sábado, 10 de setembro de 2016

A OVELHA PERDIDA

É comum às vezes uma ovelha se desgarrar do rebanho e ficar perdido pelos campos. Ao perceber, o pastor larga o rebanho pastando e corre, à sua procura, e quando a encontra agradece a Deus. Ele fica muito feliz ao encontrar a sua ovelha perdida, e a colhe com carinho, reconduzindo-a ao rebanho.

Imaginemos então o desespero de um pai ou uma mãe que perde um filho na rua. Não é incomum ver crianças que se perderam dos pais por que se distraíram ao ver uma coisa que lhes interessou. E a imensa alegria do reencontro, é como recuperar um pedaço de nós mesmos que havia se perdido. Isso é o que vemos, nos relatos no Evangelho de Jesus a Misericórdia de Deus está sempre acompanhada com a palavra ALEGRIA. 

O mundo de hoje está repleto de ovelhas perdidas. São pessoas que sofrem as consequências de terem se desgarrado do rebanho de Cristo, e seguiram outros caminhos. Experimentam aquele desespero, angustia e vazio das crianças que se desprenderam das mãos protetoras de seus pais em meio à multidão de desconhecidos. 

Isso acontece com muitos de nossos irmãos, se desgarram do caminho do Deus quando alguma coisa os chama a atenção, nos distraem ou iludem. Coisas como as novidades do mundo virtual, a sedução da beleza, do prazer, da vaidade, ou as seduções do ter e da ganância.

Não se trata de condenar o progresso ou os bens materiais em si. O que lamentamos, é que tudo isso nos faz desgarrar, desviar do caminho, da verdade e da verdadeira vida. 

Muitos nem percebem que estão perdidos. Seguem andando, e pensando que estão no caminho certo, que são pessoas de Deus, só pelo fato de fazer o sinal da cruz ao deitar, pelo fato de fazer uma rápida oração vez em quando.

Quando estamos em pecado, não enxergamos o caminho a seguir, e nos perdemos na escuridão. Um dia eu li em um carro esta frase: Não me siga. Eu estou perdido! 

Uma brincadeira engraçada, porém com um grande fundo de verdade. Como podemos seguir a alguém que se acha perdido? Não chegaremos a lugar nenhum. 

Isso é o que acontece a muitos dos nossos jovens, que escolheram como heróis cantores, atores, jogadores de futebol, pessoas que na verdade estão completamente perdidos na vida. Que há muito tempo escolheram um caminho de pecado. Escolhamos como modelos os santos, aqueles que em tudo procuraram fazer a vontade de Deus e assim encontraram a verdadeira felicidade.

O pecado nos cega, e não deixa enxergar o caminho, não vemos a mão de Jesus estendida para nos levantar. 

Para vencer ao pecado vamos recorrer a misericórdia de Deus, buscar o perdão, a confissão, e se reintegrar ao rebanho de Deus.

E, com certeza, seremos acolhidos pelo Pai que nos ama, e como o pastor da parábola, nos reconduzirá com alegria ao seu rebanho

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

PARA QUE NASCEU NOSSA SENHORA?

Fragmento do Sermão do 
Nascimento da Mãe de Deus 
por Pe. António Vieira

Hoje a Igreja inteira celebra a festa da natividade da Virgem Santíssima; d'Aquela Mulher que, quando o mundo jazia no pecado, resplandeceu cheia de Graça iluminando-o com uma luz que ele não via há muito tempo. Iluminando-o com uma luz que era prenúncio da Luz do Seu Divino Filho.

Dos diversos títulos da Virgem Mãe de Deus sempre me deixam admirados. Em particular, gosto de quando A vejo chamada Estrela da Manhã. Assim como esta estrela surge brilhante quando ainda é noite, assim a Virgem Santíssima surgiu ainda nas trevas do mundo. Como um sinal d’Aquele que estava por vir.

