sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ESCOLHAS

Quando o Sábio aponta a lua, o dedo é tudo o que o tolo vê!

Não é a vassoura que nos leva a varrer a sala, mas o fim de ter a sala limpa. Se nos propomos pintar um quadro, não escolhemos as cores mais agradáveis, porém as que mais conduzem ao fim que temos em vista. Se desejamos recobrar a saúde, não procuramos os remédios doces e suaves, senão os que nos podem restituir a saúde.

Não é, pois, o meio, propriamente dito, que nos move a praticar alguma ação, mas o fim que com ele pretendemos conseguir. Devemos redeferir todas as coisas segundo a finalidade que temos em vista.

Nosso fim é o serviço de Deus, a glória de Deus, o gozo de Deus por toda a eternidade. Tudo o mais que não seja Deus, como honras, riquezas, saúde, liberdade, vida, são puros meios, nem sempre benéficos em si mesmos, senão enquanto nos conduzem a Deus, e por tanto havemos de usá-los quanto nos conduzem a Deus.

O afeto e a aversão não constituem o critério no uso das criaturas, senão somente a finalidade. Em geral nos deparamos com criaturas muito atraentes que nos afastam do fim. É preciso abandoná-las.

Devemos buscar as coisas deste mundo na medida que nos ajudem a atingir a nossa salvação, e privarnos delas tanto quanto elas nos afastem.

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