quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

IMACULADA CONCEIÇÃO


Na Solenidade da Imaculada Conceição somos convidados a refletir sobre a resposta que damos aos desafios de Deus as provações que Deus permite em nossa vida, porque é fácil dizer que tem fé quando a família está reunida, a mesa está farta e todo estamos com saúde, mas é na hora da provação que precisamos ter fé, na hora da provação é que testamos a nossa fé, nos momentos difíceis da vida, só fica de pé quem tem uma relação forte com Deus.

Esta data nos convida a voltar o nosso olhar para Maria de Nazaré, e como ela acolher com o coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.

A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projeto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projeto que desde sempre esteve nos planos de Deus. Esse projeto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta.

A primeira leitura mostra (recorrendo à história mítica de Adão e Eva) o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos caminhos de egoísmo, de orgulho e de autossuficiência, trilhamos um caminho de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte.

Primeira pergunta feita por Deus ao homem: “onde estás? ” A resposta do homem é já uma confissão da sua culpabilidade: “ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me”. A vergonha e o medo são sinal de uma perturbação interior, de uma ruptura com a anterior situação de inocência, de harmonia, de serenidade e de paz. Como é que o homem chegou a esta situação? Evidentemente, desobedecendo a Deus e percorrendo caminhos contrários àqueles que Deus lhe havia proposto. A resposta do homem trai, portanto, o seu segredo e a sua culpa.

Depois desta constatação, a segunda pergunta feita por Deus ao homem é meramente retórica: “terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira de comer? ” a “árvore do conhecimento do bem e do mal” – significa o orgulho, a autossuficiência, pois significa não querer mais precisar de Deus, significa querer decidir por si só o que é bem e o que é mal, o pôr-se a si próprio em lugar de Deus.

Ao defender-se, o homem acusa a mulher e, ao mesmo tempo, acusa veladamente o próprio Deus pela situação em que está (“a mulher que me deste por companheira deu-me do fruto da árvore e eu comi”). Adão representa essa humanidade que, mergulhada no egoísmo e na autossuficiência, esqueceu os dons de Deus e vê em Deus um adversário; por outro lado, a resposta de Adão mostra, igualmente, uma humanidade que quebrou a sua unidade e se instalou na covardia, na falta de solidariedade, no ódio. Escolher caminhos contrários aos de Deus não pode senão conduzir a uma vida de ruptura com Deus e com os outros irmãos.

O autor sagrado não está a falar de um pecado cometido nos primórdios da humanidade pelo primeiro homem e pela primeira mulher; mas está a falar do pecado cometido por todos os homens e mulheres de todos os tempos… Ele está apenas a ensinar que a raiz de todos os males está no facto de o homem prescindir de Deus e construir o mundo a partir de critérios de egoísmo e de autossuficiência.

Um dos mistérios que mais questiona os nossos contemporâneos é o mistério do mal… Se Deus é tão bom, porque existe tanto sofrimento?

O mal resulta das nossas escolhas erradas, do nosso orgulho, do nosso egoísmo e autossuficiência. Quando o homem escolhe viver orgulhosamente só, ignorando as propostas de Deus e prescindindo do amor, constrói cidades de egoísmo, de injustiça, de prepotência, de sofrimento, de pecado…

O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a autossuficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.

Como é que Maria responde ao projeto de Deus? “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Afirmar-se como “serva” significa, mais do que humildade, reconhecer que se é um eleito de Deus e aceitar essa eleição, com tudo o que ela implica. Desta forma, Maria reconhece que Deus a escolheu, aceita com disponibilidade essa escolha e manifesta a sua disposição de cumprir, com fidelidade, o projeto de Deus.

Diante dos apelos de Deus ao compromisso, qual deve ser a resposta do homem? É aí que somos colocados diante do exemplo de Maria… Confrontada com os planos de Deus, Maria responde com um “sim” total e incondicional. Naturalmente, ela tinha o seu programa de vida e os seus projetos pessoais; mas, diante do apelo de Deus, esses projetos pessoais passaram naturalmente e sem dramas a um plano secundário. Na atitude de Maria não há qualquer sinal de egoísmo, de comodismo, de orgulho, mas há uma entrega total nas mãos de Deus e um acolhimento radical dos caminhos de Deus. O testemunho de Maria é um testemunho que nos questiona e nos fortemente…

Maria de Nazaré foi, certamente, uma pessoa de oração e de fé, que fez a experiência do encontro com Deus e aprendeu a confiar totalmente n’Ele. No meio da agitação de todos os dias, encontro tempo e disponibilidade para ouvir Deus, para viver em comunhão com Ele, para tentar perceber os seus sinais.

sábado, 27 de novembro de 2021

1º domingo do ADVENTO

 


O Natal já está bem perto, nesse tempo de preparação a Igreja nos convida a reflexão, penitência e oração, fortalecendo assim a fé, a esperança e a caridade em preparação para o nascimento de Jesus. 

Celebrar no Natal todos os anos tem três dimensões importantes: 

- A primeira é festejar o aniversário de Jesus, e festejando o seu aniversário lembramos que ele vive, pois não festejamos aniversário que quem já partiu, ou seja, celebrar o Natal é festejar a sua primeira vinda; 

- A segunda função é despertar para a experiência cotidiana com Jesus, ou seja, a sua presença entre nós. Pois Ele bate a nossa porta diariamente querendo entrar em nossas vidas. 

- A terceira função é a preparação para o nosso encontro definitivo com o Senhor, no dia de nossa morte, ou na sua segunda vinda no final dos tempos quando voltará para julgar. 

Então festejar o Natal é comemora a sua primeira vinda, estar atento aos encontros diários com Ele, e esperar vigilantes o nosso encontro definitivo o Senhor.

Quando esperamos chegada de uma pessoa querida, a alegria se espalha por toda a casa, por todos os que moram nela, e os preparativos são feitos com amor e carinho. Não recebemos os amigos com a casa suja, e tudo bagunçado, muito menos com a geladeira vazia. 

Da mesma forma precisamos prepara o Natal. Não apenas com preparativos exteriores. Lavar as cortinas e compre um Chester, mas providenciar uma boa limpeza em nossa alma para que ela seja digna da presença de Jesus, a começar por uma confissão, preparar algum presentinho para Ele no seu aniversário, seja um gesto de solidariedade com os necessitados, de acolhimento de alguém que se sente só, ou até fazer um novo esforço de reconciliação com quem saiu de nossa vida. 

Outra comparação que gosto muito é: 

- Podemos esperar o natal como uma pessoa na parada de ônibus, não tem nada que fazer além de ficar esperando. Essa não representa a esperança cristã.

- Ou podemos esperar como uma mulher esperando o filho que vai nascer. Preparativos, cuidados com cada detalhe, felicidade, alegria pela nova vida que virá. 

Para festejar o aniversário daquele que quer transformar a vida de cada um de nós, é preciso que estejamos preparados, e dispostos a aceitar Jesus, aceitar suas palavras, seus ensinamentos. 

O mundo, está de cabeça para baixo, de fato ficamos assustados, desordem para todo lado, perde de valores, a família em segundo plano. Egoísmo, ódio, injustiça. Idosos abandonados, jovens perdidos nas drogas... as pessoas vivem angustiadas e amedrontadas. 

Jesus nos ensina que a saída desse caos se dá pela oração, só mesmo com muita oração poderemos escapar da grande tribulação. A oração nos mantém vigilantes e nos dará a força necessária para permanecer de pé. A Palavra de Deus anuncia que o Senhor virá para resgatar todo aquele que nele confia. 

Iniciamos hoje o tempo preparação para o Natal do Senhor. 

Esperar alguém requer cuidadosa, amorosa e alegre preparação... É assim que devemos esperar o Natal, a chegada de Jesus. Preparando o nosso coração para acolher Jesus. Ficar alertas e vigilantes para perceber a presença de Deus em nossa vida. 

A partir do momento que Jesus subiu ao céu nós temos que viver esperando a sua volta não com medo, mas com alegria e esperança. Não sabemos quando, nem como, mas devemos viver como se Ele fosse voltar agora. 

