segunda-feira, 24 de setembro de 2012

SOBRE PLÁGIO E PREGUIÇA DE PENSAR

Fonte: 
Andreia Santana,
Master em jornalismo on line, 
pesquisadora de literatura e redes sociais, 

A geração atual, descrita em um verbete da Wikipédia no futuro, será definida como “destituída de senso crítico, incapaz de pensar por conta própria, sem capacidade de contextualizar o mundo onde vive histórico-político-socialmente, desonesta e essencialmente analfabeta funcional”. Se você pertence à geração atual e não se encaixa na descrição, parabéns, pois faz parte do grupo das honrosas exceções. No entanto, não quero falar das honrosas exceções, mas da regra de comportamento da nossa classe estudantil, seja no ensino fundamental II (5º ao 9º ano), ensino médio, graduação ou mesmo pós. 

O plágio, em consequência da preguiça de pensar que se alastra feito praga pela humanidade cada dia mais teleguida, webguiada, facebookeguiada, googleguiada, de uma prática condenada, desonesta, imoral, anti-ética e criminosa, virou recurso dos “espertos” contra os “otários”. Professores otários e claro, autores otários de textos copiados descaradamente por gente que até teria a mesma capacidade de produzir conteúdo semelhante ou melhores, mas que por preguiça e um senso de oportunidade distorcido em oportunismo, pega o caminho mais fácil. 

... 

Já vi gente incompetente ascender a cargos estratosféricos em empresas usando para isso o talento e o trabalho de seus subordinados. Mas essas pessoas, igualmente dignas de pena, só são reconhecidas dentro da empresa porque usam recursos como assédio moral e ameaças para manter sua máscara de super capacitados. Mas isso não significa que quem trabalha com essas criaturas não saiba quem elas são de verdade e muito menos quer dizer que, uma vez que percam a “boquinha” no empregão dos sonhos, terão capacidade de se estabelecer em outro lugar com o mesmo status. 

O crime não compensa e quando aparenta compensar, é só uma questão de tempo, esse nosso amigo implacável, para que, como diz a gíria de carceragem, “a casa caia”. 

Não adianta plagiar, não adianta pedir para os pais, amigos, conhecidos ou blogueiros fazerem o dever de casa ou o artigo acadêmico que você está assinando. A fraude vai ser descoberta. E mesmo que ela não seja, a perda é toda sua, plagiador, porque quem escreveu o texto que você copiou, se achando um esperto mensaleiro da vida estudantil, tem capacidades e competências que você, na sua ignorância e na ânsia em passar à frente dos demais, jamais vai desenvolver. Só lamento pela sua mediocrização voluntária!

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