sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

6 Domingo TC


Como ouvimos, na primeira leitura, do livro de Levíticos, os leprosos deveriam permanecer fora do acampamento para não contaminar os demais. O que inicialmente seria uma regra de higiene, para evitar a propagação da doença, com o passar dos anos se tornou uma forma de segregação, onde a doença passou a ser considerada um castigo de Deus. E pior ainda, se a doença é castigo de Deus, ajudar um doente, aliviar os seus sofrimentos passou a ser entendido como ir contra a vontade de Deus.

Nosso Senhor Jesus Cristo, corrige esse erro quando nos ensina que, impuro é aquele que alimenta maus pensamentos, cultiva magoas, planeja o mal em seu coração. O que torna o ser humano impuro, causando mal à sua alma, é o que vem de dentro, e não o que nos vem de fora.

Pecado vem é a imoralidade, o egoísmo, a violência, e tudo isso provém do nosso interior, e causa o mal para a nossa alma.

Já o que vem de fora, e pode fazer mal ao nosso corpo, a nossa saúde, mas não fere a nossa alma. E o mais importante socorrer os enfermos, salva a nossa lama, pois a caridade apaga multidões de pecados.

O salmo nos mostra o caminha para a cura da alma - Feliz é quem foi perdoado por Deus, e cuja alma não há falsidade. O pecado, acusa nossa consciência, nos deixa abatidos. Porém, depois de confessar os nossos pecados e de sermos absolvidos, sentimos a Paz de Cristo, em nossos corações.

Na segunda leitura de São Paulo diz aos Coríntios, que os Cristãos precisam ser um espelho no qual está refletido Cristo. Ele deve sorrir como Jesus sorriu, amar como Jesus amou, perdoar como Jesus perdoou, fazer todo o esforço para viver como Jesus viveu... Pois esse é o segredo para ser feliz.

Foi a assim que Paulo, buscou viver, imitando em tudo Nosso Senhor Jesus Cristo. Fazendo tudo pela glória de Deus, e pela salvação da humanidade.

Esse é o sentido da vida do cristão! A melhor maneira de aproveitar a vida, a única maneira para usufruir de todo o bem, é seguir os passos de Jesus, sendo o sal da Terra e luz do mundo.

Paulo diz que devemos até renunciar aos próprios direitos e vantagens pessoais se isso ajudar a salvar alguém para Cristo, colocando o amor ao próximo acima dos próprios interesses. O verdadeiro cristão não se preocupado consigo mesmo, mas está empenhado em aumentar a fé e esperança de seus irmãos.

Na época de Jesus um leproso, era um morto vivo. Abandonado por todos, até pela sua família, que tinham medo de contamina-se com a doença, e segundo, não sentiam culpa por abandonar um parente doente, pois na compreensão deles, ele merecia sofrer, pois se estava sendo castigado com uma doença sem cura, com certeza tinha feito algo terrível.

Naquele tempo, curar um leproso era como ressuscitar um morto, um leproso não era apenas como uma pessoa condenada morte, ser leproso era o mesmo que já estar morto.

Falo isso para podermos entender a grave situação desse leproso que se aproxima de Nosso Senhor.

No entanto não vemos revolta nas palavras de homem, mas fé e uma confiança inabalável no poder de Deus: Se queres, tens o poder de curar-me. Jesus não resiste a um pedido com tanta fé, e imediatamente tocou nele e disse: Eu quero fique curado.

Que exemplo de fé para nós, quando rezamos ou pedimos algo para o Bom Deus.

Os leprosos daquele tempo podem ser comparados com os mendigos, ou drogados de hoje. Muitas das pessoas os julgam merecedores de seus sofrimentos, como se vivessem na rua apenas por preguiça de trabalhar. Não é tão simples assim. Inclusive eu ouvi uma pessoa dizer: Não dou comida por que eles se acostumam...

Penso que tristeza será no dia Juízo, quando Jesus nos dirá a essa pessoa: Ide para o fogo eterno, pois tive fome e não me destes de comer...

Pedimos a intercessão de Nossa Senhora, a mãe do puro amor, para que Deus Pai nos livre da INDIFERENÇA diante do sofrimento do irmão e o Bom Deus que nos conceda um coração puro livre de todo pecado!

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