«Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o outro discípulo que Jesus amava.» (Jo 20, 2)
e com o outro discípulo que Jesus amava.» (Jo 20, 2)
Há uma enorme correria no dia de Páscoa!
Os evangelhos que nos falam de Maria Madalena, de Pedro e de João, dos discípulos de Emaús numa agitação entre o assombro e o deslumbramento, a dúvida e a fé.
Maria Madalena corre para ir dizer a Pedro e a João que o sepulcro está vazio. Vai de coração apertado. Não bastava todo o sofrimento da paixão e morte do Senhor, agora até o corpo de Jesus, o sinal da sua existência, ter desaparecido?
Nós sabemos que pouco depois Madalena perguntará, àquele que julga ser o jardineiro (que na verdade é Jesus) onde pôs o corpo do seu Senhor. Quando Jesus a Chama pelo nome ela enfim o reconhece, e imagino que tenha corrido mais ainda para contar a boa nova da ressureição.
Pedro e João correm ao sepulcro, João, mais jovem corre mais rápido, chega primeiro, mas não entra, Pedro chega depois entra e vê o vazio, as faixas de linho no chão e o pano sobre o rosto de Jesus dobrado num lugar a parte.
Pedro fica no espanto daquilo do vazio que vê, o João vê e acredita. Vê o vazio e acredita que a Jesus nenhum sepulcro a pode prender, nenhumas faixas a podem embalsamar, nem uma pedra pode reter. Correram então a contar aos outros?
No seu Evangelho João diz-nos que foi Maria Madalena a primeira a anunciar: “Eu vi o Senhor”. Porque foi a primeira a procurar, foi a primeira a encontrar, mesmo sem entender, na escuridão da madrugada, quantas vezes nós estamos sem entender, impotentes, desamparados, macerados de dor, que boa hora de na madrugada, antes do nascer do sol, procurar Jesus, clamar por ele. Lembremos que a primeira coisa que Jesus fez depois da sua ressureição foi enxugar as lagrimas de Maria Madalena, o Senhor quer enxugar as tuas lagrimas, basta que procures por Ele, o Senhor quer ser encontrado.
Depois desse encontro, Madalena sai correndo novamente para levar essa feliz notícia que ecoará pela história: a vida e o amor venceram a morte!
Correram certamente os guardas quando viram os lacres se rompendo e as pedras que fechavam o sepulcro se movendo, bem sabiam eles que tinham guardado bem o sepulcro. Mas quem iria acreditar neles?
Temendo o castigo, mas deslumbrados com o que tinham visto foram correndo contar aos sumos-sacerdotes. E estes os subornaram para fazerem correr a mentira que desacreditaria a ressurreição: teriam sido os discípulos a roubar e esconder o corpo de Jesus.
História mal contada, demitida pelos fatos. Pois: de onde vinha à força que transformou nos discípulos o medo em confiança, a tristeza em alegria, a solidão em comunhão?
A vida transformada e transformadora dos discípulos é um testemunho luminoso da ressurreição do Senhor. Ontem, hoje e sempre!
Naquele mesmo dia, mas já noite fechada os discípulos de Emaús, correram 11 km morro a cima de volta a Jerusalém exultando de alegria.
Nenhuma noite podia apagar a luz e o fogo que Jesus acendera no caminho e à mesa, correr era indispensável nessas circunstâncias.
O dia da ressurreição tinha começado e nenhum obstáculo poderia barrar a Boa Nova que Começava a correr: A morte foi derrotada. Isso tinha que ser comunicado, correndo, urgente, não há tempo a perder.
Estava revelada a missão da Igreja: Correr para anunciar, fazer correr a noticia, Jesus esta vivo, não more mais.
Nos anos que se seguiram, os doze correram o mundo levando essa boa nova às nações. São Paulo se juntou a eles, e muitos outros homens e mulheres de todas as raças e nações, muitos santos e incontáveis mártires. Nada conseguiu impedir essa correria, nem as perseguições, nem as guerras, nem as mentiras, nada conseguiu impedir que essa verdade se alastrasse como um incêndio que não destrói, mas transforma e ressuscita.
Agora meus irmãos, chegou a nossa vez de correr para anunciar, para ir ao encontro de outros, para testemunhar Jesus Ressuscitado na vida de cada dia, para celebrar a alegria da sua presença.
Evangelizar não é uma agitação repetitiva. Evangelizar é partilha de corações ardentes, é acolher o céu que abraça a terra!
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