terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SÃO SEBASTIÃO PROTEGE O RIO DE JANEIRO

Conta a história que foi graças a uma aparição milagrosa se São Sebastião que os portugueses, chefiados por Estácio de Sá, venceram os Franceses e Tamoios em 1567 em um combate pela libertação da Cidade do Rio Janeiro. 

Estácio combateu os franceses durante mais dois anos. Até que no dia 20 de janeiro (dia de São Sebastião) de 1567, ajudado por um reforço enviado do céu, ele impôs uma derrota às forças francesas e expulsou-as do Brasil.

Conta a história, que os projéteis dos franceses que atingiram os peitos nus dos homens de Estácio, não causaram nenhum dano físico, como se eles estivessem de armadura.

É recorrente também a afirmação de que as feridas das flechadas contra os cristãos rapidamente saravam, o que era tido por milagre de São Sebastião, segundo Manuel de Menezes e Simão de Vasconcellos.

O milagre por excelência, narrado por diversos cronistas, foi a aparição de São Sebastião, como um desconhecido “soldado”, de notável postura e beleza, saltando de canoa em canoa e assustando os inimigos, segundo o que teriam afirmado os próprios tamoios e franceses, após fugirem e desarranjarem uma cruel e desigual arapuca de canoas contra a cidade do Rio de Janeiro.

Os povoadores, atribuindo o fato a um milagre, acorreram à Capela de São Sebastião, rendendo-lhe graças pela salvação de suas vidas.

Nascia desse modo a devoção ao santo, atribuída a vitória contra os Tamoios, graças à aparição de um jovem guerreiro vestido com armadura, durante o combate, passando de uma para outra canoa portuguesa, causando pânico ao inimigo. Nasce também a tradição, conservada por séculos, de simular combates de canoas nas águas da baía de Guanabara, como comemoração pelo Dia do Padroeiro.

De acordo com os editais do fim do século XVIII e início do XIX, preservados no códice 16-4-21 do Arquivo Geral da Cidade, os habitantes deviam ornar suas portas com luminárias nas três noites antecedentes ao dia do “Glorioso Mártir”, sob o risco de serem multados, no que variou de 3$000 a 6$000 réis, entre 1799 e 1808. Além, é claro, dos 30 dias de cadeia, previstos e publicados em todos os editais consultados (AGCRJ, Cód. 16-4-21).

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