É bom para nós esperarmos Jesus, com a alma limpa de pecado, com as mãos cheias de boas obras, com o coração repleto de amor, misericórdia, perdão. Assim poderemos levantar a cabeça sem medo.

Prezados irmãos. Para nós que cremos em Deus por Jesus, o fim dos tempos não é uma ameaça, mas sim, a esperança de que todo aquele que crer e tiver praticado a palavra, será salvo. O fim não será o FIM. Mais sim, o início de uma nova vida, a vida eterna.

 

sábado, 2 de outubro de 2021

MATRIMÔNIO



Muitos preferem nem tocar nesse assunto. Virou uma espécie de assunto proibido. Por isso mesmo, precisamos tratado com clareza – qual é o plano de Deus para matrimônio?

A primeira leitura do livro Gênesis, ouvimos que Deus, à medida que vai criando, vê que tudo é bom... Ao criar o ser humano, vê que “era muito bom”. Mas, há algo na criação que o Senhor Deus viu que não era bom: “Não é bom que o homem esteja só”. Deus então decide criar a Mulher.

1º. “O Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão”. O homem não participou da criação da mulher; Eva é tão obra de Deus quanto é Adão.

2º. faz a mulher da costela de Adão. Nem da cabeça para ser superior, nem do pé para se inferior. Mas lado a lado com o homem, como companheira e igual!

3º. “E Adão exclamou: ‘Desta vez sim, é osso de meus ossos e carne da minha carne! ” É a primeira vez que o homem falou, na Bíblia! E sua palavra foi uma declaração de amor... não a Deus, mas à mulher que o Senhor Deus lhe dera de presente: osso de meus ossos, carne de minha carne... parte de mim, cara metade, outro lado do meu coração!

Então Deus declara: “O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”. Nos ensinando que:

1º - o laço de amor entre o homem e a mulher é superior a qualquer outro laço, inclusive aquele que liga pais e filhos.

2º - uma união completa: uma só carne, um só coração, um só sonho, uma só conta bancária, uma só casa, um só futuro, um só destino!

3º - é a relação entre um homem e uma mulher. Com todo o respeito às pessoas homossexuais, mas, não podemos chamar de matrimonio uma relação que não seja entre um homem e uma mulher.

No tempo de Jesus havia o divórcio, e o Senhor embora todo misericordioso, condena a sua prática. Nos diz: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu o divórcio”! No entanto, no princípio não era assim, pois já não são dois, mas uma só carne. E afirma, “o que Deus uniu, o homem não separe! ” Jesus deixa claro que o divórcio é contrário ao plano de Deus! A Igreja não tem autoridade para fazer diferente! Seria trair o Senhor!

Surgem questões muito sérias:

- Como prometer amor por toda a vida, se nosso coração é inconstante?

- Como fazer uma aliança para sempre, se esta não depende só de mim, mas também da outra pessoa?

- Como ficam nossos irmãos que estão numa nova união?

1º. o matrimônio cristão somente pode ser abraçado na fé, por pessoas de fé, que vivem e alimentam a sua fé no Senhor. Sem a vivência da fé teremos muitas possibilidades de fracasso. O problema é que as pessoas casam como os cristãos, mas não vivem como os cristãos! Querem casar na Igreja e não querem frequentar a Igreja.

2º. é responsabilidade dos esposos cultivarem o amor, o diálogo, os gestos de carinho e de perdão. Pois, o amor ao contrário do que se diz, não nasce de repente, não é cego, nem morre de repente. O amor pode e deve ser cultivado e cuidado.

O que fazer quando o amor acaba? O mesmo que fazemos quando acaba a gasolina do carro. Não colocamos fora o caro, abastecemos. É possível reabastecer o amor, com carinho, atenção e cuidado.

Enfim não nos cabe julgar ninguém, devemos sim respeitar e acolher aos casais a vivem a segunda união. Sem de modo algum, procurar por culpas e culpados. Mesmo porque, quem estiver sem pecado, que atire a primeira pedra.

O plano de Deus é o matrimônio para a vida toda. Deus no seu amor não iria nos pedir algo impossível. Não só possível é excelente. A presença de Cristo na união conjugal não exclui as crises e dificuldades. As dificuldades conjugais, têm o nome de cruz. Que, assumida com amor e por amor, é fonte de alegria e ressurreição.

sábado, 21 de agosto de 2021

DECIDA


Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda incontáveis encontros, incluindo inesperadas assistências materiais que ninguém sonharia que viesse em sua direção.

O que é a vida senão o conjunto de escolhas que fazemos dia a dia? Feitos extraordinários têm origem em boas decisões. O contrário também ocorre, com uma má decisão facilmente terminando em retrocesso. Bom ou ruim, o fato é que ninguém sabe, no momento da tomada de uma decisão, se ela é das grandes ou não. De qualquer forma, não importa. Toda e qualquer resolução pode mudar absolutamente tudo.

Decisões são fruto de nossas emoções, e estas, por sua vez, têm origem em nossos pensamentos. Uma dada escolha surge, portanto, de um estado mental específico e impulsiona numa ou noutra direção. Em outras palavras, não existe neutralidade na tomada de decisões. Decidimos o tempo todo, até mesmo de forma inconsciente, e sempre com base em nossos valores e princípios. Estamos decidindo até quando decidimos não decidir nada. Nesse caso, o resultado pode ser tristeza, amargura, rancor... Aquele que hesita em decidir ou opta deliberadamente por não o fazer se arrisca a seguir arrependido pelo resto de seus dias. Decidir é salutar, decidir é necessário, decidir é da natureza humana.

Algumas das escolhas trazendo resultados incríveis. Muitas outras, porém, não surtirão o mesmo efeito, e outras tantas um dia se mostrarão equivocadas. Poucas vezes fazemos um acerto grandioso que muda tudo e, em geral, quando conseguimos, é porque erramos antes e aprendeu com a experiência.

Toda decisão envolve medo. Medo de errar, de se arrepender. Faz sentido, já que decisões implicam mudanças, mais ou menos drásticas. A decisão de escolher uma profissão, ou de constituir uma família inaugura uma série de responsabilidades e compromissos que são para a vida toda... tira da zona de conforto...

Interessante notar que o sucesso em cada uma dessas decisões é resultado de outras.

Jamais desista dos seus sonhos em troca de satisfações momentâneas, pois nossas escolhas têm consequências duradouras. Chegará a hora de pagar o preço por suas decisões. É então que você perceberá como foi acertada a opção por ter disciplina nos estudos e como isso mudou a sua vida. Na época, é claro que não percebemos que essa decisão era das grandes, mas abriu portas para muitas outras decisões que viram a seguir.

O resultado vem – o plantio pode ter sido feito com muitas lágrimas, é verdade, mas vem.

E então, qual é SUA decisão que mudará tudo para VOCÊ? Qual é a escolha que, se não for feita logo, lhe causará arrependimento para o resto da vida? O que é que, se você deixar de realizar, o levará a remoer o que poderia ter sido e não foi? Qual é o seu sonho? Então vá à luta! Nada de criar uma fonte de amargura por não haver tentado. Então, por favor, não se condene a chegar aos 80 anos de idade doente de tristeza por não ter tomado a decisão certa na hora certa.

Não perca tempo, não demore a decidir. São as pequenas escolhas que definem o tom e o rumo. Decida estudar um pouco mais hoje. Decida fazer um planejamento melhor hoje. Decida matricular-se em um curso hoje. Decida que você quer mudar de vida e não vai aceitar nada além disso. Decida que você merece ser feliz em todas as áreas. Decida que você é capaz.

Decida.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ASSUNÇÃO

 

Dentro do mês das vocações, o terceiro domingo é dedicado aos religiosos e religiosas, pessoas que dedicam sua vida ao serviço aos mais necessitados seja por meio da vida contemplativa e orações, seja no trabalho em instituições de caridade. São as freiras e os freis, que consagram suas vidas a Deus e fazem votos de pobreza, obediência e castidade.

