega de sorrisinhos pra quem eu não estou nem um pouco a fim de conversar, já chega de não querer preocupar os outros, eu não aguento mais, estou querendo paz nesse meu coração. 

Porque que todo mundo acha que eu vou ficar bem, que eu sou muito forte, Não! Eu não sou, sou frágil como qualquer um eu posso me desmanchar aos cacos, eu tenho muito que viver para me tornar uma pessoa forte que todos pensam que eu sou. 

Eu sei exatamente o que quero agora, e não adianta tentar me mudar, foram muitas noites em claro, muitas lágrimas já caíram dos meus olhos, e sei que cansei, realmente estou cansado de me passar por feliz, não sou sempre feliz não, isso é realmente um mito, eu tenho meus altos e baixos, tem dia que realmente não quero companhia. 

Então a partir de hoje, Já chega! NÃO QUERO. 

Chega de irresponsabilidades e de preguiça. Chega de amuar quando não fazemos algo bom. Vamos pedir desculpa e repetir de novo. Chega de fraquezas. Chega de sofrer sozinho. Chega de palavras por dizer. Chega de ficar acanhado. Chega de ter vergonha. Chega de lamuriar. Chega de dizer que a vida não presta, pois se o dissermos ela não ficará diferente. Chega de falar no passado. Chega de tristezas criadas por mim. Chega de pensar no futuro. 

Vamos viver o presente na melhor maneira e ultrapassar todos os obstáculos. Haverá recompensas pelo nosso esforço. Não vamos esperar que alguém nos faça felizes... Vamos lutar pela nossa felicidade e transmiti-la a todos. 

CHEGA, não vou mais usar mascaras a partir de agora só uso capacete.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

SER SANTO

Rir muito e com frequência; 
Ganhar o respeito de pessoas inteligentes;
O afeto das crianças;
Merecer a consideração de críticos honestos;
Suportar a traição de falsos amigos;
Apreciar a beleza;
Encontrar o melhor nos outros; 
Deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu.
Isso é a santidade.

CRIC - Festiva Chimarreando com Deus


Com a Música Felicidade de Varanda, o CRIC levou o troféu de quarto lugar no Festival Chimarreando com Deus. Parabéns Marcelo Bragança, Ricardo, Raul e todos que nos prestigiaram com sua presença.

NÃO DEIXE O AMOR MORRER

Na ilusão de que o outro é sua propriedade você acaba fazendo exigências descabidas isso tudo para aplacar a insegurança pessoal. Nessa troca mútua de privações; a liberdade é estrangulada pela obrigação e a monotonia dá uma segurança entediante que também vai asfixiando a relação e não demora muito sonhos vão morrendo e o diálogo e o desejo de saber da vida do outro desaparece. A cumplicidade cede lugar ao egoísmo desmedido. Para o amor não acaba precisamos aprender que estar com alguém requer paciência; diálogo; vontade; doação e eterna conquista. 

Atualmente existe um elevado número de divórcios, mas não é porque não gostamos de estar casados, mas sim porque as expectativas de um "bom" casamento são maiores do que antes. Todos querem uma vida de paixão com alguém especial e é por isso que também existe um alto número de segundos casamentos. Uma relação é como um investimento. No início existem incertezas, mas à medida que o tempo passa a confiança cresce. Não fique de braços cruzados, provoque uma mudança você mesma, fortaleça sua autoestima e verá que isso favorecerá também o relacionamento. É natural que existam falhas. 

Mas às vezes os dois estão fazendo direito e o amor se comporta como um perfume: fica um tempo no ar e depois se esvanece. Esse término depende de como foi o começo. Existem dois tipos principais de relacionamento. No primeiro, o casal busca bem-estar, quer adquirir bens, aumentar o prestígio social, construir uma família bem-sucedida. Um fica puxando o outro para cima: "Eu queria que você fosse mais isso, mais aquilo". No segundo, as pessoas se juntam para evoluir. Às vezes, nem há riqueza material. Eles se amam porque são do jeito que são. Não estou julgando nenhum dos tipos, porque ambos são baseados no amor. Aquele que vive do bem-estar acaba em litígio por causa do patrimônio. 

