sábado, 16 de março de 2013

QUEM NÃO É CONTRA NÓS É A NOSSO FAVOR

“Quem não é contra nós é a nosso favor”. Jesus Caminho, Verdade e Vida da humanidade, fundou a sua Igreja una, santa, católica e apostólica. Igreja que permanece de modo pleno na Igreja católica, que conserva com fidelidade aos mesmos elementos desde o início: 

- a Palavra de Deus; 

- a Eucaristia; 

- os sete sacramentos; 

- o ministério de Pedro, presente no seu legitimo sucessor, o Papa; 

- o ministério episcopal, no qual se concretiza a sucessão apostólica; 

- a caridade fraterna; 

- nos dons e carismas; 

- na missão de anunciar Jesus ao mundo como Senhor e Salvador; 

- nos mártires testemunhas máximas de Cristo; 

- na presença materna da Virgem Maria; 

- nos Santos, amigos de Cristo. 

A Igreja católica é a Igreja de Cristo, pertence a Cristo e, por sua graça conserva tudo o que recebeu do seu fundador. 

Mas, Cristo é maior que a sua Igreja, a força do Espírito Santo, pode se manifestar também fora da Igreja católica. Pensemos naqueles guardam a Palavra de Deus, e creem em Jesus como Senhor e Salvador, nutrindo um amor sincero a Jesus, vivendo na caridade fraterna, às vezes manifestando maior ardor missionário que nós. Tudo isso deve ser, para nós, católicos, causa de alegria. Ainda que não estejam em comunhão com a Igreja de Cristo e faltem-lhes elementos essenciais da Igreja de Cristo, Jesus nos convida à tolerância e ao amor para com eles. 

Isto não significa que tanto faz ser católico como não ser, que o importante é a fé em Jesus e pronto. Não! É absolutamente falso afirmar que as questões de doutrina não são importantes. O Novo Testamento está repleto de advertências contra os que ensinam doutrinas erradas e contrárias à fé dos apóstolos. Todo o Cristão é convidado a buscar a unidade da Igreja em torno de Cristo, sem abrir mão da fidelidade ao que recebemos de nosso fundador. Mas, é necessário deixar claro o dever que todos temos da tolerância respeitosa e amorosa para com os separados. 

Nos entristece, ouvi-los falar calunias e mentiras da Igreja que amamos, mas deve nos alegrar ouvi-los falar bem de Cristo e pregar o Evangelho. É deles que o Senhor fala no evangelho de hoje: “Quem vos der a beber um copo da água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa”. 

Embora nossa primeira tendência é rejeitar o diferente, procurar logo os defeitos e condenar, o Senhor nos pede respeito àqueles que, sem ser dos nossos, adoram conosco Cristo Jesus como Deus e Salvador. 

Mas, a Palavra de Deus também fala de radicalidade. Tolerância para com os outros; radicalidade para conosco. 

Radicalidade no respeito pelos fracos na fé: “Se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço”. Não basta ser tolerante com os de fora; é necessário mais ainda ser cuidadoso com os irmãos de nossa paróquia, de nossas pastorais. 

Quantas vezes uma palavra dura, um mau exemplo, uma atitude pode fazer esfriar a fé do irmão que esta iniciando sua caminhada. Deus nos livre, de servir a Deus passando por cima dos outros! Deus nos guarde de um cristianismo sem amor! Com os de fora, tolerância e respeito; com os de dentro, amor e cuidado. É impressionante o quanto Jesus nos faz responsáveis uns pelos outros. 

Radicalidade para cortar o que em nós leva ao pecado e ao afastamento de Cristo: “Se tua mão (faz) te leva a pecar, corta-a... Se teu pé (vai) te leva a pecar, corta-o... Se teu olho (deseja) te leva a pecar, arranca-o!” Jesus é claro: não entrará na vida quem sinceramente não combater aquilo que o faz tropeçar no caminho cristão. 

A radicalidade de apoiar-se somente no Senhor e não nas nossas posses materiais: nossas riquezas apodrecem e nosso ouro enferruja, triste de quem é rico para si, desprezando os outros, mas não é rico para Deus! 

Devemos ter a coragem de arrancar de nossa vida tudo que nos atrapalhar na vida cristã, tudo quanto nos fizer tropeçar. Se combatermos nossas fraquezas humanas, o Senhor não nos abandonará, ao contrário, se nos acomodamos ao mal, então nosso coração irá se endurecendo e afastando do Senhor, nos iremos enchendo de nós mesmos e nos esvaziando de Deus, seremos ricos de pecados, ricos de uma vida soberba, ricos para si mesmos e não para Deus. 

Que o Senhor, pela sua graça, nos dê toda tolerância e toda intolerância. Toda tolerância com os irmãos e toda intolerância com o nosso pecado.

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