Ao mesmo tempo, a Igreja também dedica este domingo à festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Maria é o modelo dos religiosos, pois foi aquela que dedicou toda sua vida ao serviço ao Senhor. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa palavra” (Lc 1, 38) disse ela ao anjo Gabriel, quando recebeu o anúncio da sua gravidez milagrosa.

O desprendimento e total entrega de Nossa Senhora a Deus não ficou apenas em palavras. O Evangelho da missa de hoje mostra que, tão logo recebeu o anúncio de sua gravidez, Maria pôs-se a caminho para ajudar sua prima Isabel, que também estava grávida. 

O que Maria foi fazer na casa de Isabel? Apenas uma visitinha, como a que costumamos fazer aos nossos amigos e parentes, para dar os parabéns pela gravidez? Certamente que não.

Maria sabia que Isabel já era idosa e, portanto, deveria estar passando uma gravidez sacrificada. As dificuldades de locomoção, as necessidades básicas como tomar banho, realizar os trabalhos domésticos… O coração de Maria entendeu tudo isso e foi à casa de sua prima não apenas para visitá-la, mas para lavar louça, lavar roupa, varrer o chão, fazer comida… A “serva do Senhor” enxergou-O na pessoa do outro e pôs-se a servi-Lo.

Isabel, por sua vez, ficou tão alegre quando viu Maria ali, disposta a ajudá-la, que até a criança pulou no seu ventre. Claro, pulou também pela presença do Menino Deus, que de ventre para ventre, já abençoou a vida de João Batista para a missão que lhe foi confiada: a de ser o precursor, aquele que prepararia o caminho para a chegada de Jesus, conforme a profecia de Isaías (Is 40, 3-5; Lc 3, 4-6). Mas humanamente falando, Isabel deve ter tido uma sensação de felicidade extrema ao saber que não estava sozinha, que podia contar com alguém para ajudá-la na dificuldade daquele momento.

Tão feliz ficou que entendeu que a visita de Maria só podia ser algo divino. “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a Mãe do meu Senhor venha me visitar?” (Lc 2, 42-43). Maria não lhe disse que estava grávida, nem contou a história do anjo. Bastou um olhar para que Isabel entendesse que Maria só podia ser um pessoa privilegiada pelas graças de Deus. E que lindo deve ter sido esse olhar, a ponto de fazer estremecer até a criança no seu seio! Tão cheia do Espírito Santo, Maria proclamou o Magnificat, um canto que reúne trechos de vários salmos e passagens do Antigo Testamento, formando uma das mais belas orações de louvor a Deus presentes na Sagrada Escritura.

O restante da vida de Maria foi exemplo de doação. Nas Bodas de Caná, ela se colocou a serviço a ponto de perceber o que ninguém tinha notado, tão entretidos estavam nos festejos: o vinho estava acabando. Recorreu a Jesus e ele realizou seu primeiro milagre (Jo 2, 1-12). Na caminhada para Calvário, Maria caminhava com Jesus, sofrendo com ele por vê-Lo naquela situação. Aos pés da cruz, Ela estava lá, dirigindo-lhe o olhar sofrido de Mãe, querendo dizer “Força, meu Filho. Eu estou aqui!”. Após a ascensão de Jesus, Maria também dava forças para os Apóstolos para que não desistissem (At 1, 14).

Por tudo isso, Maria recebeu antecipadamente a coroa da glória que está destinado a todos os filhos de Deus. Foi pelos méritos de Jesus que Maria foi elevada ao Céu em corpo e alma, conforme proclamado pelo papa Pio XII em 1950. Mas também não podemos tirar Dela os seus próprios méritos. Ela era humana e, portanto, também sujeita ao livre arbítrio e ao direito de escolha. No entanto, Ela escolheu, por livre e espontânea vontade, se entregar totalmente a Deus e permanecer pura e imaculada. Foi pelos méritos de Jesus que Maria nasceu imaculada e preservada do pecado, mas foi por sua vontade pessoal que ela permaneceu assim toda sua vida.

Jesus não podia permitir que aquele corpo imaculado e santo, fosse corrompido pela morte. O mesmo corpo que O abrigou durante nove meses, em cujos seios ele mamou, em cujo colo Ele dormiu, cujas mãos O ajudaram a dar os primeiros passos, cujos lábios O cobriram de beijos, cujos braços acolheram Seu corpo morto. Embora não esteja na Bíblia nenhuma referência sobre a assunção de Maria, os católicos creem firmemente nessa verdade por todos os motivos aqui descritos – e não temos nenhum motivo para duvidar deles. Peçamos à nossa Mãe que nos ajude a levar uma vida santa a fim de que possamos também ser assuntos (elevados) ao Céu, como Ela o foi.

QUADRINHA DE NOSSA SENHORA

A você, que me escuta,
Eu saúdo, neste dia,
Em que canto, com carinho,
Esta linda cantoria,
Pra honrar a “Mãe de Cristo”,
A Santa “Virgem Maria”.

Diante da Virgem Santa,
Um anjo se apresentou.
Expôs os planos de Deus,
O mistério desvendou.
Ela fora escolhida
Pra ser “Mãe do Salvador”.

Maria ficou confusa,
Não conseguiu entender
Como isso se daria,
Sem a homem conhecer.
Mas o anjo garantiu:
De Deus o Filho vai ser.

Então, confirmou Maria,
Dizendo “aqui estou eu”.
No seu seio virginal,
Um menino concebeu.
Mas ela estava noiva
Com alguém do povo seu.

Seu noivo, o “justo”, José,
Não sabia o que pensar.
Da jovem pura, tal ato,
Não podia esperar.
Resolveu, às escondidas,
Da noiva se separar.

Mas Deus agiu bem depressa
O “mistério” esclareceu.
Em sonho, foi a José,
E disse o que aconteceu.
José aceitou Maria,
E em casa a recebeu.
Era bem grande o “mistério”
Que circundava a Maria.
José, mesmo sendo esposo,
“Tocá-la” não se atrevia.
Manteve-se sempre casto,
Atento ao que Deus queria.

José tinha por Maria
Grande consideração.
Fez ele tudo o que pôde,
Por amor e vocação.
A Jesus ele aceitou,
Como filho de adoção.

Pra casa de sua prima,
Maria foi às carreiras.
Cumprimentou Isabel,
Segundo a sua maneira.
Elas estavam gestantes,
Sendo Isabel a primeira.

Aconteceu o encontro
Das primas agraciadas.
Isabel era estéril,
E de idade avançada
Maria, jovem e virgem,
Num “mistério” mergulhada.

Isabel reconheceu
A Mãe de seu Salvador.
A partir daquele dia,
Tudo claro se tornou.
Assumindo a humanidade,
Deus, dos pobres se lembrou.

Maria se comoveu,
E um canto proferiu.
Grata por tão grandes feitos,
Ao bom Deus se dirigiu,
Cheia de tão grande paz,
Que ninguém jamais sentiu.
Maria foi a Belém,
E lá ela deu à luz.
Depois foi para o Egito,
Assumindo a sua cruz.
Fugindo do rei Herodes,
Que ia matar Jesus.

Do Egito, foi Maria
Com Jesus pra Nazaré.
Iluminados por Deus,
Assistidos por José.
Às vezes num jumentinho,
E outras vezes à pé.

Maria cuidou direito
De Jesus, seu filho amado.
Em várias atividades,
Ela estava ao seu lado.
Jesus sempre a atendia,
Quando era solicitado.

Maria não recuou,
Assumiu sua missão:
Esposa, dona de casa,
Santa e mãe, por vocação.
Sofreu horrores, ao ver
O Filho em malvadas mãos.

Maria, ao pé da cruz,
Teve o coração partido.
Seu Filho, por queda e cravos
Foi, gravemente, ferido.
E morreu, crucificado,
No meio de dois bandidos.

Jesus morreu numa cruz,
Mas depois, ressuscitou.
Aos Apóstolos, Maria,
Como mãe, acompanhou.
Foi, na Igreja primitiva,
Um exemplo de amor.
Sabemos, por tradição,
Que Maria não morreu.
Foi levada toda inteira,
Pra junto do Filho seu.
A Jesus, ela intercede
Por nós, o povo de Deus.

