Estimados pais, o segundo domingo de
agosto é dedicado a vocês. Aceitem esta festa porque é um gesto de gratidão,
admiração, compreensão e oração por vocês. Se esta festa não existisse
precisaríamos criá-la, pois, tal é a necessidade que as pessoas e a sociedade
têm da pessoa do pai.
Vocês são o rosto de Deus Pai do qual
vem toda paternidade. Ninguém nasce sabendo ser pai, nem mesmo é fácil assumir
esta missão. Trata-se de uma arte, uma sabedoria, uma tarefa marcada por
sacrifícios e alegrias. Como é necessário o colo, o abraço, a presença, o
tempo, a fé, e a orientação paterna.
É comovente a gente ver o pai ao lado
da esposa e perto dos filhos. O pai livra o filho da dependência da mãe, indica
rumo e direção na vida, é esteio e ponto de referência na família. Sem você
pai, crescemos inseguros, tímidos, indecisos. Não vale a pena um pai ter
sucesso financeiro e fracasso familiar. O maior tesouro e o capital mais
precioso é a família. Pais, vocês são lideres, condutores, provedores, mestres,
protetores da família. Nós queremos dizer-lhes que os amamos e queremos
ajudá-los a serem bons pais.
No passado tivemos pais proibitivos,
hoje temos pais permissivos, mas precisamos de pais participativos que sejam a
fascinação de seus filhos, o pai herói, mesmo sendo limitado. Sabemos que vocês
pais não são deuses, nem onipotentes, nem perfeitos. O que importa mesmo é o
seu jeito de ser pai ao ponto dos filhos poderem dizer: “Eu quero ser como meu
pai. Meu pai e eu somos um. Quero ser digno desse pai”.
Pai, como faz bem sua presença em
casa e como prejudica a sua super proteção com dinheiro, presentes, liberdades
sem limites aos filhos. O amor é exigente.
Não troquem o lar pelo bar, pelo
campo de futebol, pela empresa, pela internet ou pela televisão. A atual
geração está crescendo com sensação de abandono, de orfandade, de ausência, de
distância do pai. Hoje, nós pedimos a vocês, aceitem ajuda, procurem as
soluções, desejem ser melhores. Nós sabemos que seus erros são “erros de amor”.
Não duvidamos de sua vontade e reta intenção. Estamos conscientes que gerar um
filho é fácil, difícil é ser pai desde a concepção, durante a gravidez e em
todas as etapas da vida. Hoje se fala muito do “pai grávido” que compartilha e
participa de todo o processo da gravidez e pela vida afora é companheiro e
educador.
Está mudando o jeito de ser pai.
Muitos ainda confundem o pai com o patrão, o reprodutor, o macho, o patriarca.
Outros, porém, pensam que o pai é apenas um servo super-protetor que faz todas
as vontades dos filhos. Criou-se também o “mito do pai perfeito” e assim muitos
pais desanimam, se estressam e se omitem.
A verdade é que:
- pai ausente, filho carente.
- Pai permissivo, filho prepotente.
- Pai irreligioso, filho incrédulo.
- Pai profissional, filho consumista
e folgado.
- Pai fraco, filho desnorteado, às
vezes efeminado.
Queremos abraçar afetuosamente neste
dia o pai migrante, o padrasto, o desempregado, o doente, o preso, o viúvo, o
separado. Tanto o pai que alcançou a terceira idade, como o pai ainda
adolescente, necessitam de nosso apoio e compreensão. Os filhos que sofrem a
ausência do pai procuram segurança na religião, nas leis, nas instituições. Uns
se tornam conservadores outros delinquentes. Lembremos, porém, os conselhos
bíblicos ensinam: “Aquele que respeita o pai obtém o perdão dos pecados, aquele
que honra o pai, viverá muito tempo. Filho cuida de teu pai na velhice. O amor
para com o pai, nunca será esquecido” (Eclo. 3).
Cada pessoa leva dentro de si o pai
que a gerou ou adotou. A reconciliação com o pai através do perdão tem o poder
de curar carências, ressentimentos e rejeições que sofremos. Um grande presente
a ser dado a nossos pais é o perdão. É um presente de preço inestimável. Quem
não resolve seus problemas com o pai, vai repeti-los vida afora de diversas maneiras.
Podemos solucionar todas as questões de antipatias e rejeição da autoridade
através do perdão aos nossos pais.
A você papai, parabéns, benção e
gratidão.
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