O que era motivo de orgulho vira troféu de guerra. No outro, o amor se transforma em aceitação. E quando existir traição? Numa relação de bem-estar, é um trauma, pois desestrutura todas as crenças alimentadas por anos. No outro tipo, não vira um ataque pessoal. Muitas vezes a relação continua por conta do carinho e afeto entre o casal, mas a verdade é que, com a chama da paixão extinta, o amor entre o casal pode sumir de vez. E como ficar junto por comodismo é a pior coisa para os dois, montamos uma listinha com os principais sinais de que o amor acabou. Quem sabe não é a hora, de você sacudir a poeira da relação e reativar o sentimento que uniu vocês dois? Também pode ser a deixa que você precisava para mudar o rumo da sua vida e sair por aí atrás de novas experiências, não é mesmo? Existem muitas razões para que um amor morra: falta de diálogo, medo de se entregar, desconfianças, ciúme excessivo, egoísmo exagerado, diferenças morais, religiosas ou até uma terceira pessoa - que já existia ou chegou depois... Mas a verdade é que nunca há somente um motivo. 

Inconscientemente ou não, propositadamente ou não, o fato é que há sempre uma lição a ser aprendida, mesmo por aquele que está sofrendo, mesmo por aquele que não quer abrir mão do amor, independentemente de sua condição. Então, a pergunta seria: por que manter uma relação que já não traz felicidade, que transforma cada dia numa batalha, que faz com que o outro se sinta pequeno, constrangido, decepcionado, angustiado e até sem vontade de viver?

QUANDO O AMOR ACABA

Um homem de 40 anos, sofrendo a clássica “crise da meia idade”, sentou-se pra falar comigo sobre os seus problemas. Ele explicou como o seu casamento de 20 anos não o satisfazia nem o completava mais. Enfim, ele chegou a “questão principal”. “Eu simplesmente não a amo mais”, ele disse. “O que posso fazer?” 

Após um breve momento de reflexão, o disse decididamente, “Como eu vejo a situação, você tem apenas uma opção.” O homem ficou atento esperando. Iria sugerir um divórcio? Ele estaria livre para correr atrás do estilo de vida excitante da geração mais nova que ele havia começado a admirar? Qual era o conselho do padre? “Parece pra mim que a única coisa que lhe resta fazer é arrepender-se e começar a amá-la novamente.” 

Com muita frequência ouvimos de casais casados que reclamam que “perderam o amor”. Isso é triste – porém acontece. A verdadeira questão é: O que se pode fazer quando perceber que tal situação existe? A Bíblia ainda diz a mesma coisa que sempre disse. Os maridos devem amar suas mulheres (Efésios 5:25) e as esposas devem amar os seus maridos (Tito 2:4). 

Por favor notem que não são apenas sugestões – são mandamentos. Falhar em amar seu companheiro é cometer pecado! E o pecado sempre exige arrependimento para que tenha perdão. Tomem cuidado. Não confundam o amor mandado com a paixão melosa e boba de um adolescente imaturo. É muito mais que isso. É um amor sacrificador que busca o interesse do amado mais do que o de si mesmo. É o tipo de amor que Jesus nos mostrou (Efésios 5:2).

domingo, 19 de agosto de 2012

SÃO SEBASTIÃO MÁRTIR

É uma grande honra para nós termos nesta Paróquia uma relíquia de São Sebastião. São Sebastião, que viveu no final do século II para o século III, e que morreu sob o imperador Diocleciano, um grande sanguinário. São Sebastião se tornara cristão e se convertera à religião católica, diante do poderio do Império Romano. Como nós sabemos era um grande Oficial do Imperador, um dos mais queridos. E Diocleciano tinha planos para Sebastião devido à sua admiração por ele, por se tratar de um exemplar oficial. Todavia, Sebastião tinha recebido o batismo cristão; e os cristãos eram encarcerados, perseguidos, aniquilados, assassinados, torturados... E Sebastião levantou-se em favor dos cristãos, pois que sendo também cristão, foi descoberto como tal e não renunciando, nem abjurando a sua fé, foi condenado à morte. 


A tropa que ele mesmo chefiava, por ordem do Imperador, na floresta, disparou contra ele flechas e o abandonou ali para que sangrasse até morrer. Parecia morto, mas Sebastião não morrera. Uma mulher – Santa Irene – o encontra, leva-o para casa e cuida das suas feridas. Recuperado, poderia ter fugido, poderia ter ido embora, pois já era dado como morto. Mas, não: diante das barbaridades que Diocleciano fazia com os cristãos, numa grande festa pública se apresentou diante do Imperador para protestar. O Imperador mandou que ele fosse executado no circo e com flagelos de chumbo, pauladas, espancamento até a sua morte. E morre Sebastião, derramando o seu sangue justamente pelos cristãos e pela Igreja nascente, de forma que sua fama se espalhou imediatamente, sendo jogado o seu corpo em uma vala para evitar veneração por parte dos cristãos, mas novamente santas mulheres – entre elas, Santa Luciana – recolheram seu corpo e o enterraram nas chamadas catacumbas de Roma. Lá até hoje se encontra a belíssima Basílica de São Sebastião, onde ele está sepultado. 

