quarta-feira, 28 de abril de 2021

5º DOMINGO DA PÁSCO - A VIDEIRA



A conversão de Paulo aconteceu por volta do ano 36. Depois da sua conversão, Paulo ficou três anos em Damasco, colaborando com a comunidade cristã dessa cidade. Após esse tempo, Paulo dirigiu-se para Jerusalém, por causa da perseguição dos judeus, Paulo a abandona a cidade descendo pelas muralhas abaixo, dentro de um cesto. O texto que ouvimos na 1ª leitura refere-se à estadia de Paulo em Jerusalém, sua fuga para Cesárea e partida para Tarso.

3 pontos me chamam a atenção:
- Apesar da desconfiança dos cristãos de Jerusalém Paulo faz esforço em participar da Comunidade. Porque o cristianismo não é apenas um encontro pessoal com Cristo Vivo, como ele mesmo teve no caminho de Damasco; mas é também participar da Igreja de Cristo, partilhando a fé e o amor com os irmãos. Ao contrário de muitos que dizem “eu tenho fé em Deus, mas rezo em casa”, Paulo nos ensina que só somos cristãos autênticos quando estamos unidos com a Igreja.

- O papel de Barnabé é muito importante: primeiro ele mesmo acolhe Paulo lá em Damasco, mas depois leva ele para ser acolhido na Igreja. Como nós também, que acolhemos o irmão que precisa de Deus e o levamos para as pastorais, e levamos para que conheça os grupos de oração ou os movimentos da Igreja.

- Muitas vezes quando procuramos ser cristãos autênticos, enfrentaremos conflitos, como viveu o Apostolo Paulo. Seguir Jesus, meus irmãos é sempre um caminho marcado pela cruz, não é fácil, mas é o caminho que leva à vida.

Na segunda leitura, a questão essencial é o amor ao próximo. Engana-se quem pensa que basta ter os olhos voltados para o céu, ignorando o amor ao próximo.

O amor ao próximo é uma exigência central do cristianismo. A essência de Deus é amor; e ninguém pode dizer que está em comunhão com Ele se não se deixou contagiar pelo amor. Jesus demonstrou isso dando a vida por nós,

na cruz; e exigiu que os seus discípulos O seguissem no caminho do amor. “Eu vos dou um novo mandamento, amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” É o amor aos irmãos que abre para nós a porta do Céu.

Deus não espera que resolvamos os problemas dos outros, mas deseja que façamos alguma coisa. Ainda, o amor aos irmãos não é algo que se manifesta em declarações de boas intenções, mas em gestos concretos de partilha e de serviço.

O Evangelho situa-nos na ceia de despedida. A cruz está próxima. Jesus usa a metáfora da videira, o agricultor, os ramos e os frutos...

No Antigo Testamento a "vinha" eram símbolos do Povo de Deus. Israel era apresentado como uma "videira" que Senhor arrancou do Egito, e plantou na Terra Prometida e da qual cuidou sempre com amor.

No entanto Israel nunca produziu os frutos que Deus esperava. Agora, Jesus apresenta-Se como a "videira" verdadeira plantada por Deus. É Jesus que irá produzir os frutos que Deus espera.

Nós somos os "ramos" que precisamos estar unidos à "videira" - Jesus e que dele receber a vida. São convidados a permanecer em Jesus. O verbo permanecer aparece sete vezes. É um convite a que o discípulo mantenha a sua adesão a Jesus, a sua comunhão com ele... Se o discípulo mantiver a sua união com Jesus, por sua vez, permanece no discípulo - isto é, continuará fielmente a oferecer ao discípulo a sua vida.

Nosso Senhor nos disse: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele"...

Para os discípulos, interromper a relação com Jesus significa cortar a relação com a fonte de vida e condenar-se à morte, não é mais capaz de produzir frutos de que permaneçam para a vida eterna.

O ramo que produz fruto será podado para produzir ainda mais, a poda aqui significa, arrancar o egoísmo e a vaidade, o que não produz será cortado e lançado as chamas.

Estimados irmãos e irmãs hoje somos convidados a refletir sobre a nossa união a Cristo; só unidos a Cristo temos acesso à vida eterna.

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