segunda-feira, 29 de julho de 2013

REVOLUÇÃO DA TERNURA

Inauguração do centro para dependentes químicos no hospital São Francisco de Assis: 

"Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química". "É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro."


Sobre os traficantes de drogas: 

“São tantos os 'mercadores da morte' que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo!"

Sobre os dependentes químicos: 

"Você encontrará a mão estendida de quem quer lhe ajudar, mas ninguém pode fazer a subida no seu lugar. Mas vocês nunca estão sozinhos! A igreja e muitas pessoas estão solidárias com vocês. Olhem para a frente com confiança, a travessia é longa e cansativa, mas olhem para a frente. Nunca percamos a esperança, nunca deixemos que ela se apague em nossos corações. Deus é nossa esperança."

Em Aparecida do Norte:

"Uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós. Ela nos quer e nos cuida", disse o papa, antes de pegar a imagem de Nossa Senhora em suas mãos e apresentá-la aos fiéis, abençoando-os. "Eu peço um favor, com jeitinho, rezem por mim. Necessito. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês. Até 2017, porque eu vou voltar".

"Gostaria de chamar a atenção para três simples posturas: conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; e viver na alegria." E continuou: "o 'dragão', o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros."

sexta-feira, 26 de julho de 2013

AS 12 TRADIÇÕES DE NARCÓTICOS ANÔNIMOS

1 – O nosso bem-estar comum deve vir em primeiro lugar; a recuperação individual depende da unidade de NA.

2 – Para o nosso propósito comum existe apenas uma única autoridade – um Deus amoroso que se expressa na nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança, eles não governam.

3 – O único requisito para ser membro é o desejo de parar de usar.

4 – Cada grupo deve ser autônomo, exceto em assuntos que afetem outros grupos ou NA como um todo.

5 – Cada grupo tem apenas um único propósito primordial – levar a mensagem ao adicto que ainda sofre.

6 – Um grupo de NA nunca deverá endossar, financiar ou emprestar o nome de NA a nenhuma sociedade relacionada ou empreendimento alheio, para evitar que problemas de dinheiro, propriedade ou prestígio nos desviem do nosso propósito primordial.

7 – Todo grupo de NA deverá ser totalmente auto-sustentável , recusando contribuições de fora.

8 – Narcóticos Anônimos deverá manter-se sempre não profissional, mas nossos centros de serviço podem contratar trabalhadores especializados.

9 – NA nunca deverá organizar-se como tal; mas podemos criar quadros de serviço ou comitês diretamente responsáveis perante aqueles a quem servem.

10 – Narcóticos Anônimos não tem opinião sobre questões alheias; portando o nome de NA nunca deverá aparecer em controvérsias públicas.

11 – Nossa política de relações públicas baseia-se na atração, não em promoção; na imprensa, rádio e filmes precisamos sempre manter o anonimato pessoal.

12 – O anonimato é o alicerce espiritual de todas as nossas Tradições, lembrando-nos sempre de colocar princípios acima de personalidades.

OS 12 PASSOS DE NARCÓTICOS ANÔNIMOS

1 – Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

2 - Viemos a acreditar que um Poder Maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

3 – Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós O compreendíamos.

4 – Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

5 – Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

6 – Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

7 – Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.
8 – Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

9 – Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudica-las ou a outras.

10 – Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

11 - Procuramos, através da prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua Vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

12 – Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O que fazer para melhorar o cérebro ?

Dr. Paulo Niemeyer Filho - Neurocirurgião.

Recentemente, devolveu ao Maestro João Carlos Martins os movimentos no braço e mão esquerda através de cirurgia no cérebro,uma experiência inédita e magnifica! Nos relembra do cuidados que devemos ter para manter uma mente sã. 

O que fazer para melhorar o cérebro ?Vc. tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a auto estima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a auto estima no ponto.

Cabeça tem a ver com alma? Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.

Você acha que a vida moderna atrapalha?  Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro? Todo exagero. Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância,etc. O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.

Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia? Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer? Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente ,com saúde e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas? O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Você acredita em Deus? Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vamos até a família e dizemos: "Ele está salvo".
Aí, a família olha pra você e diz: "Graças a Deus!".

Então, a gente acredita que não fomos apenas nós, que existe algo mais, independente de religião.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O MUNDO DAS CHAVES - Ivo Dickmann