Suas relíquias não são muitas, são pouquíssimas no mundo inteiro. Mas nós temos aqui esta relíquia de São Sebastião, aqui em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Uma parte de seu braço, um pedaço pequeno de seu braço, que contém sua massa óssea. 

As relíquias de santos, sobretudo dos mártires, muitas vezes costumam assinar suas venerações através de milagres portentosos e de prodígios. Mais ou menos pelo século V houve uma grande peste em Roma, uma grande epidemia. Então, por ordem do Papa, fizeram uma procissão com as relíquias de São Sebastião, e, milagrosamente Roma foi salva daquela terrível epidemia, vindo a saúde e a calmaria na cidade romana. A partir daí, muitos o invocavam – e ainda hoje o invocam – contra a peste, contra a guerra, contra a fome, contra as epidemias. Conhecido e venerado no mundo inteiro, não existe diocese, que não se tenha pelo menos uma Igreja dedicada a São Sebastião. 

E aqui ele está hoje através de suas relíquias. E Deus costuma oferecer graças imensas e milagres quando veneramos as relíquias dos santos. Foi assim com Santo Agostinho: quantas graças, quantos milagres alcançados pela veneração das relíquias que existiam na Igreja onde Santo Agostinho era Bispo... E noutras regiões, através das relíquias de outros santos, sobretudo os mártires, que para Deus são a melhor parte, por que derramaram o próprio sangue, mas não renunciaram a sua fé. Não se submeteram a cultura dos pagãos! São Sebastião não se submeteu ao modo de viver do Império Romano, nem tampouco com os deuses inexistentes. Muito pelo contrário: morreu por reafirmar a sua fé no Deus único, no Deus verdadeiro. 

Dizem as Sagradas Escrituras: “Os justos brilharão como o sol; quem são estes com estas vestes brilhantes? Estes são aqueles que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro”. 

Os mártires nos dão exemplo de determinação e de luta em prol do reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, muitas vezes, parece que Cristo está banido da sociedade pelas leis, pelo Estado. De alguma forma ou de outra, parece que a vitória do mal impera na nossa sociedade. Mas (esta vitória) é só aparência, é só aparência... Há pouco tempo escutamos e vimos a decisão iníqua, injusta, do Supremo Tribunal do Brasil, quando aprovava o assassinato de crianças nascituras. Pareciam deuses julgando em suas causas próprias... Ah! Os anos passarão, as décadas virão e nós iremos ver o resultado destas pessoas que se levantaram contra Deus, contra Sua Lei e contra o Seu poder. 

Bem lembrava o Cardeal Eugênio Salles: “A onde estão os inimigos da Igreja no passado? Todos mortos! Mortos e esquecidos. A onde estão os mártires que sofreram por causa deles? Reconhecidos, e ainda vivem, ainda são exemplo para nós!” Exemplos de fé, exemplos de determinação, exemplo de força; embora fracos, fortaleceram-se em Cristo. E, fortalecendo-se nos exemplos dos mártires, muitos e muitos não renunciaram à sua fé. Não titubearam! Não se adequaram a cultura de sua época de forma nenhuma! Mas testemunharam Cristo crucificado, e lutaram, até onde puderam, pelo reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os verdadeiros católicos não se adequam ao mundo, mas dão a vida para transformar o mundo. Os verdadeiros católicos defendem a sua fé, até o martírio se for necessário, como lembrava o Papa São Pio X: “São poucos, mas aí está a verdadeira Igreja Católica”.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

AS CRIANÇAS E AS BRIGAS DOS PAIS

Sabemos, com certeza, que não basta ter ótimas práticas educativas. Os pais também devem ter bom relacionamento entre eles. Quanto mais os pais brigam entre si, mais a criança tem tendência de apresentar comportamentos denominados antissociais (brigar, mentir, praticar bullying, gritar etc.). 

Conflitos simples entre os pais não são apontados como problemas se o casal consegue resolver as diferenças. Porém, se as brigas continuam, podem levar a sinais de depressão, ansiedade e outros problemas transferidos às crianças. 

AS CRIANÇAS E AS BRIGAS DOS PAIS
Quanto melhor a interação familiar, menos estressante é a relação entre pais e filhos. 

Quanto mais as crianças percebem a desarmonia dos pais, menos regras os adultos colocam e mais elas são consideradas "difíceis" por eles. 

Quanto mais as crianças percebem um clima conjugal negativo, menor o índice de habilidades sociais. 

Quanto mais estressante a vida do casal, mais frequentes as punições físicas em relação às crianças. 

Crianças cujos pais têm uma relação harmônica têm melhores relacionamentos com os amigos. 

Acredito que o problema não está na discussão, mas, sim, em como ela é conduzida. Discussões fazem parte dos relacionamentos. Se um casal diverge em algo, não precisa omitir dos filhos. Mas essa conversa deve acontecer com respeito, sem ofensas, humilhações e, especialmente, sem violência, seja ela física ou verbal. Casais que não se respeitam possivelmente facilitarão o surgimento de conflitos nos filhos. 

Se os seus filhos presenciarem uma briga séria, converse com eles depois e peça desculpas. Os filhos podem aprender muito com as crises. As pessoas brigam e se reconciliam, podem ter opiniões diferentes e se amar mesmo assim; podem se amar e brigar de vez em quando... É importante aceitar a opinião de outros e saber perdoar. Brigas ruins são compostas por insultos pessoais, expressões de hostilidade, xingamentos e agressão física. Discussões que levam ao aprendizado mostram expressões verbais de apoio ao outro, compreensão e empatia; cumplicidade e compromisso para resolução do problema. 

DEPOIMENTOS REAIS 

A professora fez a seguinte pergunta às crianças: "Se você pudesse fazer três pedidos para a fada madrinha, quais você faria?". Veja algumas respostas: 

“Queria que meus pais parassem de gritar comigo e minha mãe parasse de me xingar.” (menina de 6 anos) 

“Queria que meus pais não me batessem mais.” (menina de 7 anos) 

“Queria que meus pais parassem de brigar entre eles e meu irmão não brigasse tanto comigo.” (menino de 5 anos)

BRIGA DO CASAL = FILHOS ESRESSADOS

Brigas dos pais afetam os relacionamentos dos filhos até a vida adulta. Crianças que presenciam brigas violentas dos pais têm mais dificuldades em se relacionar.

Você pode não se dar conta, mas discussões de casal diante dos filhos podem marcá-los para sempre. Foi exatamente isso o que aconteceu com Paula, relações-públicas, tem 30 anos. Emocionada, ela garante não acreditar mais no amor. Para ela, um dos motivos de sua vida amorosa ser tumultuada é resultado dos exemplos que teve em casa: constantes confrontos dos pais e a separação dos dois. 

“Eles acabaram com o casamento deles e eu com o meu, no ano seguinte. Fiquei tão passada quando descobri uma traição do meu pai que acabei fazendo do problema deles o meu. Conclusão: meu ex não aguentou tanta pressão”, resume. Namorando há três anos outra pessoa, Paula diz ter a impressão de que a relação não vai decolar. “Quando me lembro das brigas que presenciei na minha infância e na adolescência, acho que não casarei e nem terei filhos”, diz ela, que afirma lutar contra esses pensamentos, mas é difícil não associar família a um ambiente conturbado.

SEIS DICAS PARA NÃO TRAUMATIZAR OS FILHOS

1. Evite ao máximo brigar seriamente na frente dos filhos, especialmente crianças pequenas, que acham isso assustador 

2. Lembre-se de que crianças são sensíveis, observadoras e perceptivas. Elas sentem facilmente tensões, segredos e mal-estar. Como não sabem as causas, podem achar que são culpadas pelos desentendimentos dos pais 

3. Leve em conta que brigar na frente dos filhos não é um bom comportamento; os pais devem ir a outro cômodo ou esperar os filhos dormirem 

4. Se os seus filhos presenciaram uma briga séria, é preciso que eles vejam a resolução da situação. Assim, aprenderão que conflitos são normais e podem ser resolvidos através da comunicação. Deixe claro que as crianças não são culpadas de nada 

5. Se saiu do sério, explique que a falta de controle foi um erro, em um momento de nervosismo, e peça desculpas 

6. Nunca, sob hipótese alguma, inclua os filhos em uma briga. Também não peça que eles tomem partido de um ou de outro, jamais

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

12º PASSO - DOSE PASSOS

12º Passo: Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos, procuramos transmitir esta mensagem aos outros e praticar estes princípios em todas as nossas atividades. 

Em quase todas as casas com crianças, há uma parede ou um batente de porta com marcas de lápis. Essas marcas, com datas ou idades ao lado, acompanham o crescimento. Com intervalo de alguns meses, as crianças encostam-se na parede e a mamãe ou papai marcam sua altura. Às vezes o crescimento mal é notado, outras é drástico. 