Que Ela também surja em nossas vidas, escurecidas pelo pecado; que seja a esta Senhora, Refugium Peccatorum, que nos apeguemos com confiança quando nossas almas estiverem em trevas. Que A recebamos com amor filial, certos de que, d’Ela, mais uma vez, havemos de receber Nosso Senhor, havemos de receber a Graça capaz de transformar as nossas vidas. Antes que a Luz resplandecesse nas Trevas esta Estrela surgiu na escuridão dos Céus; e, tão certo como a aurora segue o aparecimento da Estrela da Manhã, também a Graça há de (re)nascer nas almas que permitirem que, nelas, resplandeça gloriosa a Virgem Imaculada. Que Ela nasça em nós, para que em nós Nosso Senhor possa nascer d’Ela. Que estejamos sempre muito unidos a Ela, a fim de estarmos unidos ao Seu Divino Filho.

Para que nasceu Nossa Senhora? Nasce para ser Arca de Noé, em que o gênero humano afogado no dilúvio se reparasse do naufrágio universal do mundo. Nasce para ser Escada de Jacob, e não para que os descuidados de sua salvação se não aproveitassem dela, como o mesmo Jacob dormindo, mas para que vigilantes e seguros subam por Ela da terra ao Céu. Nasce como Vara de Moisés, para ser o instrumento de todas as maravilhas de Deus, e a fama e alegria de Sua onipotência. 

Nasce para ser o verdadeiro e infalível Propiciatório, em que o Deus das vinganças, ofendido e irado, trocada a justiça em misericórdia, tenhamos sempre propício. Nasce para ser Trono do Rei dos Reis, o Salomão divino, ao qual Trono as três hierarquias das criaturas visíveis e as três das invisíveis servem de penha, não humildes como degraus por se confessarem sujeitas à Sua grandeza, mas soberbas como leões por acrescentarem altura à Sua Majestade. Nasce para ser Torre fortíssima de David, fornecida e armada de milhares de escudos tão próprios [?] e aparelhados sempre à nossa defesa, como seguros e impenetráveis a todos os tiros e golpes de nossos inimigos. Nasce para ser verdadeira Arca do Testamento, coroada com as duas coroas de Mãe e Virgem, dentro da qual não só se conservarão sempre inteiras as tábuas da Lei, mas esteve e está encerrado o Maná, que desceu do Céu, onde quotidianamente o podemos colher, por isso coberto e encoberto, mas não fechado. Nasce para ser Tabernáculo no deserto, e Templo em Jerusalém: Tabernáculo em que Deus havia de caminhar peregrino, e Templo em que havia de morar de assento, tão imóvel e permanente n’Ela como em Si mesmo. Nasce para ser não uma, senão as duas árvores famosas do Paraíso terrestre, a da vida e a da ciência; porque d’Ela havia de nascer o bendito fruto em que estão depositados todos os tesouros da ciência e da sabedoria de Deus, e o da vida da Graça no mesmo Paraíso perdida e por Ela restaurada. Nasce para ser em Seus passos como os daquelas duas colunas que guiaram o Povo escolhido à terra de Promissão: uma de nuvem para nos emparar e defender dos raios do Sol da Justiça, e outra de fogo para nos alumiar na noite escura desta vida até nos colocar seguros no dia eterno da glória. Nasce, enfim, para ser Vara de Jessé, de cujas raízes havia de nascer a mesma Vara Maria que hoje nasce, e a mesma flor Cristo Jesus que dela nasceu: Maria, de qua natus est Iesus.

Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus: Maria, de qua natus est Iesus.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

TERRA DE SANTA CRUZ

Veja os belos nomes que os portugueses deram para o Brasil: Primeiro "Ilha de Santa Cruz". Pensavam que se tratava só de uma ilha. Depois, chegando mais perto "Monte Pascoal". Finalmente viram que era um verdadeiro continente e lhe deram o nome de "Terra de Santa Cruz".

Mais tarde, trocaram para "Brasil" por causa da madeira vermelha que era uma grande fonte de riqueza. Pensaram que tinham roubado do Brasil seus nomes religiosos; eles se enganaram, o Pau Brasil era um 'lenho vermelho', ora, lenho vermelho só existe um: a Cruz de Cristo. Nós, os brasileiros, ainda temos a Cruz em nosso nome.