Tornou-se bem respeitada,
Maria de Nazaré.
Os cristãos compreenderam
O valor dessa mulher.
Surgiram as devoções,
Motivadas pela fé.

Desde séculos remotos,
Maria é venerada.
Sob títulos diversos,
É por muitos, aclamada.
Dentre os santos e as santas,
Ela é a mais amada.

Vários títulos possui
A Mãe de nosso Senhor.
Com os quais é venerada,
Com carinho e com amor.
Ela está com seus devotos,
Na alegria e na dor.

Eis alguns dos muitos nomes
E frases de devoção:
Nossa Senhora: da Paz,
Rainha, da Conceição;
De Lourdes, de Guadalupe;
Virgem da Consolação.

Nossa Senhora das Graças,
Aparecida, da Guia;
De Fátima, das Mercês,
Causa de nossa alegria;
Da Vitória, do Amparo,
Santa Mãe de Deus, Maria.
Mãe do Perpétuo Socorro,
Nossa Senhora das Dores;
Do Bom Parto, das Cabeças,
Rainha dos Confessores;
Senhora do Livramento,
Refúgio dos pecadores.

Nossa Senhora do Carmo,
Do Desterro, Mãe amável;
Rainha dos Patriarcas,
Virgem Mãe admirável;
Consoladora dos pobres,
Virgem pura e venerável.

Senhora da Boa Viagem,
Das Candeias, Mãe da fé;
Dos Remédios, dos Aflitos,
Santa esposa de José;
Rainha dos Santos todos,
Maria de Nazaré;

Senhora da Piedade,
Sede de sabedoria.
Os nomes e as expressões,
Existem em demasia.
Pra falar duma pessoa:
A Mãe de Jesus, Maria.

Uma mulher venerada
Duma forma especial.
Os vários nomes demonstram
Ser pessoa genial.
Deus fez da Mãe de seu Filho,
“A Rainha Universal”.

Uma mulher solidária,
No agir e no pensar.
“Nossa Senhora das Dores”,
tem muito a nos ensinar.
Nossas dores, nós devemos
A Jesus associar.
Ninguém mais, como Maria,
Sofreu tanto, por Jesus,
O seu Filho e seu Senhor,
Rei de esplendorosa luz.
Foi ela quem mais se aproximou
Do Seu sofrimento e da sua cruz.


Maria se faz guerreira,
Na ordem da proteção.
Pela reza do Rosário,
Ela ajudou os cristãos.
Para os amados filhos seus,

Estende as suas mãos.

A “Oração do Rosário”,
Pela Igreja, é querida.
Foi, por muitas indulgências,
Fortemente enriquecida.
Tem muita gente feliz,
Pelas graças recebidas.

Essa “santa devoção”,
É bem privilegiada.
Em Fátima e em Lourdes,
Ela foi recomendada
Pela própria “Mãe de Deus”,
Dos cristãos, advogada.

A Mãe de Jesus não deixa
A ninguém desamparado.
Com seu jeitinho materno,
Atende aos necessitados.
Quem a ela se apega,
Não fica desapontado.

Um glorioso “destino”
Foi, à Mãe de Cristo, dado.
Ela que viveu no mundo,
Toda isenta do “Pecado”,
Dela nasceu para nós,
Jesus Cristo Seu Filho amado.

Cremos que, de corpo e alma,
Maria foi elevada.
Por ter sido a Deus fiel,
Ela foi recompensada.
Lá no Céu, como “Rainha”,
Por Deus Pai, foi “coroada”.

Maria desempenhou
Uma missão singular.
Acima das criaturas,
Deus quis lhe classificar.
Por isso, no Céu ocupa
Um destacado lugar.

Uma recompensa justa
Só Deus pode conceder.
De felicidade plena,
Só Deus pode nos encher.
O que Deus fez com Maria,
Nem podemos compreender.

É notável a presença
De Maria caminhando
Com o povo em suas lutas;
As barreiras derrubando.
Com seu jeitinho materno,
Aos caídos, levantando.

Maria está presente
Na vida dos brasileiros.
Consoladora do operário,
Do migrante, caminheiro...
dos que sofrem sem trabalho,
Sem saúde, sem dinheiro...

Mãe e colaboradora
Na obra da redenção,
Maria é como sangue,
Irrigando o coração.
Impulsiona a Igreja,
No rumo da salvação.

Maria tem, na Igreja,
Uma vasta atuação.
Companheira inseparável
Na labuta dos cristãos;
Modelo de santidade,
Braço forte na missão.

É, a nossa “Santa Igreja”,
Muito privilegiada.
Tem o Espírito Divino,
Por quem é santificada;
E Maria, mulher santa,
Poderosa advogada.

“Templo Santo”, reerguido
Sobre a “Pedra Angular”.
Maria na luta é resistente,
Sem nunca se cansar.
Ficará decepcionado,
Quem contra ela lutar.

Uma mulher sem defeito,
Pelo Amor de Deus, regida.
É justo reconhecê-la,
“Sem pecado concebida”;
“Virgem Santa, Virgem bela”;
“Mãe Amada, Mãe querida”.


Maria é cuidadosa,
Por amor e vocação.
Ela cuida dos ministros
Da “Sagrada Comunhão”.
Conduz o “Povo de Deus”
“Na palma da sua mão”.

Eu agradeço a você,
Que me ouve, com alegria,
Que o mal não lhe atinja,
Nem de noite, nem de dia.
Sinta a proteção materna,
Da “Mãe de Cristo” – Maria.

20 ANOS DE ORDENAÇÃO DO PADRE EDUARDO DELAZERI



A Leitura é do Livro dos Macabeus e repete a sena de uns dias passados, onde 7 irmãos, diante da mãe deles, perderam a vida, para não desobedecer a Lei de Deus, que proibia comer carne de porco. No novo Testamento, São Pedro libera e hoje se pode comer de tudo, sem ser pecado. Cada tempo um tempo, mesmo na Bíblia.

O Salmo começa dizendo: Ó Senhor, ouvi a minha justa causa,
escutai-me e atende o meu clamor!

E o Evangelho, que é de São Lucas, o grego, Médico, Escritor e Pintor (É atribuído a Lucas o primeiro ícone de NS. Do Perpétuo Socorro, pintado em grandes linhas, de formas que, cada um possa imaginar a Mãe de Jesus e Nossa Mãe, como quiser.

E a antífona do Evangelho Lucano é de São João e diz: Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).

O conteúdo do Evangelho nos fala de um Homem Ilustre que partiu para ser coroado rei e que muitos, que deveriam cuidar de seus bens, mandaram protestantes, atrás para manifestar o desejo daqueles, de que não aceitariam aquele homem como Rei deles.

Quando o homem, agora Rei, voltou, fez as perguntas aos administradores das minas e aos que renderam, pouco ou muito, ganharam o equivalente em administração de cidades.

No entanto, ao que não investiu tirou até a mina que tinha e deu para o que tinha mais.

Houveram protestos do povo, dizendo que isso era uma injustiça, pois o que ganhou já tinha dez minas, mas aquele Rei disse que ao que tem será dado ainda mais, mas ao que não tem até o que tem lhe será tirado.

Não meus irmãos, aquele Rei não desprezava os que não tinha, mas para administrar é bom que se saiba o que se está fazendo e que não tenha medo de investir no que faz.

Está muito cumprido o meu sermão, eu sei, mas não esqueci, em nenhum momento da fala, de me lembrar do Padre Eduardo.

Um Pároco é também um administrador e o pior, é um administrador Real e não de qualquer reino, mas do Reino de Deus.

Uma paróquia é um território cheio de paroquianos.

A nossa paróquia é composta de quatro regiões e nelas, quatro igrejas, templos, antigamente chamados de capelas.

