A tarefa de definir a dependência química tem desafiado médicos, juízes, padres, dependentes químicos, suas famílias e as pessoas em geral, por toda a história. Existem tantas definições potenciais quanto existem grupos com interesses em definir dependência química. A verdade é que essas definições enfatizam coisas tais como dependência fisiológica, dependência psicológica, dinâmica familiar, problemas comportamentais e moralidade. Esta lista poderia ser bastante incrementada, e qualquer um poderia chegar com sua própria definição e acrescentá-la à lista. Ainda assim, definir dependência química para mim é sem dúvida importante para o processo de recuperação. Afinal de contas, no Primeiro Passo precisamos admitir a nossa impotência perante ela. Esta admissão é a fundação sobre a qual minha recuperação é construída. Então a pergunta "O que é dependência química?" é, de fato, relevante.
A dependência química é uma doença com raízes mental (obsessão) e física (compulsão). Atua em todas as áreas (física, mental e espiritual) do indivíduo. A dependência química é progressiva, incurável e de determinação fatal. Progride mesmo quando o dependente químico não está "na ativa"- ou seja, quando não está usando drogas. O dependente químico em recuperação consegue apenas estacionar a doença, nunca curá-la. E a doença mata degradando - acidentes de carro, suicídios, assassinatos. Quem não morre tem como outros destinos a prisões ou o hospício.
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