A primeira atividade realizada em nossa terra foi a Santa Missa. A primeira árvore que derrubaram não foi para construir uma ponte, uma canoa, foi para fazer um Cruzeiro e um Altar.

As velas das caravelas tem o Sinal da Cruz, as bandeiras, os estandartes, e até a moeda se chamava "cruzeiro", até bem pouco tempo.

A primeira homilia de frei Henrique foi sobre a Cruz de Cristo. Mais tarde, na fundação de Brasília, vemos a mesma devoção, o engenheiro Lúcio Costa que planejou a cidade nos conta: "Eu tinha em minha frente uma grande folha de papel em branco, não sabia como planejar uma cidade. Fiz no papel, com um lápis, uma grande cruz, assim surgiu o plano de Brasília. Falam que parece um avião, uma ave levantando voo, é uma cruz".

O papa João XXIII mandou colocar no topo do mundo, no Polo Norte, uma grande cruz de ébano, de 2 metros. Piedoso do papa.

No céu do Brasil brilha a constelação do Cruzeiro do sul, como sinal de proteção. É como se dissesse: o papa plantou uma cruz no Polo há alguns anos atrás. Deus plantou no céu uma cruz há 15 bilhões de anos. 

A cruz é um símbolo profético até na matemática. É o sinal mais simples (+), dois tração, mas eles somam, aumentam. A cruz não diminui.

São duas traves: uma horizontal que mostra a terra e seus problemas, outra vertical que aponta para o céu, tudo vai lá para cima.

A língua chinesa tem uma intuição maravilhosa. Os chineses escrevem por símbolos. Em mais de 3 mil palavras nós vemos no centro dos símbolos o sinal da Cruz. São as palavras mais bonitas da língua chinesa: poesia, música, alegria, paz, rei...

Irmãos no país onde moras, a Mãe Deus é venerada por milhões de brasileiros. Vamos sentir orgulho de nossa história, principalmente da história invisível, que não aparece nos livros. É a história de uma alma, a alma de Portugal e do Brasil.

VELHINHA É A VOVOZINHA

IDOSA é a pessoa que tem muita Idade;

Velha é a pessoa que perdeu a juventude.

A idade muda nossa aparência;

A velhice muda nosso espírito.

Por isso, nem todo idoso fica velho.

Como é triste ver gente de pouca idade com cabeça de velho.

O mesmo ocorre com as coisas: há coisas que são antigas e há coisas que são velhas.

Coisas antigas - chamamos de antiguidade -, e não tem preço; Gradamos para sempre e passam de geração em geração.

Coisas velhas já não tem valor nem um, e jogamos fora. E vemos cosas que ficam velhas rapidinho. Quase sem ter muita idade.

Você é idoso quando é convidado para alguma coisa sepergunta se vale a pena;

Você é velho, quando sem pensar responde que não.

Você é idoso quando sonha;

Você é velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende;

Você é velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando faz ginástica;

Você é velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente AMOR;

Você é velho quando só sente ciúmes.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida;

Você é velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada;

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs;

Você é velho quando seu calendário só tem ontens.

Idosa é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência; ela é uma ponte entre o passado e o futuro pois é no presente que os dois se encontram.

O velho é aquele que tem carregado o peso dos anos; que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite o pessimismo e a desilusão. Repetindo fazes como “no meu tempo que era bom!” - Como se hoje em dia não existisse mais nada de bom. Para ele, o presente ou futuro, pois só enxerga o passado.

O idoso se renova a cada dia que começa,

O velho se acaba a cada noite que termina,

Pois enquanto o idoso tem seus olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e a esperança se ilumina, o velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.

O idoso tem planos, o velho tem saudades.

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos;

O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva uma vida ativa, cheia de projetos a realizar e coisa por fazer. Para ele o tempo passa rápido e a velhice nunca chega.

O velho cochila no vazio de sua vidinha e suas horas se arrastam, destituídas de sentido.

As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do velho são feias, porque foram vincadas pela amargura.

Em suma, o idoso e o velho são duas pessoas que até podem ter, a mesma idade nos documentos, mas idades bem diferentes no coração
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