sábado, 30 de outubro de 2010

Co-dependência e cooperação

Olá, amigos em Cristo.

No programa do dia 25/10, tratamos de refletir mais um pouco sobre co-dependência e cooperação no programa Escola Pois a Vida, da rádio Aliança (FM 106.3), em Porto Alegre. E chegamos mais uma vez à conclusão que quase tudo nessa vida está interligado. O programa vai ao ar toda segunda-feira, das 21h30 às 23h, e pode ser ouvido pela internet também: http://www.alianca.fm.br/

Alguém co-dependente de um dependente químico é uma pessoa que não vive mais sua própria vida. É aquele que é desonesto com seus próprios sentimentos e vontades em função dos sentimentos e vontades do outro. É alguém que está viciado no "sim". Não sabe mais pronunciar o "não" por medo da reação e da perda do amor e do carinho do outro. É alguém que acha que sua existência é fundamental para a sobrevivência do outro. O co-dependente é um elo de um círculo vicioso sem fim, que gira em torno da morte.

Mas como surge a co-dependência?

Da falta de cooperação.

Na infância, período em que a cooperação precisa começar a ser ensinada e aprendida, cooperar é fazer a sua parte nas tarefas domésticas mais simples. É lavar a louça, é varrer o pátio, é limpar as aberturas. Cooperar é mais do que simplesmente dividir tarefas. Cooperar é somar. Uma criança que coopera, aprende desde cedo que tem parte no sucesso e no fracasso das coisas. Secar a louça ensina a ser cidadão, você sabia? Ensina que você deve muito à sociedade e que não deve apenas usufruir de seus recursos.

Em uma família em que há cooperação, seja lá que idade as pessoas tenham, a co-dependência não encontra morada. Onde as pessoas sabem que cada um é responsável pelos seus atos, a co-dependência não tem razão de existir. Ali, eu não sou fundamental para a felicidade do outro. É ele mesmo que precisa buscar a sua felicidade, construir por suas próprias mãos o seu caminho.

Portanto, para prevenir as drogas, ensine e pratique a cooperação. Faça e reze para que cada um encontre a sua importância perante a vida e viva conforme tal convicção. Para vencer as drogas, reaprenda a cooperar e evite que se crie dentro de casa uma cultura de dependência mútua. Cada um precisa reconhecer e reaprender seus limites. O dependente químico e o familiar precisam compreender seus papéis e perseverar no cumprimento deles. Para não recair, exija que haja cooperação dentro de casa. E cooperar não significa um encobrir o erro do outro. É preciso que cada um compreenda sua parcela de participação da paz dentro do lar.

A falta de cooperação leva à co-dependência. Foi a conclusão a que chegamos juntos naquela noite de segunda-feira, no estúdio da rádio.

Tendo ou não um dependente químico dentro de casa, como eu sei se já sou um co-dependente?
Leia no site da CODA - Co-dependentes anônimos: http://www.codabrasil.org/diag1.htm

E como eu deixo de ser um co-dependente?

Um abraço,
Juliano Rigatti e Samanta Lançanova

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