sábado, 16 de fevereiro de 2013

O PAPA NÃO ERRA


Com pesar, mas com profunda compreensão e amor, a Santa Igreja recebeu agora a notícia da renúncia de Bento XVI a partir do dia 28 de fevereiro. Deixando de lado as justas razões de sua decisão histórica, corajosa, coerente e fervorosa, gostaria de prestar um profundo agradecimento a este gigante que sempre serviu a Igreja, sem se servir dela para sua promoção pessoal. É um autêntico “humilde servo da vinha do Senhor”, que a serviu desde a primeira hora.

Obrigado Bento XVI porque mesmo já com 78 anos o senhor aceitou a missão hercúlea de ser o Vigário de Cristo, o “Doce Cristo na Terra”, como disse Santa Catarina de Sena, e cumpriu belamente esta missão até o limite de suas forças. Descansa sábio, douto e santo Papa.

Obrigado pois o senhor, denunciou abertamente a “ditadura do relativismo”, a negação da existência da verdade. O senhor é um arauto e paladino da verdade que salva e que liberta; e que o mundo sem Deus não aceita.

O senhor é odiado por isso, mas mesmo assim jamais se rendeu aos que querem impor a Igreja o uso da camisinha, o casamento de pessoas do mesmo sexo, o aborto, a eutanásia, a manipulação de embriões, e tantos outros males morais que destroem a família e civilização.

Obrigado porque o senhor não teve medo de dar a cara para apanhar, em nome de Jesus Cristo, também esbofeteado por seus algozes.

Obrigado porque o senhor não se curvou diante de um feminismo barulhento e vazio, interno à Igreja, e de um modernismo que quis lhe impor a quebra do celibato sacerdotal, a aceitação da ordenação de mulheres e outras extravagâncias. O seu zelo e a sua coragem atraíram muitos fiéis para a Igreja e seu número cresceu a partir de 2011, bem como o número de sacerdotes e consagrados.

Obrigado porque o senhor fez a Igreja entender que o mais importante é a qualidade dos católicos e não apenas o seu número.

Obrigado Santo Padre, porque no Ano Sacerdotal, quando o demônio investiu contra a Igreja e contra o Papa, acusando-o de ter acobertado a pedofilia, o senhor mostrou o quanto agiu para arrancar essa praga da Igreja.

Obrigado porque o senhor fez, como São Francisco, a reconstrução da Santa Igreja, diante de um mundo muito mais imoral e difícil, sedento de destruir a Igreja. Certamente o novo Papa vai continuar este trabalho de enfrentar o secularismo, o ateísmo e o hedonismo.

Obrigado porque, tal como um novo São Bento de Núrcia, o senhor deu início ao reerguimento do Ocidente, como o Santo fez na época em que os bárbaros tudo dominaram. Hoje há uma barbárie ainda pior, que não saqueia as cidades e vilas, mas que mata as almas.

Obrigado porque o senhor ama a Igreja profundamente, e soube sabiamente interpretar o Vaticano II, defendendo-o dos ataques que recebeu tanto do lado ultraconservador, como do ultramoderno.

Obrigado Papa querido por toda a sua vasta cultura colocada a serviço do ministério petrino, “fazendo-se tudo para a todos salvar”. Obrigado pelas dezenas de livros maravilhosos que o senhor escreveu; especialmente pelas magistrais encíclicas “Deus caritas est”; “Spes Salvi”; e “Caritas in Veritate“.

Obrigado por tantas homilias, catequeses, visitas apostólicas, viagens internacionais, encíclicas, cartas, motu próprios, etc. para guiar o Rebanho do Senhor. Obrigado porque o senhor sempre nos falou de Deus com uma coragem profética. Obrigado porque o senhor sempre mostrou a importância da unidade da fé com razão, sempre defendeu a liberdade religiosa, chorou com os que choram e sorriu com os que se alegram.

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