O 12º Passo é ocasião para notar o crescimento. Pela Graça Divina e o nosso compromisso de pôr em prática os Passos, passamos por uma experiência espiritual que mudou nossas vidas. Começamos esta viagem como tiranos amedrontados, agarrados destemperadamente ao controle de nossos peguenos reinos. Mas terminamos este ciclo de nossa viagem com um novo rei no trono: DEUS. Passamos por uma rebelião que conduzimos contra nós mesmos (ego). Com a ajuda divina, eliminamos nosso reino e estabelecemos o de Deus. Embora, saibamos que crescemos por meio desse procedimento, a marca na parede está uma pouco mais baixa - não inclui a coroa. 

Nós nos preparamos para o 12º Passo assegurando que Deus tenha feito parte de todos os aspectos de nosso programa. Se simplesmente O acrescentarmos como ingrediente de nossa recuperação, não notaremos nenhum despertar espiritual no 12º Passo. Se mantivermos controle em todos os Passos, mas os praticamos com zelo rigoroso, não encontraremos nenhum despertar espiritual agora. Entretanto, o despertar espiritual do 12º Passo será nosso, se tivermos feito o seguinte: confiado na presença de Deus, praticado os passo em parceria com Ele e entregado a Ele o controle de nossa vontade e de nossa vida.

11º PASSO - DOSE PASSOS

11º Passo: Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato com Deus, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade. 

A comunicação sincera é essencial para um relacionamento saudável. Se os parceiros decidem não conversar um com o outro, o relacionamento sofrerá em todas as áreas e acabará fracassando. Por outro lado, quando existe comunicação, relacionamentos se fortalecem ou, se foram rompidos, são curados e recuperados. 

O relacionamento com Deus é nosso relacionamento mais importante. E é impossível sem a comunicação. Ao nos aproximarmos de Deus na prece e na meditação, aproximamo-nos de nossa fonte de poder, serenidade, orientação e cura. Ignorar a comunicação com Deus é desligar nossa fonte de força. 

Pomos em prática o 11º Passo por meio da prece e da meditação. Na prece, ou oração, conversamos com Deus, e na meditação nós o ouvimos. Entretanto, muitos de nós lutamos com a oração. Conhecemos orações, mas não sabemos como rezar. O 11º Passo é a comunicação com Deus. É o processo de aprender a intimidade e o poder da prece e da meditação. É o ato de nos aproximarmos de Deus. 

Ó Senhor! 
Faze de mim um instrumento da Tua paz; 
Onde há ódio, faze que eu leve o amor 
Onde há ofensa; que eu leve o perdão; 
Onde há discórdia, que eu leve a união; 
Onde há dúvidas, que eu leve a fé; 
Onde há erros, que eu leve a verdade; 
Onde há desespero, que eu leve a esperança; 
Onde há tristeza, que eu leve a alegria; 
Onde há trevas, que eu leve a luz; 
Ó Mestre. Faze que eu procure menos 
Ser consolado do que consolar, 
Ser compreendido do que compreender, 
Ser amado do que amar. 
Porquanto: 
É dando; que se recebe; 
É perdoando, que se é perdoado; 
É morrendo, que se vive para a Vida Eterna.

10º PASSO - DOSE PASSOS

10º Passo: Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente. 

Quem cultivou um jardim sabe o cuidado necessário para mantê-lo saudável. Precisamos remover pedras e ervas daninhas, enriquecer o solo com fertilizantes, cercá-lo para que retenha a água, plantar as sementes, regar e proteger contra insetos. É preciso cuidado constante para manter o jardim livre de ervas daninhas que poderiam retomá-lo se as deixássemos. Outrora o Jardim lhes pertencia e elas parecem sempre querê-lo de volta. 

Nossa recuperação ocorre de forma semelhante. Outrora, pertenciamos às "ervas daninhas" - nossos comportamentos derrotistas -, mas Deus nos ajudou a plantar um jardim em nossas vidas. Arrancou as ervas daninhas e fez com que coisas maravilhosas crescessem em lugar delas. Deus usou os Passos como instrumento e nos levou a um lugar onde as coisas são diferentes. Estamos começando a ver a promessa de frutos, a promessa de mudança duradoura. No meio deste novo jardim, também podemos ver a volta das ervas daninhas, que não morrem facilmente. De fato, enquanto vivermos, nossos velhos hábitos derrotistas buscaram reconquistar nossas vidas. Por essa razão, precisamos estar sempre vigilantes para por em prática o 10º Passo. Precisamos continuar fazendo o inventário pessoal e a proteger nosso jardim. 

