Os inimigos de Jesus prepararam uma armadilha. Fico
pensando quanto tempo e energia eles deve, der gasto com isso? Quantas pessoas
cegas pela raiva, pela mágoa, pela inveja entram por esse caminho absurdo,
gastam anos de suas vidas, remoendo rancores, planejando vinganças, perdem sono
planejando o mal, impetrando processos, lutas judiciais intermináveis, tanta
energia, tanto tempo de vida que bem podia estar gastando com coisas boas,
fazendo o bem, gastam mal fazendo o mal. Vai amassa um pão, ai bate um bolo,
vai arrumar um armário que você ganha mais, do que ficar remoendo magoas e
rancores.
Bem, mas eles de Primeiro o elogiaram com hipocrisia
no coração, aqui mais um alerta para nós cuidado com quem faz as coisas pra te
agradar, pessoas que ficam te elogiando, em geral logo atrás vem um pedido, uma
traição, quando a esmola é demais até o santo desconfia.
Mas, apesar
de terem maldade no coração falaram a verdade: “Mestre, sabemos que és
verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar
pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências”. Tudo
Verdade. Porem um elogio seguido por uma armadilha, como se fosse a isca da
arapuca: “É lícito ou não pagar o imposto a César?”
-Se Jesus respondesse “sim”, seria acusado de apoiar
os opressores pagãos romanos, impuros e odiados pelo povo;
- Se respondesse “não”, seria acusado de revoltoso
contra Roma diante de Pôncio Pilatos;
-Se respondesse “não sei”, seria desmoralizado como incompetente;
Eis, pois: a armadilha era perfeita! Mas, a resposta
de Jesus foi verdadeiramente admirável! Pediu uma moeda, perguntou de quem era
a inscrição... “Então, se usais a moeda de César, é porque César é quem manda
de fato! Daí, pois, a César o que é de César!” E, então vem o complemento. Impressionante:
“Mas, daí a Deus o que é de Deus!”
Mas atenção, não entendamos mal, Jesus não está
dividindo o mundo, em duas áreas: uma para Deus e outra para César. Deus e
César, lado a lado... Nada disso! Ao ensinar a dar a César o que é de César, o
Senhor nos convida a respeitar as estruturas da sociedade em que vivemos, a
levá-las a sério, a bem viver nelas. César, aqui, significa o mundo em que
vivemos: a política, a Pátria, a família; o trabalho, o emprego, o esporte, os
amigos e os nossos sonhos nossos... Tudo quanto é humano e legítimo pode e deve
ser apreciado e respeitado pelos cristãos. Podemos dar a César o que é de
César, sem medo nem temor!
Ao ensinar a dar a Deus o que é de Deus, o Senhor
nos recorda que somente Deus é Deus, o que tudo lhe pertence; absolutamente,
tudo! De Deus é a nossa vida, e a nossa morte, de Deus é tudo quanto temos,
vivemos e somos: Daí a César o que é de César, mas recordemos que também César
pertence a Deus! César não é Deus!
César se julgava Deus, era chamado “Divino César”,
considerava-se senhor da vida e da morte! Ora, Jesus nega a César tal
pretensão! César é somente César e, como César, morrerá!
Tudo passa só Deus não muda. Aqui um alerta contra a
grande tentação de colocar coisas no lugar de Deus: o poder, a riqueza, o
sucesso, o prazer, a beleza. Todas as coisas passam, morem desaparecem são
esquecidas, só Deus permanece. Como lembra
a primeira leitura de hoje, que tudo vem de Deus, que estamos nas suas mãos,
que tudo é, misteriosamente, fruto da sua providência.
Por exemplo, o sujeito coloca sua segurança
no dinheiro, vem as dificuldades financeira, ruína total, coloca na beleza física,
passam-se os anos as coisas começam a cair, ruína total, mas quem coloca em Deus
nunca será desapontado.
O Cristão, tu deve participar da construção da
sociedade... Deve saber apreciar o que de bom e de belo existe no mundo... Mas,
não pode esquecer: nada disso é Deus, nada disso merece tua adoração, nada
disso deve prender teu coração: nem família, nem pátria, nem amigos, nem posse,
ideias ou poder! Só o Senhor é Deus! A César, o que é de César; a Deus tudo,
pois tudo é de Deus! Viver assim é crer de verdade, é levar Deus a sério de
verdade!
Grande erro seria pensar que podemos colocar Deus no
meio de tantos e tantos amores, de tantas e tantas paixões, fazendo dele apenas
mais uma, entre tantas realidades da vida. Ele é tudo, ele é o Tudo, como dizia
São Francisco de Assis: “Tu és o Bem, todo o Bem, o Bem universal!”
Ao Senhor a honra e a glória eternamente!
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