Marisa antes de sair para o trabalho, grita para Sérgio que ainda está tomando café:
-          Querido, não se esqueça de deixar a chave da dispensa para a empregada.
E ele responde:
-          Tudo bem, querida, não vai esquecer.
Então, ela ao passar pela sala pega seu molho de chaves que sempre deixa do lado da televisão, vai a garagem, entra no carro, põe a chave na ignição e percebe que se enganou, pois pegou o molho de chaves do marido. Ela sai do carro, abre a porta da garagem que dá acesso aos fundos da casa, vai até a sala, troca de chaveiro, volta ao carro, abre o portão eletrônico e finalmente vai ao trabalho.
Marisa é professora da pré-escola, adora crianças. É especialista em educação e gosta muito do que faz. Ao chegar a escola onde trabalha pega a chave do armário onde guarda seu material, aliás, ela sempre reclama para si mesma todos os dias porque a fechadura nunca abre na primeira volta da chave e além do mais, sua porta no armário é a mais baixa. Outros professores que vieram depois dela tem lugares mais confortáveis que o seu para guardar o material. Ela até solicitou a troca quando Sílvia, uma professora que se aposentou deixou vazia uma porta superior a sua; o diretor disse que ia dar um jeito, mas já faz dois anos, veio outra professora e até agora nada.
Ao chegar na porta da sala de aula, as suas crianças já estão em fila, alegremente esperando por ela. Marisa pega a chave com um chaveiro com a foto de Letícia e Natália, as gêmeas que foram suas alunas e lhe deram de presente o chaveiro com as fotos. Ao abrir a porta, as crianças entram e tomam seus lugares e ela encaminha a atividade do dia com uma história. As crianças adoram historinhas, Marisa aprendeu isso no curso de pedagogia. Ela começa dizendo que uma pessoa encontrou um cofre onde dentro dele havia algo muito especial, porém para abri-lo não havia chave, botão ou senha. O desafio das crianças era descobrir: O que seria capaz de abrir o cofre?
Logo começaram os palpites. O primeiro disse que era um carinho, outro mais malvado disse uma marreta ou talvez uma bomba. Outro um aperto de mão sincero num pacto de usar o que tinha dentro para o bem e assim por diante. Vejam como é fértil a imaginação das crianças.
E enquanto umas crianças falavam e outras cochichavam tentando encontrar uma alternativa melhor que a dos outros, Marisa abre o armário com os materiais de trabalho: tinta, canetões, cartolinas, jornais e revistas velhas, e, diga-se de passagem, esse armário é somente seu, pois a professora da tarde utiliza o armário que fica no fundo da sala. E os materiais estão dispostos como ela definiu na seguinte ordem: os que são mais utilizados no meio, os jornais e revistas embaixo e as tintas na parte superior para as crianças não alcançarem.
Marisa distribui o material para a criançada, surgiram obras muito bonitas de como abrir o cofre. Todas com a pitada da imaginação e criatividade infantil. É claro que Marisa poderia, junto com as crianças, dialogar sobre o que tem no cofre, mas ela guardou isso pra próxima aula. Pois o tempo passa rápido quando se está fazendo o que gostamos, já são 11:30 horas e já se ouve o sinal para encerrar a aula; a gritaria das crianças pelos corredores também é sinal que nem todos tiveram uma manhã tão entusiasmada como as de Marisa. Não viam a hora de ir embora.
Marisa fecha o armário depois de guardar tudo, chaveia a sala, vai a sala dos professores, abaixa-se, abre a porta do armário, pega sua bolsa, fecha a porta, guarda a chave na bolsa, despede-se dos professores e vai para casa. Ao chegar repete-se a maratona de portas, fechaduras e chaves. Passa pela chave devagar , larga a chave no lado da televisão, vai a cozinha, beija Sérgio que já a aguardava para o almoço.
Almoça rápido, pois de tarde vai a outra escola, a jornada é dupla já que ela está iniciando e pretende guardar dinheiro para seu mestrado. Marisa chega em cima da hora porque o ônibus atrasou, Sérgio iria ocupar o carro, vai direto a sala e tudo recomeça...
À noite quando chega em casa ela está exausta, mas satisfeita. As duas turmas colaboraram, e ela assim como as crianças, aprenderam muito. Só lhe restou uma dúvida, a partir de uma questão proposta por uma criança:

- Se as coisas especiais estão dentro de um cofre que não precisa chave para ser aberto, por que vivemos num mundo onde é impossível viver sem chaveiros repletos de chaves de diferentes tipos e tamanhos?

Lusíadas – Luís de Camões

Da alma e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.

Acha a tenra mocidade
Prazeres acomodados,
E logo a maior idade
Já sente por pouquidade
Aqueles gostos passados.
Um gosto que hoje se alcança,
Amanhã já não o vejo;
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.
Mas em vida tão escassa
Que esperança será forte?
Fraqueza da humana sorte,
Que quanto da vida passa
Está receitando a morte!

Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada.

Mas esta linda e pura semideia,
Que, como um acidente em seu sujeito,
Assim com a alma minha se conforma,

Está no pensamento cono ideia;
O vivo e puro amor de que sou feito,
como a matéria simples busca a forma.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra a maldade e as ciladas do demônio! Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos; e vós príncipe da milícia celeste, pelo poder divino, precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Sagrado Coração de Jesus eu confio e espero em vós.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