A capa maior, aqui, Igreja NS. Da Boa Viagem e as três outras capas menores, ás vezes, já quase do tamanho da capa maior: Santo Antônio, NS. Da Paz e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Este administrador, este Pároco, o Padre Eduardo, incansavelmente, e eu acho que ele até adoece se não fizer isso, multiplica as obras, não só na capa, sede, aqui da ponte, mas também nas capelas, as igrejas citadas.

Nossa Sede Aqui da Ponte, para lembrar de como era antes, é preciso fazer esforço mental, ou ter a sorte do facebook nos recordar:

A Igreja de Pedra de Cachoeirinha, a Santo Antônio da Estrada do Ritter, não é a mesma.

A Rainha da Paz está toda reformulada.

A Perpétuo Socorro, que parecia não ter mais o que fazer, sempre Nosso Pároco, arruma mais algum benefício para ela.

Caríssimos, Nossa Paróquia, tanto aqui na sede como nas outras, não é mais a mesma.

Melhor que não ser mais a mesma é poder, com todas as mudanças, perceber que nada foi mudado.

Como assim? Nada foi mudado? E as mudanças que acabei de falar que foram feitas?

Caríssimos e Caríssimas, quem não muda o tempo muda. O cupim come, as tintas descascam, a ferrugem toma conta.

Quando o Padre Eduardo faz as grandes mudanças nestas obras é para que elas durem para sempre como dizia São João na Antífona do Evangelho: “Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).”

Aí está Nosso Pároco, que a 20 anos foi coroado, ordenado Padre. Saiu e voltou para ser coroado Pároco, com esta sobre coroa, para dar frutos duradouros.

Hoje comemoramos os 20 anos de ordenação do Padre Eduardo. Já está durando a obra espiritual em si, que ele fez, de mudança de homem do mundo para homem de Deus, dedicado ao Rei Maior. Sabemos que durará até que vá para a Pátria Celestial, se juntar ao Rei da Glória.

Sua obra, que, com a ajuda dos seus paroquianos foram e estão sendo construídas, sobre durará. Ele ainda está novo, mas quem já viveu mais sabe: Assim como se reza em antigas catedrais, em antigas igrejas e em antigas capelas, se rezará também em nossos templos daqui a cem, duzentos e mais anos, visto que são obras bem feitas e para durar para sempre.

Diante de tantas qualidades que este Homem de Deus tem, cito duas: O Imenso Poder de Construção (“nada resiste ao trabalho”) e o seus sermões, que não são menores que suas obras.

Ah, se toda igreja tivesse um tamanho construtor e um imenso pregador como temos aqui!

Que bom que somos daqui.

Que NS. da Boa Viagem, do Perpétuo Socorro, que é Rainha da Paz e que Santo Antônio gostava tanto, abençoe sempre Nosso Pároco e que ele nos abençoe.

Saúde, Paz e Alegria.

Parabéns Padre Eduardo.

NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ – ROGUAI POR NÓS



Quantas vezes a aflição já atingiu o nosso coração?
Quantas vezes o nossas forças parecem fugir
O que fazemos neste momento? Ficamos desesperados?
Choramos? Murmuramos?

Pois eu lhe digo, procure Nossa Senhora, ela é a Rainha da Paz.

Maria é o consolo dos aflitos. Quando estamos diante das cruzes da vida, devemos procurar a segurança do colo de nossa Mãezinha.

Já repararam que mãe tem um jeito especial para aclamar o seu filho. É comum vermos aquela cena do chorando no colo de alguém, mas quando vai para o colo da mãe é parar de chorar e até dorme com aquela sensação gostosa de paz e segurança.

Esta consoladora dos aflitos é a RAINHA DA PAZ.

Você recebe uma notícia ruim e seu coração fica apertado. Procure o colo da Mãe. Ela está aqui a te oferecer Jesus, e com Ele vencemos todas as nossas aflições.

Quando Jesus se perdeu no meio da multidão, aos doze anos. Maria O encontrou no templo falando aos doutores.

Maria entendeu. Temos que procurar Jesus na casa do Pai. Se você está aflito, procure a igreja; fique um momento em silêncio; consagre seu coração a Virgem Maria. Ela o pegará no colo e o colocará junto de seu Filho, Jesus. Ali não temos mais razão para ter medo.

A nossa vida está cada vez mais é acelerada e repleta de ruídos. A TV, o rádio, os computadores, o celular, nos trazem distração, agitação, barulhos que não permitem ouvir as pessoas. Às vezes tudo o que precisamos é de um pouco de paz.

Pare um pouco diante da imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, essa imagem nos ajuda a contemplar Maria e o seu coração acolhedor. olhe para ela e deixe-a olhas para você, o melhor lugar podemos estar é debaixo dos olhos da mãe.

Assim vão surgindo, ao longo da história, os mais diferentes títulos de Maria: NOSSA SENHORA DA AJUDA, DO ALÍVIO, DO AMPARO, AUXILIADORA DOS POBRES, DA BOA MORTE, DO BOM PARTO, DO BOM SOCORRO, DO BOM SUCESSO, DA ESPERANÇA, DA CONSOLAÇÃO, DOS DESAMPARADOS, DESATADORA DOS NÓS, DO DESTERRO, DAS DORES, DA PIEDADE, DA SOLEDADE, DAS ANGÚSTIAS, DAS LÁGRIMAS, DAS SETE DORES, DO CALVÁRIO, DO PRANTO, DOS MÁRTIRES, DA MISERICÓRDIA, DO PERPÉTUO SOCORRO, DOS REMÉDIOS, DA SAUDE.

Maria acolhe as nossas dores e acalma o nosso coração. A Mãe de Jesus, a Mãezinha do céu, nunca nos abandona nos momentos mais difíceis.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

PINTURA DA IGREJA

Com grande alegria, entregamos para a nossa comunidade a conclusão total do projeto de reformas externas da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem.

Após um período de incertezas no dia 28 de agosto de 2020, retomamos as obras de reforma, com a substituição das antigas janelas basculantes por janela coloniais, a decoração da lateral da igreja, com erguimento de platibanda, ocultação do equipamento de ar-condicionado, acréscimo colunas, capiteis, e ornatos coloniais, toca do telhado, e pintura externa da Igreja e Salão Paroquial com aplicação de grafiato. Somando um investimento de 168.198,38 Reis, onde 48.500,00 referentes ao Telhado e 40.263,00 referentes a pintura. Ficando pendente 13.980,00 que serão pagos em parcelas nos próximos 3 meses.

Nesses 9 meses não descuidamos da caridade foram distribuídos 15.273 Kg de alimentos e R$ 1.771,40 Reais, em remédio e outros socorros aos necessitados. Se transformar esse alimento em valor financeiro daria mais do que foi investido em reformas no mesmo período.

Foram 9 meses que convivemos com desafios, dificuldades, mas também com inúmeras realizações somente possíveis pela Graça de Deus.

Essas maravilhas somente foram possíveis pela manifestação da Graça de Deus em você, irmão dizimista. 
Foi graças à sua contribuição, que pudemos manter em dia os compromissos de nossa comunidade com a liturgia, com a catequese, com atendimento a pessoas carentes, com a manutenção da paróquia (água, energia elétrica, salários dos funcionários e seus encargos etc.).

“Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas.”


terça-feira, 15 de junho de 2021

12 Domingo

 

As Leituras Bíblicas que ouvimos hoje, nos garantem que, nunca estaremos sozinhos, abandonados à própria sorte; poque o Bom Deus caminha ao nosso lado, cuidando de cada um com amor de pai.

A primeira leitura do livro de Jó, o Senhor respondendo a Jó “do meio da tempestade", uma manifestação poderosa a altura do Deus todo-poderoso, o soberano de toda a terra. Jó questiona a Deus porque tantos sofrimentos e provações em sua vida. O Senhor não responde as suas perguntas, mas o faz perceber sua própria insensatez, pois o Deus de hora, gloria, poder e majestade, sabe o que está fazendo, e tem a solução para todos os nossos problemas. A nós, seus filhos, cabe apenas confiar em Deus, confiar não questionar, e esperar dele a nossa salvação.

