quarta-feira, 15 de maio de 2013

FILHOS: POR QUE TÊ-LOS?


A escolha de ter ou não filhos não é igual para todos. Algumas pessoas optam por ter muitos, outros apenas um, assim como alguns optam por nenhum.  Existem pessoas que não conseguem tê-los por motivos diversos.  Enfim, cada caso é um caso – como diz a velha frase popular.  Mas afinal, por que temos filhos?

Há algum tempo atrás assisti a um drama policial, em uma determinada cena, dois homens conversavam sobre filhos. Um deles disse: “Não tive filhos e penso que é melhor não ter tido a ter que perdê-los”.  O outro, que teve a filha morta disse: “Não penso assim, pois para mim valeu a pena cada minuto da minha vida com ela”.  A frase me levou a pensar sobre o tema aqui escrito.

Outro dia em um aniversário infantil, encontrei uma pessoa conhecida que é mãe de dois filhos. Espontânea e sorridentemente  ela me perguntou quando eu teria o meu segundo filho, pois um só era ruim. Perguntei à ela por que era ruim.  Ela me disse: “É que quando ficamos velhos, temos dois filhos para cuidar da gente, as responsabilidades são divididas”.  Bem, a resposta dela faz sentido, mas não é porque faz sentido que tem que estar correta. Filhos não são aplicações financeiras que rendem a longo prazo para termos recursos e tranquilidade no futuro.  Ter filhos é muito mais do que pensar em nós mesmos, é pensar acima de tudo neles, no mundo e no nosso planeta.  A frase a seguir tem um significado muito profundo: “Todo mundo ‘pensando’ em deixar um planeta melhor para nossos filhos… Quando é que ‘pensarão’ em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”. (Pergunta vencedora em um Congresso sobre Vida Sustentável).

Os argumentos sobre ter ou não filhos são diversos. Uns não querem ter filhos porque acreditam que eles dão trabalho, tiram a quietude, bagunçam tudo, dão despesas, etc. Outros querem ter porque anseiam por companhia, têm medo de ficar sozinho no futuro, porque a sociedade cobra, porque os prováveis futuros avós querem netos. Bem, independente dos motivos ou desejos, uma coisa para mim é certa: Ter filhos é uma experiência única, inigualável. É uma sensação de que fizemos finalmente algo útil na nossa vida.  Mas, a experiência positiva não pára por aí. Vê-los crescer, se desenvolver, tornando-se a cada dia um ser maravilhoso, com personalidade, idéias, com ânsia de viver, explorar, criar, inovar, renovar e preservar. Isso é absolutamente espetacular!

Os filhos trazem de volta para nós o que podemos ter esquecido: Que viver vale a pena! Que a vida tem esperança. Que ela se renova. Que precisamos acreditar em algo ou em alguma coisa. Que além de nós mesmos existe a relação com o outro. Que precisamos nos tornar pessoas melhores e fazermos algo de bom pelo nosso planeta e pelas pessoas que nele vivem, pois afinal de contas, queremos dar e deixar o melhor à eles antes de partirmos.

É muito comum escutar a frase: “Todo mundo tem que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore”. Ter filhos virou uma das “obrigações” do ser humano. Penso que não tem que ser uma obrigação ou uma necessidade, precisa ser uma escolha, um desejo de compartilhar com alguém algo de bom nesse mundo, precisa ter uma enorme vontade de doação e de viver o amor incondicional.

Ter filhos é uma escolha, e a partir do momento em que você optar pelo sim, o faça da melhor maneira possível, pois você estará se tornando pai/mãe e, esta é a mais séria e honrada posição na vida de um ser humano.

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