segunda-feira, 16 de março de 2015

DIA DE COMBATE ÀS DROGAS

O Dia de Combate às Drogas, celebrado no dia 26 de junho, incentiva ações para prevenção e conscientização em todo o país. Sabemos que há coisas sendo feitas pelo governo, polícia militar e federal, ONG’s e outras entidades, porém, ainda há muito o que fazer, especialmente quando o assunto é o preconceito contra os dependentes químicos. 
Viciado. Vagabundo. Fraco. Nóia. Esses são apenas termos que algumas pessoas usam para se referir a um dependente químico. Experimentar uma droga psicoativa pode ser uma escolha do indivíduo, a maioria das pessoas experimentam drogas como forma de aliviar algo que não vai bem ou mesmo curiosidade, se sentir aceito em um grupo. Continuar usando já nem sempre é uma decisão consciente, devido à falta que o seu corpo sente com ausência das substâncias psicoativas. A abstinência causa sintomas físicos e psicológicos que o indivíduo acredita que só ficará bem com o uso das drogas. Com o tempo, a tolerância do organismo aumenta e o consumo de substâncias psicoativas pode transformar-se em doença – a dependência química. 
E fazer a sociedade entender que a dependência química é uma enfermidade não é fácil devido à marginalização do doente. O preconceito existe até entre pacientes alcoolistas que se recusam a participar de atividades com dependentes químicos de drogas ilícitas, pois acreditam que a sua dependência é diferente, afinal eles não infringem nenhuma lei quando consomem bebidas alcoólicas.
Esse preconceito em torno da dependência química tem origem nas próprias famílias que demoram muito tempo para identificar o problema de dependência dentro de casa. Isso acontece devido à vergonha e medo que familiares e amigos se afastem, perda de emprego e outros riscos sociais. No entanto, este bloqueio impede a busca por tratamento ainda nos primeiros sinais da doença, o que comprovadamente aumenta as chances de recuperação e até mesmo pode evitar uma internação do dependente químico.
A fase da negação é um dos maiores fatores a serem superados no tratamento da dependência química. A dificuldade em reconhecer a doença em dependência química não está só no paciente, mas também na família. As pessoas, de um modo geral, têm um conceito que o dependente químico é um delinquente e não entendem que ele esteja doente. A dependência química é considerada uma doença crônica, causada pela necessidade psicológica da pessoa de buscar o prazer e evitar sensações desagradáveis, causadas pela abstinência.

A família deve buscar ajuda profissional rapidamente. Infelizmente, é comum que o uso de drogas provoque brigas e afastamento de alguns membros da família, reforçando o preconceito contra o dependente químico. A família precisa se mostrar unida e não usar de acusações ou argumentos do tipo ‘se você não fizer isso eu não te dou aquilo. Falar a verdade, não prometer e não cumprir. Ter firmeza nas palavras e limites. A pessoa precisa saber que não está sozinho e que a recuperação será feita através de profissionais especializados, pois esse será o melhor caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails