sexta-feira, 31 de maio de 2013

SAIBA CONVERSAR

Após tantas discussões, desavenças, ofensas, problemas financeiros, muitos se perguntam qual seria a verdadeira solução para todos ou a grande maioria dos problemas conjugais. A resposta é simples, o diálogo é fundamental para que, juntos, o casal possa resolver as dificuldades. O difícil mesmo, na verdade, é colocá-lo em prática sem gerar mais atritos. Só o diálogo não é o suficiente, mas também a maneira em que a conversa é abordada, saber o que é dever de cada um, o que o outro pode ajudar e quem tem mais razão naquele momento.


Uma boa conversa é aquela que serve para que os dois exponham todos os pensamentos, o que os aflige e respeitar o momento de cada um falar e ouvir. Caso contrário, a pausa para discutir determinado assunto não terá sucesso. Isso também não pode virar uma rotina e achar que o diálogo, aquele que vai resolver, tem que acontecer todos os dias. Quando isso acontece constantemente vai se desgastando e de nada serve.

Mas, você sabe qual o melhor momento para acontecer uma conversa produtiva? Não escolha dias em que o casal ou qualquer um dos dois esteja nervoso, não importa por qual motivo. Manter o silêncio neste caso é o melhor a ser feito. Espere a fúria passar para discutir o ocorrido, se é que vale a pena retomar o assunto, pois só assim as falas serão mais ponderadas.

Nenhum relacionamento é fácil, todos passam por dificuldades e provações, porém à medida que o casal tem liberdade de falar o que pensa isso serve também para o fortalecimento da união. O diálogo não deve ser substituído por palavras soltas em uma conversa ou até mesmo por gestos feitos com o corpo. Os dois devem estar conscientes com aquele período, devem parar e saber que a conversa deve ser usada para decisões.

4 PROBLEMAS QUE PODEM LEVAR AO DIVÓRCIO

Embora a preocupação mais frequente entre os casais seja a traição, existem outros motivos que podem culminar no fim do casamento.

Quando deixam de ser parceiros

Quando um dos cônjuges assume a figura de pai do outro ou o considera imaturo e irresponsável, a dinâmica da relação desaparece e destrói a intimidade e a atração sexual do casal. Se esses sinais não forem percebidos, é comum que um dos parceiros assuma um papel dominante, enquanto o outro se submeta emocionalmente para manter a relação. Esse tipo de situação mostra que o verdadeiro companheirismo já não existe mais e o relacionamento está comprometido.

Quando fogem de uma DR

Todo casal tem problemas. No entanto, quando eles não são resolvidos, podem acabar deixando ressentimentos. Discussões sem importância e a vontade de estar sempre certo podem minar a relação e colocar o parceiro em uma posição defensiva. Resolver os problemas discutindo saudavelmente é mais importante do que estar sempre certo. Aqueles que não aceitam suas responsabilidades em criar e sustentar sua parte do problema estão fadados a falhar nos relacionamentos.

Quando o Egoísmo aparece

O egoísmo faz parte da nossa vida, mas pode se tornar um problema quando um – ou ambos os parceiros – não é capaz de ajudar o outro. O exemplo que a especialista dá é quando um dos cônjuges não se sente bem e o outro dá início a uma competição dizendo que se sente ainda pior. Ainda, quando um dos companheiros trabalha fora e o outro cuida dos filhos e da casa, é possível que eles não compreendam a contribuição do parceiro para a relação. Ambos podem ser levados a pensar que as responsabilidades do outros são menores. A longo prazo, esse tipo de pensamento pode resultar no fim do casamento.

Se acomodar aos Vícios

Em uma relação em que um dos parceiros tem vícios – seja tabagismo, alcoolismo ou alguma compulsão – o principal foco do parceiro acaba sendo o objeto de seu vício e não o casamento ou a família, como é de se esperar. Por fora, a pessoa parecerá madura e responsável, mas sua dificuldade de lidar com problemas aparecerá no relacionamento. O cônjuge daquele que tem vícios pode sustentar a relação por algum tempo – principalmente quando existem filhos –, mas a chance de salvar o casamento é pequena.


Os casais que identificam um desses sintomas no relacionamento é que busquem ajuda o quanto antes. É difícil para os casais mudar antigos hábitos sozinhos porque as pessoas tendem a defender seus pontos de vista. A comunicação não é eficiente sem uma perspectiva neutra. Os hábitos precisam ser reconhecidos e interrompidos. Com ajuda é possível melhorar consideravelmente a relação entre aqueles que desejam olhar para si mesmos e começar com pequenas mudanças. É mais fácil encarar a situação do que enfrentar um divórcio.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CRIANÇA VÊ CRIANÇA FAZ!