INVENTÁRIO PESSOAL: Parece-se muito com o inventário moral do 4º Passo. A diferença é a natureza contínua e freqüente. A idéia de pessoal é para nos lembrar que o inventário é sobre nosso comportamento e emoções, e não sobre os outros. Este inventário nos auxilia a identificar nossos erros e a necessidade de corrigi-los para nosso próprio benefício. 

Fazendo um levantamento dos 12 passos, temos os passos um, dois, três e quatro, esses quatro passos são só para mim, eu não tenho mais ninguém, sou eu que tenho que decidir por eles. 

Temos o cinco, seis, sete, oito e nove, esses cincos passos é eu, com o meu passado. 

E temos os dez, onze e doze, os três últimos passos que sou o eu atual, aí tem um retrato do que eu sou hoje. 

Será que estou tendo um contato diariamente comigo para saber como é que foi o meu dia, com honestidade? Será que realmente estou entrando em contato com esse meu Poder Superior ou estou vivendo o papel desse Poder Superior que eu tenho, ou estou anulando esse Deus na minha vida? Esse poder superior pode muitas vezes ser seu psicólogo, ser seu psiquiatra, ser seu grupo de apoio etc... Não é aquele velhinho de barba, aquela imagem que cada um tem..., aquela imagem tradicional. O poder superior pode ser o grupo, pode ser um profissional, alguém que possa oferecer ajuda na hora em que eu preciso. 

Dentro desse processo dos três últimos passos, esse inventário diário, essa revisão diária é aquilo que a igreja católica, a algum tempo atrás chama de exame de consciência. O décimo primeiro passo é o contato consciente com Deus, é você se reavaliar como uma pessoa que pode errar..., que tem o direito de errar, mas tem por obrigação de assumir responsabilidade pelas consequências dos seus erros, que é uma coisa que muitas vezes a gente não assume. 

E o décimo segundo passo, o último passo que é levar a mensagem a aquele que ainda sofre. Muitas vezes eu vejo pessoas dentro de um caramujo que só saem para darem alfinetadas ou ir à reunião e dizer: eu já fiz a minha parte e fim de papo. E só. Não dá uma palavra que possa transmitir uma mensagem a aquele que está sofrendo. Só que ele se esquece que no momento de sofrimento dele alguém o ajudou..., alguém colocou a mão no seu ombro e disse boa noite..., força..., estamos juntos... Só isso já foi o bastante para que ele fosse ajudado. 

Uma outra coisa que eu não posso deixar de falar, é o trabalho dos comitês de serviços dos grupos anônimos, no dia em que muitos chegaram nesses grupos tinha alguém sentado atrás de uma mesa coordenando, alguém já tinha ido ao seu distrito / área / regional prestar contas do trabalho, alguém tinha ido já num hospital / instituição fazer algum tipo de trabalho, de ter ido a uma emissora rádio ou jornal. 

É necessário que eu assuma algum compromisso com o grupo, porque se não um dia esse grupo fecha, por não ter quem se sente atrás de uma mesa para coordenar uma reunião. 

Aí entra uma palavra mágica que muitas vezes foge do nosso coração, chama-se gratidão. É eles não fizeram nada mais que a obrigação. Na hora do sufoco eles tinham a obrigação, passou o sufoco não existe gratidão? Como é fica isso? Manipular pessoas como se manipula objetos e depois se descarta..., se joga fora? Que tipo de vida essa pessoa pode ter? Que tipo / estilo de vida essa pessoa está tendo. 

Nós buscamos a nossa recuperação dentro de um processo de ajuda mútua, os grupos simbolizam uma terapia de espelho, se eu não passei por isso alguém já passou, mas aquilo que alguém esta falando vai servir para alguém. 

Existem modelos de tratamentos que hoje estão espalhados no Brasil. No encontro de NA de dezembro de 1999 no Rio de Janeiro, mostrou-se o índice de sucesso em torno de 15% daqueles que chegam à sala e ficam por mais de dois anos. Nas salas de AA o índice é de 20%. E o que temos notado é que os métodos de tratamento que usam os 12 passos tem tido um sucesso maior. O índice de recuperação é bem maior do que aquelas metodologias que não adotam os 12 passos na recuperação do dependente e do familiar.

9º PASSO - DOSE PASSOS

9º Passo: Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significa-se prejudicá-las ou a outrem. 

As catástrofes naturais são sempre notícias absorventes. Terremotos, furacões, incêndios em florestas ou matagais e enchentes prendem nossa atenção. Porém, raramente, vemos o trabalho árduo de reconstrução que acontecem depois que o desastre passou. Vidas, lares, negócios e comunidades inteiras são restauradas e reanimadas. 

