sexta-feira, 24 de junho de 2016

SÃO JOÃO

Ao celebrarmos o nascimento de São João Batista, nos lembramos de que faltam seis meses para o Natal. 

João batista foi enviado por Deus para preparar um povo bem disposto para acolher a chegada do Salvador. Para nós hoje celebrar o seu nascimento significa recordar que o mundo precisa de um salvador, que nós precisamos de um salvador, que eu preciso de um Salvador que é Cristo Senhor. 

Nesse mundo que as pessoas vivem como se não precisassem de Deus, desejando serem a própria medida do certo e do errado, julgando a seu bel prazer o que é correto, se colocam no lugar de Deus, sofremos amargamente as consequências. 

João Batista vem para nos lembrar de que não somos capazes de viver sem Deus, de ser feliz sem Deus e que sem Deus nada podemos fazer, nada de bom, nada de justo, nada de santo, nada que produza frutos para a vida eterna. João Batista vem nos lembrar de que precisamos sim de um Salvador. 

Segundo nos diz os evangelhos, João Batista é o maior dos profetas, sua vida foi marcada por grandes contrastes: vivendo o silencio do deserto, e movendo multidões!

O próprio Jesus o reconheceu como sendo ele, o maior dentre os nascidos de mulher, (Lc 7,28).

João Batista desempenhou um papel importantíssimo na história da salvação, ele veio dar testemunho da luz, abrir caminho para o encontro do homem com Deus, encontro, que ele experimentou, ainda no ventre de sua mãe: Isabel.

São João Batista, o santo mais popular de toda história, experimentou durante a sua vida terrena, a força dos dois lados do coração humano: a força do amor, capaz de transformar vidas, e a força do ódio que leva a morte!

Tiraram a vida do profeta João Batista, mas não conseguiram calar a sua voz, voz, que continua ressoando no coração de cada geração: “Convertei-vos e crede no evangelho”. “Eis o cordeiro de Deus”...

João Batista foi um grande exemplo de quem viveu exclusivamente a vontade de Deus.

Assim como João Batista, nós também viemos a este mundo com uma missão: realizar a vontade de Deus na vivencia do amor, assumindo o compromisso de cultivar em nossos corações, a disposição de renovarmos a cada dia mediante a palavra de Deus!

Colocar Jesus, como o centro da nossa vida, assim como fez João Batista, é pensar, é viver, é falar é mover-se em função do amor!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

ESPIRITUALIDADE DA FESTA JUNINA

Junho é o mês das festas populares de inspiração religiosa: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro e São Paulo. São festas que não deixam morrer costumes e tradições do passado, nos recordando todos os anos que as coisas mais simples são as coisas mais importantes:

- banho de rio; - andar descalço no gramado; - fruta colida debaixo do pé; - sentar na sombra de uma arvore; - cheira da comida da mãe; - a família reunida em torno da mesa; 

Ao celebrarmos os santos populares a Igreja nos convida a voltarmos nossos olhares à vida desses santos e buscar neles a inspiração para nossa própria vida.

Cristo contou com João que, antes dEle, veio para anunciar a chegada do Cordeiro conclamando todos à conversão. Batizou o próprio autor do batismo, e preparou um povo bem disposto para acolher o Salvador.

Cristo contou com Pedro para edificar a sua Igreja, dando-lhe a missão de apascentar as ovelhas. Príncipe dos apóstolos e primeiro papa, fundou a Igreja de Roma, derramando o seu próprio sangue por amor a Nosso Senhor.

Cristo contou com Paulo aposto das nações, incansável pregador do Evangelho, fundou muitas comunidades, que confirmava na fé com suas cartas escritas na prisão, cartas de consolação, mas também de alegria esperança e confiança inabalável em Deus.

Cristo contou com Antônio, um dos mais célebres pregadores da Palavra de Deus. Santo amado de todos. Protetor dos pobres e procurado por tantos, sobretudo por aqueles que sonham com um bom casamento. É uma religiosidade que expressa a alma simples do nosso povo que venera este grande santo.

Hoje Cristo conta com você, com cada um de nós.

E para bem cumprimos a nossa missão, não podemos esquecer que temos um compromisso muito importante com nossa comunidade. Ela precisa de nós para se manter viva e atuante.

O que caracteriza essas festas é que elas mantêm a pureza e a beleza iniciais, desafiando modismos ou inovações. Ainda hoje são celebradas com entusiasmo, com comidas e bebidas típicas, com trajes caipiras e danças, sobretudo da quadrilha. 

Algumas festas populares do nosso calendário vão se degenerando na sua autenticidade como ocorre com o Carnaval, cada vez mais explorado comercialmente e industrializado para fins políticos e favorecimento à degradação moral. As festas juninas ao contrário permanecem festas populares. 

