quinta-feira, 16 de agosto de 2012

4º PASSO - DOSE PASSOS

4º Passo: Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos. 

Se morássemos sozinhos e fôssemos incapazes de ver, enfrentaríamos muitas necessidades especiais. Por exemplo, talvez achássemos difícil limpar bem a casa sozinhos. Talvez pedíssemos a um amigo com visão para vir ajudar. Esse amigo veria lugares que precisavam de limpeza e não tínhamos percebido. Nosso amigo indicaria esses problemas e então, esperamos, nos ajudaria a limpar. 

No 4º Passo percebemos que há áreas de nossas vidas que precisam de atenção. Também percebemos que não conseguimos ver todas estas áreas. A negação manteve-nos cegos à sujeira em nossos cantos. A falta de amor-próprio fez-nos ignorar a beleza e o valor de nossas vidas. Neste Passo, Deus vem até nós como o amigo zeloso, Ele abre nossos olhos para as fraquezas em nossas vidas que precisam mudar e nos ajuda a edificar nossas forças. 

Assim como um empresa faz um inventário de seu estoque, no 4º Passo fazemos o inventário de nossas vidas. Com uma prancheta, percorremos os corredores de nossas vidas e anotamos áreas de fraqueza e de força. Quando chegamos aos relacionamentos, anotamos os ressentimentos e rancores, mas também examinamos nossos relacionamentos amorosos e saldáveis. quando chegamos a nossa comunicação, anotamos as mentiras, mas também relacionamos e os caminhos positivos que partilhamos com os outros. neste processo, devemos pedir para que Deus nos guie. Ele conhece o que nosso armazém contém muito melhor do que nós. 

INVENTÁRIO MORAL: É uma lista de nossas forças e fraquezas. Neste texto, as fraquezas também são citadas como: ofensas, deficiências de caráter, faltas e defeitos. Esse inventário é uma coisa que realizamos piedosamente com a ajuda de Deus. É para nosso próprio benefício. 

Honestidade. Nessa honestidade nós temos que incluir aqui uma reavaliação de vida. Como está a minha vida hoje? 

Alguns já conhecem a famosa pizza em pedaços: o lado emocional, o lado de relacionamentos que é o lado espiritual dentro dos grupos anônimos, o lado familiar, o lado social e lazer, o lado físico e financeiro e o lado profissional ou escolar. Vejamos agora o quadro de alguém que está em equilíbrio: ele da atenção a todas as áreas da vida dele de forma proporcional, um pouquinho para cada divisão, é o quadro do ser perfeito, a pessoa perfeita faz isso. Mas como nós não somos perfeitos então qual é o nosso quadro? O lado emocional toma conta de 3/4 em detrimento da área profissional, familiar, social, lazer, física, financeira e a área do relacionamento. 

Vocês querem um exemplo de até aonde vai o nosso desequilíbrio emocional? É só notar quem tem cachorro pequeno em casa. Se o familiar estiver a ponto de estourar o cachorro fica quietinho, não dá um latido. Se o dependente chega a sua casa alcoolizado ou drogado, o cachorro é o primeiro a subir em cima da cama da dona ou sair de perto dele. Só nós próprios não percebemos isso. 

Então o lado emocional está em detrimento das outras áreas. Qual seria a proposta ideal? Que dentro de grupos nós procurássemos abrir esse leque para chegar próximo a aquele quadro ao quadro anterior da proporcionalidade. 

Quando a pessoa não quer uma recuperação, apenas quer aparecer ou fazer de um grupo ou de uma terapia um fato social: "estou em terapia", "estou participando de A.A. / N.A / A.E.; só colocando uma etiqueta no peito e dizendo isso, o que vai acontecer com ele? Recuperação não existe, mais vai existir a criação de uma outra área na vida dele: um vazio. Esse vazio é um vazio existencial, é um vazio que causa desmotivação, é um vazio que provoca um estado depressivo, ele não tem ânimo para nada, fica agressivo, comportamentos idênticos a aquele que está usando - inclusive o familiar. O familiar muitas vezes tem comportamentos mesquinhos (próprios de quem usa drogas): gritar fora de hora, brigar no supermercado, xingar no trânsito, esquecer o que ia fazer..., igualzinho a quem faz uso de álcool/droga, não tem diferença nenhuma. 

Por quê? Porque o familiar está se drogando com comportamentos, o familiar adora muitas vezes cutucar a onça com vara curta, criando certos tipos de provocação que é justamente para ela poder ficar / sentir-se um pouquinho acima do dependente, se achar um pouquinho acima: se eu puxar o tapete dele eu subo um degrauzinho. Isso é se drogar com emoções: brigar no supermercado, chutar o cachorro, xingar no trânsito, não saber esperar a fila de restaurante / banco. Estas coisas nós vamos perceber que estão dentro desse vazio. Quando falo desse vazio eu falo do nosso lado de desonestidade para conosco mesmos é que está funcionando. 

Então o quarto passo é um inventário moral, é você colocar tudo aquilo que você tem no passado para você se rever. Só que eu não sou só um amontoado de coisas negativas, eu tenho o meu positivo, para isso eu preciso também olhar nesse inventário, para que eu possa dar continuidade a aquilo de positivo que eu tenho..., aprimorar o que tenho de positivo, criar alças resistentes para que eu possa estar carregando um passado, do qual eu me jubile / orgulhe. 

Porque um passado de drogadição, um passado de interferência na vida do outro não é um passado de júbilo, é um passado de orgulho o qual muitos estão se orgulhando para poderem continuar o quadro da auto - piedade. 

Para eu reconhecer todo esse processo, para que eu possa ter condições de estar me avaliando dentro desse processo de inventário, dessa história da minha vida eu preciso de um passo que é de humildade, que experimentaremos no quinto passo.

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