O que decidimos ensinar aos nossos filhos vai além das palavras, os mais eficazes aprendizados se dão pelo exemplo. Tudo o que fazemos e dizemos tem sempre um olhar observador e um ouvido atento, por mais que nós não percebamos. Filhos são observadores sutis. Seus filhos podem não falar nada, mas certamente estarão tirando suas conclusões. Todas as experiências observadas ficam impressas na mente. Crenças, valores e exemplos apreendidos vão estar presentes no momento em que estiverem em situações semelhantes. 

Nós pais, somos os primeiros modelos de vida para nossos filhos e é através dele que as crianças procuram entender o mundo. É de onde vão tirando as suas conclusões do que é certo/errado, bom/ruim, o que podem ou não fazer. Não adianta nada você falar para seu filho que ele não pode mentir se ao tocar o telefone você diz: “Se for para mim diga que eu não estou.” Os exemplos falam mais do que as palavras. “As crianças fazem o que vêem fazer, não o que lhes dizem para fazerem”. 

As crianças não aprendem só com a própria experiência, mas especialmente com a experiência de outros. 

É de extrema e vital importância estarmos atentos aos ensinamentos que queremos passar para nossos filhos, pois as nossas crenças originais permanecem conosco e continuam a influenciar nosso modo de ser e pensar durante anos.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

UMA PALMADA NA BUNDA

O que você faria se alguém batesse nos seus filhos? E se esse alguém fosse você?

Certa vez, uma senhora contou que quando era jovem não acreditava no castigo físico como uma forma adequada de educar uma criança, apesar do pensamento comum da época incentivar o uso de um fino galho de árvore para corrigir a criança. Um dia, o seu filho de 5 anos fez alguma coisa que ela considerou muito errada e, pela primeira vez, sentiu que deveria dar-lhe um castigo físico. Ela disse para ele que fosse até o quintal de sua casa e encontrasse uma varinha de árvore e trouxesse para que ela pudesse aplicar-lhe a punição. O menino ficou um longo tempo fora de casa e quando voltou estava chorando e disse para a mãe: Mãezinha, eu não consegui achar uma varinha, mas achei uma pedra que você pode jogar em mim. Imediatamente a mãe entendeu como a situação é sentida do ponto de vista de uma criança: Se minha mãe quer bater em mim, não faz diferença como e com o quê; ela pode até fazê-lo com uma pedra. A mãe pegou seu filho no colo e ambos choraram abraçados. Ela colocou aquela pedra em sua cozinha para lembrar sempre: Nunca use violência!.

Por que ficamos furiosos quando outra pessoa destrata os nossos filhos? E porque não nos importamos quando somos nós mesmos que o fazemos? Por que somos os pais? Esta condição nos dá o direito de abusar de nossos filhos?

Já fiz essas perguntas para muitos pais, a resposta geralmente é a mesma, o que para mim é preocupante: “Ah, mas é diferente, somos os pais!” Este tipo de resposta nos mostra como os valores sobre amar, cuidar e respeitar os nossos filhos estão criando mofo dentro do armário. A mão que deveria dar carinho, amparo e proteção, é a mão que bate, humilha e destrói a auto-estima dos filhos.

Sabemos que a punição física é considerada uma prática “educativa” por muitos pais, até mesmo porque estes devem ter apanhado quando criança (o que por si só já deveria ser motivo suficiente para não reproduzir o mesmo comportamento nos filhos). Mas se você pensar criteriosamente a respeito, poderá tentar responder as seguintes perguntas: Que tipo de educação você está dando através da violência? Que tipo de exemplo você está sendo para os seus filhos? Quais informações os seus filhos absorvem através desse tipo de mau trato? Eles respeitam e admiram ou temem você?

O bater nos filhos geralmente começa com a velha e “inocente” palmada, e facilmente se tornar um abuso físico. Os pais que batem, acreditam estar corrigindo o comportamento da criança ou do adolescente. A grande questão é que bater não educa, apenas gera revolta, medo, tristeza, dor física e emocional. Como não educa, o comportamento que queríamos “eliminar” nos nossos filhos se repete e, a cada nova tentativa de “educar batendo” você vai precisar agregar mais força, gritos, chantagens e castigos para que algo aconteça. Esta é a infalível receita da agressão física nos filhos!

Uma observação importante: No processo de aprendizagem, a repetição é fundamental. Por isso, nossos filhos repetem muitos comportamentos até que eles tenham a certeza de tê-los apreendido.

Exemplo: Uma criança ao beber água, derruba na roupa. Você diz à ela: Tome cuidado ao beber água para não se molhar. Na próxima vez que ela beber água, provavelmente vai se molhar novamente e você precisará repetir a informação. Isso poderá acontecer várias vezes, e a cada vez que acontecer você vai precisar dar a mesma informação. Faça isso pacientemente! Não terá nenhum resultado no processo de educação se você gritar ao dizer: ”Eu já falei para você tomar cuidado ao beber água e não se molhar, seu idiota!” Educar exige paciência, disposição e bom humor. O contrário disso é uma bomba prestes a explodir: você!