Não existem entidades que as organizam. São espontâneas. O poder público nelas não interfere. Surgem nas ruas, escolas, igrejas, nos centros comunitários e nos ambientes familiares. São festas sadiamente alegres. Uma alegria que nasce nos corações que amam a vida, o trabalho, o bem. Uma alegria cheia de esperanças. Uma alegria que é expressão de vida realizada no cumprimento da missão do dia-a-dia. Uma alegria que ninguém pode roubar, porque vem de dentro.

Esta alegria contrasta com a que parece ser, mas não é, verdadeira alegria. A manifestação da falsa alegria de um alcoolizado mais se assemelha com os movimentos de alguém que está se afogando nas águas do rio, ele se afoga nas próprias frustrações.

A manifestação de alegria de uma pessoa que se diz vingada pelo mal que fez a seu desafeto nada mais é que a explosão de maus instintos, que logo vai se transformar em remorso. A alegria que se manifesta só no barulho e dele depende para expressar-se pode ter sentido de fuga, daquela fuga que abafa a voz da consciência.

A verdadeira alegria não tem nenhuma dessas conotações. Nem de fuga, nem de explosão de instintos, nem de afogamento das frustrações. Ela é expressão da realização pessoal mediante a experiência da amizade sincera.

As festas juninas são festas com amigos. Na família, na rua. Na comunidade. Santo Antônio. São João e São Pedro e São Paulo estão presentes nelas como traço de união entre amigos na comunhão da nossa fé e na participação da mesma luta por uma convivência mais fraterna entre os homens.

A alegria, marca das festas populares, é também uma virtude cristã, pois Deus quer filhos felizes e alegres, mesmo em meio a tantas dificuldades pelas quais passa nosso povo. Por isso São Paulo insistia: "Alegrai-vos, mais uma vez exorto, alegrai-vos!" Que a nossa comunidade saiba valorizar as festas juninas como serviço á fraternidade e como manifestação autêntica da verdadeira alegria.

terça-feira, 21 de junho de 2016

FRIO

O frio é muito diferente dependendo do lugar que ele bate.

Tem o frio na barriga que pode ser de medo e apreensão, mas também pode ser de excitação e a ansiedade que logo aconteça.

Tem o pé frio que pode ser azar ou falta de sorte, ou pessoa idosa no inverno que não tem jeito de aquecer.

Tem o sangue frio que pode ser coragem ou passividade, pessoa que não se assusta, mas também que não se compadece, não está nem ai faz o mal sem culpa.

Tem o coração frio, se diz de pessoa desalmada, egocêntrica, egoísta.

Tem o fica frio, que pode ser não te preocupa, não te abala, não te aflige, mas pode ser espera um pouco tenha paciência que já vai ser resolvido.

Tem a Cabeça fria que se diz da pessoa despreocupada, pacienciosas, sem pressa para nada.

Existem ainda muitos outros tipos de frio mas o que mais dói é o da solidão.

sábado, 11 de junho de 2016

LIÇÕES DE SANTO ANTÕNIO

Santo Antônio encontra com Deus na Sagrada Escritura, por isso na sua imagem temos a Bíblia aberta com o Menino Jesus, para dizer-nos que a Palavra se fez carne, que a Palavra ganhou vida, na vida de Antônio.

O Apóstolo Paulo já tinha nos alertado que “A fé entra pelos ouvidos” (Rm 10, 17), é do contato com a Palavra que podemos crer em Deus e acolher sua proposta, é isto que Antônio fez, olhando para Ele nos lembramos de Jesus:

• 1-Pobreza; 
Vestes simples. 
o Não se apega a títulos e honrarias.
“O filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8, 18-20).

• 2-Oração; 
Terço na sua Imagem. 
Como Jesus que reza ao Pai.
“Jesus subia ao monte para rezar” (Mc 3,13).

• 3-Itinerante;
Sandálias. 
Como Jesus ia de cidade em cidade.
“Jesus ia de cidade em cidade” (Lc 8,1).

• 4-Pregador; 
Anunciava o Evangelho.
 Denunciava as injustiças.
“Multidões diziam, Ele fala com autoridade” (Lc 4,32).

• 5-Amor aos pobres; 
O famoso pão de Santo Antônio
“Multiplicação dos pães” (Mt 14, 15-21).

• 6-Defensor dos fracos;
Em Pádua defendeu os mais pobres, mulheres em casamento.
“Daí a César o que é de César” (Mt 22, 21).

• 7-Doou sua vida; 
Martírio na África. 
Morreu esgotado.
“Como Jesus na Cruz” (Jo 19).

Estes sete exemplos mostram que Santo Antônio viveu a fé, participou da vida de Jesus que ele encontrou na Palavra, por isso hoje ele é nosso padroeiro, isto é, aquele que nos aponta o caminho para sermos santos, como Deus é Santo. Ele mostrou que é possível basta ter fé. 

Antônio acreditou na Palavra de Deus e orientou sua vida por ela, por isso é Santo, por isso participa da vida de Deus. Também nós, se nos encontramos com Deus na sua Palavra e pela fé se aceitamos a Palavra e nos orientamos por ela, também seremos Santos, isto é, participantes da vida de Deus.
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