segunda-feira, 1 de março de 2010

OBSERVAR


Uma lenda antiga diz que quando Deus estava criando o mundo, quatro anjos o observava. O primeiro anjo perguntou: -“Como o Senhor está fazendo isso?”. O segundo: -“Porque o Senhor está fazendo isso?”. O terceiro: -“Posso ajudar?”. O quarto: -“Quanto vale?”.

O primeiro era um cientista; o segundo um filósofo; o terceiro era um assistente social; e o quarto um corretor.

Outro anjo observou entusiasmado e aplaudiu a criação do mundo com muita alegria. Este anjo cheio de amor era um místico.

O caminho para obter o amor Divino é o servir a Deus e a nosso irmão. O que Jesus ensina é a mesma coisa. O perfeito amor a Deus torna fácil para nós o árduo caminho da virtude. Por isso, tudo o que pode contribuir para aumentar esse amor nos facilita a execução dos propósitos que nos determinamos ser o que nós somos.

O amor de Deus para conosco vem desde toda a eternidade. Ainda não existíamos e Ele já nos amava. Deus começou a amar-nos desde que amou a si mesmo, gerando eternamente o seu Filho.

O verdadeiro amor não existe sem obras. O amor que não opera não é amor. Diz São Gregório: “A prova do verdadeiro amor são as obras”. E São João ensina-nos que o amor está mais na obras que nas palavras.

Que há em nós e fora de nós que não seja efeito do amor de Deus por nós?

Nos benefícios da criação nos deu a vida, mas não a deu a muitos outros que ficarão eternamente no número dos “possíveis”; deu-nos a alma e o corpo, quer dizer a nossa personalidade: a alma, criada à sua imagem, dotada de poderosíssimas faculdades, memória, entendimento e vontade; o corpo, provido de todos os órgãos necessários à vida sensitiva e intelectual. A tais benefícios, podemos juntas todas as maravilhas da criação: o céu, com todos os astros, a terra, com todos os minerais, plantas e animais, os mares, com todos os peixes, e o ar, com todas as aves.

Santo Inácio não erguia os olhos para as estrelas do firmamento, nem percorria o olhar pela vasta superfície das terras e dos mares, sem ouvir sair da harpa da criação um hino de amor ao Criador, que tão naturalmente se mostrou ao homem, enriquecendo-o de tantos benefícios.

-”Senhor, meu Deus”, dizia Santo Agostinho, “tudo o que vejo na terra e no céu me fala de vosso amor e me exorta a amar-vos”. Da mesma maneira, Santa Maria Madalena de Pazzi, contemplando uma singela flor, ficava toda abrasada no amor de Deus, e exclamava: “Deus, por meu amor, pensou, desde toda a eternidade, em criar esta flor”.

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