Cuidado! Num suposto misto de raiva e ou medo de não ser respeitada e ou desejo de disciplinar, você pode se tornar um(a) abusador(a) de seus próprios filhos.

Não perca o controle com os seus filhos!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

FILHOS: POR QUE TÊ-LOS?


A escolha de ter ou não filhos não é igual para todos. Algumas pessoas optam por ter muitos, outros apenas um, assim como alguns optam por nenhum.  Existem pessoas que não conseguem tê-los por motivos diversos.  Enfim, cada caso é um caso – como diz a velha frase popular.  Mas afinal, por que temos filhos?

Há algum tempo atrás assisti a um drama policial, em uma determinada cena, dois homens conversavam sobre filhos. Um deles disse: “Não tive filhos e penso que é melhor não ter tido a ter que perdê-los”.  O outro, que teve a filha morta disse: “Não penso assim, pois para mim valeu a pena cada minuto da minha vida com ela”.  A frase me levou a pensar sobre o tema aqui escrito.

Outro dia em um aniversário infantil, encontrei uma pessoa conhecida que é mãe de dois filhos. Espontânea e sorridentemente  ela me perguntou quando eu teria o meu segundo filho, pois um só era ruim. Perguntei à ela por que era ruim.  Ela me disse: “É que quando ficamos velhos, temos dois filhos para cuidar da gente, as responsabilidades são divididas”.  Bem, a resposta dela faz sentido, mas não é porque faz sentido que tem que estar correta. Filhos não são aplicações financeiras que rendem a longo prazo para termos recursos e tranquilidade no futuro.  Ter filhos é muito mais do que pensar em nós mesmos, é pensar acima de tudo neles, no mundo e no nosso planeta.  A frase a seguir tem um significado muito profundo: “Todo mundo ‘pensando’ em deixar um planeta melhor para nossos filhos… Quando é que ‘pensarão’ em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”. (Pergunta vencedora em um Congresso sobre Vida Sustentável).

Os argumentos sobre ter ou não filhos são diversos. Uns não querem ter filhos porque acreditam que eles dão trabalho, tiram a quietude, bagunçam tudo, dão despesas, etc. Outros querem ter porque anseiam por companhia, têm medo de ficar sozinho no futuro, porque a sociedade cobra, porque os prováveis futuros avós querem netos. Bem, independente dos motivos ou desejos, uma coisa para mim é certa: Ter filhos é uma experiência única, inigualável. É uma sensação de que fizemos finalmente algo útil na nossa vida.  Mas, a experiência positiva não pára por aí. Vê-los crescer, se desenvolver, tornando-se a cada dia um ser maravilhoso, com personalidade, idéias, com ânsia de viver, explorar, criar, inovar, renovar e preservar. Isso é absolutamente espetacular!

Os filhos trazem de volta para nós o que podemos ter esquecido: Que viver vale a pena! Que a vida tem esperança. Que ela se renova. Que precisamos acreditar em algo ou em alguma coisa. Que além de nós mesmos existe a relação com o outro. Que precisamos nos tornar pessoas melhores e fazermos algo de bom pelo nosso planeta e pelas pessoas que nele vivem, pois afinal de contas, queremos dar e deixar o melhor à eles antes de partirmos.

É muito comum escutar a frase: “Todo mundo tem que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore”. Ter filhos virou uma das “obrigações” do ser humano. Penso que não tem que ser uma obrigação ou uma necessidade, precisa ser uma escolha, um desejo de compartilhar com alguém algo de bom nesse mundo, precisa ter uma enorme vontade de doação e de viver o amor incondicional.

Ter filhos é uma escolha, e a partir do momento em que você optar pelo sim, o faça da melhor maneira possível, pois você estará se tornando pai/mãe e, esta é a mais séria e honrada posição na vida de um ser humano.

terça-feira, 14 de maio de 2013

QUANDO A FAMÍLIA ADOECE

Viver em um contexto familiar é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. É na família que vamos aprender nossos primeiros conceitos sobre a vida, relacionamentos, educação, etc. Estes conceitos podem ser positivos ou negativos, o que os determina é a estrutura familiar em que estamos vivendo. Famílias saudáveis (onde existe amor, respeito e cuidado entre seus membros) geram aprendizados positivos. Famílias doentes (onde existe desrespeito, maus tratos e abuso entre seus membros) geram aprendizados negativos. 

