No ranking dos grupos mais repudiados no País, de
acordo com pesquisa publicada em fevereiro pela Fundação Perseu Abramo, os
usuários de drogas aparecem em segundo lugar no grau de aversão, perdendo
apenas para os ateus. Entre as pessoas que o brasileiro menos gostaria de
encontrar na rua, viciados em drogas aparecem em primeiro lugar, na opinião de
35% dos entrevistados.
O levantamento também aponta a existência de
intolerância relacionada à orientação sexual e crença religiosa, temas já
abordados em O Diário nesta série de reportagens sobre preconceito. O
preconceito contra o usuário de drogas é acentuado pela escalada da violência
relacionada ao tráfico, destacada pela mídia. Muitas pessoas acreditam que todo
usuário de droga está ligado ao crime.
Embora o enfoque da sociedade em relação às drogas
esteja em questões de segurança e repressão, este é um problema de saúde
pública. A dependência química já é considerada uma epidemia.
O preconceito e a marginalização do usuário
atrapalham o tratamento. Muitos não se aceitam como dependente químico e
relutam em buscar apoio. Quando finalmente o fazem, a situação pode já estar
fora de controle.
A droga é um assunto complexo, deve ser tratado com
uma equipe que inclui assistente social, psiquiatra e psicólogo, enfermeiro e
outros.
A medicação é ministrada de maneira criteriosa,
apenas em casos onde é extremamente necessária. Apesar da sociedade rotular o
dependente de bandido, ele é um paciente como qualquer outro, que precisa de
tratamento.
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