Convivemos diariamente com violência e insegurança; novas doenças, e catástrofes naturais, coisas que nos deixa revoltados, ansiosos e preocupados. O livro de Jó nos ensina que não podemos entender por que Deus permite isso ou aquilo, pois o Senhor não age segundo a nossa lógica.

Deus criou tudo o que existe, sabe o porquê de todas as coisas, Ele cuida de cada um com amor de pai, a nós cabe apenas confiar nele.

Na segunda leitura São Paulo ensina Deus não é indiferente, nos deixando abandonados à própria sorte. Foi exatamente para isso que Jesus veio ao mundo para nos libertar do egoísmo, da vaidade, da ganância e tudo que nos escraviza, e para nos oferecer a liberdade dos filhos de Deus. Nosso Deus não é distante ou indiferente, mas é amor, e está sempre próximo de nós, sempre se emprenhando em nos salvar do mal.

Paulo fez a experiência profunda do amor de Deus em sua vida, e escolheu como único objetivo de sua vida comunicar esse o amor a todos os irmãos e irmãs.

O Evangelho, nos mostra que não precisamos enfrentar as tempestades da vida sozinhos, mas que podemos fazer como os discípulos, recorrer a nosso Senhor e sermos socorridos por ele. Nada temos a temer, Cristo está sempre conosco, nos ajudando a vencer as provações e dificuldades da vida, basta que corramos a ele, pedindo socorro.

Reparemos, o "barco" dirige-se "para a outra margem", durante a travessia, Jesus "dorme", refere-se à sua aparente ausência. Os discípulos, têm a sensação de que estão sós, abandonados à sua sorte e que Jesus não está com eles a enfrentar as adversidades da vida. A "tempestade" significa as dificuldades que o mundo nos opõe.

Jesus, despertado pelos discípulos, acalma a fúria do mar e do vento. Depois repreende aos discípulos pela falta de fé. Os discípulos, depois da caminhada feita com Jesus, já deviam saber que Ele nunca está ausente.

Muitas vezes, ao longo da caminhada, podemos sentir solidão, fragilidade e impotência, ter a impressão de que Jesus nos abandonou; O Evangelho deste domingo nos garante que Jesus nunca “abandona o barco” dos discípulos. Em todas as circunstâncias, Jesus vai conosco, por isso, nada temos a temer. Nos momentos de crise, de desânimo, de medo, precisamos descobrir a presença - às vezes silenciosa, mas sempre próxima e amiga - de Jesus ao nosso lado.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

5º DOMINGO DA PÁSCO - A VIDEIRA



A conversão de Paulo aconteceu por volta do ano 36. Depois da sua conversão, Paulo ficou três anos em Damasco, colaborando com a comunidade cristã dessa cidade. Após esse tempo, Paulo dirigiu-se para Jerusalém, por causa da perseguição dos judeus, Paulo a abandona a cidade descendo pelas muralhas abaixo, dentro de um cesto. O texto que ouvimos na 1ª leitura refere-se à estadia de Paulo em Jerusalém, sua fuga para Cesárea e partida para Tarso.

3 pontos me chamam a atenção:
- Apesar da desconfiança dos cristãos de Jerusalém Paulo faz esforço em participar da Comunidade. Porque o cristianismo não é apenas um encontro pessoal com Cristo Vivo, como ele mesmo teve no caminho de Damasco; mas é também participar da Igreja de Cristo, partilhando a fé e o amor com os irmãos. Ao contrário de muitos que dizem “eu tenho fé em Deus, mas rezo em casa”, Paulo nos ensina que só somos cristãos autênticos quando estamos unidos com a Igreja.

- O papel de Barnabé é muito importante: primeiro ele mesmo acolhe Paulo lá em Damasco, mas depois leva ele para ser acolhido na Igreja. Como nós também, que acolhemos o irmão que precisa de Deus e o levamos para as pastorais, e levamos para que conheça os grupos de oração ou os movimentos da Igreja.

- Muitas vezes quando procuramos ser cristãos autênticos, enfrentaremos conflitos, como viveu o Apostolo Paulo. Seguir Jesus, meus irmãos é sempre um caminho marcado pela cruz, não é fácil, mas é o caminho que leva à vida.

Na segunda leitura, a questão essencial é o amor ao próximo. Engana-se quem pensa que basta ter os olhos voltados para o céu, ignorando o amor ao próximo.

O amor ao próximo é uma exigência central do cristianismo. A essência de Deus é amor; e ninguém pode dizer que está em comunhão com Ele se não se deixou contagiar pelo amor. Jesus demonstrou isso dando a vida por nós,

na cruz; e exigiu que os seus discípulos O seguissem no caminho do amor. “Eu vos dou um novo mandamento, amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” É o amor aos irmãos que abre para nós a porta do Céu.

Deus não espera que resolvamos os problemas dos outros, mas deseja que façamos alguma coisa. Ainda, o amor aos irmãos não é algo que se manifesta em declarações de boas intenções, mas em gestos concretos de partilha e de serviço.

O Evangelho situa-nos na ceia de despedida. A cruz está próxima. Jesus usa a metáfora da videira, o agricultor, os ramos e os frutos...

No Antigo Testamento a "vinha" eram símbolos do Povo de Deus. Israel era apresentado como uma "videira" que Senhor arrancou do Egito, e plantou na Terra Prometida e da qual cuidou sempre com amor.

No entanto Israel nunca produziu os frutos que Deus esperava. Agora, Jesus apresenta-Se como a "videira" verdadeira plantada por Deus. É Jesus que irá produzir os frutos que Deus espera.

Nós somos os "ramos" que precisamos estar unidos à "videira" - Jesus e que dele receber a vida. São convidados a permanecer em Jesus. O verbo permanecer aparece sete vezes. É um convite a que o discípulo mantenha a sua adesão a Jesus, a sua comunhão com ele... Se o discípulo mantiver a sua união com Jesus, por sua vez, permanece no discípulo - isto é, continuará fielmente a oferecer ao discípulo a sua vida.

Nosso Senhor nos disse: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele"...

Para os discípulos, interromper a relação com Jesus significa cortar a relação com a fonte de vida e condenar-se à morte, não é mais capaz de produzir frutos de que permaneçam para a vida eterna.

O ramo que produz fruto será podado para produzir ainda mais, a poda aqui significa, arrancar o egoísmo e a vaidade, o que não produz será cortado e lançado as chamas.

Estimados irmãos e irmãs hoje somos convidados a refletir sobre a nossa união a Cristo; só unidos a Cristo temos acesso à vida eterna.

sábado, 24 de abril de 2021

4º DOMINGO DA PÁSCOA - O BOM PASTOR


O Evangelho que acabamos de ouvir nos apresenta Cristo Bom Pastor, que ama e dá a própria vida pelas suas ovelhas. Para sermos do seu rebanho devemos ouvir a sua voz, e segui-lo, só Ele pode nos conduzir à vida verdadeira.

Na primeira leitura ouvimos que, por causa da cura do paralitico, Pedro e João são presos e conduzidos as autoridades, onde testemunham a Ressureição do Senhor diante das mesmas autoridades que o condenaram a morte. Será que conseguimos perceber a coragem desses homens, Testemunhando Jesus, num ambiente hostil?

É desta forma que somos chamados a testemunhar a nossa fé, as reações negativas dos que nos cercam não deve nos calar, nem alterar o nosso testemunho. Convém antes agradar a Deus que aos homens.

Mas notem, Pedro não está sozinho, está "cheio do Espírito Santo", isso é, os cristãos não estão sozinhos e abandonados quando anunciam a Palavra. É o Espírito que nos conduz e orienta o nosso testemunho.

Pedro compara a insensatez deles à cegueira de um construtor que rejeita como imprestável uma pedra que vem depois a ser aproveitada por outro construtor como pedra principal num outro edifício. Jesus é a pedra angular, a base o fundamento da vida nova e plena que Deus oferece a cada um de nós.

O cristão é convidado a ser testemunha da salvação. Falar aos sue irmãos com simplicidade de sua fé, de suas experiências com Deus, das muitas graças recebidas, para que através de nosso testemunho nossos irmãos, também acolham vida nova que Cristo veio oferecer.

