quarta-feira, 27 de abril de 2011

CNM Lança Observatório Nacional Sobre o Crack



A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) lançou ontem o portal Observatório Nacional Sobre o Crack. O objetivo da iniciativa é acompanhar a situação do problema em todos os municípios, com informações sobre consumo, investimentos e resultados das ações de combate ao entorpecente.

O site www.cnm.org.br/crack contém informações sobre uma pesquisa feita pela entidade no ano passado que constatou que 98% dos municípios brasileiros enfrentam problemas de consumo e circulação do crack. Além disso, o portal terá dados sobre as boas práticas desenvolvidas pelas cidades.

Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, há carência de informações sobre o uso da droga nos municípios e o portal vai possibilitar um aprofundamento sobre a questão. "Queremos tornar transparente o que não se sabe hoje no Brasil (sobre o crack). Na Alemanha, há 81 milhões de pessoas. Sabe-se que quatro milhões estão em estado terminal, parte delas por uso do crack. Como o Brasil está?", questiona.

Conforme Ziulkoski, durante a Marcha em Defesa dos Municípios, que será realizada de 10 a 12 de maio, serão apresentadas outras informações mais detalhadas sobre a droga nos municípios, como o número de pessoas em tratamento, problemas relacionados ao consumo e ao tráfico e o detalhamento das ações executadas.

"Temos que fazer com que as prefeituras, a sociedade civil, os governos e a população participem do combate ao tráfico e ao consumo de drogas, para que seja forçado um debate nacional. É preciso ter um plano estratégico. É inadmissível que, hoje, não esteja disponível o número da quantidade de viciados. Precisamos de dados para o enfrentamento desse problema", afirma o presidente da CNM.

Ziulkoski também criticou a atuação do governo federal, que, segundo ele, se ausenta das questões que teriam que ser enfrentadas. A questão da segurança é fundamental, na opinião do presidente da entidade. "A União não fiscaliza as fronteiras na Venezuela, na Bolívia, em todos os lugares por onde passam a cocaína e outras drogas. E essa é uma das piores guerras que tem", completa.


Fonte: Jornal do Comércio
Notícia da edição impressa de 27/04/2011
Site:www.jcrs.uol.com.br

Foto: CLAUDIO FACHEL/Arquivo/JC

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