A OVELHA PERDIDA

Haverá grande alegria no céu, por um pecador que se converta. Que afirmação mais cheia de consolação para nós. Haverá grande alegria.
Nenhuma das ovelhas extraviadas do redil de Deus é desprezada, nem abandonada sem socorro. Cristo salvará a cada um que se queira deixar redimir do abismo da corrupção e dos espinheiros do pecado.
O Pastor sai pelos caminhos e valados, procurando a alma triste e desamparada que não sabe mais voltar. Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.
O pastor que descobre a ausência de uma ovelha, não contempla indiferentemente o rebanho que está seguro no redil, dizendo: Tenho noventa e nove, e custa muito trabalho ir em busca da desgarrada. Ela que volte; vou abrir a porta e a deixarei entrar.
Não mesmo; logo que a ovelha se afasta, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o rebanho. Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não descança. Deixa as noventa e nove no redil, e sai em busca da ovelha desgarrada. Quanto mais escura e tempestuosa a noite, e quanto mais perigoso o caminho, tanto maior é a apreensão do pastor e tanto mais diligentemente a procura. Faz todos os esforços possíveis para encontrar a ovelha perdida.
Quando alguém que vagou longe no pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita e crítica. Há os que duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou insinuarão: “Ele não tem estabilidade; não creio que resista.” Tais pessoas não fazem a obra de Deus, porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas críticas, o maligno espera desencorajá-las, afastá-las ainda mais da esperança e de Deus. Contemple o pecador arrependido a alegria do Céu pela volta daquele que se perdera. Confie no amor de Deus e não desanime de maneira alguma pelo escárnio e suspeita dos que não te ajudam.
A parábola mostra bem claramente que as almas transviadas não ficarão abandonados a própria sorte no meio das tempestades da vida. Como a ovelha desgarrada, elas serão procuradas, ainda mesmo que seja preciso deixar de cuidar daquelas que estão no redil, mesmo que as noventa e nove ovelhas fiquem estacionadas, os encarregados do rebanho devem sair ao campo em procura da que se perdeu.
O Pai não quer a morte do ímpio; não quer a condenação do mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade.
Espírito de piedade pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus.
A parábola da ovelha perdida nos dá o entendimento claro do método de Deus para nós, pecadores.
Na nossa fragilidade humana, nós entendemos que quando alguém comete um erro precisa ser castigado para pagar a culpa. Bem diferente desse é o pensamento de Deus para nós quando pecamos. Neste Evangelho Jesus Cristo nos afirma justamente o contrário: O Senhor vai à busca do pecador para resgatá-lo e acolhe-lo, assim como um pastor faz com a ovelha perdida. Só procuramos a quem está perdido e foi por isso, que Jesus veio ao mundo: salvar quem está perdido. A alegria do céu consiste na conversão dos pecadores da terra. Cada pecador que se converte é motivo de alegria no céu.
Quanto mais consciência nós tivermos do nosso ser pecador mais nós poderemos experimentar a misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro para nos fazer justiça. O Senhor quer nos dar dignidade, nos tirar da lama, nos oferecer roupa nova, anel e sandálias aos pés, a fim de participarmos também da alegria do céu. Porém, se nós não nos consideramos pecadores, se nos justificamos e, como os fariseus e os mestres da lei, nós apontamos somente para o pecado do próximo, nunca poderemos comungar da alegria de Deus. O arrependimento é, portanto, o primeiro passo, para que haja festa no céu. 

ORAÇÃO DO MATUTO

Ói Deus,
Nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô
Nóis pede dinhero,
Nóis pede trabaio
Nóis pede pra chovê
E se chove demais
Nóis pede pra pará
Mode a coiêita num afetá,
Nóis pede amô,
Nóis pede pra casá
Pede pra morá
Nóis pede proteção
Nóis pede paiz,
Nóis pede pra dislindá os nó
Quando as coisa cumprica
Mode a vida corrê mió.
Quando as coisa aperta nóis reza
Pedindo tudo que farta
É uma pedição sem fim
E quano as coisas dá certo
Nóis vai na igreja mais perto
E no pé de argum santo
Que seja de devoção
Nóis deixa sempre uns merréis
E lá no cofre da frente
Nóis coloca mais uns tostão
Mais hoje meu sinhô
Bateu uma coisa isquisita
E eu me puis a matutá
Nóis pede, pede e pede
Mais nóis nunca pregunta
Comé que o Sinhô tá
Se tá triste ou tá contente
Se percisa darguma coisa
Que a gente possa ajudá
E por esse esquecimento
O sinhô tem que nos adiscurpá
Ói Deus, nóis sempre pensa
Que o Sinhô num percisa de nada
Mas tarvez num seja assim
Talvez o Sinhô percisa de mim
Sim, o Sinhô percisa, sim
Percisa da minha bondade
Percisa da minha alegria
Percisa da minha caridade
No trato c'os meus irmão.
Nóis semo seu espêio
Nóis semo a sua criação
Nóis num pode fazê feio
Nem ficá fazendo rodeio
Nem desapontá o Sinhô
Nem amargá o seu sonho
Que foi um sonho de amô
Quando essa terra todinha criô
Ói Deus, eu prometo
Vo rezá de ôtro jeito
Vo pará com a pedição
E trocá milagre por tostão
Tarvez eu inté peça uma graça
Mas antes vo vê direitinho
O que é que andei fazendo de bão.
E se nada de bão eu encontrá
Muito vo me envergonhá
E ainda vo pedi perdão

terça-feira, 16 de julho de 2013

RELAÇÕES HUMANAS

            FALE com as pessoas, mesmo que seja uma mera saudação.