O 9º Passo assemelha-se às restaurações e a reconstrução que acontecem depois da calamidade. Pelo processo de reparação, começamos a corrigir os danos de nosso passado. No 8º Passo, avaliamos os danos e fizemos um plano. Agora, no 9º, entramos em ação. 

A prática do 9º Passo envolve contatos pessoais com aqueles a quem prejudicamos. Percorremos nossa lista do 8º Passo, pessoa por pessoa. Abordamos cada uma delas com delicadeza, sensibilidade e compreensão. Deus pode nos ajudar a descobrir o melhor jeito de fazer o contato. Algumas pessoas requerem um encontro frente a frente, enquanto outras situações podem ser resolvidas com mudanças de nosso comportamento. Seja qual for o caso, Deus nos concede a sabedoria e a orientação que precisamos.

8º PASSO - DOSE PASSOS

8º Passo: Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados. 

- Mamãe! Sara me bateu! - R. J. berrou como uma sirene. 

- Mas ele me chutou primeiro - Sara se defendeu. 

- Sim, mas ela pegou meu jogo. 

- Ele não devia ser tão melindroso... 

E por aí a fora... 

Isso lhe parece familiar? As crianças adoram culpar os outros por seus problemas e detestam aceitar responsabilidades. De vez em quando, nós adultos as obrigamos a aceitar a responsabilidade e as constrangemos a um pedido de desculpas forçado. Mas elas nunca dizem espontaneamente: " Sinto muito. Me comportei mal". 

No 8º Passo, começamos a crescer; a fazer o que pessoas amadurecidas espiritualmente fazem - aceitar a responsabilidade de nossos atos, sem levar em conta o mal que os outros nos fizeram. Em todos esses passos estivemos lidando com material nosso. O 4º Passo era nosso inventário moral - de ninguém mais. Nossas admissões do 5º Passo eram de nossas falhas. Estamos aqui para examinar e corrigir apenas as nossas próprias imperfeições. No 8º Passo continuamos a examinar. Mas desta vez estamos levando em conta os que foram prejudicados por nossos defeitos de caráter. 

Pomos em prática o 8º Passo por meio de séria reflexão. Com a ajuda de Deus, recordamos os nomes e as fisionomias das pessoas que prejudicamos. Nossa tarefa é anotar seus nomes e apreciar cada pessoa com atenção. Precisamos examinar nosso relacionamento com as pessoas e refletir na maneira como as prejudicamos. Ajudaremos a nós mesmo sendo o mais minucioso possível em nossas notas e considerações. 

Dentro de um grupo de apoio alguém descobriu uma coisa que Deus não pode fazer, é coisa de D.Q., mas é verdade: Mudar o nosso passado. 

Será que eu posso trabalhar em cima disso agora? Esse passado não vai ser mudado, ele vai continuar existindo. As pessoas vão continuar cobrando uma coisa que eu não fiz no passado, que eu vou ter que ouvir agora: porque eu não fiz. 

A manifestação da doença é sempre ativa, uma doença progressiva pode-se deter o uso, mas a doença não se detém, ela continua. Não existe um passe de mágica..., que diz assim: olha você hoje está curado, você não precisa mais vir aqui, pode ir embora. Não existe isso! O que existe dentro desse processo é justamente a aceitação que é o primeiro passo: Admiti que perdi o domínio sobre minha vida, aceitar o meu passado, para isso eu preciso em continuar essa recuperação, eu preciso-me auto-afirmar. 

Auto-afirmação. Dentro dessa auto-afirmação muitos de nós se mantiveram no uso: eu sou adicto mesmo, eu sou alcoólatra mesmo, tenho que beber se não eu morro, eu vou morrer mesmo então eu vou continuar usando. É uma forma de auto-afirmação. Falsa, mas é. Porque que agora eu não posso voltar essa auto-afirmação para algo positivo? Eu posso! Começar a me identificar com coisas positivas que aconteceram na minha vida, e estar lapidando isso, estar melhorando isso! Melhorar o meu relacionamento comigo, começar a me olhar no espelho, chegar à frente do espelho e dizer: eu te amo! Eu te adoro! Ah, vão chamar-me de louco..., mas já não chamaram tantas vezes! Porque agora que estou amando-me, estou mexendo com a minha auto-estima, eu vou ficar preocupado. 