O principio familiar positivo parece fácil de seguir, mas na prática a teoria é outra – diz o dito popular. O dia a dia nos rouba esse conceito tão romântico sobre família, pois vivemos em um contexto onde estamos sempre pensando no amanhã, muitas vezes é como se o dia de hoje não existisse, o momento atual não fosse importante. Almoçamos pensando no que iremos fazer após o almoço, vamos ao cinema e já temos planos para o momento seguinte, trabalhamos hoje pensando no mês que vem e assim por diante. De fato nunca dedicamos tempo real para cuidar de nós e dos que amamos. 

A vida é tomada por diversas atividades que muitas vezes não conseguimos cumprir. Estamos sempre querendo mais e mais coisas materiais e nos enchemos de objetivos fúteis e esquecemos que a simplicidade é o caminho da serenidade. O que acontece é que não conseguimos ser serenos, conseguimos ser ansiosos, preocupados com o futuro e desconectados do nosso presente. Deixamos de viver o aqui e agora para viver o amanhã e podemos não perceber, mas passamos esse comportamento adiante para os nossos filhos. 

Esquecemos de olhar para nós mesmos, de nos cuidar, de parar e perceber o que nos incomoda. Esquecemos de nos perguntar o que realmente nos faz felizes. Se estivermos infelizes, como podemos gerar felicidade ao nosso redor? Se estivermos ansiosos demais, como podemos promover a tranqüilidade, o bom senso e a quietude para os que estão conosco? 

Preocupamos-nos com dinheiro, tecnologia, carreira, sucesso e menos com as relações, principalmente a relação com a nossa família. Podemos até argumentar: Ora, mas eu trabalho para dar um conforto aos meus familiares, uma melhor educação aos meus filhos. Só que cuidar e educar vai além do material. Qualidade de vida está nas boas relações e não nas boas aquisições. 

Cada vez mais as crianças e adolescentes estão desenvolvendo doenças ditas de adultos, como: depressão, ansiedade, estresse, síndrome do pânico, etc. É claro que tendemos a nos perguntar: O que está acontecendo com os nossos filhos? O que acontece com as crianças e jovens da atualidade? Bem, existe uma realidade a nossa volta. O mundo está mais acelerado, a cada dia deixamos de nos contentar com o pouco, até mesmo porque o desenvolvimento está indo além do que conseguimos acompanhar e muitas vezes nos sentimos ficando para trás e precisamos correr. Mas correr para quê? Esta é uma boa pergunta para fazer. Por que temos tanta pressa? Por que precisamos estar sempre em movimento e ocupados? Por que sentar e brincar com os nossos filhos, assistir a um filme com quem amamos ou mesmo jogar conversa fora é considerado perda de tempo pela maioria? As coisas simples da vida estão perdendo o seu valor e nos perdemos na complexidade. Com isso, nós e nossa família adoecemos, sofremos e geramos sofrimento. 

Não é raro escutar de crianças e adolescentes o quanto sentem falta dos pais, de como queriam que eles tivessem mais tempo e de como desejam pais mais tranqüilos e equilibrados. 

Certo dia, escutei um relato emocionado de uma adolescente sobre seus pais: “Eu quase não os vejo. Quando acordo para ir ao colégio, eles ainda estão dormindo, volto para almoçar e eles já almoçaram e estão dando um cochilo, à tarde vou para o curso e eles já estão no trabalho, à noite voltam muito tarde e estão cansados demais para ficarmos juntos e é assim dia após dia. Acho que nem estamos mais acostumados a ficar juntos, pois quando raramente isso acontecesse, sempre brigamos…” Creio que essa família se perdeu em meio a tantas coisas para fazer e tão pouco tempo entre eles. O resultado disso pode ser bombástico: pais cansados, estressados, ansiosos, deprimidos e filhos revoltados, tristes, desamparados e ansiosos por um acolhimento. 

Um estudo recente sobre o impacto dos transtornos ansiosos dos adultos na vida dos seus filhos mostra a importância de um olhar atento aos membros mais novos da família. A pesquisa mostra que filhos de adultos ansiosos, têm uma probabilidade maior de sofrer também de ansiedade. 

É urgente pararmos e pensarmos na vida que vivemos. Por isso, lanço uma proposta para reflexões constantes: A sua vida está do jeito que você gostaria que estivesse? As suas relações estão satisfatórias e saudáveis? Se hoje fosse o seu último dia de vida, como você gostaria que ele fosse? Esta última é pesada eu sei, mas é necessária, até mesmo porque vivemos acreditando que temos a eternidade e por isso estamos sempre pensando no futuro e deixando de viver e aproveitar o presente. Lembre-se: A vida é feita de momentos, um depois do outro. Nenhum se repete, todos são únicos, por isso aproveite bem cada um deles. Torne-se saudável!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

PAIS E FILHOS & SEXUALIDADE

“Um pai alemão começou a usar saias porque o filho de cinco anos gosta de usar vestidos”. 