            SORRIA para as pessoas, mesmo que estejas triste, cansado(a) ou preocupado(a). As consequências de um sorriso podem levar o outro a encontrar Jesus dentro e fora de si.

            CHAME PELO NOME as pessoas: isso as aproxima do coração; chama à razão; faz com que elas se sintam membros desta comunidade.

            SEJA AMIGO(A): não acuse, auxilie! Que ninguém esteja sozinho numa situação difícil ou constrangedora.

            SEJA CORDIAL E SIMPLES: o coração sempre em primeiro lugar! Exercite a caridade com todos e com cada um! Esteja ela acima de qualquer outra coisa!

            INTERESSE-SE pelos outros: você sabe o que sabe, mas não sabe o que os outros sabem; nem suas histórias de vida, nem a relação deles com Deus! Você pode ser bem mais importante do que imagina ou até fundamental na vida dos seus irmãos e na relação deles com Deus. Seja essa ponte!

            SEJA GENEROSO EM ELOGIAR E CAUTELOSO EM CRITICAR: dê força, coragem, ânimo ao próximo e você o estará elevando a Deus, conquistando-o para Deus! E isto é muito mais importante para Deus do que você fazer os outros saberem do quanto você sabe ou é capaz.

            CONSIDERE OS SENTIMENTOS DOS OUTROS: numa controvérsia, existem sempre três lados – o seu, o do outro, e o de quem está certo.

            RESPEITE A OPINIÃO ALHEIA: ouça; aprenda com quem pensa diferente; deixe que o outro experimente um caminho diferente do seu – ele aprenderá com o próprio erro, se necessário, e você terá sido para ele exemplo de paciência e de caridade fraterna.

10º        SEJA DISPONÍVEL: faça a sua parte e ofereça ajuda sempre que possível. Mas faça-o COM ALEGRIA E SEM RECLAMAÇÕES!

SÃO PEDRO E SÃO PAULO

São Pedro e São Paulo, eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Apóstolos e testemunhas do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do testemunho que eles deram.
Pedro, discípulo da primeira hora, seguiu Jesus nos dias de sua pregação, recebeu do Senhor o nome de Pedra e foi colocado à frente dos Doze e de todos os discípulos de Cristo. Generoso e ao mesmo tempo frágil, chegou a negar o Mestre e, após a ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado sob o imperador Nero.
Paulo não conheceu Jesus segundo a carne. Foi perseguidor ferrenho dos cristãos, até ser alcançado pelo Senhor ressuscitado na estrada de Damasco. Jesus o fez seu apóstolo. Pregou o Evangelho incansavelmente pelas principais cidades do império romano e fundou inúmeras igrejas. Combateu ardentemente pela fidelidade ao Cristo. Por fim, foi preso e decapitado em Roma, sob o imperador Nero.
O que nos encanta nestes gigantes da fé não é somente o fruto de sua obra, tão fecunda. Encanta-nos igualmente a fidelidade à missão. As palavras de Paulo servem também para Pedro: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, como pastores solícitos pelo rebanho, buscando não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo.
Não largaram o arado, não olharam para trás, não desanimaram no caminho... Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar...”
Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando por Cristo. Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”.
Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Em Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da cruz e da esperança da ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida.
Finalmente, ambos derramaram o sangue pelo Senhor. Eis por que eles são modelo para todos os cristãos. Que eles intercedam por nós na glória de Cristo, para que sejamos fiéis como eles foram.
Hoje também, nossos olhos e corações voltam-se para a Igreja de Roma, aquela que foi regada com o sangue dos bem-aventurados Pedro e Paulo, aquela, que guarda seus túmulos, aquela, que é e será sempre a Igreja de Pedro.
O Senhor Jesus confiou a Pedro ser o pastor de todo o rebanho de Cristo. Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma. Hoje, a missão de Pedro é exercida pelo nosso santo padre, doce homem de Deus, amado Papa Francisco.
 Não esqueçamos: o papa será sempre, para nós, o referencial seguro da verdadeira fé e da unidade da Igreja de Cristo. Quando surgem, como ervas daninhas, tantas e tantas seitas, nossa comunhão com Pedro é garantia de permanência seguríssima na verdadeira fé. Quando o mundo já não mais se constrói pelos critérios do Evangelho, a palavra de Pedro é, para nós, uma referência segura daquilo que é ou não é conforme o Evangelho.
Rezemos, hoje, pelo nosso santo Padre, Francisco. Que Deus lhe conceda saúde de alma e de corpo, firmeza na fé, constância na caridade e uma esperança invencível. E a nós, o Senhor, por misericórdia, conceda permanecermos fiéis até a morte na Igreja católica, onde esta a fé de Pedro e de Paulo, pela qual, em nome de Jesus, “Cristo Filho do Deus vivo”, os santos apóstolos derramaram o próprio sangue.

São Pedro e São Paulo – Rogai Por nós!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

QUEM É JESUS?