Eu tenho que realmente buscar alguma coisa que está dentro de mim, à recuperação inicialmente está dentro de mim, o que eu posso estar conseguindo e melhorar este relacionamento que eu tenho comigo através do exemplo das pessoas, e usar uma outra frase que eu ouvi dentro de um grupo de apoio: o inteligente aprende com o exemplo dos outros. Por que nós temos que aprender só com o nosso próprio exemplo, dar nossas próprias cabeçadas? Por quê? Será que nós paramos no tempo e no espaço? Não! 

Essa nossa afirmação vem de encontro ao reconhecimento das pessoas a quem nós prejudicamos. Ter claro para nós o nome das pessoas e o que nós fizemos a elas. Essa é uma parte dos passos difícil de estar se fazendo porque o filme do passado tem que voltar a ser assistido, nós temos que voltar o nosso filminho aqui e lembrar uma agressão que eu provoquei na minha família, uma perda que eu provoquei. É difícil para nós? É. Mas como é que eu posso saber se uma roupa está totalmente limpa? É verificando parte por parte dessa peça, para ver se não tem sujeira. A mesma coisa dentro de nós. Não adianta estar limpo de drogas/álcool se eu não estou limpo no meu interior no meu procedimento, no meu comportamento. Continuo naquela história: Faça o que eu mando, mais não faça o que eu faço: chutando cachorro, mordendo corrente, julgando as pessoas, criticando companheiros, se colocando no lugar de irmão mais velho de Deus, se negando muitas vezes a proporcionar uma ajuda as pessoas. Na época da ativa nunca o dependente se preocupou em si próprio, consigo mesmo, alguém pedia ajuda estávamos sempre prontos para ajudar... A solidariedade era imensa... Porque que agora em recuperação eu não também usar essa imensidão de solidariedade! 

A mesma coisa acontece com o familiar. O familiar, para entrar num grupo de apoio, ele primeiro olha de um lado, olha do outro, ninguém me viu, vou entrar! Entra e fecha a porta. Com vergonha de receber ajuda, vergonha de oferecer ajuda. 

Acho importante nós voltamos um pouquinho e resgatarmos nossa identidade. Quem realmente sou eu? Sou mãe de um adicto? Sou esposa de alcoólatra? Sou um alcoólatra? Sou um D.Q.? Sou filho de um D.Q. / de um alcoólatra? Quem realmente sou eu? Eu só vou saber lidar comigo se eu souber quem sou eu. Caso contrário eu não vou ter sucesso nessa nova empreitada, se eu continuar fugindo de mim, eu vou ser tão solitário que até minha sombra vai ficar escondida de mim, até a sombra vai se mandar de mim. Se eu começo escolher o tipo de ajuda que eu tenho para receber eu vou ficar sozinho novamente, vou partir para o isolamento, vou partir para a onipotência, vou viver o papel de juiz e deixar de lado esses papéis que eu vivi até hoje - seja dependente ou seja familiar - papel de repressor, papel de delegado / juiz, papel de enfermeiro, papel de babá. Eu preciso começar a viver o meu próprio papel! Que papel eu estou vivendo na minha família? Se hoje eu tivesse que montar a minha família como ela seria? De que forma que eu posso hoje estar percebendo o meu papel dentro da família? 

O Deus que cada um tem que procurar é uma obrigação de cada um. Nós temos que encontrar um Deus. Não adianta querer cair fora. Nós temos que encontrar. Porque se eu tenho um problema hidráulico em casa, eu não vou chamar o advogado - vou chamar o encanador e vou dizer: olha estou entregando o problema para você. Se eu tenho um problema de construção eu vou entregar para a construtora e dizer olha está aqui entregue o problema da construção. Cada um tem o seu papel dentro da sociedade, agora se eu entrego a minha vida a um poder superior como descrito no terceiro passo, o que acontece? Eu estou deixando de viver o papel de Deus, isso inicialmente na teoria, porque muitas pessoas dizem: Eu entreguei para Deus. Mas chega um momento em que falam: Deus devolve-me aqui que eu vou fazer minhas palhaçadas novamente e depois eu te devolvo. 

Que papel que eu estou vivendo na minha família. Dentro desse processo da auto-afirmação entra o lado da escola, da aprendizagem. Alguns dizem: Ah, eu não tenho mais idade para isso. Mentira. O que eu não quero é sair fora de um comodismo, que muitas vezes a abstinência do meu ente querido trouxe. Se ele está em abstinência eu estou no céu. É a co-dependência: se ele está bem eu estou bem, mas se ele está mau eu estou mau. Esse processo, nós temos que começar a identificar. Hoje que tipo de vida eu estou tendo?
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