A segunda leitura, Carta de João nos fala do amor de Deus por nós, sempre pronto a nos socorrer em nossas necessidades, como um pai amantíssimo cuida dos seus filhos. Na verdade, ele nos adota como filhos e nos oferecendo a sua herança, a vida eterna.

Mas atenção, não basta sermos filhos de Deus, precisamos viver como filhos, para ter direito a herança, fazendo as obras de Deus, vivendo de acordo com seus mandamentos.

O Evangelho fala de Jesus o "Bom Pastor", veio para nos conduzir às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas de onde brota a vida em plenitude.

Ele deseja que as suas ovelhas sejam felizes. A sua prioridade é o bem das ovelhas. Por isso, ele arrisca tudo em benefício do rebanho, dando a própria vida por nós. Nele nós podemos confiar. Quem espera no Senhor não será decepcionado.

Ele conhece cada uma das suas ovelhas, ama cada uma, conhece os seus sofrimentos, e deseja ter com cada um de nós uma relação pessoal.

Não prometeu que não teríamos aflições, mas prometeu que nunca ira nos abandonar, quem segue o Bom Pastor, nunca ficará desamparado.

O que ele exige de nós é que acolhamos sua palavra, e coloquemos em prática, gastando a nossa vida por nossos irmãos, no amor cotidiano, nos pequenos sacrifícios que a mães faz pelos filhos, no pão que os pais colocam na mesa de suas famílias, nas lagrimas que enxugamos, nos irmãos que confortamos.

Mas notem, que ao dar a sua vida, Jesus não perde nada, mas Ressuscita. Quem gasta a vida no servindo a Deus, por amor, seja sua na família na comunidade, ou juntos aos necessitados, não perde a vida, mas garante para si a vida eterna e verdadeira.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

CRISE & OPORTUNIDADE


Do Dicionário: Manifestação violenta, repentina e breve de um sentimento, entusiasmo, arrependimento ou afeto; Momento perigoso ou difícil de uma evolução ou de um processo; período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução: existem crises necessárias ex.: a adolescência. Conflito, tensão: crise familiar. Ausência, carência, falta, penúria, deficiência. Decadência; queda; enfraquecimento: crise de moralidade.

Da Psicologia: é toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde à momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura de padrões com perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais. A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa face a momentos como este. É fundamental a forma como a crise é vivida, elaborada e utilizada. A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem ser tanto externos, como internos. Toda crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade. Pode evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reação. Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis.

Na Teoria Construtivista: O indivíduo passa por várias crises desde os seus primeiros dias de vida até ao final da adolescência. Nesta perspectiva, a crise é maturativa, proporciona aprendizagem.

Na Teoria Sistémica: A crise não é necessariamente evolutiva. Define-se como a perturbação temporária dos mecanismos de regulação de um sistema, de um indivíduo ou de um grupo. Esta perturbação tem origem em causas externas e internas.

O 8º princípio do Amor-Exigente, CRISE, sempre nos coloca numa situação de desconforto, uma vez que é a quebra do equilíbrio e da harmonia, gerando momentos de grandes incertezas e muita tensão.

Não gostamos de crise e por certo ninguém gosta de passar por uma. Mas às vezes ela é inevitável. E quando ela surge precisamos enfrentá-la e tomar atitudes e não colocar as “sujeiras” problemas embaixo do tapete da nossa vida.

Na crise é o momento que precisamos fazer escolhas sem esperar que surja o momento adequado para começar a agir. O normal é protelar e, quem sabe, esperar que a crise passe e tudo volte a ser como era antes.

Toda tomada de atitude gera uma crise. E por isto que vamos empurrando com a barriga uma situação mesmo que ela já não nos traga mais felicidade. Porém, nos acostumamos com a dor e vamos ficando viciados em sofrer. Nos apegamos a comportamentos que comprovadamente não estão produzindo nenhuma mudança.

Crise exige de nós uma mudança de conceitos e envolve sacrifícios e, muitas vezes, perdas. Não existe mudança sem dor. Na crise tudo tem o seu custo e tudo gera consequências.

Não gostamos de crise pois damos muita importância para os riscos, gerando insegurança e medo, a ponto de não conseguir perceber as oportunidades de mudanças positivas que também são inerentes a todas as crises.

Quando enfrentamos as crises vislumbrando a possibilidade de mudança, a esperança será o combustível que nos fortalecerá na trajetória de vitória.

Crise é para ser enfrentada e superada. Seja um vencedor e não uma vítima das crises. Criar crises é um risco? Sim... o risco de dar certo. 

Crise & oportunidade

quarta-feira, 24 de março de 2021

DOMINGO DE RAMOS



Esta Celebração abre a Grande Semana da nossa fé, a Semana santíssima, que culminará com a Solenidade da Páscoa, Domingo próximo. Já fizemos memória da Entrada do Senhor Jesus em Jerusalém. Ele é o Filho de Davi, o Messias esperado por Israel, que vem tomar posse de sua Cidade Santa.

Mas, que surpresa! É um Messias humilde, que entra não a cavalo, mas num humilde burrico, sinal de serviço e pequenez! Seu serviço será dar a vida por nós. Ele é Rei, mas rei coroado de espinhos e não de vanglória. Seguir o Senhor, erguendo nossos ramos para saudá-lo nesse dia é recolhê-lo como nosso rei, mas um rei pobre e humilde.

E servir a esse Rei, significa servi-lo nos pobres e nos pobres e humildes, participar da sua paixão é estar na cabeceira da cama dos doentes, é enxugar as lagrimas de quem chora, estar junto a Ele na Cruz, é ter compaixão por que passa fome, pois quem se dispõe a participar de Sua paixão e Cruz terá parte na glória de sua ressurreição.

Quero compartilhar apenas dois pensamentos:
Primeiro: O meio que Deus escolheu para nos salvar não foi o que é grandiosidade, da vanglória dos aplausos, mas pela humilde obediência. Jesus nos mostrou com sua vida que é, na humilde obediência de a vontade do Deus – que encontramos força e consolo em todas as nossas tribulações. Então meus irmãos, quanto maiores a provações do tempo presente, mais nos esforcemos na fidelidade a Deus, pois Ele é a nossa força e refúgio. O especialista no Impossível, é do Céu que vem nosso socorro.

Vivemos num mundo que nos tenta a todo momento a sermos os donos da verdade. Onde ouvimos a todo momento mentiras, tipo SE EU GOSTO TA CERTO, SE EU NÃO GOSTO TA ERRADO, desde quando nossos gostos são paramento do bem e do mal? O mundo despreza aos que seguem em suas vidas os preceitos do Senhor Deus, por isso o mundo está cada vez mais violento, dividido e injusto. Aprendamos a humilde obediência de Cristo Jesus, nos esforcemos a cada dia para estar em comunhão com a vontade do Pai, esse é o caminho da liberdade e da vida verdadeira, caso contrário seremos escravos da opinião dos outros, escravos do mercado, escravos de nossos desejos e caprichos.

Um segundo pensamento: Existem ao menos três modos de nos colocar diante do Cristo nosso Senhor. Dois modos inadequados, que deveremos evitar, e um modo correto ao que somos chamados a viver. Primeiramente, o modo dos discípulos, tão vergonhoso: “Então todos o abandonaram e figuram”. Quantos, nos apertos da vida, o abandonam: no vício, no comodismo, na busca de crendices e seitas, no fascínio por ideologias, ideias e filosofias opostas à nossa fé!

Sempre o mais fácil é fugir. Depois, o modo de é “seguiu Jesus de longe”. Quem pensa poder ser discípulo pela metade; quem se ilude, pensando seguir o Senhor sem combater seus vícios e pecados; quem imagina poder servir a Deus e ao dinheiro, a Deus e a luxuria, seguir ao Senhor e aos costumes e modos e pensamentos do mundo, acabarão como Pedro: negando conhecer Jesus!