A Palavra que hoje escutamos coloca-nos diante da questão fundamental de nossa fé: quem é Jesus de Nazaré? Sejamos espertos; estejamos atentos a um detalhe importantíssimo: Jesus distingue a pergunta sobre a opinião do mundo daquela outra, sobre a fé dos discípulos. “Quem diz o povo que eu sou?” E as opiniões são humanas e, portanto, incompletas, parciais, superficiais: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Ainda hoje é assim: o mundo não poderá jamais compreender Jesus em sua profundidade e verdade última. Uns acham-no um sábio; outros, um iluminado, ou um filósofo, ou um humanista, ou um revolucionário romântico, do tipo Che Guevara; outros acham-no, sinceramente um alienado ou um falso profeta... Em geral, o mundo atual, vê-lo quase como um mito, bonzinho, romântico, mas sem muita serventia prática...

Mas, Jesus, pergunta aos discípulos, pergunta a nós: “E vós, quem dizeis que eu sou?” A resposta de Pedro é perfeita, é completa: “Tu és o Cristo, o Ungido, o Messias de Deus”. Esta resposta não veio da lógica humana, da inteligência ou da esperteza de Pedro. Em Mateus, Jesus afirma-o claramente: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está no céu” (Mt. 16,17). A afirmação do Senhor é clara, direta e gravíssima: carne e sangue, isto é, a só inteligência humana, não pode alcançar quem é Jesus! Somente na revelação do Pai, isto é, somente na experiência da fé da Igreja, nós podemos ter acesso ao mistério de Cristo, à sua realidade profunda. Portanto, não nos deve surpreender se o mundo tem dificuldade de crer realmente, de aceitar seriamente o Cristo e as exigências do seu Evangelho! Não devemos nos importar muito com o que as revistas e as ciências (história, sociologia, antropologia...) dizem a respeito de Jesus. Elas não conseguem penetrar no núcleo do seu mistério; ficam sempre no limiar, na soleira. Então, é na escuta fiel e devota da Palavra, na oração pessoal, na vida da comunidade eclesial, no empenho sincero e sacrificado de viver o Evangelho com suas exigências e, sobretudo, na celebração dos santos mistérios que podemos fazer uma experiência autêntica de quem é Jesus. Não cremos simplesmente no Jesus que a ciência ou a história podem apreender; cremos no Cristo crido, adorado, experimentado e anunciado pela Igreja, a partir do testemunho dos apóstolos!

Mas, tem mais! O núcleo do mistério de Cristo é o mistério de sua cruz. Observe-se bem: assim que Pedro afirma que Jesus é o Messias, ele precisa, esclarece que tipo de Messias ele é: "O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado... deve ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. Somente na cruz o discípulo pode reconhecer em profundidade o seu Senhor. Mas, a cruz não é um teoria; é uma realidade em nossa vida e na vida do mundo: a cruz da solidão, do fracasso, da doença, das lágrimas, da pobreza, da morte... Somente quando abraçamos na nossa cruz a cruz de Cristo, podemos, então, compreendê-lo: “Se alguém me quer seguir, quer ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me!” Fora da cruz, fora do seguimento de Cristo até o fim, não há verdadeiro conhecimento do Senhor, não há a mínima possibilidade de uma verdadeira comunhão com ele. São Paulo nos emociona, quando afirmou: “O que era para mim lucro eu o tive como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele.. para conhecê-lo, conhecer o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição” (Fl. 3,7-11). É preciso que rejeitemos claramente um cristianismo bonzinho, almofadinha, burguês, bem comportadinho, que agrade ao mundo! O cristianismo é radical, é escandaloso, na sua essência, é incompreensível ao mundo “A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem!” (1Cor. 1,18) – Será que não andamos meio esquecidos disso? E, no entanto, “para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor. 1,19). Na fé, contemplamos a cruz do Senhor, tão dura para ele e para nós, e vemos nela a fonte de purificação e de vida de que fala a primeira leitura da missa de hoje. Do coração amoroso e ferido do Cristo, brota a vida do mundo e o sentido último da nossa existência. As palavras são impressionantes: “Derramarei um Espírito de graça e de oração... Eles olharão para mim. Quanto ao que traspassaram, haverão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho único, e hão de sentir por ele o que se sente pela morte de um primogênito. Naquele dia, haverá uma fonte acessível para a ablução e a purificação”.

Eis o escândalo: não cremos na tocha olímpica, não cremos que a globalização trará a salvação, não cremos que a ciência salve o ser humano dos demônios e monstros do seu coração, não cremos que a tecnologia nos faça mais felizes, não cremos que o esporte traga a paz universal, não esperamos que o prazer e o poder nos saciem o coração! Não somos idólatras para a perdição! Cremos que Jesus é o Cristo; cremos que pela sua encarnação, cruz e ressurreição ele nos deu uma vida nova, uma torrente de vida na potência do seu Espírito Santo. Cremos que Jesus é a nossa verdade, o nosso caminho e o sentido último da realidade. Por isso nele fomos batizados, dele nos alimentamos e nele queremos viver.

Quando levarmos isso a sério, seremos cristãos e iluminaremos o mundo. Que o Senhor no-lo conceda por sua misericórdia.

DIA DO HOMEM

No Brasil, desde 1992, o Dia do Homem é comemorado em 15 de Julho, por iniciativa da Ordem Nacional dos Escritores. 

