Haverá grande alegria no
céu, por um pecador que se converta. Que afirmação mais cheia de consolação
para nós. Haverá grande alegria.
Nenhuma das ovelhas
extraviadas do redil de Deus é desprezada, nem abandonada sem socorro. Cristo
salvará a cada um que se queira deixar redimir do abismo da corrupção e dos
espinheiros do pecado.
O Pastor sai pelos
caminhos e valados, procurando a alma triste e desamparada que não sabe mais
voltar. Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas
ovelhas e as buscarei.
O pastor que descobre a
ausência de uma ovelha, não contempla indiferentemente o rebanho que está
seguro no redil, dizendo: Tenho noventa e nove, e custa muito trabalho ir em
busca da desgarrada. Ela que volte; vou abrir a porta e a deixarei entrar.
Não mesmo; logo que a
ovelha se afasta, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o
rebanho. Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não descança.
Deixa as noventa e nove no redil, e sai em busca da ovelha desgarrada. Quanto
mais escura e tempestuosa a noite, e quanto mais perigoso o caminho, tanto
maior é a apreensão do pastor e tanto mais diligentemente a procura. Faz todos
os esforços possíveis para encontrar a ovelha perdida.
Quando alguém que vagou
longe no pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita e crítica. Há os
que duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou insinuarão: “Ele não tem
estabilidade; não creio que resista.” Tais pessoas não fazem a obra de Deus,
porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas críticas, o maligno
espera desencorajá-las, afastá-las ainda mais da esperança e de Deus. Contemple
o pecador arrependido a alegria do Céu pela volta daquele que se perdera.
Confie no amor de Deus e não desanime de maneira alguma pelo escárnio e
suspeita dos que não te ajudam.
A parábola mostra bem
claramente que as almas transviadas não ficarão abandonados a própria sorte no
meio das tempestades da vida. Como a ovelha desgarrada, elas serão procuradas,
ainda mesmo que seja preciso deixar de cuidar daquelas que estão no redil,
mesmo que as noventa e nove ovelhas fiquem estacionadas, os encarregados do
rebanho devem sair ao campo em procura da que se perdeu.
O Pai não quer a morte do
ímpio; não quer a condenação do mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua
regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade.
Espírito de piedade pelos
pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e
a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus.
A parábola da
ovelha perdida nos dá o entendimento claro do método de Deus para nós,
pecadores.
Na nossa
fragilidade humana, nós entendemos que quando alguém comete um erro precisa ser
castigado para pagar a culpa. Bem diferente desse é o pensamento de Deus para
nós quando pecamos. Neste Evangelho Jesus Cristo nos afirma justamente o
contrário: O Senhor vai à busca do pecador para resgatá-lo e acolhe-lo, assim
como um pastor faz com a ovelha perdida. Só procuramos a quem está perdido e
foi por isso, que Jesus veio ao mundo: salvar quem está perdido. A alegria do
céu consiste na conversão dos pecadores da terra. Cada pecador que se converte
é motivo de alegria no céu.
Quanto mais
consciência nós tivermos do nosso ser pecador mais nós poderemos experimentar a
misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro para nos fazer justiça. O Senhor
quer nos dar dignidade, nos tirar da lama, nos oferecer roupa nova, anel e
sandálias aos pés, a fim de participarmos também da alegria do céu. Porém, se
nós não nos consideramos pecadores, se nos justificamos e, como os fariseus e
os mestres da lei, nós apontamos somente para o pecado do próximo, nunca
poderemos comungar da alegria de Deus. O arrependimento é, portanto, o primeiro
passo, para que haja festa no céu.
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