terça-feira, 26 de abril de 2016

PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS



Pais são guias, orientadores e legisladores. Ser amigo do filho, não significa deixá-lo fazer tudo. Para que o filho exista é necessário que haja pai. Amigos, os filhos já têm muitos. Não torne seu filho órfão de pais vivos. 

Ser pai é mostrar caminhos, que só são mostrados pela autoridade. Autoridade é força moral conquistada a custo de imposições que os pais fizeram antes a si próprios. Diante de um fato faz-se necessário, primeiro, reflexão e ação, para depois haver a falação. 

Os pais devem promover: 

Bem estar emocional, dando condições para que os filhos se desenvolvam num ambiente normal, alegre que tenha paz e equilíbrio visando a saúde mental deles; 

Bem estar social, permitindo que os filhos tenham espaço para conhecer pessoas, se relacionarem com elas, de modo que aprendam a apreciar e respeitar os diferentes; 

Bem estar espiritual, proporcionar aos filhos o conhecimento de Deus para despertar neles a consciência do respeito ao Criador, Suas criaturas e Sua obra: Valores; 

A educação e formação dos filhos. Educar bem os filhos é tirar de dentro deles o melhor que têm a oferecer: Seus dons, talentos e capacidades potenciais. O ser humano é um "ser de realização".

Realizar-se é enfrentar e vencer desafios, atingir objetivos. 

É direito dos pais: 

Ter uma noite de sono, sem se preocupar, sem ser acordado. 
Morar numa casa limpa, receber cooperação e cortesia em sua casa. 

Não ser desconsiderado nem maltratado. 

Ajudar seu adolescente a aprender sobre direitos e deveres, dele e dos pais. 

Se você não fizer seus direitos serem respeitados, não poderá exigir que outros, nem mesmo seus filhos, o respeitem. Pai é guia, orientador, legislador: deve nortear a conduta do filho, criando regras ou princípios que precisam ser respeitadas e que irão prepará-lo para enfrentar o mundo em que vive. 

Lembre-se: Ser amigo do seu filho é ajudá-lo a ser a pessoa certa para si mesmo e para o mundo. 

Aquelas pessoas que hoje têm em torno de 35 anos e os que possuem mais, tiveram sem dúvida alguma uma educação centrada no respeito e na obediência aos seus pais. E este modelo de educação, tinha nos pais o centro pela qual movia-se a família.

Bastava um olhar para entender o recado, quando tinha visitas aparecer na sala somente para cumprimentar os visitantes. 

E aí, vieram os filhos dos filhos que tiveram este tipo de educação e, alguns, se não a maioria, resolveu que agora tudo seria diferente.

Não trataria os seus filhos da mesma forma que os seus pais o trataram. Seriam mais democráticos, dar maiores liberdades, enfim, ser mais “amigos” dos seus filhos. 

E para reforçar esta “nova forma” de educação, os psicólogos, psicanalistas, psicoterapeutas, defenderam a teoria de que os filhos precisavam de maior liberdade para encontrar o melhor caminho, terem as suas próprias experiências, onde a educação não fosse repressora e que em casa, houvesse maior diálogo e a oportunidade do confronto de idéias. 

Grande parte destes que defenderam esta teoria, após uma reflexão do que aconteceu com a sociedade, viram que houve um erro de rota e que o barco estava afundando num mar onde os principais valores que o sustentavam como, respeito, verdade, dignidade, honra, amor e ética, deixaram de manter este barco na superfície. 

Ao procurar diminuir as diferenças, pregou-se a necessidade de que pais e filhos precisavam ser amigos, esquecendo-se de que os filhos precisavam era de alguém muito mais do que amigo, precisavam de referência para as suas vidas. 

Amigos, os jovens têm na escola e na rua, enquanto que em casa eles precisam de referenciais, para que possam ter um norte a seguir quando estiverem na rua. 

E aí, que a frase “Os pais precisam ser pais para que os filhos possam ser filhos”, possuem uma importância fundamental no estudo deste princípio.

Tal afirmação, não deseja pregar o autoritarismo no relacionamento pais e filhos, ao contrario, quer é que os pais exerçam a sua autoridade tendo sempre em mente que a harmonia deve estar centrada no que somos “Amor-Exigente”. 

E quando os pais estão cientes do papel que devem exercer em seus lares, buscando a harmonia, o respeito, a confiança, os deveres, os limites e as obrigações de cada membro da família, estará exercendo o seu papel com dignidade e contribuindo para que os seus filhos tenham estes mesmos valores quando tiverem a sua própria família. 

Quando os papéis de pais e filhos são entendidos como complementares um do outro, não como opostos, as diferenças que existem complementam, acrescentam, para que cada um possa ter o seu lugar bem definido.

E neste entendimento mútuo familiar, o fato de pais e filhos não serem iguais pode ser entendido como soma, partilha e não como confronto. 

Enquanto pais precisamos dar condições para o aprendizado dos nossos filhos com a mesma energia para deixá-los assumirem as responsabilidades dos atos que tomarem.

E o aprendizado que este princípio deixa para os pais é a busca diária da honestidade como fator preponderante como base nas relações no lar. 

Como pais e não como super-homens não têm uma resposta para tudo, mas vamos buscá-la tendo valores espirituais como fonte para nutrir nossas relações com os nossos filhos, propiciando-lhes condições de crescimento para que ocupem seu lugar no mundo da melhor forma possível.

Tenha sempre em mente: Se você não for a referência ou um modelo para os seus filhos, os amigos da rua poderão ocupar este espaço. Querendo ser amigo, por vezes esquecemos de ser pais.

Por - Marcos L. Susskind

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