Os objetivos principais do Dia do Homem é melhorar a saúde dos homens (especialmente dos mais jovens), melhorar a relação entre gêneros, promover a igualdade entre gêneros e destacar papéis positivos de homens. É uma ocasião em que homens se reúnem para combater o sexismo e, ao mesmo tempo, celebrar suas conquistas e contribuições na comunidade, na famílias e no casamento, e na criação dos filhos.

A data é celebrada em quase todo o mundo.

Vocação de Mateus


No Império Romano, pesados impostos eram cobrados de todas as pessoas. Surgia assim a figura dos coletores de impostos ou publicanos. Na época de Jesus, esse era um dos trabalhos mais indignos de serem feitos. Afinal, um judeu que cobrasse impostos de seu próprio povo para ajudar o Império Romano era visto como o mais sujo entre a população.
Os publicanos, além de cobrar os impostos para o Império, ainda coletavam dinheiro para eles próprios. E isso aumentava ainda mais a cólera dos judeus. Esses coletores, portanto, eram considerados os piores pecadores da época.
A Mateus, Jesus o chamou para uma nova vida. Com certeza, Mateus já tinha ouvido várias vezes as pregações do Mestre, e esse foi o seu processo de conversão. No momento em que Jesus o chama, ele já está preparado para dar uma resposta decisiva.
Numa sociedade preconceituosa, que não enxerga a pessoa, e sim, a sua falha, são muitos os excluídos, irmãos nossos, que às vezes  só precisam de se sentir amados para mudar de vida!
Todas as vezes que destacamos o ponto fraco de alguém, rotulando-o negativamente, estamos excluindo-o do convívio social, negando a ele a oportunidade de refazer a sua vida,  um sinal de que ainda não aprendemos a olhar o irmão com o olhar misericordioso de Jesus.
Temos tendência  de julgar o outro  pela sua aparência, pelo tipo de trabalho que exerce, pelos lugares que frequenta, esquecendo de que o valor de uma pessoa, está em ser um filho de Deus!
Jesus, ao contrário de nós, enxerga a “pessoa” e não o seu pecado, para Ele, estar em pecado é estar doente e, o que um  doente necessita, não é de um juiz e sim, de um médico, uma vez curada a sua doença, a pessoa se torna  íntegra!
Todos nós podemos ser médicos da alma, pois o amor cura, o amor levanta quem está caído!
Todos nós  somos chamados a fazer parte do Reino de Deus!  Enganamos, quando pensamos que o convite seja feito só para os bons, para os  que já estão no caminho certo. O  chamado de Jesus, é extensivo a todos, Ele não faz distinção de pessoas, tanto chama bons, como maus, o que vale  para Jesus, é a resposta que se dá ao Seu chamado. 
No coração de quem aceita o chamado de Jesus já houve transformação, pois ninguém aceita o seu chamado, sem estar disposto a mudar de vida!
O evangelho de hoje, narra o encontro de Jesus  com Mateus, um cobrador de imposto, visto como pecador.
“Jesus viu um homem sentado  na coletoria de impostos, e disse-lhe: Segue-me“! Jesus viu  o “homem”, Mateus, e não o seu pecado!
Os cobradores de impostos eram  considerados impuros, por este motivo, os fariseus se escandalizaram quando Jesus  senta-se à mesa com Mateus e os cobradores de impostos!
 “Aprendei, pois, o que significa: Quero misericórdia e não sacrifício”. “De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores.”
Jesus está nos dizendo hoje que Ele quer misericórdia, caridade, em vez de promessas, penitências e sacrifícios. Então a partir de hoje, não faça mais aquelas promessas de ir da sua casa até a capela de joelhos, os quais ficam sangrando por causa das pedrinhas do caminho. Jesus não quer mais isso!
Você quer se purificar dos seus pecados leves? Faça uma caridade. Ajude alguém necessitado, um mendigo, uma idosa ou um idoso. E esse seu ato de caridade acompanhado de uma confissão, irá lavar a sua alma de todos os seus pecados.
Ah! Você apenas quer agradecer a Deus por uma grande graça recebida! Então faça uma boa caridade! Pois tudo o que damos aos pobres é a Jesus que damos. Os mendigos são a presença viva de Jesus no meio de nós. Pode estar certo disso. Não precisa esfolar seus joelhos ou seus pés em uma caminhada dolorosa!
Também não adianta muito rezar 40 terços ou ficar a manhã inteira em oração, se você ignora o irmão que lhe estendeu a mão pedindo um pouco de comida. Pois a caridade fala muito mais alto. De nada adianta ou ficar 3 dias de jejum, isso só vai prejudicar a sua saúde, a saúde do corpo que Deus lhe deu. Por que? Porque Jesus quer misericórdia em vez de sacrifícios.
Deus perdoa você, à medida que você perdoar o  seu irmão. Deus perdoa e atende os seus pedidos, à medida que você atende aos pedidos de ajuda dos seus irmãos. Pois é impossível agradar um pai, e conseguir ajuda dele, se maltratou os seus filhos.
É por isso que devemos ter sempre em nossa mente: Nossa fé tem de ser completa. Temos de amar a Deus sobre todas as coisas e amar o irmão como a nós mesmo. E amor ao nosso irmão é expresso em obras, em ações concretas de ajuda fraterna desinteressada.