Fiquei sabendo desta reportagem através de um grupo no facebook. Achei importante escrever a respeito no intuito de esclarecer o que vem a ser o TIG-transtorno de identidade de gênero. 

A reportagem 

“Um pai alemão começou a usar saias porque o filho de cinco anos gosta de usar vestidos”. A história mexeu com um vilarejo tradicional no sul da Alemanha. Niels Pickert percebeu que seu filho gostava de usar vestidos e era ridicularizado por isso no jardim de infância. Segundo Pickert, “usar saia era a única maneira de oferecer apoio ao meu filho”. 

Em uma carta, Pickert explica: “Sim, eu sou um daqueles pais que tentam criar seus filhos de maneira igual. Eu não sou um daqueles pais acadêmicos que divagam sobre a igualdade de gênero durante os seus estudos e, depois, assim que a criança está em casa, se volta para o seu papel convencional: ele está se realizando na carreira profissional enquanto sua mulher cuida do resto”. 

De acordo com o pai, ele não podia simplesmente abandonar o filho ao preconceito alheio. “É absurdo esperar que uma criança de cinco anos consiga se defender sozinha, sem um modelo para guiá-la. Então eu decidi ser esse modelo”. “Um dia eles resolveram sair pela cidade vestindo saias.” 

Meninos vestindo saias e meninas usando cuecas. 
O que vem a ser isso? 

As causas podem ser as mais variadas possíveis dando margem para as divergências cientificas em teorias e opiniões. Porém, o que eu pude observar pessoalmente, Foi que os pequeninos interpretam as mensagens conscientes e inconscientes de seus pais como não sendo amadas por serem quem são, especialmente em relação ao sexo ao qual pertencem, portanto não podem amar a si próprias se não pertencerem ao sexo oposto. 

Crianças gostam de explorar o mundo 

O que eu percebo hoje em dia é que os pais querem educar da maneira mais livre possível e tentando respeitar ao máximo as vontades dos filhos. Isso é valoroso, porém é um campo minado, pois se não soubermos como fazer isso, iremos mais confundir os nossos filhos do que ajudá-los. 

Uma criança de 5 anos de idade não tem clareza sobre as consequências das suas escolhas. É claro que para ela nada é definido como certo ou errado, pois isso ainda está em construção. A sociedade em que ela está inserida e a educação que receberá irão dar essas diretrizes. 

Crianças são verdadeiros exploradores que saem pelo mundo a fora em busca de conquistas. Com isso, se um menino vê sua mãe, irmã (caso o tenha) ou tias usando saias, ele pode ter a curiosidade, vontade ou desejo de usar também. Isso não significa que ele esta é uma escolha definitiva dele. Crianças são exploradores, lembram? No momento em que ela é incentivada a fazer isso com mais frequência, estimulada por um adulto, ela poderá começar a incorporar como sendo o correto a fazer.

terça-feira, 7 de maio de 2013

VIOLÊNCIA VERBAL

Tratar a sua filha com respeito, confiança e amor, fará dela uma mulher segura e hábil para se relacionar não apenas com os homens, mas com todos ao seu redor. 

O pai como referência masculina 

O pai é a primeira figura masculina com a qual a menina tem contato, com isso ser pai de menina é uma tarefa de muita importância. No futuro, o pai irá funcionar como um modelo, uma referência e, todos os demais homens que cruzarem a vida da filha, serão inevitavelmente comparados ao pai. Se a relação entre pai e filha é boa e positivamente intensa, isso poderá ajudar a menina a encontrar um homem de boas qualidades. 

Ser pai é amar incondicionalmente 

As meninas geralmente tem admiração pelo pai, gostam de se adaptar a eles e de agradá-los. Agradar ao pai é um desejo de ser amada e aceita por ele. Como pai, você deve ajudar a sua filha a desenvolver uma identidade própria, ajudá-la a perceber que não precisa se adaptar ou agradar a um homem para que ele a ame. O pai deve mostrar o amor incondicional pela filha e, o melhor momento para fazê-lo é quando ela não faz o que ele deseja. A filha que não teve a experiência de ser amada incondicionalmente pelo pai pode desenvolver um sentimento de baixa autoestima e de insegurança. Ela acredita que o pai não a ama porque ela é má ou não faz nada certo. 

Cuidado com o autoritarismo 

Ser autoritário pode passar a mensagem para a sua filha que ela tem que se submeter aos homens. Avalie se você precisa ser autoritário sempre, pois deixar algumas decisões nas mãos da filha poderá ajudá-la a amadurecer e a assumir as consequências pelas decisões equivocadas. 

