terça-feira, 24 de abril de 2012

EXISTE TRATAMENTO EFICAZ PARA A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Além de deter o abuso de drogas, a meta do tratamento é que a pessoa volte a funcionar positivamente na família, no trabalho e na sociedade. De acordo com os estudos de acompanhamento de pacientes que estiveram em tratamento durante períodos prolongados, a maioria dos que entram e permanecem no tratamento deixam de usar drogas, reduzem suas atitudes ligadas a delitos e melhoram seu desempenho ocupacional, social e psicológico. Por exemplo, ficou comprovado que os pacientes que recebem tratamento com metadona, demonstram uma maior participação na terapia da conduta e uma redução tanto no consumo de drogas como no comportamento delituoso. Sem dúvida, os resultados dos tratamentos individuais dependem do alcance e da natureza dos problemas que o paciente apresente, da qualidade do tratamento e dos serviços relacionados utilizados para tratar estes problemas, além da capacidade de interação entre a pessoa e os provedores do tratamento.

Os índices de recaída para a adicção se assemelham aos índices de outras doenças crônicas, como o diabetes, a hipertensão e a asma.

Da mesma forma que outras doenças crônicas, a adicção pode ser manejada com êxito. O tratamento permite contrapor os efeitos sumamente destrutivos que a adicção exerce sobre o cérebro e sobre o comportamento, e que o paciente recupere o controle de sua vida. A natureza crônica da enfermidade significa que a reincidência no abuso de drogas não só é possível, como também provável, com índices de recaída similares aos de outras enfermidades crônicas bem caracterizadas, tais como o diabetes, a hipertensão e a asma (ver o diagrama "Comparação dos índices de recaída entre a drogadição e outras enfermidades crônicas"), que possuem componentes tanto fisiológicos quanto de conduta.

Lamentavelmente, quando ocorre uma recaída, muitos consideram que o tratamento foi um fracasso. Porém, não é assim. O tratamento da adicção, para ter êxito, requer uma avaliação contínua e modificações apropriadas, semelhante aos procedimentos adotados noutras doenças crônicas. Por exemplo, quando uma pessoa recebe tratamento ativo para a hipertensão e os sintomas diminuem, se considera que o tratamento está alcançando bons resultados, mesmo quando alguns sintomas possam aparecer no seu andamento. Para a pessoa com adicção, as recaídas no abuso de drogas não indicam fracasso; podem significar que o tratamento precisa ser restabelecido ou ajustado, ou que seja necessário um tratamento alternativo.

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