domingo, 14 de julho de 2013

BOM SAMARITANO

Tudo começa com uma pergunta que brota do mais profundo da nossa angústia: “Que devo fazer para receber a vida? Como devo viver para viver de verdade, para que minha vida valha a pena?” Apesar de um mundo que procura nos distrair dessa pergunta, não há como sufocá-la, como fazer de conta que ela não perturba nosso coração! Onde está a felicidade duradoura? Onde está à vida, a realização da existência? Que caminho seguir, para ser feliz de verdade?
Jesus indica o caminho: “O que está escrito? Como lês?” – Aqui, há algo importantíssimo. Uma coisa ele quer deixar clara: a vida não está no homem, mas na vontade de Deus! O homem somente será feliz, somente encontrará a vida se procurar lealmente a vontade de Deus. Perder de vista o projeto de Deus para nós, é perder de vista o sentido da própria vida! E este é o drama do mundo atual, que se julga independente de Deus.
Ao invés, Jesus nos força a abrir o coração para o Alto: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência”. Esta abertura para Deus dilata e realiza o coração humano, que foi criado para dar e receber amor, amor na relação com Deus, que desemboca, generoso, no amor em relação aos outros: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. – “Faze isto e viverás!”
A abertura para Deus nos faz crescer, nos faz superar nossos limites, nos lançar em relação a Deus e nos compromete com o próximo! “Quem é o meu próximo?” – A resposta de Jesus é clara: nosso próximo são aqueles que a vida fez próximos de nós.
O próximo tem rosto, tem nome, tem problemas e, às vezes, nos incomoda, nos atrapalha, nos desafia, nos causa raiva e contradição. É a este próximo, concreto como uma rocha, que eu devo amar! Mas, atenção: um judeu deve amar o próximo como a si mesmo: é isto que está escrito na Lei. Um cristão, não! Ele deve amar o próximo como Jesus: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
 Cristo não viu nossa miséria de longe, não nos amou à distância: desceu e veio viver a nossa vida, fazendo-se Deus-conosco! Por isso, ele é o verdadeiro Bom Samaritano, o verdadeiro modelo daquele que "se faz próximo". Ele se compadeceu de nós, desceu à nossa miséria, fez-se homem, para nos curar e elevar. Nele, se revela a plenitude do amor a Deus.
E quem é o meu próximo? O mestre da Lei quer saber quais são os limites do amor. Jesus fala que não tem limites. Todos que encontrarmos em situação de necessidade, são nossos próximos.
Dos três viajantes que, no caminho, se encontraram com o ferido, os dois primeiros são membros ativos e líderes da religião: o sacerdote, e o levita que tinha uma função parecida com os nossos líderes cristãos. Com isso, Jesus deixa claro que o que vale para entrar no céu não são títulos ou cargos importantes na Igreja, mas a prática da caridade.
Já o amor do samaritano foi bonito: espontâneo, desinteressado, generoso, terno, serviçal, eficaz e gratuito.
Após terminar a parábola, Jesus devolve a segunda pergunta ao seu interlocutor, mas a inverte. Ele não focaliza o destinatário (quem é o meu próximo?), e sim o seu sujeito: “Qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” E o mestre da Lei respondeu corretamente, usando inclusive uma expressão bíblica: “Foi aquele que usou de misericórdia para com ele”.
A conclusão de Jesus – “Vai e faze a mesma coisa” – é dirigida a todos nós. A pergunta correta que devemos nos fazer hoje é: “Quem espera ajuda de mim?” Vemos que o amor não tem limites, pois ele parte das necessidades do outro.
O sacerdote e o levita viram o ferido, mas seguiram adiante pelo outro lado do caminho. Eles se colocaram propositalmente à distância do necessitado. Corresponde um pouco aos nossos condomínios fechados, muros altos, vidros fumê nos carros... são estratégias atuais de seguir em frente pelo outro lado. Já quem ama faz o contrário: quer estar no meio dos necessitados.
Certa vez, numa grande região, faltou chuva e a colheita foi pobre. Entretanto, uma grande fazenda, que tinha irrigação artificial, teve uma colheita abundante. O administrador encheu os celeiros, depois disse para o dono da fazenda: “A colheita ruim aumentou o preço dos cereais. Agora é o tempo propício para vender e ganhar muito dinheiro”. O fazendeiro respondeu: “Eu penso nos pobres lavradores que não colheram nada e estão com as suas despensas vazias. Agora é tempo propício para dar”.
O amor é assim, frequentemente ele inverte o pensamento cego dos gananciosos. É próprio das mães perceber as necessidades dos filhos e colocar-se ao lado deles. Vamos pedir à nossa querida Mãe Maria Santíssima que nos ajude a ser bons samaritanos, socorrendo o nosso próximo em suas necessidades, e assim “recebendo como herança a vida eterna” Mãe do amor, rogai por nós.