Permissividade 

Se você faz tudo o que a sua filha quer, você será o queridinho dela, mas isso tem um preço alto: ela poderá desenvolver a manipulação. Com jeitinho e dengo, ela pode conseguir tudo do papai, então ela aprenderá que é assim que se relaciona com os homens e pessoas em geral. Seja permissivo, mas deixe claro que existem regras e limites os quais ela não poderá ultrapassar. 

Tratar a sua filha com respeito, confiança e amor, fará dela uma mulher segura e hábil para se relacionar não apenas com os homens, mas com todos ao seu redor.

domingo, 5 de maio de 2013

CRIANDO FILHOS FELIZES

Tudo depende da maneira que escolhemos para dizer as coisas. Existe uma pequena história que gosto muito de usar como exemplo. 

“Num reino distante morava um rei, sua esposa e seus filhos. De tempos em tempos o rei chamava seu conselheiro visionário para lhe falar coisas as quais o rei não detinha conhecimento. O conselheiro tendo uma visão de futuro do rei, disse: ‘Todos da sua família morrerão antes do senhor meu rei. ’ Furioso com a profecia, o rei manda cortar a cabeça do pobre do conselheiro. Após um tempo, o rei chama outro conselheiro. Este tendo a mesma visão, diz: ‘Viverás mais que todos da sua família meu rei. ’” 

Percebem a diferença que faz a maneira como dizemos as coisas? 

Em muitos momentos precisamos falar verdades para os nossos filhos e por vezes é necessário que sejamos diretos e francos, mas isso não significa que devemos ser duros ou terríveis com as palavras. 

Existe um limite entre educar e destruir o seu filho, então esteja sempre atento. 

Se você deseja ensiná-los a fazer coisas corretamente, ou discipliná-la para que se comportem bem em público ou mesmo a ter um bom relacionamento com os amiguinhos, então use positivamente o poder que todos os pais têm e torne seus filhos seres humanos dignos e necessários ao nosso planeta. 

Dicas de como falar positivamente com seus filhos: 

Fique atento em sempre usar palavras construtivas e nunca destrutivas. 

Para disciplinar:  

“Ficar chateado por que algo não saiu como você queria é natural, mas procurar outra solução e resolver o seu problema é algo que você pode fazer afinal você é um menino muito esperto.” 

“A sua irmã te irrita com estas coisas que ela faz, não é? Bem, você é mais velho que ela e já aprendeu muitas coisas que ela ainda vai aprender, que tal ensiná-la a fazer isso de outra maneira?” 

Quando eles se encontram com dificuldades para fazer amigos: 

“Os primeiros dias de aula são os mais difíceis para você fazer amigos. Você não conhece ninguém e eles não sabem o quanto você é uma menina legal. Então aproveite este período e observe quais são as crianças que você gostaria de estar mais próxima nas semanas seguintes” 

“Por mais que sejamos pessoas legais e interessantes, nem todo mundo irá gostar da gente assim que nos conhecer, dê um tempo para que você conheça as pessoas e elas conheçam você.” 

Dificuldade para aprender algo: 

“Você é muito esperto e esforçado e já vi você fazendo coisas incríveis, então sei que você será capaz de entender e resolver estas questões de matemática assim que você praticar e estudar mais um pouco.” 

Em casos de doenças: 

“Você é uma criança forte e saudável, ficar doente de vez em quando é uma maneira que o corpo tem de nos avisar que precisamos descansar um pouco. Então depois que você dormir e relaxar se sentira melhor.” 

Valorizando a criança: 

“Você foi muito gentil ajudando o seu amigo, tenho certeza de que ele gostou muito disso. Fiquei orgulhosa de você!” 

“Você é uma menina cheia de energia e é capaz de fazer muitas coisas em poucas horas, mas que tal diminuir um pouco o ritmo agora que está quase na hora de dormir. Você vai perceber que terá uma soneca mais agradável. Vamos tentar?” 

“Que roupa linda você escolheu para vestir. Você é bom para combinar cores.” 

“Você toca violão muito bem, fiquei encantada com o som que você emitiu.” 

Atenção! 

Os elogios são úteis para criar crianças mais seguras de si, positivas e felizes, mas fique atento aos sentimentos delas, e não use os elogios sem o bom senso e, seja sincero sempre. 

Ouça-as primeiro e perceba em quais momentos elogiá-las será útil. Existem momentos em que os filhos precisam apenas de colo e carinho e um bom ouvido acolhedor. Nestas horas palavras são desnecessárias.

sábado, 4 de maio de 2013

CUIDADO COM O QUE FALA PARA SEU FILHO

O que falamos aos nossos filhos tem um poder transformador. E todos os dias, todas as horas, falamos muitas coisas para eles. Que tal usarmos as nossas palavras para criarmos filhos felizes? 


Existe um limite entre educar e destruir o seu filho, então esteja sempre atento. 

Você é cuidadoso(a) com o que fala aos seus filhos? 

