A escolha de ter ou não filhos não é igual
para todos. Algumas pessoas optam por ter muitos, outros apenas um, assim como
alguns optam por nenhum. Existem pessoas
que não conseguem tê-los por motivos diversos.
Enfim, cada caso é um caso – como diz a velha frase popular. Mas afinal, por que temos filhos?
Há algum tempo atrás assisti a um drama
policial, em uma determinada cena, dois homens conversavam sobre filhos. Um
deles disse: “Não tive filhos e penso que é melhor não ter tido a ter que
perdê-los”. O outro, que teve a filha
morta disse: “Não penso assim, pois para mim valeu a pena cada minuto da minha
vida com ela”. A frase me levou a pensar
sobre o tema aqui escrito.
Outro dia em um aniversário infantil,
encontrei uma pessoa conhecida que é mãe de dois filhos. Espontânea e
sorridentemente ela me perguntou quando
eu teria o meu segundo filho, pois um só era ruim. Perguntei à ela por que era
ruim. Ela me disse: “É que quando
ficamos velhos, temos dois filhos para cuidar da gente, as responsabilidades
são divididas”. Bem, a resposta dela faz
sentido, mas não é porque faz sentido que tem que estar correta. Filhos não são
aplicações financeiras que rendem a longo prazo para termos recursos e
tranquilidade no futuro. Ter filhos é
muito mais do que pensar em nós mesmos, é pensar acima de tudo neles, no mundo
e no nosso planeta. A frase a seguir tem
um significado muito profundo: “Todo mundo ‘pensando’ em deixar um planeta
melhor para nossos filhos… Quando é que ‘pensarão’ em deixar filhos melhores
para o nosso planeta?”. (Pergunta vencedora em um Congresso sobre Vida
Sustentável).
Os argumentos sobre ter ou não filhos são
diversos. Uns não querem ter filhos porque acreditam que eles dão trabalho,
tiram a quietude, bagunçam tudo, dão despesas, etc. Outros querem ter porque
anseiam por companhia, têm medo de ficar sozinho no futuro, porque a sociedade
cobra, porque os prováveis futuros avós querem netos. Bem, independente dos
motivos ou desejos, uma coisa para mim é certa: Ter filhos é uma experiência
única, inigualável. É uma sensação de que fizemos finalmente algo útil na nossa
vida. Mas, a experiência positiva não
pára por aí. Vê-los crescer, se desenvolver, tornando-se a cada dia um ser
maravilhoso, com personalidade, idéias, com ânsia de viver, explorar, criar,
inovar, renovar e preservar. Isso é absolutamente espetacular!
Os filhos trazem de volta para nós o que
podemos ter esquecido: Que viver vale a pena! Que a vida tem esperança. Que ela
se renova. Que precisamos acreditar em algo ou em alguma coisa. Que além de nós
mesmos existe a relação com o outro. Que precisamos nos tornar pessoas melhores
e fazermos algo de bom pelo nosso planeta e pelas pessoas que nele vivem, pois
afinal de contas, queremos dar e deixar o melhor à eles antes de partirmos.
É muito comum escutar a frase: “Todo mundo
tem que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore”. Ter filhos virou
uma das “obrigações” do ser humano. Penso que não tem que ser uma obrigação ou
uma necessidade, precisa ser uma escolha, um desejo de compartilhar com alguém
algo de bom nesse mundo, precisa ter uma enorme vontade de doação e de viver o
amor incondicional.
Ter filhos é uma escolha, e a partir do
momento em que você optar pelo sim, o faça da melhor maneira possível, pois
você estará se tornando pai/mãe e, esta é a mais séria e honrada posição na
vida de um ser humano.
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