Samanta e Juliano

Queridos noivos, amados pais, padrinhos, familiares, amigos, aqui nos encontramos, cheios de alegria, em oração, para celebrar o matrimonio de Samanta e Juliano.
Eles quiseram casar-se em ambiente de Eucaristia, junto dos seus familiares e amigos, escutando a Palavra do Bom Deus. Querem fazer do seu casamento um sacramento. Querem torná-lo para o mundo um sinal da alegria e da comunhão própria Deus família: Pai, Filho e Espírito Santo.
Samanta e Juliano, esta é a certeza e tesouro maior que devereis levar desta maravilhosa noite. Aquele que aqui vos trouxe é o mesmo que hoje se manifesta no vosso amor e no sacramento da Eucaristia, prova máxima do amor de Deus, que envolve graciosamente o vosso matrimonio.
Não me refiro a um deus distante, justiceiro, amigo de conflitos. Refiro-me Aquele que vos fala no coração. Falo-vos d’Aquele que vos faz acreditar no sonho da família. Sim falo do Deus família, Deus Amor. Aquele Deus que vos uniu já no vosso namoro, aquele Deus a quem rezaste na vossa intimidade para o vosso encontro acontecer.
Entre as pessoas que trazeis no santuário dos vossos corações alguém tenho que destacar: os vossos pais, aqueles que mais vos amam. Samanta, a tua mãe Maria Justina e do teu Pai Paulo Rubens; Juliano, a tua mãe Ema Maria e o teu pai José Albino. Samanta e Juliano recebestes e continuareis a receber o testemunho do Amor dos vossos pais. No amor quotidiano da mãe, no silêncio de tantos gestos do pai, na doação de tantos momentos dos dois,... Experimentastes e conhecestes o amor. Sei como Eles são importantes nas vossas vidas e da gratidão que lhes tendes. Ao amor que dEles recebestes, respondei-lhes com amor e felicidade do vosso lar!
A Escritura fala-nos de dois tipos de casa. Ela não pode ser mais clara. O Amor é o fundamento. O nosso Deus é Amor. Ele é o fundamento. Haja o que houver nele tudo terá sustento e sentido, e nele, a vossa casa será sempre mais feliz. A casa fundada no Bom Deus está segura de si que apesar das dificuldades da vida. Aquela que se edificada noutros alicerces acaba por cair. Sobre a areia nenhuma casa se sustém. Lembrem que a areia pode cegar. Nunca vos deixei levar pela desconfiança, pelo amor próprio, pela indiferença, pelo comodismo. Quando aparecerem grãos de areia transforme-os em rocha!
Juliano, tu é um o homem independente, forte e original. É uma pessoa de mente aberta. Não gosta de ficar parado, pois tem grande agilidade mental. Gosta de passar seu tempo lendo e adora estudar, não deixa passar uma oportunidade de viajar. É daqueles que possui uma paixão invejável pela vida. Sei da grandeza do teu espírito e da coerência das tuas opções. Peço que te empenhe sempre a construir com a Samanta a vossa casa fundada no Amor de Deus e sereis sempre e mais felizes.
Samanta tu és uma pessoa que sabe ouvir. Sabe o que quer da vida, e também como chegar lá. Você não passa despercebida por ninguém. Independente e dinâmico são características de um líder, e é desta forma que é vista. Com frequência é procurada pelos amigos que acreditam na sua eficiência em tomar conta das situações. Sei do sentido que dás à vida e do empenho que nela colocas. Recorda-te sempre que do mesmo modo que um dia terás um filho em teu ventre, assim Deus vos tem. Constrói com o Juliano a vossa casa fundada no Amor de Deus e sereis sempre e mais felizes.
Nem tudo será simples ou fácil! Viver em família significa doação para acolher, serviço para festejar, renúncia para valorizar. Sempre em nome do amor, sempre para que haja mais amor e alegria. Certamente virão as dificuldades. Algumas já conhecem, outras vos surgirão. Nem sempre as vontades vão coincidir. Educar os filhos nem sempre será fácil. O cansaço e as tensões surgirão. Não tenhais medo! Fiel no amor, tudo isso vos servirá, no diálogo e oração, para a consolidação do vosso amor de família. Lembrai-vos sempre daquilo que hoje viveis! Rezai em família, sobretudo, nas horas de felicidade. E aquilo que hoje vos anima: “o amor”- seja sempre o critério das vossas escolhas.
Samanta e Juliano que o vosso Amor vivido em família seja um eterno namoro, como o do primeiro dia, sempre renovado e fortalecido, feito de encanto e alegria. De certo modo, hoje começa a fase mais importante do vosso namoro. Que os pequenos detalhes se mantenham; que as correspondências se repitam; que os passeios e cinemas continuem; que o fundamento se fortaleça.

Levem Jesus Cristo para o vosso lar! Renovai em cada dia o amor que hoje aqui celebrais. Fazei do vosso lar casa de oração, doação e felicidade. Amai sempre mais que tudo. Perdoai sempre. Como no vosso namoro dialogai sempre. Celebrai a vida de cada dia como no vosso primeiro e mais belo encontro. Fazei cada dia memória deste dia tão lindo da vossa vida no qual junto de Deus, familiares e amigos vos entregai amorosa e eternamente. Essa será sempre a vossa alegria.
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