A velha e conhecida frase “palavras o vento leva” não se aplica quando o assunto é educação de filhos. Cotidianamente escuto adultos profundamente machucados com as duras palavras que escutaram de seus pais quando ainda eram crianças. Infelizmente é mais comum do que imaginamos pais falarem de maneira destrutiva com os seus filhos. 

- Você é um burro. 
- Para de me irritar, senão você vai apanhar. 
- Você é igualzinho ao seu pai, um idiota. 
- Você é louco ou surdo? Está me ouvindo? Eu já falei para parar com isso. 
- Você está parecendo uma prostituta com esta roupa. 

O quê, e como falamos com os nossos filhos faz toda diferença na formação de suas personalidades, autoestima e relações interpessoais (relacionamento deles com as outras pessoas). 

Os exemplos acima são extremados e geralmente saem de forma impensada da boca de pais que estão ou são “estressados, mal humorados, mal educados e descuidados.” Muitos pais falam tais frases com uma naturalidade espantosa, como se em nada fossem afetar seus filhos. Mas a verdade é que elas afetam, podem acreditar nisso! 

Profecia Auto-realizadora. O que é isso? 

Tudo o que falamos aos nossos filhos é como uma programação mental, que pode ser tanto positiva quanto negativa. A programação negativa tem nome e endereço e chama-se: “Profecia Auto-realizadora”. Essa é a expectativa ou o pré-conceito que se cria de algo ou de alguém e, mesmo que ela seja errônea ou diferente da vontade do próprio indivíduo em questão, pode vir a concretizar-se. 

Prestemos atenção em quantas vezes profetizamos frases, eventos ou situações para os nossos filhos. Estas vão de simples: “Você vai cair!” até “Nunca confie nos homens!”. 

Palavras atravessam gerações 

O pior é que estas frases ecoam não apenas na mente de cada pequeno ser que as escuta, mas elas permanecem, tornam-se verdades inconscientes e avançam gerações e gerações à frente. Se eu escutei de meus pais, provavelmente eu falarei aos meus filhos. Se não as mesmas palavras, mas com o mesmo sentido maldoso ou depreciativo. Isso acontecerá até que o ciclo seja interrompido através da tomada de consciência. 

Plantando boas sementes e colhendo bons frutos 

Todas as frases que ouvimos ao longo dos anos são como sementes que foram plantadas inconscientemente em nossas mentes. Elas brotam e formam a nossa autoimagem, tornando-se parte da nossa personalidade. E isso começa cedo. 

Em meu trabalho clinico com crianças, eu pedia para as mesmas se descreverem, e elas me diziam: “Sou uma criança má”, “Faço tudo errado”, “Eu mereço apanhar!”, “Ninguém gosta de mim porque sou muito chata”, etc. Quando eu perguntava por que elas se descreviam dessa maneira, vinha a nada surpreendente resposta: “Oras, meus pais vivem me dizendo isso.” 

Somos adultos, sabemos a verdade, não? Bem, pelo menos é isso que as crianças pensam sobre nós. Que somos os donos da verdade. Se estivermos falando, afirmando ou declarando algo, é porque é verdadeiro. Essa é a verdade para os nossos filhos sobre nós. 

Geralmente quando escuto pessoas falando frases oriundas de profecias auto-realizadora, pergunto para elas quando foi que começaram a ouvi-las. Em geral a resposta é a mesma: “Quando eu ainda era uma criança”. 

Você tem o poder e o dever de criar filhos felizes, então faça isso direito! 

Imagine como a sua vida poderia ter sido diferente se você tivesse escutado e acreditado em frases ditas pelos seus pais, como: 

- Você é um menino maravilhoso! 
- Sinto-me feliz por ser seu pai/mãe! 
- Você é tão criativo, fico impressionada com todas as interessantes coisas que saem da sua mente. 
- Você é linda! 
- Você se esforça tanto para conseguir o que quer, continue assim. 
- Você será feliz fazendo o que ama. 

Por que Machucamos os nossos filhos com palavras? 

Muitas vezes reproduzimos em nossos filhos situações difíceis que passamos durante a nossa infância, mas temos o dever de interromper este ciclo se desejamos que nossos filhos sejam adultos saudáveis e tenham uma vida emocional equilibrada e feliz. 

