quarta-feira, 17 de julho de 2013

A OVELHA PERDIDA

Haverá grande alegria no céu, por um pecador que se converta. Que afirmação mais cheia de consolação para nós. Haverá grande alegria.
Nenhuma das ovelhas extraviadas do redil de Deus é desprezada, nem abandonada sem socorro. Cristo salvará a cada um que se queira deixar redimir do abismo da corrupção e dos espinheiros do pecado.
O Pastor sai pelos caminhos e valados, procurando a alma triste e desamparada que não sabe mais voltar. Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.
O pastor que descobre a ausência de uma ovelha, não contempla indiferentemente o rebanho que está seguro no redil, dizendo: Tenho noventa e nove, e custa muito trabalho ir em busca da desgarrada. Ela que volte; vou abrir a porta e a deixarei entrar.
Não mesmo; logo que a ovelha se afasta, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o rebanho. Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não descança. Deixa as noventa e nove no redil, e sai em busca da ovelha desgarrada. Quanto mais escura e tempestuosa a noite, e quanto mais perigoso o caminho, tanto maior é a apreensão do pastor e tanto mais diligentemente a procura. Faz todos os esforços possíveis para encontrar a ovelha perdida.
Quando alguém que vagou longe no pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita e crítica. Há os que duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou insinuarão: “Ele não tem estabilidade; não creio que resista.” Tais pessoas não fazem a obra de Deus, porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas críticas, o maligno espera desencorajá-las, afastá-las ainda mais da esperança e de Deus. Contemple o pecador arrependido a alegria do Céu pela volta daquele que se perdera. Confie no amor de Deus e não desanime de maneira alguma pelo escárnio e suspeita dos que não te ajudam.
A parábola mostra bem claramente que as almas transviadas não ficarão abandonados a própria sorte no meio das tempestades da vida. Como a ovelha desgarrada, elas serão procuradas, ainda mesmo que seja preciso deixar de cuidar daquelas que estão no redil, mesmo que as noventa e nove ovelhas fiquem estacionadas, os encarregados do rebanho devem sair ao campo em procura da que se perdeu.
O Pai não quer a morte do ímpio; não quer a condenação do mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade.
Espírito de piedade pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus.
A parábola da ovelha perdida nos dá o entendimento claro do método de Deus para nós, pecadores.
Na nossa fragilidade humana, nós entendemos que quando alguém comete um erro precisa ser castigado para pagar a culpa. Bem diferente desse é o pensamento de Deus para nós quando pecamos. Neste Evangelho Jesus Cristo nos afirma justamente o contrário: O Senhor vai à busca do pecador para resgatá-lo e acolhe-lo, assim como um pastor faz com a ovelha perdida. Só procuramos a quem está perdido e foi por isso, que Jesus veio ao mundo: salvar quem está perdido. A alegria do céu consiste na conversão dos pecadores da terra. Cada pecador que se converte é motivo de alegria no céu.
Quanto mais consciência nós tivermos do nosso ser pecador mais nós poderemos experimentar a misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro para nos fazer justiça. O Senhor quer nos dar dignidade, nos tirar da lama, nos oferecer roupa nova, anel e sandálias aos pés, a fim de participarmos também da alegria do céu. Porém, se nós não nos consideramos pecadores, se nos justificamos e, como os fariseus e os mestres da lei, nós apontamos somente para o pecado do próximo, nunca poderemos comungar da alegria de Deus. O arrependimento é, portanto, o primeiro passo, para que haja festa no céu. 

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