segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O SILÊNCIO

O segredo está no “escutar o silêncio!” O mundo está repleto de palavras que são mal interpretadas: as pessoas entendem o que querem. O que significa a palavra “felicidade” para ti? Uma bolha de sabão, uma consciência tranqüila, uma estatística que sobe? Ou é algo mais? É Jesus de Nazaré? Muitas palavras já perderam o seu sentido original. E tem mais: muitas vezes não entendo o que o outro quer dizer, só por que não sei escutar em silêncio.

A FESTA DE ANIVERSÁRIO

Um homem, de macacão e capacete, entra falando com rapidez: “Assim não dá. Tenho que telefonar ainda para um monte de gente. Não sobra tempo para nada. Estou sempre batalhando para garantir o bem bom. A vida é uma luta. Estão pedindo-me mil coisas, e ainda agora essa festa de aniversário. O que faço?” Continua resmungando e se queixando...

A esposa do homem, vestindo por cima de uma roupa simples, um avental, segura uns apetrechos de cozinha. Ela entra, de preferência de costas para o marido, bem agitada. “Não sei o que faço primeiro. Tenho que fazer um bolo de aniversário. Tenho que revender as roupas que trouxemos lá de fora. Tenho que me maquiar. Tenho que limpar o banheiro. A vida é uma batalha.” - Segue se desabafando...

Uma mocinha, vestindo uma roupa de festa, entra meio triste. Nem olha para o pai, nem para a mãe e diz: “Na TV a gente só vê violência. Na escola, na rua só vejo medo. Ninguém confia mais em ninguém. Todo o mundo está com raiva de todo o mundo. Meu pai e minha mãe não têm tempo para nada. Só falam em lutar e batalhar... Sabe de uma coisa? Eu vou pedir de presente um abraço e um sorriso dos meus pais. Mas já vou avisando que não quero abraço de novela, nem sorriso de fotografia para mostrar a brancura dos dentes.

O pai já quer logo dar o abraço e a mãe já começa cantar o parabéns... Mas a mocinha interrompe bem alto: “Ainda não! Esperem! Primeiro vamo-nos olhar nos olhos e fazer um silêncio para afastar da nossa vida tudo que é mentira e promessa boba!”

Depois de um longo silêncio, os três dizem: “Quem sou eu?” Depois os três se olham, sorrindo, sem pose. Os três falam, porém, não ao mesmo tempo: - “O que queremos mesmo é ser felizes. Sem mentiras. Queremos abraços sinceros. Sorrisos alegres. Menos palavras. Mais silêncio.”

Onde vamos conseguir “escutar” melhor este silêncio? Na igreja, em casa, na natureza? Mas, não esqueçam: esse “silêncio”- que certamente transmite um som divino - deve se encontrar com o da tolerância e da compreensão mútua!

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