Interrompendo o ciclo 

Se você deseja mudar a maneira de se relacionar com os seus filhos e para eles começar a falar palavras positivas, primeiro pense um pouco a respeito de si mesmo e tente responder as seguintes perguntas: 

- Você costumava escutar profecias auto-reveladora quando criança? Quais eram? 
- Se as escutava como se sentia a respeito? 
- Lembrando-se sobre elas nesse momento, perceba se elas ainda fazem parte da sua vida. 
- Você continua acreditando nelas? 
- Por que as palavras agressivas passaram a fazer parte da educação de seus filhos?

quinta-feira, 2 de maio de 2013

GERAÇÃO DE ORFÃOS

Esta semana presenciei uma cena que me fez pensar sobre o lugar da tecnologia na família, seus perigos e benefícios. A cena foi de um pai e sua filha (cerca de 13 anos), desfrutando de um almoço. O pai passou toda a refeição com o seu smartphone, ele fazia telefonemas e jogava. A menina, que não tinha um smartphone (pelo menos se tinha um, não o estava usando naquele momento), parecia sombria, seus olhos estavam vazios e com um tom de raiva. Entre as rodadas de jogos e conversas, quando o pai decidiu se dirigir a sua filha, ela não fez nenhum contato visual com ele e mal falava. Confesso que a cena partiu meu coração. 

Penso que não somos apenas nós, os pais que corremos o risco de perdemos os nossos filhos para a tecnologia; nossas crianças também tendem a perder seus pais pela mesma razão. Eu me pergunto, será que estamos criando uma geração de órfãos, crianças cujos cuidadores desapareceram em uma pequena caixa preta? 

Filhos precisam de atenção e contato

O amor é atenção. Atenção é o amor. As crianças se sentem amadas quando passamos o tempo com elas e doamos a nossa presença. Nós precisamos começar a prestar atenção às mensagens que estamos enviando para os nossos filhos quando frequentemente desviamos o olhar delas para as nossas telas. É claro que temos coisas a fazer e não podemos ter 100% do nosso tempo dedicado para as nossas amadas “crias”, sem falar que as crianças precisam de tempo sem os pais também. No entanto, quando passamos o tempo interagindo com a tecnologia ao invés da companhia de nossos filhos, estamos enviando alguns sinais que merecem atenção. Vamos olhar para eles? 

Fique atento aos sinais 

- Primeiro, estamos dizendo: Eu estou mais interessado no que está acontecendo neste jogo do que em você. 

- Segundo, nós estamos dizendo que os jogos virtuais ou as nossas mensagens de texto, são uma valiosa forma de gastar o nosso tempo neste planeta. 

- Terceiro (e mais perigoso), quando escolhemos nossos dispositivos ao invés de nossos filhos (que é como uma mente jovem entende esse nosso comportamento), estamos dizendo que vocês, filhos, não são tão importantes. 

Bem, se o seu smartphone ou o seu computador de última geração vem sendo o seu motivo de atenção nas suas horas vagas, então entenda que as suas crianças irão fazer o mesmo e acabarão obsessivamente jogando ou usando demasiadamente a tecnologia ao invés das relações; isso não só porque eles foram ensinados que esta é uma valiosa forma de passar o seu tempo, mas, às vezes, porque não confiarão que alguém irá querer prestar atenção neles. 

O impacto da tecnologia nas relações familiares 

Não estou aqui questionando a importância e função da tecnologia em nossas vidas, ate mesmo porque sei que hoje em dia seria difícil viver sem ela, no entanto, devemos estar conscientes como a estamos utilizando e se ela não vem sendo um fator impedidor de estarmos desfrutando a boa companhia de nossos filhos. Não podemos esquecer de que a nossa presença com qualidade é um dos maiores presentes que podemos oferecer aos nossos filhos. Isso é amor, uma forte demostração de amor. 

Em determinadas idades, as crianças ainda não são capazes de perceber que somos nós, os pais, que estamos em falta para com elas, e interpretam esta experiência como a sua própria falha. O que eles entendem é que eles não são dignos de nosso amor, não são importantes o suficiente para nós e não são dignos de nossa atenção. E, de fato, estamos ensinando nossos filhos que ler as nossas mensagens de texto ou jogarmos, é melhor do que estarmos com eles. 

Nós pais, somos premiados com o profundo poder de mostrar aos nossos filhos que eles são amados, ensinar-lhes que eles são valiosos e importantes como seres humanos. Na verdade, esta é uma das mais valiosas tarefas materna/paterna. Por isso, vamos sim usar a tecnologia, mas antes vamos prestar atenção aos nossos filhos e conviver com eles.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

DAR CORAGEM AO IRMÃO

Podemos pensar que o nosso problema é maior do que os dos outros. Mas se olharmos bem à nossa volta, veremos pessoas que precisam muito mais que nós de encorajamento, de conforto e de ajuda. 

Devemos sair do nosso pequeno problema, que parece uma barreira intransponível para ver o que podemos fazer pelo outro que está ao nosso lado agora.

Talvez o nosso problema seja um temor sem fundamento ou uma preocupação exagerada. Mas o do outro não, está ali na nossa frente e podemos encorajá-lo a enfrentar e ajudá-lo a resolver.
Related Posts with Thumbnails