Finalmente, uma atitude bela e digna de um verdadeiro discípulo do Senhor: que o sigam de perto até a cruz, como o Discípulo Amado, ao lado de tua Santíssima Mãe! Fiquemos com estes santos pensamentos, preparando-nos durante toda esta Semana para o Tríduo Pascal, que terá seu cume na Santa Vigília da Ressurreição!

Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos,
Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

quinta-feira, 18 de março de 2021

5º Domingo da Quaresma


Com insistência, o Bom Deus nos aponta o caminho da salvação e da vida feliz, verdadeira e eterna. A Palavra de Deus nos ensina que a salvação depende de uma vida vivida na escuta atenta dos projetos de Deus e na doação total aos irmãos.

Na primeira leitura, do Livro do Profeta Jeremias, o Senhor Deus, apresenta para nós, seu povo, a proposta de uma nova Aliança. Está claramente se referindo a Aliança feita na Cruz, a Nova e definitiva Aliança no Sangue de Jesus.

Mas deixa claro que só participará dessa aliança quem estiver disposto a mudar o coração, pois só com um coração transformado pelo Espírito Santo, seremos capazes de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus, e de conduzir a sua vida de acordo com esses valores que lhe asseguram a harmonia, a paz, a verdadeira felicidade.

Em suma, esse trecho do livro de Jeremias é uma mensagem de esperança, destinada a animar o povo pode Deus, em meia as provações e dificuldades sem fim que se abatiam sobre eles.

Jeremias diz, não desanimem, está próximo de nós um tempo novo, um recomeço, uma nova chance, uma nova aliança, que Deus irá oferecer ao seu Povo: após a catástrofe, será possível recomeçar tudo, pois Deus não abandona seu povo. Nem sempre conseguimos viver o amor, mas sempre poderemos recomeçar.

Deus está disposto a firmar uma nova Aliança com o seu Povo. Essa Aliança será, contudo, diferente da Aliança do Sinai.

A Aliança do Sinai foi uma Aliança externa, gravada em tábuas de pedra, que não atingiu o coração das pessoas, nem mudou à sua maneira de ser. Por isso, o Povo continuou a trilhar caminhos de infidelidade a Deus, de injustiça, de autossuficiência, de pecado. O Povo de Deus aderiu à Aliança do Sinai, da boca para fora, mas não de coração.

Deus propõe outro caminho, a Lei de Deus não pode ficar apenas gravada na pedra, mas deve ser guardada no coração, no íntimo de cada um, para estar presente, na fonte de onde nascem os pensamentos, onde se definem os valores, onde se decidem as ações, onde se fazem planos, e brotam os sonhos.

Com um "coração" assim transformado, cada um poderá viver na fidelidade à Deus, testemunhando o seu amor no mundo.

A segunda leitura, do livro de Hebreus, apresenta-nos Jesus Cristo, como sumo-sacerdote da nova Aliança, que vem ao nosso encontro para mostrar o caminho da salvação. Esse caminho, é viver uma intimidade com Deus por uma vida de oração, só assim estaremos em sintonia com a sua vontade e teremos a coragem para realizá-la em nossas vidas.

O Evangelho nos convida a olhar para Jesus, a aprender d´Ele, o amor radical a Deus que se realiza no serviço aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação, de onde brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.

Coragem, nós não estamos sós! Jesus caminha conosco, nos ampara, fortalece e dá sentido, até mesmo, ao nosso sofrimento.

quinta-feira, 4 de março de 2021

3 domingo da quaresma

 



Em toda a história da Salvação, vemos sempre o Bom Deus procurando por nós, quando estamos perdidos. O Senhor não nos abandona, sempre estende a sua mão de pai, e se empenha em nos conduzir para a vida.

Muito mais do que um milagre em nossa vida, o Bom Senhor, deseja nos dar uma vida toda nova, precisamos apenas acolher e viver segundo a sua Palavra.

Na primeira leitura do livro do Êxodo, Deus nos oferece os 10 mandamentos, que nos indicam o caminho para a vida e para a felicidade.

Os mandamentos dizem respeito às duas dimensões fundamentais da nossa existência humana: a nossa relação com Deus e a nossa relação com os irmãos.

Mas atenção, os mandamentos não são regras que devemos seguir, para escapar do castigo divino, ou alcançar favores de Deus; os mandamentos são na verdade indicações para o encontrarmos o caminho da felicidade, como "sinais de trânsito" com os quais Deus, no seu amor nos ajuda a encontrar os caminhos da liberdade e da vida e da felicidade verdadeira.

Na segunda leitura, São Paulo nos fala que a lógica do mundo é muito diferente da lógica de Deus. É preciso entender que a salvação da nossa alma, a vida plena, a felicidade verdadeira não de ser alcançada com poder, riqueza ou importância social, mas sim carregando cada dia a minha cruz - isto é, como o amor gratuito, com a vida doada no serviço simples e humilde aos irmãos.

O mundo diz, você será feliz se puder fazer tudo que quer, você vai ser feliz se não precisar de ninguém para nada – mentira, mentira, mentira – não se é feliz fazendo tudo que quer, se é feliz fazendo junto com os outros mesmo que para isso tenha que renunciar às minhas vontades, não se é feliz quando não precisamos de ninguém somos felizes quando temos alguém com quem contar. Não existe felicidade fora do calor das relações humana.

Vejam meus irmãos, tanto os Judeus e gregos, cada um à sua maneira, buscavam seguranças. Os judeus queriam ver milagres; os gregos procuram a lógica dos argumentos. Mas Jesus, não oferece nem isso nem aquilo, oferece mais que tudo isso, oferece o amor, e amor de cruz.

Mas a "cruz", meus irmãos, é incompreensível e inaceitável para os egoístas, gananciosos e interesseiros. A Cruz só pode ser compreendida por quem faz da sua vida uma oferta de amor, a sua família, a sua comunidade e aos necessitados.

Vejamos agora os vendilhões do templo. Jerusalém tinha 55 mil hab., e recebia 125 mil peregrinos para a festa da Páscoa, eram oferecidos 18 mil cordeiros, nesses dias. Para a Páscoa, eram vendidas licenças para barracas comerciais à volta do Templo. O dinheiro dessas licenças revertia para os funcionários do templo, e o sumo-sacerdote.

Vendiam-se os animais para os sacrifícios, havia, também, as tendas dos cambistas que trocavam as moedas correntes por moedas do templo, pois a ofertas do templo não eram aceitas em outras moedas. Esse comercio era uma exploração, dos mais pobres pelos que administravam o templo de Deus.

Ao contrário do que parece, o gesto de Jesus, não foi um acesso de raiva, pois o texto diz, que ele viu, e foi fazer um chicote de cordas, ou seja, foi de cabeça fria de caso pensado. Que lição para nós, não faça nada movido pela emoção, seja raiva, seja alegria, tristeza, seja a emoção que for, sempre iremos nos arrepender, vai e faz um chicote de corda, esfria a cabeça, reza, te aconselha e depois toma a decisão com serenidade.

O gesto de Nosso Senhor, aos expulsar os vendilhões do templo, não é um acesso de ira, mas uma lição. Ele que nos ensinar que o culto prestado a Deus no Templo de Jerusalém era, algo sem sentido. E pior ainda ao transformar a casa de Deus num mercado, era algo de nefasto: em nome de Deus faziam exploração, gerando miséria e injustiça. Que não aproximava ninguém de Deus, mas sim afastava.

Jesus, diz um "basta" a uma situação com a qual Deus não pode continuar a pactuar: "não façais da casa de meu Pai casa de comércio".

O verdadeiro culto à Deus, não pode se limitar a ritos litúrgicos, apenas dentro da igreja, por mais solene que seja.

O culto que Deus quer, deve abranger uma vida vivida na escuta das suas propostas e traduzida em gestos concretos de amor doação ao serviço dos irmãos. Que nossa participação na Eucaristia sempre nos leve a sair do nosso comodismo e da nossa autossuficiência para ir ao encontro do necessitado, do doente, do abatido, assim estaremos seremos verdadeiros adoradores, adorando em espírito e verdade.
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